fevereiro 28, 2010

Fórum de Rua contra a criminalização dos movimentos sociais

Confira a data das etapas regionais da Conferência de Saúde Mental da Paraíba

Marcha dos Usuários a Brasília
Foto: Nivya Valente - Brasília-DF, 2009
SES define datas das etapas regionais da Conferência de Saúde Mental

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) reuniu, nesta sexta-feira (26), os membros da comissão organizadora da III Conferência Estadual de Saúde Mental, que deverá acontecer no próximo mês de maio, para discutir detalhes do evento. O encontro – que aconteceu no Centro Formador de Recursos Humanos (Cefor), em João Pessoa, definiu que as duas primeiras etapas regionais acontecerão entre os dias 23 e 26 de março. Os participantes desses encontros vão discutir os avanços e obstáculos à consolidação da reforma da assistência psiquiátrica, na Paraíba, que serão levados para as etapas estadual e nacional.

O evento está sendo organizado pelo Núcleo de Saúde Mental da SES. Segundo a coordenadora do órgão, Úrsula Patrícia Neves Leite, o tema central da IV Conferência Nacional é ‘Saúde Mental, direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios’. Segundo ela, nos encontros regionais também vão ser debatidos o atual cenário da reforma psiquiátrica na Paraíba e no Brasil e os novos desafios para melhoria do cuidado em saúde mental. “Essa Conferência realça o exercício único de democracia nesse momento para definir a política de Saúde Mental em nível nacional”, disse.

Diferencial - Segundo Sylvana Melo, psicóloga do Núcleo de Saúde Mental, outras áreas também serão envolvidas na discussão. “Esse evento se apresenta com um diferencial em relação aos anteriores, ao ser marcado por uma construção coletiva de diversos atores e ao extrapolar o âmbito da saúde e fazer links com diversas outras áreas, perpassando a cultura e a sociedade como um todo, não se fechando na saúde mental”, disse.

As primeiras reuniões regionais serão realizadas nas III e IV macrorregionais de saúde do Estado, entre os dias 23 e 26 de março. Nos primeiros dois dias, o encontro acontece no município de Sousa e, nos dois últimos, em Patos.

Organização – Participam da organização das etapas regionais, além do Núcleo de Saúde Mental, outros órgãos da SES, como Gerência Executiva de Ações Estratégicas e Especiais, Gerência Executiva de Atenção Básica, Gerência Executiva de Vigilância Ambiental, Gerência das DST/Aids, Núcleo de Educação e Saúde e Centro Formador de Recursos Humanos (Cefor).

O evento também conta com outros órgãos, como Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano ( SEDH), Fundação do Desenvolvimento da Criança e Adolescente (Fundac), Ministério da Saúde, Ministério Público, Associação de Usuários e Familiares, Núcleo da Luta Antimanicomial da Paraíba (Renila), Centro Educacional do Adolescente-JP, Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd/Polícia Militar da Paraíba), Conselho Estadual de Saúde, Conselho Regional de Psicologia, Centro Acadêmico de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Conselho de Secretários Municipais de Saúde/PB, Conselho Regional de Enfermagem, Secretaria de Administração Penitenciária e Programa Estadual da Mulher.

Fonte: ClickPB

O Brincar na Clínica com Crianças

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A morte caridosa



Nota do blog: Desde que o jornalista britânico Ray Gosling, da BBC, revelou que ajudou seu parceiro - em fase terminal de AIDS - a morrer, o tema da morte caridosa entrou na pauta da mídia em todo o mundo. Em Manaus, o ex-Ouvidor do Estado, Josué Filho, afastado da sua atividade como radialista para tomar assento no Tribunal de Contas do Estado, num programa da sua emissora de rádio fez uma corajosa declaração em prol da inocência do jornalista, que foi preso e solto por falta de provas. Josué perdeu a esposa com câncer e sabe o que é enfrentar a dor. Sobre essa, até o momento, triunfa a cultura cristã e o sadismo do poder médico. Quem passou por isso sabe como ficamos reféns de uma cultura obsoleta. Perdi pai e mãe com câncer. São inesquecíveis os pedidos para parar de sofrer. Pelo fim da cultura da dor. Pelo direito à morte caridosa.

O curta Solitário Anônimo conta a impressionante história de um homem que revindicava o seu direito de morrer em paz. Ele planejou sua morte, transformou o processo de morrer em um experimento pessoal de controle do próprio corpo. Durante 58 dias não comeu, em um ato que simularia a morte natural. "Todos deixamos de comer antes da morte. Isso pode durar um ou cem dias", sustenta o personagem anônimo do filme.

O enredo do final de sua vida foi meticulosamente planejado. Um disciplinamento prolongado do corpo para a fome durante meses para, na fase final, a abstinência total de alimentos e nos últimos dias somente doses homeopáticas de água. A simulação da morte natural exigiu ainda a quebra dos vínculos familiares e afetivos, pois "somente um homem sem vínculos, sem nome ou biografia pode planejar a própria morte", dizia ele.

Uma decisão judicial à sua revelia ordenou que fosse alimentado e medicado à força: "O plano de morrer de fome tinha dois sentidos em sua vida: um projeto pessoal de simular a morte natural, pois no fim da vida paramos de comer, e uma racionalidade jurídica, pois obrigá-lo a comer contra sua vontade pode ser interpretado como um ato violento do Estado", pondera Debora Diniz, diretora do filme.

Sem documentos, posses ou vínculos, o idoso de 78 anos se transforma no Solitário Anônimo. O filme acompanha sua história do momento em que foi encontrado deitado na grama à espera da morte até a descoberta de sua identidade. O fracasso de seu plano de morte foi seguido pelas lentes da câmera que o acompanha ininterruptamente por hospitais, investigações policiais e assédio da imprensa.

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O direito à morte digna
Da Folha de S.Paulo
Londres dá brecha a suicídio assistido

Embora sem legalizar a prática, Reino Unido cria lista de atenuantes para quem ajudar doente terminal a morrer

Diretrizes chegam dias após polêmica confissão de jornalista da BBC, admitindo ter sufocado namorado em fase terminal de Aids

LUCIANA COELHO
DE GENEBRA

O Reino Unido adotou ontem um conjunto de diretrizes sobre o suicídio assistido que, embora não legalize a prática, lista seis atenuantes e 16 agravantes em caso de processos. O foco das regras, que em uma versão provisória era a condição do paciente, passa agora a ser os interesses do suspeito na morte do paciente.

Lançadas em caráter definitivo após cinco meses de debate público e mais de 5.000 cartas e pareceres, as diretrizes visam ajudar pessoas que consideram auxiliar um ente querido a se matar a saber se elas se enquadram em casos de “morte por compaixão”. A elaboração ficou a cargo da Procuradoria da Coroa e é resultado de uma solicitação de Debby Purdy, uma assessora de imprensa de 46 anos com esclerose múltipla.

No ano passado, ela requisitou esclarecimentos da Justiça para saber se seu marido seria ou não condenado caso a ajudasse a se matar em um estágio mais avançado da doença.

Purdy, que na época havia dito à Folha que as diretrizes eram uma “libertação” para que ela e o marido deixassem de pensar somente em como lidar com a questão, festejou a nova decisão. Em comunicado, afirmou que a Procuradoria fez o correto, mas que ela continuará a fazer campanha para legalizar o suicídio assistido.

O tema está em evidência no Reino Unido após um jornalista da BBC ter confessado, há duas semanas, que sufocou o namorado em fase terminal de Aids. Ray Gosling, 70, foi preso, mas solto em menos de um dia por falta de provas -nem o nome da vítima é sabido.

A prática é crime no Reino Unido, com pena máxima de 14 anos de prisão. Apesar disso, é tolerada e normalmente acarreta penas brandas. Ante o paradoxo, muitos britânicos viajam para a Suíça, onde o suicídio assistido é permitido, para morrer (leia texto ao lado).

“Isso não muda a lei sobre suicídio assistido nem abre a porta para a eutanásia [ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis]“, disse o diretor da Procuradoria, Keir Starmer, em comunicado.

“O que ela faz é dar um arcabouço claro para que os promotores decidam quais os casos devem avançar para um julgamento e quais não”, continuou. Ele insistiu, porém, que as avaliações serão caso a caso.

A maior diferença quanto às diretrizes provisórias é que deixou de ser atenuante ajudar um ente querido “com doença terminal, problema físico grave ou incurável ou uma condição degenerativa irreversível” a se matar. Entidades contrárias à prática, como a Care Not Killing, elogiaram a mudança.

São atenuantes a manifestação clara, a partir de decisão informada, do paciente em favor do suicídio; a motivação do suspeito ser apenas compaixão; suas ações serem secundárias para a morte; e o fato de o suspeito ter tentado dissuadir o paciente. Sua colaboração com a polícia e a relutância em ajudar o paciente pesam a favor.

Entre os agravantes, está o fato de o réu ser médico ou enfermeiro do paciente ou de ser um funcionário ou manter relações comerciais com ele; ter recebido dinheiro; ter histórico de relações violentas ou ter pressionado a vítima. O paciente ser menor de idade ou não ter discernimento suficiente para decidir pelo suicídio também conta contra o réu.

“As diretrizes não dão um meio de salvaguardar o suicídio assistido”, disse Sarah Wotton, da organização pró-suicídio assistido Dignity in Dying. “Assim, o suicídio assistido só é uma opção real para os que podem pagar para ir à Suíça.”

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2602201010.htm

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/

Pede pra sair, Marco Aurélio!


Nota do blog:
A afirmação do Ministro do STF não é digna de quem tem assento na Corte Constitucional. Se para ele a ditadura foi um mal necessário, a democracia deve ser uma concessão à plebe rude e ignara. Pede pra sair, Marco Aurélio! Tu não fazes jus ao cargo que ocupas.

Tupinambás retomam seu território na Bahia


Este Outro Olhar mostra um vídeo especial sobre a luta dos índios Tupinambás pelo reconhecimento do seu território. Um relatório da Funai prevê a demarcação da área, mas os fazendeiros da região dizem que isso vai prejudicar a economia local. No sul da Bahia, próximo a Ilhéus, o lugar foi um dos primeiros pontos de chegada dos portugueses ao Brasil. A produção do vídeo é da organização não governamental "ìndios on line".

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Israel informa:

Tupinambas retomam seu territorio na Bahia

Os Tupinambá retomam a Fazenda do grileiro Alfredo Falcão, principal articulador das ações de perseguição aos Tupinambá na região da Serra do Padeiro. A fazenda está incluída no território tradicional dos Tupinambá, conforme estudo de identificação já oficializado e publicado pela Funai.

Após a retomada, o Alfredo em pessoa comandou uma ação de expulsar os indios da fazenda , mas sem nenhum mandado judicial, embora acompanhado de alguns policiais federais e de diversos jagunços armados, o que deixa bem claro a sua influencia no orgão federal naquela região.

Com a chegada desses, os Tupinambá se retiraram estratégicamente para as matas próximas, após o que os federais e o Alfredo se retiraram deixando na fazenda apenas os jagunços armados, os Tupinambá então retornaram e cercaram a fazenda, com isso e se vendo acuados os jagunços começaram a atirar na tentativa de afugentá-los. Os Tupinambá esperaram até que a munição dos jagunços acabasse e então apertaram o cerco e, em grande maioria numérica, reexpulsaram os jagunços fazendo uso apenas de suas armas (arco e flecha, tacapes, etc) principalmente bordunas. Como se sabe, os Tupinambá não usam armas de fogo.

Conforme informações dos parentes que participaram nesta operação de retomada do território dos Tupinambas não há jagunços feridos a bala, nem mortos, como informam os jornais comerciais da região. Também, não há reféns, todos os jagunços fugiram. Como se sabe, Tupinambá nao fazem mais refens, como ocorria na época da colonização.

Alguns jornais também mentem, pois informam que o grileiro, Alfredo Falcão estava na fazenda no momento desse confronto, ele nao estava lá, portanto nao se feriu.

Os Tupinambá apreenderam as armas de fogo usadas pelos jagunços, já descarregadas por eles mesmos, e já fizeram ontem contato com as Secretarias de Justiça e de Segurança Pública do estado para entregá-las.

Os Tupinambá têm plena consciência do seu direito ao seu território e estão dispostos a seguir lutando por ele com os meios ao seu alcance, até que as autoridades federais que já reconhecem esse direito agilizem e concluam os processos burocráticos e legais para a sua garantia definitiva.

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Tupinambá retomam terras em Itabuna (BA)

Por Conselho Indigenista Missionário 21/02/2006 às 14:15

Tupinambá de Olivença retomam parte do território reivindicado na região da Sapucaieira, Município de Ilhéus, Bahia


Cerca de 200 índios Tupinambá de Olivença retomaram em 19 de fevereiro de 2006 a fazenda Limoeiro, de cerca de 700 hectares. A área retomada fica a cerca de 40 km da sede do distrito Olivença, municipio de Ilhéus, sendo um local de difícil acesso. A situação até a manhã de hoje (20/02) tem sido tranqüila. Não houve resistência do fazendeiro e algumas famílias de trabalhadores que se encontravam no local saíram de forma pacífica. A fazenda Limoeiro produz cacau e seringa e já foi alvo de ocupação por trabalhadores rurais da região, sendo que o Incra não a desapropriou pelo fato de ter sido externada reivindicação dos Tupinambá e da Funai em relação às terras.

Cansados de esperar a morosidade da Funai, os Tupinambá estão identificando e retomando o seu território.

Os Tupinambá no sul da Bahia eram conhecidos como “Caboclos de Olivença” até a década de 90, quando reiniciaram a luta pelo reconhecimento étnico e territorial. Em 2000, foram muitos bem recepcionados na Conferencia Indígena em Coroa Vermelha, o que lhes deus muita força e animação na luta. Em 2004 a Funai cria um Grupo Técnico para a identificação do território. Os antropólogos Suzana Viegas e Jorge de Paula são os encarregados pelo relatório, que é entregue à Funai em Brasília em 2005, sendo que até o momento os índios não tiveram acesso ao trabalho. Já forma feitas diversas visitas a Brasília para a conclusão e a devolução do relatório, sem que a situação seja alterada.

Atualmente, os cerca de 3000 Tupinambá de Olivença vivem em pequenas glebas de terra, nos município de Ilhéus, Una e Buerarema. Para sobreviver, trabalham “na diária” para os fazendeiros de cacau, seringa, piaçava e gado e de pequenos serviços nas periferias das cidades de Ilhéus e Una. Estão divididos em três grandes regiões: Os Acuípes, onde o cacique é Alicio Amaral; Olivença, tendo como cacique Valdelice Amaral e na Serra do Padeiro, onde o cacique chama-se Rosivaldo.

Os Tupinambá, hoje participam ativamente do Movimento Indígena Regional, estando presentes em todas as mobilizações dos povos indígenas do Sul e Extremo sul da Bahia, lutando por terra, políticas públicas diferenciadas e pela garantia dos direitos indígenas em geral.

Ao comunicar a ação de retomada neste dia 19, solicitam a ajuda e solidariedade todos os parentes e aliados nesta luta pela sua sobrevivência física e cultural do povo Tupinambá no sul da Bahia, e reafirmam ESTA TERRA SEMPRE TEVE DONO- Os Tupinambá.

Itabuna, 20 de fevereiro de 2006
Conselho Indigenista Missionário

Fonte: CIMI

Vídeo nas Aldeias


"Sangradouro" conta a saga do povo Xavante da aldeia Sangradouro, Mato Grosso. Parte do DVD Xavante, da Série Cineastas Indígenas, do Vídeo nas Aldeias. De Divino Tserewahu, Amandine Goisbault e Tiago Campos.

TSÕ’REHIPÃRI, Sangradouro
2009 / 28min. Xavante
Em 1957, depois de séculos de resistência e de fuga, um grupo Xavante se refugiou na missão Salesiana de Sangradouro, Mato Grosso. Hoje rodeados de soja, com a terra e os recursos depauperados, eles mostram neste filme suas preocupações atuais em meio a todas as mudanças que vêm vivenciando.


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VÍDEO NAS ALDEIAS

APRESENTAÇÃO

Criado em 1987, Vídeo nas Aldeias (VNA) é um projeto precursor na área de produção audiovisual indígena no Brasil. O objetivo do projeto foi, desde o início, apoiar as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais, por meio de recursos audiovisuais e de um produção compartilhada com os povos indígenas com os quais o VNA trabalha.

O VNA surgiu dentro das atividades da ONG Centro de Trabalho Indigenista, como um experimento realizado por Vincent Carelli entre os índios Nambiquara. O ato de filmá-los e deixá-los assistir o material filmado, foi gerando uma mobilização coletiva. Diante do potencial que o instrumento apresentava, esta experiência foi sendo levada a outros grupos, e gerando uma série de vídeo sobre como cada povo incorporava o vídeo de uma maneira particular.

Em 1997, foi realizada a primeira oficina de formação na aldeia Xavante de Sangradouro. O VNA foi distribuindo equipamentos de exibição e câmeras de vídeo para estas comunidades, e foi criando uma rede de distribuição dos vídeos que iam produzindo. Foi se desenvolvendo e gerando novas experiências, como promover o encontro na vida real dos povos que tinham se conhecido através do vídeo, “ficcionar” seus mitos, etc.

O VNA foi se tornando cada vez mais um centro de produção de vídeos e uma escola de formação audiovisual para povos indígenas. Desde o “Programa de Índio” para televisão em 1995, até a atual Coleção Cineastas Indígenas, passando por todas as oficinas de filmagem e de edição do VNA, em parceria com ONGs e Associações Indígenas, o projeto coloca a produção audiovisual compartilhada ao centro das suas preocupações.

Em 2000, o Vídeo nas Aldeias se constituiu como uma ONG independente. A trajetória do Vídeo nas Aldeias permitiu criar um importante acervo de imagens sobre os povos indígenas no Brasil e produzir uma coleção de mais de 70 filmes, a maioria deles premiados nacional e internacionalmente, transformando-se em uma referência nesta área.

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Kit "Cineastas Indígenas: um outro olhar" para escolas de ensino médio

O Vídeo nas Aldeias está cadastrando escolas que queiram receber a coleção de DVDs Cineastas Indígenas: um outro olhar, para distribuição gratuita nas escolas de ensino médio. A coleção oferece uma visão única da realidade indígena brasileira: o ponto de vista dos próprios índios.

Com patrocínio do Programa Petrobrás Cultural, o Kit consiste num box com cinco DVDs com filmes dos povos Kuikuro, Panará, Huni Kui, Xavante e Ashaninka, e um "Guia para professores e alunos", com informações sobre cada um dos povos, fontes para pesquisa complementar e temas para discussão em sala de aula.

Leia mais em Vídeo nas Aldeias

Água: pirataria na foz do Amazonas



Entrevista de Lúcio Flávio Pinto ao programa Jogo do Poder Amazônia, na TVM, Canal 17 (Belém/PA), em 19/01/2010.

Nota do blog: Lúcio Flávio Pinto pertence a uma espécie de jornalista que está em extinção. Veja a entrevista acima e leia o texto abaixo e saiba por que ele é um exemplo para a minha geração.

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MEIO AMBIENTE

Por Lúcio Flávio Pinto

A água da Amazônia está sendo roubada?

Estima-se que 1,5 bilhão de seres humanos já não disponham de água suficiente para suas necessidades essenciais. Significa que, de cada 5 habitantes da Terra, um não tem água nem para beber. Esse contingente, que equivale à população do maior país do mundo, a China, vai precisar resolver esse problema vital de alguma maneira. Pela via pacífica ou através da força. A próxima guerra será pela água, anuncia um número crescente de profetas, baseados mais na correlação lógica de fatores do que numa análise minuciosa e específica das situações.

Este é o mesmo método que utilizam para apontar o sítio dessa próxima guerra: a Amazônia. Nada mais lógico: a bacia amazônica, que se espraia por nove países da América do Sul, mas tem dois terços das suas águas drenadas no território do Brasil, representa 68% da massa de água doce superficial do nosso país e de 8% a 25% (conforme as diferentes avaliações) do total do planeta. Sua principal riqueza ou está escondida no subsolo, em depósitos de minérios, ou na sua floresta tropical, um terço do que ainda subsiste sobre a superfície terrestre. E a mais rica em biodiversidade. Um tesouro difícil de ser protegido, sujeito a todas as formas de roubo.

A mais nova seria a do bem mais abundante e de fácil apropriação. Seguidas denúncias, apregoadas pelas vozes mais distintas, têm assegurado que já seria “assustador” o tráfico de água doce da Amazônia para o exterior. O alerta mais recente foi feito no final do ano passado pela revista jurídica Consulex. Ela garantia que algumas empresas já praticam com desenvoltura essa forma de roubo, que já tem denominações como hidropirataria e bioinvasão.

A atividade ilegal estaria sendo praticada por navios com capacidade de armazenar 250 milhões de litros (ou 250 mil metros cúbicos) de água, que uma empresa da Noruega forneceria para clientes na Grécia, Oriente Médio, Ilha da Madeira e Caribe. Por sair pela metade do custo da dessalinização, o roubo de água teria se tornado atraente no comércio com países carentes de água doce superficial.

A matéria da revista é rica em detalhes e conjecturas, mas não o bastante para convencer sobre o que relata, ecoando denúncias já numerosas. Claro que o acervo de água da Amazônia é questão transcendental. Exige atenção, seriedade, prioridade e investimentos. Todos esses elementos são de enorme deficiência atualmente. O Brasil tem mais de 120 comitês de bacia. Só um deles fica na Amazônia e tem ação urbana, na cidade de Manaus. É um despropósito paradoxal com o significado mundial da bacia amazônica.

Os escassos investimentos em manejo de água na região não permitem um conhecimento adequado sobre os seus recursos hídricos. O interesse mundial cresce numa velocidade muito superior à da atenção nacional. Mesmo as denúncias mais detalhadas, como a da Consulex, porém, ainda se revelam meramente especulativas, quando não totalmente fantasiosas. Devem servir de alerta para o problema, se – e quando – ele surgir.

Até agora, não há nenhum caso comprovado de roubo de água amazônica em território nacional, incluindo o mar de 200 milhas. Os grandes navios (1.200 por ano) entram na região em busca de outros recursos naturais, principalmente minérios e madeira, atracando em cinco portos de grande movimentação. Não têm espaço característico – nem tonelagem necessária – para acumular água – e em escala comercial.

A única área que poderia proporcionar essa pirataria é a foz do Amazonas, onde está a maior ilha fluvial do mundo, a de Marajó, com 50 mil quilômetros quadrados. Nela, o grande rio chega a despejar mais de 200 milhões de litros de água por segundo, no auge da cheia. Não há qualquer caso concreto de um superpetroleiro que tenha estacionado nesse local para se abastecer de um volume como os 250 milhões de litros citados. Pode parecer muito, mas esse volume de água equivale a menos de meio segundo de descarga na vazão máxima natural que o rio Tocantins já alcançou no local onde foi construída a barragem da hidrelétrica de Tucuruí, a quarta maior do mundo, em 1980.

Não parece um grande negócio, capaz de justificar o investimento e o risco, ainda que o patrulhamento da costa amazônica seja deficiente (o que induziu no projeto de criação da nova esquadra da Marinha, prevista para ter sua sede em São Luís do Maranhão e não em Belém, como pareceria mais lógico). A Capitania dos Portos do Pará assegura que fiscaliza todos os navios que entram e saem da região e que, por amostragem, acompanha a qualidade da água que carregam em seus porões como lastro. As normas internacionais autorizam essa operação, que constitui prática comum e nada tem a ver com objetivo comercial ou mesmo roubo com objetivo científico.

A água que o Amazonas despeja no Oceano Atlântico é rica em material particulado em suspensão. Mas qualquer pequena coleta pode ser suficiente para um estudo completo sobre o que contém – e isso é feito por meios legais, normais e saudáveis (embora não na escala recomendável). Quanto ao uso para outros fins, pelo menos para a costa dos Estados Unidos, o Amazonas já dá sua contribuição em larga escala – e gratuita. Avançando até 100 quilômetros no oceano, suas águas derivam para o norte pela força da corrente marítima, indo parar no litoral da Flórida.

Se não é para nos roubar água potável (com volumosa quantidade de sólidos em suspensão), então essa pirataria seria para recolher água rica em nutrientes para algum objetivo ainda não identificado (e, talvez, jamais identificável, por irreal). O campo ainda está aberto à imaginação e à especulação. Para delimitá-lo, a melhor atitude para o bem do país é, sem deixar de se manter atento, investir no conhecimento dos nacionais sobre sua própria riqueza.

O Brasil deve acompanhar com atenção e sempre com atualização o que pensam (e o que fazem) os estrangeiros sobre a – e na – Amazônia. Dispondo de mais recursos e com objetivos mais bem definidos, eles podem servir de espelho para refletir melhor o que os brasileiros e, em particular, os amazônidas, nem sempre conseguem ver, por falta de meios humanos, técnicos e científicos equivalentes.

O mais importante, porém, é saber e acompanhar o que os próprios nacionais pensam ou fazem, em numerosos casos dilapidando os recursos naturais ou os utilizando de forma irracional. Campeão em estoque de água doce do mundo, o Brasil é medíocre no seu manejo. Em Belém, que, por sua localização, serve de porta de entrada da Amazônia, um dos problemas que sua população – de quase 1,5 milhão de habitantes – enfrenta é a falta de água boa para beber, apesar da vasta massa que forma o estuário onde ela se situa. Este é o triste paradoxo atual, cuja visualização e compreensão as sempre vivas teorias conspirativas dificultam.

Fonte: Yahoo Brasil

fevereiro 27, 2010

Hidrelétrica de Belo Monte: crime contra a humanidade


Cenas gravadas na Aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto/Jarina, entre os dias 28 de outubro e 4 de novembro. Nesse período, os ministros do Meio Ambiente e Minas e Energia foram convidados a ir ao Xingu para discutir os impactos da obra na região.

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Nota do blog: Tô bem arranjado! O vídeo é do Greenpeace - entidade que defende baleias, mas é indiferente ao futuro dos jaraquis que sofrerão com o impacto da construção do terminal portuário das Lajes, em Manaus-AM - e o texto é do Leonardo Boff, que está certo em criticar a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, mas ingenuamente acredita que sua candidata à presidência da república pode enfrentar os dispositivos do capital profundamente encravados na cultura política brasileira. Pior. Nesse cenário, até os alunos do ginásio sabem que a candidatura de Marina Silva só servirá para beneficiar o candidato tucano (vixe!) comprometido até o tucupi com o capital predatório. Haverão de dizer: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Ora, o país está anestesiado, e o exemplo mais vexatório é o pífio abaixo-assinado dos brasileiros contra a construção das barragens do rio Madeira. A "opinião pública" não está nem aí. A noção de desenvolvimento nacional pelo brasileiro comum tem a cara da mídia corporativa. E não me venham com o fator Marina para evitar que se troque seis por meia dúzia. A eleição será plebiscitária, quer gostemos ou não. Pois bem! Como quem não tem cão caça com gato, diante do silêncio da maioria dos intelectuais brasileiros, esse vídeo e esse texto é o que tenho a oferecer aos meus leitores, com o meu mais profundo repúdio à construção de barragens na Amazônia. Nesse caso, estou com Boff: Belo Monte é um crime contra a humanidade. Todos juntos à Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Belo Monte: a volta triunfante da ditadura militar?
Escrito por Leonardo Boff
24-Fev-2010


O governo Lula possui méritos inegáveis na questão social. Mas na questão ambiental é de uma inconsciência e de um atraso palmar. Ao analisar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) temos a impressão de sermos devolvidos ao século XIX. É a mesma mentalidade que vê a natureza como mera reserva de recursos, base para alavancar projetos faraônicos, levados avante a ferro e fogo, dentro de um modelo de crescimento ultrapassado que favorece as grandes empresas à custa da depredação da natureza e da criação de muita pobreza.

Este modelo está sendo questionado no mundo inteiro por desestabilizar o planeta Terra como um todo e mesmo assim é assumido pelo PAC sem qualquer escrúpulo. A discussão com as populações afetadas e com a sociedade foi pífia. Impera a lógica autoritária; primeiro decide-se depois se convoca a audiência pública. Pois é exatamente isto que está ocorrendo com o projeto da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, estado do Pará.

Tudo está sendo levado aos trambolhões, atropelando processos, ocultando o importante parecer 114/09 de dezembro de 2009, emitido pelo IBAMA (órgão que cuida das questões ambientais), contrário à construção da usina, e a opinião da maioria dos ambientalistas nacionais e internacionais que dizem ser este projeto um grave equívoco com conseqüências ambientais imprevisíveis.

O Ministério Público Federal que encaminhou processos de embargo, eventualmente levando a questão a foros internacionais, sofreu coação da Advocacia Geral da União (AGU), com o apoio público do presidente, de processar os procuradores e promotores destas ações por abuso de poder.

Esse projeto vem da ditadura militar dos anos 70. Sob pressão dos indígenas apoiados pelo cantor Sting em parceria com o cacique Raoni foi engavetado em 1989. Agora, com a licença prévia concedida no dia 1º de fevereiro, o projeto da ditadura pôde voltar triunfalmente, apresentado pelo governo como a maior obra do PAC.

Neste projeto tudo é megalômano: inundação de 51.600 hectares de floresta, com um espelho d’água de 516 km², desvio do rio com a construção de dois canais de 500m de largura e 30 km de comprimento, deixando 100 km de leito seco,  submergindo a parte mais bela do Xingu, a Volta Grande e um terço de Altamira, com um custo entre 17 e 30 bilhões de reais, desalojando cerca de 20 mil pessoas e atraindo para as obras cerca de 80 mil trabalhadores para produzir 11.233 MW de energia no tempo das cheias (4 meses) e somente 4 mil MW no resto do ano, para, por fim, transportá-la até 5 mil km de distância.

Esse gigantismo, típico de mentes tecnocráticas, beira a insensatez, pois, dada a crise ambiental global, todos recomendam obras menores, valorizando matrizes energéticas alternativas, baseadas na água, no vento, no sol e na biomassa. E tudo isso nós temos em abundância. Considerando as opiniões dos especialistas podemos dizer: a usina hidrelétrica de Monte Belo é tecnicamente desaconselhável, exageradamente cara, ecologicamente desastrosa, socialmente perversa, perturbadora da floresta amazônica e uma grave agressão ao sistema-Terra.

Este projeto se caracteriza pelo desrespeito às dezenas de etnias indígenas que lá vivem há milhares de anos e que sequer foram ouvidas; desrespeito à floresta amazônica cuja vocação não é produzir energia elétrica mas bens e serviços naturais de grande valor econômico; desrespeito aos técnicos do IBAMA e a outras autoridades científicas contrárias a esse empreendimento; desrespeito à consciência ecológica que devido às ameaças que pesam sobre o sistema da vida pedem extremo cuidado com as florestas; desrespeito ao Bem Comum da Terra e da Humanidade, a nova centralidade das políticas mundiais.

Se houvesse um Tribunal Mundial de Crimes contra a Terra, como está sendo projetado por um grupo altamente qualificado que estuda a reinvenção da ONU sob a coordenação de Miguel d’Escoto, ex-presidente da Assembléia (2008-2009), seguramente os promotores da hidrelétrica de Belo Monte estariam na mira deste tribunal.

Ainda há tempo de frear a construção desta monstruosidade, porque há alternativas melhores. Não queremos que se realizem as palavras do bispo Dom Erwin Kräutler, defensor dos indígenas e contra Belo Monte: "Lula entrará na história como o grande depredador da Amazônia e o coveiro dos povos indígenas e ribeirinhos do Xingu".

Leonardo Boff, teólogo, é representante e co-redator da Carta da Terra.

Comentários (3)
1. Escrito por Marquinho O fim da floresta
Caro Leonardo. Belo Monte é apenas o desartre que está em vista hoje. Mas o monstro é maior. Aqui no Pará, além de Belo Monstro o Governo pretende ainda construir o Complexo Hidrelétrico doTapajós, no qual serão construidas 5 hidrelétricas que vão afetar aproxiamadamente 14.000 indíos mundurukus, além de ribeiRESEX, FLONAS. É realmente lamentável ver Lula dançando conforme a música de quem sempre tentou destruí-lo junto com o sonho de uma sociedade mais fraterna e sustentável.

Indignado,
Marquinho Mota
Rede FAOR.
Comitê metropolitano do Moviemnto Xingu Vivo para Sempre.
Belém - PA
http://www.xingu-vivo.blogspot.com/

2. Escrito por Frank de Luca energia limpa
peco gentileza abrir nosso site http://www.careelectric.com.br. Assunto peertinente a este artigo
http://www.careelectric.com.br/

3. Escrito por Mariana Também crime contra a humanidade
Belo Monte não é só um crime contra a Terra, é também um crime contra a humanidade também, o que será do povo que vive lá? se seu modo de vida, sua subsistência, sua sobrevivência for inviabilizada, como está previsto, não ocorrerá um verdadeiro genocídio? marcadamente dos povos indígenas, principalmente os não-contactados, que serão afetados. simplesmente irão desaparecer. É também uma questão social, talvez a mais séria que existe no Brasil, o extermínio dos povos autóctones dessa terra. o Brasil devia ser condenado pela Corte Internacional de Justiça, pela Corte Interamericana de Direitos Humanos

Fonte: Correio da Cidadania


fevereiro 26, 2010

Monotrilho de Manaus: erros de traçado

Casa 22 Paulista
Manaus - Amazonas - Brasil (anos 1960)
Traçado é desviado para preservar prédios históricos

A Crítica 25.02.2010

O traçado do sistema de transporte monotrilho na área do Centro da cidade terá um desvio no fim da rua Epaminondas para que os prédios da loja 22 Paulista e do Teatro da Instalação não sejam desapropriados. O projeto preliminar da empresa PricewaterhouseCoopers previa a derrubada desses dois prédios construídos no final do século 19. A decisão foi tomada anteontem, durante reunião entre representantes do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM), do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP/AM), do Governo do Estado do Amazonas e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Nota do blog: A empresa PricewaterhouseCoopers pretendia destruir dois prédios do patrimônio histórico, arquitetônico e cultural para dar passagem ao monotrilho de Manaus, segundo a matéria do jornal A Crítica. Cada vez mais fica evidente que o traçado do monotrilho está equivocado e irá provocar um forte impacto visual na cidade, tão ao gosto dos que cultivam noções de desenvolvimento sob o olhar provinciano. O fato aponta dois graves problemas: a força de uma cultura institucionalizada que busca fora do estado empresas que desconhecem a história da cidade, e a trágica cultura do silêncio que atinge a maior parte da sociedade amazonense, incapaz de defender seu patrimônio histórico, arquitetônico e cultural. O mesmo aconteceu quando os IAPETECS (único prédio, de dez andares, existente na cidade até o final dos anos 1960), começaram a proliferar sob o olhar deslumbrado da província cansada de viver anos de estagnação econômica. Pouca importava se a nova arquitetura fosse marcado pelo mau gosto.

Roubolation


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Educação


Jenny tem 16 anos e vive com a família no subúrbio londrino, em 1961. Inteligente e bela, sofre com o tédio de seus dias de adolescente e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. Sua vida muda de ponta-cabeça quando conhece Danny, homem charmoso e cosmopolita de trinta e poucos anos, deixando-a diante de um dilema entre a educação formal e o aprendizado da vida.

***

Educação


por Jean Garnier – Na Inglaterra do início dos anos 60, vive Jenny Miller (Carey Mulligan), uma jovem de 16 anos um tanto aborrecida pela vidinha rotineira. Apesar de seus pais, Jack (Alfred Molina) e Marjorie (Cara Seymour), sonharem em vê-la estudando em Oxford, ela almeja liberdade. Aquela escola abafada e suas colegas já não eram tão mais agradáveis. Educação é um filme que aborda algo mais do que o romance entre uma adolescente e um rapaz com mais de 30 anos; é também um divertido estudo sobre uma vida levada entre a inocência e o glamour.

A possibilidade de mudança surge quando Jenny, carregando seu violoncelo, anda debaixo de chuva e David (Peter Sarsgaard) aparece e oferece carona. O que poderia parecer uma cantada safada se transforma numa agradável conversa, ele se mostra elegante, bem vestido, culto, e cai no gosto da protagonista. Mas como sua família conservadora poderia aceitar essa experiência? Concertos, peças de teatro, restaurantes e David não só introduz Jenny a um mundo de conto de fadas, como consegue dobrar os seus pais com um papo de que foi amigo do escritor C. S. Lewis na faculdade, para poder levá-la a uma viagem na companhia de um casal de amigos.


Assim como em Um grande garoto, o roteirista Nick Hornby focou de maneira sensacional a relação entre diferentes gerações com hábitos totalmente distintos e o choque entre a moralidade e a inexperiência. Hornby usou como base o livro de memórias da jornalista britânica Lynn Barber, que na mesma idade e época relacionou-se com um homem mais velho. A direção de Lone Scherfig evitou os clichês e mostrou o fascínio de uma adolescente numa Europa controversa e com ecos de feminismo. Mulligan brilha no seu primeiro papel de destaque e é o centro dessa produção com várias atuações notáveis.

Fonte: Amálgama

Vídeos para pesquisa e ensino

Vídeos para pesquisa e ensino
8/2/2010

Agência FAPESP – O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) lançou o Zappiens.br, serviço gratuito de distribuição de vídeos com conteúdo científico, educativo, artístico e cultural em língua portuguesa.

A novidade foi feita em parceria com o Arquivo Nacional, a Universidade de São Paulo (USP), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), de Portugal.

Inicialmente, os interessados encontrarão disponíveis para consulta materiais do próprio CGI.br, da USP e do Arquivo Nacional, como os Cinejornais – noticiários transmitidos em cinemas brasileiros entre as décadas de 1930 e 1970.

O Zappiens.br oferece a oportunidade de reunir e tornar público acervos raros e exclusivos, que podem ser utilizados como fonte para estudo e pesquisa. “Com acesso gratuito, o objetivo é disseminar cultura, informação científica e tecnológica entre diversas comunidades”, disse Henrique Faulhaber, conselheiro do CGI.br.

“O Portal Zappiens.br, ao disponibilizar os cinejornais da Agência Nacional, irá proporcionar ao cidadão a oportunidade de acessar e pesquisar na web um rico acervo de imagens em movimento, que retratam a história de nosso país”, disse Jaime Antunes da Silva, diretor-geral do Arquivo Nacional.

A iniciativa é fruto da comissão de trabalhos de conteúdos digitais do CGI.br, que identificou a necessidade da implementação de repositórios de vídeos para uso público, tanto para pesquisa como para o ensino em geral. O Zappiens.br tem um sistema de busca apurado, que funciona tanto por meio de palavras-chave como por tags, facilitando a organização dos conteúdos. Além disso, não há limite de tamanho para os arquivos de vídeo.

A ferramenta será fomentada por meio de acordos com diversas organizações. “O Zappiens.br está aberto e em busca de novas parcerias e acordos de cooperação com instituições públicas, universidades e empresas que disponham de acervos em vídeo”, disse Faulhaber.

Mais informações: http://zappiens.br

Fonte: Agência FAPESP

The Madeira River: Life Before the Dams (O Rio Madeira: a vida antes da barragem)



The Madeira River: Life Before the Dams

The Madeira River: Life Before the Dams tells the story of the people of Brazil and Bolivia affected by the construction of the Santo Antonio and Jirau dams, part of the Madeira Hydroelectric Complex. The film was shot both in the dry and rainy season, in Amazon riverine communities in Brazil and Bolivia. It documents expectations, opinions, and fears of people, whose livelihood depends on the river, including indigenous communities.

Tradução livre

O Rio Madeira: a vida antes da barragem

O rio Madeira: a vida antes do Barragens conta a história do povo do Brasil e Bolívia, afetados pela construção de Santo Antônio e Jirau, parte do Complexo Hidrelétrico do Madeira. O filme foi feito, tanto na estação seca e chuvosa, em comunidades ribeirinhas da Amazônia no Brasil e na Bolívia. Ele documenta as expectativas, opiniões e medos de pessoas cuja subsistência depende do rio, incluindo as comunidades indígenas.

Fonte: WWF

Peixes ameaçados na Amazônia

Nota do blog: Abaixo um trecho da matéria "Peixes ameaçados na Amazônia". Acesse o site O Eco para ver as mudanças ocorridas no rio Madeira e ler a matéria completa.

Dano certo

Para o pesquisador em biologia aquática Jansen Zuanon, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), apesar de inconclusivo sobre as causas no declínio da pesca naquele período, o relatório atesta a estreita ligação entre os peixes do Madeira e seus ciclos de cheias e vazantes. “O estudo mostra que esses peixes dependem da dinâmica hidrológica e de indicadores ambientais relacionados à qualidade da água para completar suas migrações ao longo do rio. Isso significa que não só a barragem, mas também as alterações na dinâmica hidrológica do rio provocadas pelas obras podem afetar negativamente as populações de grandes bagres e de diversas outras espécies de peixes que habitam aquela bacia”, disse.

Conforme Flávio Lima, especialista em peixes do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), não há dúvida de que, quando construídas, as hidrelétricas do Madeira prejudicarão os peixes migradores, numa magnitude que por enquanto não se pode avaliar. Mas, com grande probabilidade, de forma bastante severa. "Agora, com o rio ainda não barrado, é um pouco difícil estabelecer uma relação causa/efeito entre hidrelétrica em construção e descréscimo nas populações de peixes, porque hidrologicamente o Madeira continuará "natural" até o momento em que o primeiro barramento for fechado. Antes disso, é até possível que as obras estejam "espantando" os peixes", disse. "E não se pode esquecer de impactos cumulativos de outras origens, como desmatamento, mudanças nas chuvas, poluição de garimpos e sobrepesca, que devem influenciar na diminuição dos peixes".

fevereiro 25, 2010

Belo Monte: o lado podre da hidrelétrica


Nota do blog: Relatórios de Impacto Ambiental nesse país deveria ser coisa séria. O fato desse instrumento não comportar a possibilidade de dizer NÃO a certas iniciativas danosas ao ambiente já demonstra que ele serve mais aos interesses do capital predatório do que aos interesses das populações que serão afetadas pelo empreendimento. Estão aí vários exemplos. Enquanto no Amazonas o Movimento SOS Encontro das Águas luta contra a construção de um terminal portuário na região das Lajes (onde desovam os jaraquis que serve como base da alimentação dos manauaras mais pobres), enfrentando a omissão de órgãos públicos que deveriam estar a zelar pelos interesses coletivos, no Pará a luta é contra mais um desastre anunciado: a construção da Hidrelétrica de Belo Monte. O presidente da república declarou num pronunciamento público em Manaus que deveríamos aprender com os erros da construção da Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo-AM. O governo federal parece não ter aprendido com os erros do passado.

Belo Monte: o lado podre da hidrelétrica
05/02/2010

O governo federal parece finalmente ter conseguido o que tanto queria. Por meio de um estudo de impacto ambiental cheio de lacunas e graves dúvidas, obteve autorização legal para iniciar o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Esta usina é a menina dos olhos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no que diz respeito à geração de energia. Certamente, os próximos meses verão a intensa propaganda – publicidade paga e cobertura jornalística – dizendo que Belo Monte é um projeto salvador, que Belo Monte vai fazer o país crescer, que Belo Monte representa nosso compromisso com energia limpa.

Mas Belo Monte não é nada disso. Ela é, em poucas palavras, um descalabro ambiental de imensas proporções. Este descalabro vai afetar dezenas de milhares de pessoas que habitam as margens do rio Xingu. E, é preciso dizer, vai contribuir com o aquecimento global. Isto porque, ao contrário do que todos tentam nos fazer crer, hidrelétricas não fazem energia limpa. Seus lagos represados apodrecem quantidades monumentais de matéria orgânica sob a água parada. Deles, saem milhões de toneladas de metano (CH4), um gás de efeito estufa ainda mais perigoso do que o gás carbônico (CO2).

Nesta entrevista, o coordenador do Núcleo de Cidadania e Políticas de Reforma Urbana da Fase Amazônia, Guilherme Carvalho, explica diversos aspectos não divulgados sobre Belo Monte. A leitura torna mais fácil entender porque os protestos e manifestações contra o que o povo local chama de “Belo Monstro” são tão fortes. E porque deverão ficar ainda maiores.

O que significa a licença prévia concedida ao projeto de usina hidrelétrica de Belo Monte?

Essa licença dá possibilidade de o governo realizar o leilão. O governo diz que em dois meses vai definir por leilão qual o consórcio vai ficar responsável pela obra. Então essa licença é importante por isso.

Que reação você já sabe que há ou vai haver a esta licença?

Está sendo discutida a possibilidade de entrar com algum tipo de representação internacional, ações na Justiça, os indígenas estão se mobilizando para uma série de atos contra a construção de Belo Monte. Há muita movimentação, tanto em Altamira como em Belém. As organizações da Amazônia estão tentando obter apoio dentro e fora para estas ações. Há, portanto, um processo intenso de mobilização, busca de apoio e aí me parace que o que se desenha são ações em diversas ordens. Do ponto de vista jurídico, seria acessar a Justiça brasileira como no exterior. Há uma série de iniciativas de pressão. Possivelmente, uma das necessidades que vai surgir é ir a Brasília para fazer lobby junto a vários segmentos contra esta licença.

A idéia seria derrubar a licença aprovada pelo Ibama?

A idéia, fundamentalmente, é barrar a realização do leilão. Já se sabe que o governo está preocupado com a possibilidade de não haver disputa. Então eles vão trabalhar para que haja mais de um consórcio disputando. Porque pegaria muito mal para o governo se apenas um consórcio se apresentasse para construir a hidrelétrica. Vão fazer a mesma coisa que tentaram fazer no Complexo do Rio Madeira, em Rondônia. Garantir que, pelo menos na aparência, haja uma disputa entre dois grandes grupos. Para isso, o governo vai utilizar empresas estatais do setor elétrico, fundos de pensão e tudo o mais para viabilizar esta iniciativa.

Qual a possibilidade real de barrar o leilão?

O governo, com a licença dada, vai fazer de tudo para viabilizar o leilão, que é o primeiro passo para construir. O governo tem a estratégia de tentar diminuir a resistência na região tentando comprometer o consórcio vencedor, se vier a acontecer o leilão, com o início imediato após o leilão das obras de mitigação. Normalmente, as obras de mitigação seriam iniciadas um ano e meio depois. O governo quer fazer com que estas obras sejam executadas já a partir do segundo mês. São estradas e outras coisas, porque serão remanejadas cerca de 12 mil pessoas. Uma série de tentativas de quebrar a resistência. E aí vai associar estas ações a uma forte campanha na mídia, como ele já faz no Pará. E a viabilização dos consórcios para o leilão. Tudo isso significa que nós da sociedade civil vamos ter que ter a capacidade de atuar em diversas escalas. No local, com pressão e mobilização de indígenas, trabalhadores rurais, mulheres e outros segmentos. Numa escala estadual, nacional e mesmo internacional tambpem. Porque há empresas como a Suez que já mostrou interesse em participar do consórcio. Nós estamos levantando uma série de denúncias sobre a Suez, que acabou de ser eleita a segunda empresa mais irresponsável do mundo na Suíça exatamente por causa das obras da usina de Jirau, no rio Madeira. Vamos ter que fazer alianças com movimentos sociais de outros países, onde estas empresas têm atuação, para que possamos ter apoio nesse processo de denúncia para a sociedade global.

Esta não é uma luta amazônica, é nacional e até global. Como os brasileiros que não vivem na Amazônia podem apoiar?

Eu acho que existem diversas formas: desde o lobby e o uso da internet para fazer pressão sobre o Ministério Público, Ministério de Minas e Energia e a própria Presidência da República. Manifestações em relação a isso, e também atos públicos nos estados. E também mostrando soidariedade aos movimentos da região. É bom que se diga que um dos grandes problemas que enfrentamenos na região é que as principais lideranças que se opõem a Belo Monte, em particular as mulheres, estão sendo ameaçados de morte. Garantir não somente a luta contra Belo Monte é importante, mas é preciso garantir que nada aconteça em relação à vida e à integridade física destas pessoas. A gente tem denunciado casos concretos de perseguição por parte de interessados no projeto. Ameaças vindas de empresas como a Andrade Gutierrez, que já teve foco de conflito lá com a gente.

A região da Volta Grande do rio Xingu seria a mais afetada pela construção da barragem?

A Volta Grande vai ser muito afetada pela construção de um canal que vai desviar a água do rio Xingu. As famílias indígenas e ribeirinhas que moram ali seriam extremamente afetadas com a queda acentuada do volume de água que passaria a circular por lá, comprometendo a vida destas famílias tanto no que diz respeito a transporte como no que toca à cadeia alimentar. Esse é um grande problema. Tem coisas que não estão bem explicadas. A construção deste canal vai significar a movimentação de milhões e milhões de metros cúbicos de terra e detritos. Ninguém sabe o que vai ser feito com isso. A Volta Grande vai ser afetada com a redução do volume de água, principalmente.

Mas a barragem está planejada para outra área?

Como o nome diz, é uma volta. Antes da curva da volta, se constrói um canal para desviar água. E esse canal vai justamente desaguar onde vai ser construída a barragem. Vai aumentar a vazão para poder movimentar as turbinas. Essa parte da volta vai ficar afetada pela redução do volume de água.

Sabe-se aproximadamente quantas pessoas serão atingidas pelas obras de Belo Monte?

O próprio governo admite que serão 12 mil pessoas atingidas diretamente. Mas é muito mais, porque o próprio estudo do painel de especialistas mostra que várias comunidades não foram consideradas como passíveis de ser atingidas pelas barragens. O número de afetados será muito maior do que o número que o governo divulga.

A cidade de Altamira vai ter mesmo uma parte de seu território submerso?

Parte da cidade vai ficar permanentemente submersa. Uma série de praias vai desaparecer. Uma preocupação da população de Altamira é que recentemente houve um problema grave, no último inverno. Havia algumas barragens clandestinas construídas, e com as chuvas essas barragens romperam. Inundou um terço de Altamira muito rapidamente. Alguns estudiosos afirmam que se a hidrelétrica construída a conseqüência seria muito mais grave do que aquele acidente, porque aí a água efetivamente não teria para onde correr. Vai pegar um conjunto grande de moradores que vive à beira do rio. Vivem na cidade de Altamira um pouco menos de 100 mil pessoas.

O governo argumenta em favor das hidrelétricas dizendo que é a forma mais limpa de produzir a energia elétrica. O que não se fala é que a hidreletricidade não é limpa. A luta contra Belo Monte esclarece os males intrínsecos ao modelo hidrelétrico?

É o principal argumento. O governo usa argumentos padronizados. Um é o de que a energia é limpa, coisa que foi derrubada por estudos como o do professor Philip Fearnside, do Inpa de Manaus, mostra justamente o contrário: as hidrelétricas produzem gás metano em altas concentrações e grande quantidade. Significa uma incidência enorme nmo efeito estufa. Segundo, de que a área inundada será pequena. De fato, em relação a outras barragens, será pequena. Ocorre que, e essa é a questão central, a hidrelétrica de Belo Monte é inviável economicamente. Porque ela vai ficar peo menos seis meses do ano com as turbinas paralisadas por falta de água suficiente para movimentá-las. É, portanto, uma necessidade econômica que outras barragens sejam construídas ao longo do rio Xingu para viabilizar a hidrelétrica. Aí o governo diz que isso não é verdade. Mas isso já está provado que é, por conta da enorme variação do rio Xingu. Suas variações entre seca e cheia são muito grandes. E o nível médio será incapaz de movimentar as turbinas no verão amazônico, o período de seca. O projeto, cujo valor alguns dizem que é de R$ 30 bilhões e o governo diz que é R$ 19 bilhões, não se viabiliza economicamente sem outras barragens. O que significa que essa área de cerca de 500 quilômetros quadrados vai aumentar exponencialmente com a construção dessas outras barragens.

500 quilômetros quadrados é o que o governo admite para o lago de Belo Monte?

Sim, mas deverá ser muito maior por conta das outras barragens. Depois de Belo Monte construída, como vai se justificar a não construção de outras barragens quando a sociedade se der conta de que ela vai ficar seis meses paralisada? Belo Monte é a forma de viabilizar todas as outras que vêm junto.

Com relação à eleição de 2010, estas questões serão colocadas no debate eleitoral, já que o meio ambiente virou um tema da moda? Há expectativa de que um debate como esse seja feito?

Não creio. Do ponto de vista da esquerda, tanto no Brasil como no mundo, ela se rendeu a duas fatalidades (pelo menos eu encaro como fatalidades). A primeira é que ela perdeu qualquer referencial de utopia. Não existe mais uma perspectiva futura que oriente e alimente a militância. Segunda, vinculada a essa, o lugar vazio desta utopia foi ocupado por uma visão do desenvolvimento unicamente como crescimento econômico. Esta passou a ser a utopia. A esquerda se tornou algo que se imagina como associada fundamentalmente à idéia de crescimento econômico. Mas isso não é uma realidade só no Brasil, é bem mais ampliada. Essa idéia de desenvolvimento extrapolou o debate econômico. Ela se tornou uma peça ideológica na medida em que todos os setores que questionam este modelo são rechaçados. Não só porque são contra o desenvolvimento, mas porque são considerados atrasados e devem ser colocados à margem. O debate sobre desenvolvimento econômico acaba sendo um elemento em que se distinguem política e ideologicamente os setores. Aqueles que se posicionam contra são considerados contra também do ponto de vista político e ideológico. Do meu ponto de vista, este é o momento que vivenciamos. Quando, portanto, segmentos da sociedade civil se colocam contrários ao empreendimento, são considerados efetivamente como adversários não só do empreendimento, mas como adversários políticos e ideológicos destes setores que estão hoje à frente do governo. O grande problema é que alguns segmentos que antes também defendiam nossa posição de questionamento do modelo hoje aderiram à idéia desenvolvimentista pelo crescimento econômico. Hoje, o debate sobre desevolvimento no Brasil e outras partes do mundo passou a ser o debate que distingue os setores da sociedade política e ideologicamente. Por isso eu não espero que a eleição se constitua como momento desse debate. Nós vamos fazê-lo, mas não vai ser essa a questão. Mesmo porque, há muita semelhança do ponto de vista macroeconômico entre a oposição e a situação no Brasil. Nesse sentido, a eleição, em termos de reforço a essa idéia, sou pessimista. Acho que é uma oportunidade, vamos levantar a questão, mas não estará colocada na pauta.

Fonte: FASE - http://www.fase.org.br/v2/

Vídeo sobre a morte de Neda ganha prêmio de jornalismo


Neda, a young girl brutally killed in Iran during protests, is quickly becoming a symbol of rebellion. For more news video by Current TV visit http://current.com/

IRÃ
Vídeo símbolo da oposição ganha prêmio de jornalismo

Por Leticia Nunes (com Larriza Thurler) em 23/2/2010



Um vídeo de 37 segundos que mostra a violenta morte de uma jovem iraniana durante os protestos após as eleições presidenciais do ano passado no Irã recebeu o prêmio George Polk de Jornalismo, concedido pela Universidade de Long Island – uma das mais prestigiosas premiações do jornalismo americano. A mulher que aparece nas breves e fortes imagens, atingida por um tiro, chamava-se Neda Agha-Soltan e tornou-se símbolo de como a repressão do governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad afeta os movimentos de oposição no país.

A pessoa que filmou a morte de Neda com um telefone celular permanece anônima, assim como o médico que enviou o clipe por e-mail com a mensagem "por favor, deixem que o mundo saiba". O primeiro homem a divulgar o vídeo na rede é um iraniano de 36 anos que vive na Holanda. Depois de saber do prêmio ao ler um artigo na internet, ele afirmou ter ficado orgulhoso das imagens terem conseguido chamar a atenção do mundo para "o Irã e os iranianos, seus protestos e meios de expressão".

Anônimo

Os juizes do George Polk, concedido pela Universidade de Long Island a profissionais de imprensa que enfrentam riscos na apuração jornalística, afirmaram que seu objetivo era reconhecer o papel de cidadãos comuns na disseminação de imagens e notícias, especialmente em momentos turbulentos em que jornalistas profissionais enfrentam restrições, como ocorre no Irã. Esta foi a primeira vez que um trabalho anônimo ganhou o prêmio.

O clipe foi premiado em uma nova categoria, videografia. Os juizes disseram reconhecer "os esforços das pessoas responsáveis" pela gravação das imagens da morte de Neda, em junho do ano passado. Diversas pessoas ajudaram na chegada do vídeo à internet – o médico o enviou por e-mail para cinco pessoas fora do país na esperança de que fosse divulgado. O iraniano que primeiro o postou na rede faz questão de se manter anônimo para proteger família e amigos no Irã. Uma britânica que também não quer ter o nome revelado compartilhou as imagens com seus contatos da rede social Facebook, que por sua vez as repassaram para novos contatos. Um outro vídeo da morte de Neda, mais curto, foi gravado por uma segunda pessoa e postado no YouTube por um canadense. Em poucas horas, cópias dos dois clipes já haviam sido vistas por milhões de internautas. Informações de Brian Stelter [The New York Times, 22/2/10].

Veja acima o vídeo da Current TV com imagens da morte de Neda. [Alerta: as imagens são fortes]

Fonte: Observatório da Imprensa

Falatório

Polo de Pensamento Contemporâneo

10 março
Evento especial

FALATÓRIO

MD Magno

Ao longo do primeiro semestre de 2010, terá lugar no POP, uma quarta-feira por mês, o Falatório do psicanalista MD Magno, criador da Nova Psicanálise e do grupo Novamente – movimento de estudo, pesquisa, clínica, eventos e publicações para o desenvolvimento e divulgação da Nova Psicanálise. Além de sua atividade como psicanalista, MD Magno desenvolve sua produção teórico-clínica (work in progress) em “Falatórios” e “Oficinas Clínicas”, cujos textos têm sido regularmente publicados pela www.novamenteeditora.com.br.

10 de março, 07 de abril, 05 de maio e 09 de junho
Sic Transit
“Esta falação começou em 1976 – e ainda não terá terminado. Trata-se agora (2010) de considerar o fim de uma Era junto com o começo de uma Nova – que chamo Quarto Império. Para tentar entender o caos da passagem – que cursamos – e buscar expedientes para lidarmos com o trauma. A ferramenta é a Psicanálise – também a mais nova – a qual não ficou também sem fortes mutações durante o mesmo prazo (como será demonstrado). Com o que teremos dois procedimentos de abordagem: a psicanálise da Atualidade e a atualização da Psicanálise. E o resultado desse périplo vai depois virar um Livro”.

MD Magno é psicanalista. Bacharel e licenciado em Arte e Psicologia. Mestre em Comunicação (UFRJ), doutor em Letras (UFRJ), com pós-doutorado em Comunicação (UFRJ). Professor aposentado da UFRJ e da Uerj. Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Santa Maria. Discípulo e ex-analisando de Jacques Lacan. Ex-professor associado do Departamento de Psicanálise da Universidade de Paris VIII (Vincennes). Criador da Nova Psicanálise (1986) e do grupo Novamente. Fundador do Colégio Freudiano do Rio de Janeiro e da UniverCidadeDeDeus (instituição cultural sob a orientação da Nova Psicanálise).

Fonte: POP

Foucault e as políticas da verdade

POP - Polo de Pensamento Contemporâneo

11 março a 08 abril
Curso

Foucault e as políticas da verdade
Henrique Antoun

A partir dos anos 80, Foucault redireciona o foco de seu trabalho de investigação centrando-o nas questões do sujeito e a verdade. Para desenvolver este trabalho, ele fez uma revisão das questões da crítica, da revolução, do iluminismo e da ética. Essa revisão vai ecoar em seu trabalho posterior sobre o nascimento da modernidade na antiguidade. Pensar os nexos desta crítica com seu trabalho sobre o sujeito é a proposta deste curso.

11 de março
Crítica e Autoria: O problema da crítica. A enunciação, o enunciado e o enunciante. Critica e o cuidado de si. Movimento e discurso. Subjetivação e autoria.

18 de março
Revolução e Pensamento: História do pensamento e modos de problematização. As práticas de si e o problema da verdade. Verdade e franqueza. As artes da existência (téchne tou bios) e a franqueza (parrhesia). Cinismo e revolução.

25 de março
Iluminismo e Minoridade: O que é o iluminismo? Minoridade e maioridade no pensamento. A verdadeira crítica.

8 de abril
Performance e Verdade: As atitudes cínicas. O jogo da franqueza. O adulador e o falastrão. A harmonia entre o discurso (logós) e a vida (bios).

Henrique Antoun é professor associado da UFRJ e pesquisador do Programa de Pós-Graduação de Comunicação da Escola de Comunicação da UFRJ, onde leciona sobre Ética e Tecnologia. Formado em Design pela Uerj, possui mestrado em Filosofia pela PUC-Rio (1989) e doutorado em Comunicação pela UFRJ (1993). Fez pesquisa de doutorado na Universidade René Descartes (Sorbonne/Paris V) e pós-doutorado na Universidade de Toronto.

Polo de Pensamento Contemporâneo: Rua Conde Afonso Celso, 103 - Jardim Botânico - CEP 22461-060 Tel. (21) 2286-3299 e 2286-3682

Fonte: POP

Enlace Zapatista


Enlace Zapatista

Consulta urgente a los miembros de la Red. 23/02

Información Llamamos a las compañeras y compañeros de Tlaxcala para ver lo de la reunión del 27 de febrero que se acordó en la reunión de la Red Contra la Represión y por la Solidaridad (RvsR) en la ciudad de Apizaco, Tlaxcala, por lo de las inundaciones que todos conocimos. Nos comentan las compañeras y compañeros [...]

Indignación de la CGT ante la carta emitida por el Gobierno estatal de Chiapas

Madrid, 24 de febrero de 2010 Indignación de la CGT ante la carta emitida por el Gobierno estatal de Chiapas en La Jornada. El pasado 21 de febrero leímos con gran perplejidad la carta hecha pública en La Jornada por el Gobierno de Chiapas a través de Antonio Gamboa, coordinador de asesores de dicho gobierno. En la [...]

Entregan carta de protesta en la embajada de México en Madrid

Madrid, 18 de febrero de 2010 En la mañana del jueves 18 de febrero, varias personas pertenecientes a los grupos de solidaridad y apoyo al EZLN de Madrid, acudimos a la Embajada de México en esta ciudad con el fin de entrevistarnos con el Sr. Embajador y entregarle una carta de protesta por los hechos ocurridos [...]

Sobre el problema de la vivienda y la cultura en el DF. Movilización el día 25.

Sobre el problema de la vivienda en la Cd. de Mexico y el País Alianza Mexicana de Organizaciones Sociales El gobierno de la ciudad de México ha construido una ciudad virtual para ofertar a los dueños del dinero, una ciudad [...]

video con entrevista a los compas presos políticos de candelaria, Campeche

Video Testimonio de Sara López, Joaquin Aguilar y Guadalupe Borjas, presos politicos de Candelaria, Campeche, grabado dentro del Penal de Koben, Campeche, el 12 de Febrero, por parte del Comite de Derechos Humanos “Digna Ochoa” de Tonala, Chiapas. http://www.youtube.com/watch?v=6JlL9q5gViU Por favor compañeras y compañeros difundan éste video de esperanza y resistencia. Reciban nuestro saludo solidario compañeras [...]

Comunicado, sobre hostigamiento policiaco a la peregrinación tradicional de la comunidad wixárika de Tuapurie

A la sociedad civil nacional e internacional A los medios de comunicación Al Congreso Nacional Indígena El día de ayer 22 de Febrero de 2010, mientras un numeroso contingente de wixaritari de Tuapurie- Santa Catarina Cuexcomatitlán, se encontraban en un paraje llamado Tanque Valentín, que está dentro del ejido Las Margaritas, municipio de Catorce, San Luis Potosí, estaban [...]

Compartimos enlaces con información sobre Bolom Ajaw.

Estimadas y estimados compartimos algunos enlaces donde hay más información sobre Bolom Ajaw esperamos que les sea de utilidad y que nos ayuden a darle la mayor difusión posible. Gracias. Centro de Derechos Humanos Fray Bartolomé de Las Casas A.C. Videos sobre agresiones de Opddics en Bolom Ajaw y Agua Azul 2007 y 2008 http://chiapas.indymedia.org/article_173372 Audio del informe del [...]

video y exposición de pintura en el Rincón Zapatista, DF

El Rincón Zapatista y el Cybercafé Comandanta Ramona invitan “Estamos todos ustedes jodidos…” La crisis y el capitalismo Miércoles 24 de febrero, 18 hrs. Proyección de la película Pan y Rosas, dirigida por Ken Loach y escrita por Paul Laverty, (2000). La primera película de Loach en territorio norteamericano retrata la lucha de un grupo de trabajadores inmigrantes de limpieza, en [...]

Próxima audiencia por la libertad de Victor Herrera Govea

A las personas que están por la justicia en este país y en el mundo A lxs compañerxs y amigxs que se han pronunciado por la libertad de Víctor Herrera Govea, de lxs presxs políticxs de este país y del mundo, los convocamos a que el miércoles 24 de Febrero próximo, a las 11 hs, día [...]

Festival de trova en la Casa del Dr. Margil

La Casa – Museo del dr. Margil adherente a la Otra Campaña te invita al festival de Trova: Otro más de Resistencia. Éste sábado 27 de febrero Casa del dr. Margil 5pm Entrada Libre. Con la participación de los cantautores, roleros, choreros etc… * Alan Vega * Miguel Torres [...]

Poeta Jorge Tufic - Cidadão do Amazonas

Jorge Tufic
Foto: Rogelio Casado - Manaus-AM, novembro 2008

Jorge Tufic - Cidadão do Amazonas

No dia 9 de março a Assembléia Legislativa do Amazonas outorgará o título de Cidadão do Amazonas ao poeta Jorge Tufic, um dos mais importantes poetas da Amazônia Ocidental, atualmente residindo em Fortaleza-CE.

Os amigos e amigas de Jorge Tufic estão convidados a participar dessa merecida homenagem.

Mais informações com a Sra. Izaura, através do e-mail cerimonial@aleam.gov.br.

***

Homem

Jorge Tufic

Trajetória de sombra dispersada
Das mãos lhe escorre o tempo que sonhou.
Quantas almas possui na alma pisada?
Qual dentre todas a que mais amou?

Seus passos abrem sulcos de alvorada.
Por estrelas errantes se enredou.
Onde a sua face ausente procurada
E as ilhas de além-mares que fundou?

Máscara leve lhe recobre a fronte.
(O silêncio portrás constrói o mito)
Traz nos ombros a sombra do horizonte.

De fundas cicatrizes cava o mundo.
E, sendo humano, um pouco de infinito
Guarda no peito como em céu profundo.

(Varanda da pássaros)

Nota do blog: Poema publicado em Poesia e Poerad do Amazonas - Tenório Telles, Marcos Frederico Krüger (Organizadores). Manaus: Editora Valer, 2006.

Lançamento do livro “Verdades Irreais”, de Walquimar Vilaça

Manaus, 24 de fevereiro de 2010

A Livraria Valer tem a satisfação de convidá-lo(a) para o lançamento do livro “Verdades Irreais”, de Walquimar Vilaça que acontecerá dia 27 de fevereiro, às 10h na Livraria Valer, situada na Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro.

A poesia é uma das manifestações artísticas mais intrínsecas e evocativas da sensibilidade e da força vital que pulsa no ser dos homens. Quem cultiva e escreve poesia está vivo, sente na alma a inquietude e a chama vivificadora da beleza e do desejo de expressar sonhos, dores e esperanças – tudo aquilo que constitui a natureza da condição humana.

A produção poética de Walquimar Vilaça, apresentada em Verdades Irreais, seu primeiro livro, é composta desses elementos vitais, em que se sobressai o questionamento, a inquietude e a busca de um sentido para a existência. O poeta carrega no peito sentimentos que se traduzem numa ânsia de compreensão do mundo, da realidade e seus mistérios. Seus versos expressam esse olhar apreensivo e, ao mesmo tempo, consciente da própria condição.

Viver é ter consciência da inconstância das coisas, inclusive de nossas próprias dores e ansiedades. É saber que tudo está inserido na roda da vida e que essa realidade expressa a circularidade do tempo. Nada é, portanto, definitivo na existência e há sempre a possibilidade do renascimento e da superação, como deixa evidente o poeta no texto: “A noite passa como as nuvens no céu, / A luz do dia traz o calor da vida / E aquece-me / E o sono vem / E o sonho vem / E o sol negro se vai”.

No combate às provações da caminhada, afirma-se pelo sonho e pela poesia, sobretudo pela força de sua vontade e disposição de seu ser. O poema “Verdades irreais” é uma confirmação da força que o impulsiona para a vida: “Bebi das estrelas um pouco de luz / e molhei minha alma / e adormeci no sol para queimar minha pele / aquecendo meu corpo para a luta”.

Num tempo marcado pela indiferença e vazio dos gestos, pela violência e brutalidade nas relações entre os homens, a poesia é um antídoto para o mal e angústias de uma época arruinada pelo sofrimento. Com sua poesia, Walquimar assume uma atitude questionadora em relação à condição humana e, ao mesmo tempo, evoca sua fé na possibilidade do novo, da ruptura com o estabelecido, com tudo o que representa limitação e cerceamento. O trabalho poético de Walquimar Vilaça é revelador de uma sensibilidade latente e de um criador inquieto ante os mistérios e contradições do mundo. Esses aspectos ilustram o caráter filosófico que perpassa seus poemas.

Sobre o autor

Walquimar Vilaça Batista Borges é especialista em Gestão Escolar e Filosofia. Poeta amazonense, expressa em suas poesias a magnitude de suas reflexões filosóficas sobre a existência humana e seus mistérios, que são evidentes na relação que estabelece entre os sentimentos existentes em sua alma sensível e a realidade, através desta obra poética, para deleite do leitor.

Evento: Lançamento do livro Verdades Irreais

Autor: Walquimar Vilaça

Data: 27 de fevereiro de 2010

Horário: 10h

Promoção:
Livraria Valer

Local:
Av. Ramos Ferreira, 1195 – Centro

Quanto: Entrada franca

Contatos: Valer: 3635-1324 / Autor: 9191-2807 / 9136-8918; walk_171@hotmail.com

A Barca Poética de Brasília

Amigos e amigas queridos,

Aí vai o convite para a Barca Poética em que nós, do grupo Poesia da Lua, vamos ler nossos poemas, cantar algumas músicas e apreciar as belas paisagens do Paranoá, inclusive o fantástico por-de-sol. Depiois, a sempre surpreendente visão da Lua Cheia. Eita!

Vai ser neste domingo agora, dia 28. Já participei de outras vezes, e garanto que é um passeio inesquecível, entre goles, poemas, canções e cliques de máquinas fotográficas.

Não esqueça de fazer a reserva (a barca é limitada) e levar seu poema salva-vidas. Tem uma hora lá em que todo mundo pode ler seus próprios versos. Ou os versos dos outros. Enfim, é um programa diferente. Sempre diferente, porque cada passeio é único.

Espero vocês por lá. Grande abraço.

Paulo José Cunha

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BARCA POÉTICA VOLTA A NAVEGAR NO LAGO PARANOÁ
Poetas fazem recital na BARCA BRASÍLIA em plena LUA CHEIA
Embarque nessa
!


A Barca Poética voltou mais profética do que nunca. Será neste próximo domingo, dia 28 de fevereiro, as 17 horas, que a Barca Brasília zarpará do cais do Bay Park Hotel, próximo da Vila Planalto, para um extraordinário passeio poético pelas águas do Lago Paranoá. No céu, ela, a lua mais linda do planeta.


A Barca Poética foi criada no primeiro semestre de 2009 pelo grupo OIPOEMA. Muita poesia e música durante um belíssimo passeio da Barca Brasília pelo Lago Paranoá em plena lua cheia. É esta tradição que será retomada neste próximo domingo. Você não pode perder!


Os poetas Vicente Sá, Nicolas Behr, Luis Turiba, Amneres, Angélica Torres Lima, Carla Andrade, Paulo José Cunha, os músicos compositores Paulo Djorge e Renato Matos, a atriz Dina e outros mais. Todos estarão lá, afiados e afinados com versos, prosas, sambas e outras bossas.


“Este é o primeiro recital de uma série de iremos fazer a plenos pulmões em todos os espaços possíveis de Brasília até o dia 21 de abril. Nossos recitais fazem parte do projeto “Amo Brasília nesse 50 anos”. É uma resposta dos artistas que fazem esta cidade ao fracasso político e ao vexame histórico do governo Arruda. Temos o compromisso de tirar esta cidade do baixo astral que ela se encontra. Vamos fazer isto com muita poesia, uma dose de prosa e um pouco de samba que ninguém é de ferro”, afirma o poeta Turiba, um dos fundadores da Barca Poética.

SERVIÇO
Barca Poética volta a navegar no Lago Paranoá. Embarque nessa!
Data: 28 de fevereiro – domingo
Local: Cais do Bay Park Hotel: SHTN Trecho 02 Lote 05 (próximo à Vila Planalto).
Partida: 17h; Previsão de chegada: 20h30.

Valor do passeio: R$ 40,00
Couvert artístico: R$ 10,00
Consumo de alimentos e bebidas à parte.

Reservas e informações:
www.barcabrasilia.com.br
passeio@barcabrasilia.com.br
Telefones: 8419-7192 (Edmilson Figueiredo) e 8432-6234 (Amon Trajano).

PáginaDois 2010

Postado em zazzle.com.br
PáginaDois 2010

Em outubro de 2010, o PáginaDois completará 5 anos!
Por isso, estamos preparando muitas novidades para os nossos leitores.

Para acompanhar essas inovações, agora você pode seguir o PáginaDois no Twitter: paginadoisnews.

Não deixe de aproveitar os últimos dias do verão para conferir O Sétimo Sentido de Clarice Casado, O tamanho do amor de Bianca Rosolem e Uma outra viagem de Marcella Marx. Na seção de música, fique por dentro dos 9 melhores álbums de 2009 segundo Cassiano Rodka e, na de cinema, conheça a lista dos melhores filmes do ano passado de Moisés Westphalen.

Boa leitura! :)
PáginaDois

Abuso de medicamentos


Un comité de la ONU alerta del abuso de medicamentos con receta
24/02/2010 12:15

Por Kate Kelland

El abuso de medicamentos con receta está creciendo rápidamente en todo el mundo y hay más personas que abusan de sustancias legales que de la heroína, la cocaína y el éxtasis juntos, dijo el miércoles el organismo mundial de control de medicamentos de Naciones Unidas.

El Comité Internacional de Control de Narcóticos (INCB, por su sigla en inglés) también señaló un incremento en el uso de las llamadas "sustancias usadas para violaciones", ya que los agresores intentan eludir los controles más rigurosos con fármacos que no están prohibidos por la ley internacional.

El INCB dijo que varias muertes de famosos, como la del cantante Michael Jackson el año pasado, habían llamado la atención sobre el abuso de medicamentos de venta bajo receta.

En Estados Unidos, el abuso de estas sustancias "es hoy el segundo caso más importante después del cannabis", dijo, con 6,2 millones de personas en el 2008.

"El abuso de tales medicinas se ha extendido por el mundo en los últimos años", dijo Hamid Ghodse, director del Centro para Política de Medicamentos de la St George University de Londres y uno de los autores del informe. "Tiene que ser abordado urgentemente", añadió.

Ghodse dijo que era difícil obtener datos exhaustivos de abusos de fármacos, algo que describió como "un problema oculto", pero en Alemania, por ejemplo, se estima que entre 1,4 y 1,9 millón de personas son adictas a medicamentos con receta.

En Canadá, entre un 1 y un 3 por ciento de la población abusa de los opiáceos prescritos y en varios países europeos, como Francia, Italia, Lituania y Polonia, entre un 10 y un 18 por ciento de los estudiantes usa sedantes o tranquilizantes sin receta.

Las farmacias ilegales en internet, que venden medicinas robadas y falsificadas en todo el mundo, son una importante fuente de suministro para quienes abusan de estas sustancias, según el INCB, que instó a los gobiernos a seguir estas páginas web de cerca o cerrarlas.

El INCB también planteó la alarma sobre nuevos fármacos que se están convirtiendo en la elección de los violadores sexuales.

Sustancias como la ketamina y el butirolactona gamma (GBL), que no están controladas en las convenciones internacionales, están sustituyendo al Rohypnol, que era en el pasado tan usada por los agresores sexuales que se la llamaba "la droga de los violadores".

Ghodse dijo que la aplicación de medidas de control más estrictas por parte de los gobiernos y la industria farmacéutica había ayudado a recortar el uso de Rohypnol, o flunitrazepam, que ahora apenas se usa en estas agresiones, pero otros fármacos más nuevos eran fáciles de conseguir y se estaban abriendo camino.

"Dado que en muchos países estas sustancias se consiguen con facilidad, a menudo caen en manos de delincuentes", dijo a los periodistas.

La presidenta del INCB, Sevil Atasoy, dijo que eran necesarios más esfuerzos para impedir el abuso de drogas de todo tipo, para recortar la demanda y hacer mella en la cadena de suministro. Redes criminales organizadas y poderosas están encontrando constantemente nuevos procesos, rutas y sustancias para mantener sus operaciones con vida.

Fonte: Publico.es