agosto 31, 2010

Ditadura militar: acertar as contas com o passado. Quem não deve não t(r)eme.

Ato lembra 20 anos da abertura da vala de Perus

Autoridades e integrantes de organismos de direitos humanos ponderam que há remanescentes da ditadura em cargos públicos e que é preciso fazer o acerto de contas com o passado



Ato lembra 20 anos da abertura da vala de Perus
A ex-prefeita Luiza Erundina ao lado do vereador Ítalo Cardoso e de representantes do MPF e do Planalto na Câmara Municipal (Foto: Renatto de Sousa. Câmara Municipal) 
 
São Paulo – São Paulo lembrou nesta segunda-feira (30) os 20 anos da abertura da vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, no bairro paulistano de Perus. Uma sessão solene organizada na Câmara Municipal contou com a presença de autoridades e integrantes da sociedade civil envolvidos no trabalho realizado em 4 de setembro de 1990.

Na ocasião, familiares de mortos e desaparecidos da ditadura militar (1964-85), em parceria com o poder público municipal, conseguiram comprovar a localização dos corpos de vítimas do regime. Hoje se sabe que a intenção oficial era incinerar as ossadas. Os mortos passaram a ser enterrados em valas comuns ou em túmulos separados a partir do fim da década de 1960, primeiro no Cemitério de Vila Formosa, e depois no Dom Bosco, construído na gestão municipal de Paulo Maluf.

A Rede Brasil Atual apresenta uma série de reportagens sobre a tentativa de identificação de restos mortais de desaparecidos da ditadura militar.

Leia também:

A prefeitura chegou a encomendar a uma empresa dos Estados Unidos dois fornos crematórios que seriam instalados em Perus. No entanto, a empresa estranhou a encomenda e se negou a fornecer os equipamentos, mais tarde instalados em Vila Alpina.

Com isso, as ossadas, que já haviam sido retiradas dos túmulos, foram todas arremessadas em uma vala comum. Em 1990, por fim, foi possível fazer a abertura e detectar que havia mais de 1.500 corpos lá dentro, a maior parte de mortos “comuns”.

A deputada federal Luiza Erundina, à época prefeita de São Paulo, lembra da manhã em que recebeu a notícia da abertura da vala e se deslocou ao cemitério para evitar ações danosas de integrantes do Instituto Médico Legal (IML) remanescentes da ditadura. “Devem ter colocado alguns pareceres para esconder a verdade sobre aqueles crimes políticos. Tivemos de buscar apoio político para ajudar a preservar a integridade daquelas ossadas pque havia rumores de que os autores poderiam vir a desaparecer com aquelas ossadas”, afirma.

Tereza Lajolo, que foi relatora da comissão parlamentar de inquérito aberta na Câmara Municipal, destaca que o êxito do trabalho é fruto dos que não se curvam a abrir mão da história, mesmo que sejam chamados de revanchistas.“Se eles (familiares) não tivessem persistência pela nossa história, não estaríamos aqui. É isso que é fundamental. Quero chamar atenção para isso. O que verifico é que as pessoas abrem mão da sua história por conta de acordos que vamos fazer para poder avançar. Avançar no quê?”

Acerto histórico

Todos os presentes à sessão solene lembraram a necessidade de fazer o acerto histórico com as contas da ditadura para garantir que o problema não se repita. Uma das críticas principais voltou-se ao Supremo Tribunal Federal (STF), que em abril decidiu que a Lei de Anistia firmada em 1979 foi fruto de um amplo acordo da sociedade com o regime, não havendo motivo para possibilitar a punição dos crimes de tortura. “A lei está incompleta, não é o resultado do movimento pela anistia, não é o que passou pelo crivo da sociedade civil”, resumiu Erundina.

Mais sobre desaparecidos da ditadura

Amelinha Teles, da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, pondera que a descoberta da vala de Perus foi um fato tão grande quanto a própria anistia. “Estamos aqui num caminho de busca da verdade e da justiça. Não é possível que torturadores matem, escondam os corpos, torturem, e nada aconteça. Vamos fazer de conta que no nosso país não aconteceu isso? É vergonhoso”.
Ivan Seixas, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), lembra que falta a identificação das ossadas de pelo menos três das vítimas de Perus e a abertura das valas de Vila Formosa. “O outro lado não dorme, não descansa. Nós que defendemos a humanidade temos de estar constantemente atentos, vigilantes para elucidar os crimes. Tem o segundo trabalho, que é de elucidar esses monstruosos crimes de assassinato.”

O vereador Ítalo Cardoso, que participou à época da CPI, lembrou que o modo de operação das polícias paulistas é o mesmo da época da ditadura. “Cada dia mais percebemos que não podemos ficar desatentos. Quando bobeamos um pouquinho aconteceu o caso do Carandiru. Em 2006 foram às ruas, com toda sua força, e com a conivência dos comandantes mataram quase 500. Há pouco tempo jovens desapareceram em Parelheiros”, ponderou.

Responsabilização

O Ministério Público Federal ingressou no ano passado com ação contra a União, o estado de São Paulo e o município para que fosse concluído o trabalho de identificação das ossadas de Perus. Na mesma ação se pedia a responsabilização de agentes, entre eles Paulo Maluf e Romeu Tuma, e dos institutos que foram, um a um, postergando os exames de DNA.

A Justiça chegou a conceder liminar determinando que o Estado brasileiro se manifestasse rapidamente sobre o assunto e colocasse à disposição os recursos necessários ao trabalho. Mas a Advocacia Geral da União conseguiu cassar a liminar com o argumento de que os R$ 3 milhões que seriam empenhados poderiam provocar prejuízo à ordem econômica.

Marlon Alberto Weichert, procurador regional da República em São Paulo, espera que a Corte Interamericana de Direitos Humanos defina até o fim do ano pela responsabilização do país em ação movida por organismos de direitos humanos sobre os mortos no Araguaia. “Pode ser um novo marco na luta por direitos humanos no Brasil. Fazer com que o Estado brasileiro se submeta e cumpra a decisão de um tribunal internacional.


Fonte: Brasil Atual

A nebulosa história do mensalão dos parlamentares que votaram na emenda da reeleição de FHC

betokk2 | 30 de agosto de 2010
Jornal da Globo - Dilma Rousseff é entrevistada no Jornal da Globo. 30 08 2010

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Trecho do texto de Miguel do Rosário, no blog Óleo do Diabo:
A novidade desta entrevista é que Dilma partiu para o ataque. Com leveza, elegância, mas com munição de verdade. Ela lembrou que foram vazadas as dívidas de parlamentares com o Banco do Brasil durante os debates em torno da emenda para a reeleição. Eu não lembrava disso! Mais uma prova de que o verdadeiro mensalão foi a reeleição. Martelarei esse tema incansavelmente. O governo Lula não tinha porque "comprar" deputados durante seus primeiros anos de governo. Para votar o quê? A reforma da Previdência? Uma reforma que até hoje nem foi inteiramente regulamentada? Ou seja, não tem sentido. Já o governo FHC tinha um motivo fortíssimo para subornar deputados: precisava de votos para aprovar a reeleição e estender o mandato de Fernandinho por mais quatro anos.

Eu considero que é absolutamente injustificável que uma pessoa acuse outra sem apresentar provas. Nós temos pedido sistematicamente que apresente provas. Aliás, se essa situação for colocada dessa forma, eu queria dizer uma coisa: o partido do candidato meu adversário tem uma trajetória de vazamentos e grampos absolutamente expressiva. Por exemplo, vazamento das dívidas dos deputados federais com o Banco do Brasil nas vésperas da votação da emenda da reeleição. Os grampos que existiram no BNDES e também os grampos feitos juntos ao próprio gabinete, o secretário da Presidência da República. Eu jamais usei esses episódios pra tornar o meu adversário suspeito de qualquer coisa porque eu não acho correto.

Outra coisa que é preciso reiterar: FHC impôs restrições ao humor em época eleitoral, através da lei assinada pelo presidente da república em 1997, como parte do esforço para blindar o governo e ganhar as eleições em 1998. Esses humoristas de direita como Marcelo Madureira nunca falam disso. As críticas à lei anti-humor (que caiu há pouco por iniciativa de Ayres Brito) vem deliberadamente confundindo a opinião pública quanto a esse ponto, que é naturalmente fundamental: quem a criou e quem a assinou.
Fonte: Óleo do Diabo

Nota do blog:  A leseira-nossa-de-cada-dia é quem faz sumir da memória acontecimentos como a história do verdadeiro mensalão, aquele que ocorreu no governo FHC. Até o Miguel do Rosário havia esquecido do episódio. No Amazonas, por exemplo, todos sabem quem foi o "homem da mala preta", que levou dinheiro para ajudar a pagar os parlamentares que votaram na emenda da reeleição do FHC. Os que tem obrigações com a informação se fazem de lesos e omitem essa preciosa informação neste ano de eleição, que poderia auxiliar o eleitor a fugir dos democratas de fachada.

Luto como Mãe, um documentário sobre chacinas cometidas por policiais no Rio de Janeiro


cinemanosso | 16 de julho de 2010
A partir de 20 de Agosto, Luto como Mãe de Luis Carlos Nascimento. 1º Longa Metragem do Cinema Nosso.

***
Estréia no Espaço cinema Nosso o documentário
Luto como Mãe.
“ Ignora-se que, para cada marido, cada filho, cada homem morto, existe sempre uma mulher por trás”,
Luis Carlos Nascimento, diretor do documentário.

O longa retrata chacinas cometidas por policiais repercutidas em todo o país e nomeadas como as “Mães de Acari”, “Chacina da Candelária”, “Chacina da Baixada” e outras tão importante quanto essas. Durante quatro anos, Luis Carlos Nascimento acompanhou de perto junto com uma equipe de cinema o drama dessas mães, desde a coleta de depoimentos até os desdobramentos dos casos perante a justiça.

- Assista aqui o Trailer Oficial de Luto como Mãe -

Luto como Mãe” participou da 14ª edição do Festival Internacional do Rio (2009) - onde concorreu a três prêmios: melhor direção, melhor documentário e melhor filme do júri popular; no Festival Viña del Mar (Chile/2009); no 12ª Festival de Cinema Brasileiro de Paris (França/2010); no 1ª Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa – FESTin (Portugal/2010); na 3ª Mostra Internacional de Cinema em Língua Portuguesa, entre outros.

O documentário "Luto como Mãe" tem a direção do cineasta Luis Carlos Nascimento, produção da TV Zero, Jabuti Filmes e Cinema Nosso. O longa foi realizado em parceria com CES- Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal) e CESEC- Centro de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes e conta também com o apoio da Fundação Ford , IPAD- Instituto Português para o Desenvolvimento, Sebrae/Rj e Fase. 

- Aonde assistir ?
Em cartaz a partir do dia 27 de Agosto ao dia 2 de Setembro.
Horário da sessão: 16h e às 19h.

Local:
 Espaço Cinema Nosso - Rua do Resende, 80, Lapa, Rio de Janeiro - Tel: (21) 2505-3300

Conheça-nos, participe, divulgue.
Twitter Oficial: @lutocomomae

Biblioteca Diplô e Outras Palavras - Nº 13

bibliotecadiplô e OUTRASPALAVRAS
Boletim de atualização de Outras Palavras e Biblioteca Diplô - Nº 13 - 30/8/2010
Muito além dos mercados
Ricardo Abramovay debate: como a sociedade civil está encontrando caminhos para influir nas condições ambientais e humanas da produção agropecuária


Como a Europa faz mal à Saúde
Atropelando soberania de países do Sul e ferindo Direito Internacional, União Europeia destroi medicamentos que combateriam AIDS, hipertensão e infecções


Por que o Ocidente não ajuda o Paquistão
Tarik Ali analisa: só o preconceito contra Islã explica a indiferença, na Europa e EUA, frente à tragédia das mega-inundações

Requiescat in PaceSerá sepultado em breve, na América Latina, o projeto da "Terceira Via". Morre sem deixar saudades. Por José Luís Fiori


Patagônia à venda
Quatro famílias estrangeiras tentam controlar, na Argentina, um dos grandes mananciais d'água do planeta. Parte dos habitantes pensa em secessão


Conhecimento, bem comum
Rede de organizações questiona a concessão de patentes a medicamentos e lança site para que pública conheça e debata o tema

Tenderhacker: piratarias de gêneroA experimentação sobre alma humana pode ocorrer no corpo individual, supervisionada pelo próprio indivíduo, para emancipação sexual do corpo controlado


Síntese ao final do I Encontro de Blogueiros Progressistas
Foram divididos em cinco grupos, para discutir o  fortalecimento da comunicação horizontal e democrática na internet. Depois, todos reuniram-se no auditório


A implosão da legendária Fonte Nova
Ouvimos uma série de explosões, muita poeira e o estádio estrebuchou. Alguns ensaiaram palmas, que não foram seguidas pela grande maioria



Surplus
Documentário explora, com a linguagem do vídeo-clip e do rewrite de imagens e sons, os paradoxos da sociedade do consumo

Maitê Proença faz escola

Quem semeia fascismo colhe fascismo!

Fonte: O Escrevinhador

No fim da semana passada, Serra foi aos militares  no Rio e “denunciou”: o PT é responsável por uma República Sindicalista. Discurso idêntico ao dos golpistas de 64.
Hoje, leio na Maria Frô que um desses “militantes cibernéticos” (e histéricos) do tucanismo espalhou pela internet a  foto que reproduzo abaixo.
Ou seja: quem semeia facismo colhe… exatamente isso, facismo!
Deixemos a Maria Frô explicar melhor quem é o responsável pela barbaridade…
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Maitê Proença fazendo escola entre os machos selvagens

O título deste post remete à declaração infeliz dada pela atriz global Maitê Proença, discutida aqui. Parece que Maitê encontrou adeptos da espécie ‘machos selvagens’ e sem noção que tanto aprecia. Um deles se identifica no twitter e no twitpic como @cesaradorno. Em seu perfil encontramos a seguinte descrição: “Cesar Adorno, Bio: Medico Veterinário nascido em Santa Cruz do Rio Pardo neto de imigrantes Italianos,Tucano por ideologia e Sãopaulino de coração!”(sic) No seu avatar vemos um twibbon de apoio ao candidato José Serra. Se é um perfil falso ou não, não podemos afirmar, só podemos deduzir que por trás dele existe um ser sem noção e que acredita que vale tudo na campanha, inclusive incorrer em alguns crimes.
A imagem que vocês podem ver reproduzida abaixo foi editada grosseiramente por algum incauto. As inscrições originais da faixa foram apagadas e em seu lugar foram inseridas mensagens de incitamento à violência contra a mulher, no caso: Dilma Rousseff.
Imagem editada que foi publicada por um usuário do twitpic que se identifica como Cesar Adorno.

As frases fazem apologia ao crime na medida em que remetem ao assassinato bárbaro de Elisa Samúdio, seu suposto mandante e possíveis executores.
Fonte: Quem tem medo de Lula?

O Brasil de Millôr vai mudar

Nota do blog: No Brasil de Millôr, o ambiente é ótimo, o que avacalha é o serviço que não presta. Tem nada não, Millôr! Tenho amigos que juram de pés juntos que Marina do PV vem pra tornar o país mais decente... E ela não vem só. Vem com o ex-Gabeira (PV), o Art(h)ur Neto (PSDB), o Roberto Freire (PPS), tutti gente buoni!

A criação de factóides está mais pra circo do que pra hospício, meu caro Nassif

Imagem postada em treseles.blogspot.com
 Nota do blog: Meu caro Nassif, com os manicômios em baixa, mais pra circo do que pra hospício.

Estou ficando louco?

Acho que estou sofrendo de alucinações.

Hoje saiu em um dos jornalões a história de que o Nelson Barbosa, Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, estaria preparando uma reforma da Previdência para apresentar logo após as eleições.

Nem li, tal o enfado. Quem tem um mínimo de informação sabe que não há nenhuma urgência na reforma da Previdência. Há uma ampla discussão em curso e a constatação unânime de que é um problema de longo prazo, que será resolvido sem pressa.

A troco de quê, então, uma reforma de afogadilho, assim que acabar as eleições?

É evidente que se tratava de mais um episódio besta, de criação de factóides, no qual a campanha de Serra entra com o boato para pegar leitor desinformado, o jornal que participa da jogada empenha sua credibilidade (já escassa) e o assunto morre dois dias depois, sem maiores consequências.

Passei o dia no Seminário da FGV. No almoço, o Nelson me contou rindo a besteira do jornal.

Termina o Seminário, pego um táxi, com o rádio ligado na CBN. E o repórter informa que o impossível Sérgio Guerra, presidente do PSDB, iria entrar com uma representação no Ministério Público, para apurar a "denúncia" do jornal sobre a reforma da Previdência. O argumento é que a Dilma estaria usando a máquina pública, hoje, para preparar seu plano de governo do ano que vem.

Essas eleições bateram o recorde. Como diziam na minha terra, se cercar vira hospício; se cobrir, vira circo.

Fonte: Luis Nassif Online

A Economia da Cultura, por Jair Alves

A Economia da Cultura
 
Empurra pra frente pra traz...
O motor não ascende...
Vários documentos programáticos, originários do MINC/FUNARTE, introduzem no seu bojo o conceito Economia da Cultura. Na maioria das vezes, esta denominação aparece como uma panacéia, um remédio para todos os males. Mas, eu entendo que o que está acontecendo é uma tremenda confusão a respeito, e um absoluto silêncio sobre o que está por vir, resolvi pesquisar nos anais desses dois organismos, em quais circunstâncias este conceito vem sendo utilizado, e o que ele pode realmente significar. A primeira citação já me basta, para caracterizar a balburdia sobre tudo o que se discute a respeito de Arte e Cultura. Não seria tão grave, assim, se esta discussão conceitual não resultasse em incentivar, fomentar e proteger, as Artes nos programas governamentais. Os Fundos de Incentivo aos setores produtivos, do Circo, da Dança e do Teatro não estão fora dessa discussão; daí a preocupação (de poucos, infelizmente).

Um dos documentos pesquisados, diz em sua introdução, o seguinte:

“A Economia da Cultura, ao lado da Economia do Conhecimento (ou da Informação), integra o que se convencionou chamar de Economia Nova, dado que seu modo de produção e de circulação de bens e serviços é altamente impactado pelas novas tecnologias, é baseado em criação e não se amolda aos paradigmas da economia industrial clássica”. (Fonte:http://www.cultura.gov.br/site/2008/04/01/economia-da-cultura-um-setor-estrategico-para-o-pais/. Acesso em 26 de outubro de 2009).

        Como este documento é oficial, ao menos de alguém que fala em nome da Oficialidade, pergunto se isso está entendido pela maioria dos candidatos a fomentados? Vamos sair desse circulo, restrito, para ver o que acontece nos bastidores, na vida real ou nos programas de tevê; como queiram.

No dia de ontem (terça-feira), ao assistir heroicamente a um debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, ouvi de um deles (ligado às causas do meio ambiente) que tudo o que devemos fazer hoje em dia, é observar por onde estão sendo introduzidos os parâmetros da Nova Economia.  Bingo!!!

Como aqui não é um fórum de disputa político-eleitoral (ainda bem!), fiquemos apenas na caracterização da origem dessa pauta, equivocada, enfiada goela abaixo de artistas e profissionais afins, de um setor centenáriamente complicado, especialmente em se tratando das artes de espetáculos. A grande maioria dos problemas que aqui tratamos está presente, na ordem do dia, desde a Independência do Brasil; da Proclamação da República; do período da implantação da Industria brasileira; da inauguração de Brasília; ou mesmo depois da Anistia. É só escolher. Não dependemos de nenhuma teoria nova, para resolver questões crônicas. Todo artista depende da circulação de sua Arte e do seu produto, afinal, ele (todos os artistas) precisa comer. Caminhamos, ou entregamos aos “acadêmicos” (com tempo e salário), para confundir ainda mais o galinheiro? É muito fácil cair na armadilha de um acadêmico, e quando isso acontece dançamos sem conhecer a música. Pois bem, eu acho que estamos dançando desde a muito, resta saber se ainda a tempo para se levantar. Do contrário, esta história vai acabar virando a mesma ladainha que ouvíamos, em meados dos anos 90, a respeito dos novos paradigmas. Isso virou conversa do politicamente correto; e lá se vão dez anos.

Quero registrar, aqui, a origem da expressão Economia da Cultura proferida pelo próprio Ministro da Cultura de então, Gilberto Gil, em 2005. Fui um dos acompanhantes da bailarina e coreógrafa, Marika Gidali, no Prêmio de Honra ao Mérito, no Palácio do Planalto, em Brasília, convite este feito por Sérgio Mamberti, a época, ainda Secretario da Diversidade Cultural. Marika Gidali foi homenageada, juntamente com Décio Otero, pelos anos do belíssimo trabalho realizado à frente do Balet Stagium.  Naquele mesmo dia e local, Augusto Boal, também homenageado, com sua saúde debilitada (já andava de com cadeira de rodas), foi o escolhido como paraninfo da turma. Mesmo assim, Boal aproveitou esta oportunidade para reforçar, em nome dos homenageados, a urgência de se aprovar o Programa Pontos de Cultura. Não tenho nenhuma gravação do que aconteceu ou do que foi falado, durante jantar de confraternização, mais tarde. Mas, como estamos conversando entre pessoas que não mentem (ao menos deveria ser assim) e, por outro lado, qualquer um que tenha vivido ao lado desse dramaturgo, durante anos, saberá que ele não se empenharia bravamente num projeto que levasse a uma desprofissionalização dos artistas. Muito pelo contrário! Boal esperava que o empenho do governo serviria para distribuir recursos para as áreas, aonde a Arte e os Artistas já existissem.

Essa nova ação não poderia - e não pode - destruir as pequenas conquistas de mais de um século, dos setores avançados do operariado artístico. Mirem-se, no exemplo de Chiquinha Gonzaga. Parece que estão querendo inventar a roda, ao imaginar que podemos derrotar os poderosos da Industria Cultural, com uma não-industria; isso é coisa de amador. Desenvolver formas de expressão popular, não significa matar de fome quem nela trabalha. Mas, o que essa firmeza do Boal tem a ver com o discurso do Ministro, diante do Presidente da República? A tônica do discurso de Gilberto Gil foi à Economia da Cultura, que já se desenvolvia e precisava de mais fôlego. Neste caso é possível, sim, reler cada sentença desse discurso, e de todos os dados que foram apresentados no início de setembro daquele ano; bastando para isso, rever as tevês governamentais ou a minuta do seu discurso. Qual era o legado que Gilberto Gil trazia naquele momento, numa simbiose com uma outra vertente menos glamourizada, no caso, Boal?

Gil foi o primeiro artista a perceber a estrutura e movimento, que ocorreu com o advento da Industria Cultural no Brasil, a partir dos anos sessenta, mais especificamente a partir dos Festivais de Musica Brasileira. Por ele ter formação em Administração de Empresas, domina a terminologia industria e utilizou a expressão produto cultural, pela primeira vez, num encarte de um de seus LPs. Dentro da estrutura da Industria fonográfica, alertou que para continuarmos vivos era preciso fazer parte daquela máquina, mesmo que para transformá-la. Hoje, é preciso também compreender que, na década seguinte (anos 70), a "esquerda" se dividia claramente, entre os Pró-Moscou e Pró-Pequim. Quem se esquece ou ignora esta questão, está cometendo um assassinato político e cultural. Não se pode jogar no lixo, qualquer que seja a experiência humana, e suas conseqüências. Mora aí, o nosso maior problema. Esta fobia de se neutralizar um passado nem tão remoto é, no mínimo, criminosa.

A roda da história girou, e o Velho de Restelo, como sabemos, não está morto. Hoje, não partimos mais para o Oriente; é o Oriente quem nos invade. Vinte anos depois o mundo, de fato, começou a mudar. A China, hoje, aposta todas as suas fichas em sua mega industrialização e no bem estar, individual, para se desenvolver. E desenvolver, neste caso, significa sair de um envolvimento, quase sempre permeado de contradições econômicas. O crescimento da economia chinesa, com todos as novas contradições que passou a produzir, dentre elas, no meio ambiente, está mudando a cara do mundo. Boa parte das Redes Sociais está, hoje, sediada na China; e por ela já pagamos, em dólares, pelo seu uso. A União Soviética, como todos sabemos, não existe mais, e o capitalismo norte-americano passa por sua grande crise, após 80 anos. Tempos novos virão. A Economia da Cultura, anunciada por Gilberto Gil, não falava sobre cultura da miséria, muito menos que deveria ser financiada pelo Estado. Quem introduziu este conceito, “híbrido”, está cometendo o maior dos crimes contra os artistas. Fazem isso, em nome de uma pseudociência, ou de um pseudoconhecimento.

Vale lembrar: quando Gil descobriu a Banda de Pífaros do Caruaru, na década de 70, fez com que ela já fosse introduzida na Industria Fonográfica; e não o contrário. Se os seus integrantes tiveram fôlego para resistir, é uma outra questão. Pergunte a qualquer músico profissional, o que pode significar ter a sua atividade controlada por um mega pelego, por mais de 40 anos? Finalmente, ele foi destituído, no entanto, seu império ainda provoca danos. O principal deles está no esfacelamento das Entidades, representativas desses profissionais. Voltemos ao nosso "circo" diário, às artes cênicas e às artes dos espetáculos. Há algo muito grave, acontecendo nos bastidores do Reino da Dinamarca e, talvez, Inês precise ser avisada antes que ela morra. Negar esta infra-estrutura industrial, que não para de crescer, é um outro suicídio cometido pelos "acadêmicos", dentro ou fora do MINC.

Jair Alves

Coisas de menina


luenmusicoficial | 16 de abril de 2010

Nota do blog: Este é o clipe do primeiro single da cantora Luen. Vítima da homofobia, depois de 52 mil exibições, ele foi removido. Repostado, já ultrapassa mais de 33 mil exibições. Somada a todas as versões disponíveis, na época em que foi removido, ele havia alcançado quase 100.000 views. O que os proibicionistas ainda não sacaram é que regular comportamento sexual nunca funcionou na nossa sociedade. Taí um coisa que é absolutamente pessoal: comportamento sexual. Não adianta querer regulamentar comportamentos obrigatórios, porque no processo cultural tudo pode ser revirado.

agosto 30, 2010

Teatro Oficina em Manaus

Foto: Renato Mangolin
O Teatro Oficina está em Manaus, onde vai apresentar quatro peças que compõem o projeto Dionisíacas em Viagem. São elas: Taniko (04/09, às 18h), Estrela Brazyleira a Vagar - Cacilda!! (05/09, às 18h), Bacantes (06/09, às 18h) e O Banquete (07/09, às 18h). Os espetáculos são gratuitos e acontecerão no Teatro de Extádio, uma estrutura itinerante para duas mil pessoas que está sendo construída no SESC Balneário Campos Elísios.
 Foto: Renato Mangolin
 Foto: Renato Mangolin
 Foto: Renato Mangolin
 Foto: Renato Mangolin

Além dos espetáculos, vamos também ministrar oito Uzynas Uzonas, que são oficinas em diversas áreas.

As inscrições para as oficinas são gratuitas e já estão sendo feitas no SESC Balneário Campos Elísios, das 9h às 17h30, através dos telefones (92) 2126-9573 / 2126-9587 / 2126-6780. As oficinas serão realizadas no SESC Centro – Teatro José Lindoso (Rua Henrique Martins, 427).

São disponibilizadas apenas 40 vagas para cada uma das Uzynas e todos os participantes atuarão também nos bastidores e/ou em cena, durante as apresentações.
 Foto: Marilia Halla

Atenção: A peça possui cenas de nudez.
Foto: Marília Halla

"Picicanálise" da "Crônica bipolar"


Nota do blog: O texto abaixo foi escrito à guisa de prefácio para o livro do intrépido Jorgito Labuerda, "Crônica bipolar", que você pode ler aqui em pdf. Para ler crônicas mais recentes, clique no blog do Jorge Laborda.
* * * 
Pra ler a “Crônica bipolar”? Bota um blues aí, porra!
Em Manaus, houve um tempo em que, aqui e ali, existia um poeta pra te tirar do sufocante marasmo provinciano, senão tu ficavas assim meio fudidão das idéias. A merda é que alguns resolveram mergulhar numa instituição qualquer, vestir paletó e gravata, único modo, segundo eles, de evitar a doideira que é sustentar uma diferença.
Outros tomaram antes um “cala a boca”, que era pra depois não “tomar no cu”, numa terra em que costuma ser vitoriosa a insustentável leseira da classe média rastaqüera, reprodutora de uma educação habituada a disciplinar corpos e mentes. Ô, yeah!
E assim, quase ficamos sem menestréis. Eu disse quase, porque se a porra desse silêncio, tão cultivado entre a maioria dos manauaras, por pouco deixou de fuder a resistência cultural da cidade ao calar a poesia, eis que a prosa ganhou em molecagem e malandragem ali onde menos se esperava, contrariando a Lei de Murphy, para quem “de onde menos se espera, dali é que não sai nada mesmo”.
 Caralho! Quem não fala não sabe escutar. E quem não escuta é porque entrou num lance de não-encontro com o simbólico. Isso pra não falar no mais claro português, de que o sujeito tá atoladinho na mais despudorada alienação. Vixe!
Falar nunca foi problema para o autor do livro que ora prefacio.  Ao menos pra patota dele. Como tu, ele também tem sua patota, que lhe reconhece a fala. E olha que não é uma patota qualquer. É uma patota udigrúdi, dessas que faz da arte militância antitotalitária, e que se orgulha de não ter o pecado de agir como máfia. Isso, não!
Mas foi o espírito de gangue que acabou prevalecendo sobre sua decisão em escrever. Explico. A patota empombou que ele tinha algo em que se ocupar. “Colunismo social”, gritou alguém, sob resposta irada imediata: “No cu, gaivota!”
O fato é que ninguém da patota agüentava mais ouvir a crônica da cidade desfilando aos seus olhos, sem que a maioria silenciosa tomasse conhecimento. Sacou a sutileza da carga a que a indigitada criatura foi submetida? Logo ele que, até então, era virgem... no ofício das letras.
Quando ameaçaram cortar o bagulho, aí que a coisa deu certo. Só pra frescar, nosso personagem se decidiu por criar um blog. O nome lhe faz justiça: “Crônica bipolar”. Daí pro reconhecimento fora da patota, bastou a postagem das primeiras heresias contra a leseira que assola, há décadas, as classes médias incultas da cidade.
Descoberto pelo jornal “O Repórter”, tornou-se, da noite pro dia, o “cronista social” mais escrachado de todos os tempos. A grana era pouca, mas dava pra descolar a gelada das quintas-feiras no bar do Armando, reduto de intelectuais que gostam de ver o mundo molhando o bico, que é pra soltar as cordas vocais e aclarar mais as idéias, não necessariamente nesta ordem.
Foi assim que o personagem, há muito inscrito na galeria do “meu tipo inesquecível”, saiu da posição de ver e escutar esse mundo velho, e, depois de falar pra burro(s), sem querer passou a escrever pra leitor de jornal, esse ser que compõe a massa informe por alguns chamada, equivocadamente, de opinião pública.
Como nem tudo que escreveu foi publicado, encontrarás neste livro o que o enfant terrible da crônica baré salvou da tesoura da censura. É pra ler e rir dos pudores do censor. Depois de cutucar a onça, por o pé no freio e tratá-lo de bichano é covardia.  
Pra finalizar, se tu me disseres que falar e escutar são duas coisas distintas, inaplicáveis para a escrita, vou te dizer uma coisa, abre tua mente para os lugares onde se produzem a diferença e deixa de regular o comportamento dos outros, porra! 
Não é todo dia, nem todo mundo, que tem a audácia de afirmar-se, sem vergonha, como crítico da cultura, essa “doencinha” tão conhecida por todos nós, quanto mais produzir discurso ou observação (des)pretensiosa sobre ela.  Te aconselho a deixar de lado tuas defesas e não fazer delas instrumento de manipulação e desvalorização do que outrem sabe fazer num campo que muitos foram condenados à mudez.
Se ainda prevalece o silêncio sobre nossa cultura, o autor a deflora com críticas impiedosas. Ele continua falante, além do escrevente que se tornou. E quem fala e escreve para além do que costumam se permitir os sujeitinhos dementes presos em seus macacos, certamente o texto da criatura exigirá um leitor liberto do moralismo que voltou a impregnar nossa cultura.
Se, por acaso, tu és um desses leitores caga-regras, mais chegado em literatura de auto-ajuda, pegaste o bonde errado. Caga-regras, aqui, só o nosso cronista. Ele tem licença poética pra cair matando o surrado racionalismo baré.
Este não é um livro pra iluministas de ocasião, mas praqueles que gostam de revirar a própria história, por seu risco e conta-própria. Definitivamente, como diria o psicanalista MD Magno, este não é um livro praqueles que vivem a repetir bobagens, tudo porque a cultura nada lhes pediu. É contra essa cultura que o autor se insurge.
Dito isto, deixo-te na companhia de Jorge Laborda. Com ele se aprende que a liberdade só se manifesta no âmbito da política. Nada a ver com a tramóia-partidária-nossa-de-cada-dia... Pra essa, verás que tu podes até cagar e andar.
Mais underground é possível. Mas aí tu vai ter que esperar o segundo volume. Este é só o primeiro, uma espécie de travessia. E, se acaso sentires que tuas fronteiras ficaram mais borradas, e descobrires que muitas das tuas idéias estavam com prazo de validade vencida, então valeram as travessuras de Jorginho.
Ah! E, se doer, relaxe, baby, e deixe-se gozar. Goze muuuuiiito! Sssssrrrrrrlllllp (‘p’ mudo, please).
Rogelio Casado
Picicanalista

Boletín de Salud Mental - OPAS

 julio -agosto 2010
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La salud mental en la prevención de violencia y lesiones en la frontera norte de México
Ciudad Juárez, México, 17 de junio (OPS/OMS) –  Juárez es considerada una de las ciudades más violentas del mundo tomando en cuenta la cantidad de homicidios que allí suceden a diario. La violencia no afecta sólo a las víctimas de asesinatos y a sus familiares sino a toda la población. Los niños tienen miedo de salir a jugar a la calle y los jóvenes se ven presionados a enlistarse como sicarios o proveedores de drogas. Las tensiones en el hogar, las tasas de suicidio, violencia doméstica y abuso sexual suben y las víctimas no se atreven a denunciarlo.
 
Maestría de Salud Mental, Universidad Nacional de Córdoba, Argentina La academia al servicio de los servicios
En la Argentina, desde el año 2008, la Organización Panamericana de la Salud(OPS) ha liderado una iniciativa con el objetivo de fortalecer la integración docencia/asistencia por medio del desarrollo de Diplomados o Cursos de Postgrados de Salud Mental. Estos diplomados tienen como eje el conjunto de Guías sobre Servicios y Políticas en Salud Mental de la OMS, que se articulan con las temáticas locales prevalentes desde una perspectiva interdisciplinaria y de salud pública.
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Consultores de la OPS en salud mental visitaron las regiones de Valparaíso y Bío Bío en Chile
Concepción, Chile, 16 de junio de 2010. Los Asesores Subregionales de Salud Mental de la Organización Panamericana de la Salud (OPS/OMS), Hugo Cohen y Víctor Aparicio, junto al Asesor Regional de Discapacidades y Rehabilitación, Armando Vásquez, y una delegación del Ministerio de Salud de Chile se reunieron con autoridades de las regiones de Valparaíso y Bío Bío. La consultoría internacional se realizó con el fin de orientar y readecuar  la estructura de la red asistencial en psiquiatría y salud mental de ambas regiones chilenas.
 
Panamá: investigación sobre “Lesiones y alcohol”
En el marco del convenio sobre políticas públicas de alcohol entre la OPS/OMS y la Comunidad Autónoma de Valencia (España), se está desarrollando en Panamá y en otros cinco países de la Región de las Américas una investigación sobre "Lesiones y alcohol". Los días 21 y 22 de junio se realizó el entrenamiento de las encuestadoras y supervisoras panameñas en la Ciudad de Panamá. El curso fue dictado por Cheryl Cherpitel (USA) y Guilherme Borges (México). Los hospitales de Panamá que participan en el estudio son el Nicolás Solano, de La Chorrera; el Amador Guerrero, de Colón; y el Chicho Fábregas, de Veraguas. El estudio se realiza en los servicios de emergencia de estos hospitales y el número de casos incluidos es de 500 por país
Comunidad de Salud Mental en Línea
La Iniciativa mundial sobre psiquiatría (GIP) ha lanzado recientemente una Comunidad de salud mental en línea. El objetivo de esta plataforma de red es establecer una comunidad que conecte a personas que trabajan en temas de salud mental en todo el mundo para mejorar la atención de la salud mental en países de ingresos bajos y medios.
La GIP invita a unirse a la comunidad de salud mental en línea para: CONECTARSE con personas interesadas en los temas de salud mental;INTERCAMBIAR información acerca de proyectos de salud mental, organizaciones, eventos y necesidades;y ABOGAR por la salud mental como una parte importante de la ayuda al desarrollo. 
 
INEBRIA - Red Internacional sobre Intervenciones breves para Problemas de Alcohol
Un grupo de investigadores se reunió para constituir una red internacional de personas interesadas en promover el tamizaje de alcohol y las intervenciones breves alrededor del mundo. Su nombre es: INEBRIA, Red Internacional sobre Intervenciones Breves para Problemas de Alcohol o “International Network on Brief Interventions for Alcohol Problems”, por sus siglas en inglés. Cuenta con el apoyo de la Organización Mundial de la Salud y el Departamento de Salud del Gobierno de Cataluña en Barcelona, España. El fin general de la red es: “Promover la implementación amplia de las intervenciones breves para el consumo de riesgo y perjudicial de alcohol, en diferentes ámbitos, tanto a nivel local, como nacional e internacional”.
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Lanzamiento del libro “Salud mental en la comunidad” en Perú
El Proyecto Regional de Salud Mental y Salud del Consumidor y la Representación en Perú de la Organización Panamericana de la Salud (OPS) en conjunto con el Programa Ampliado de Libros de Texto y Materiales de Instrucción (PALTEX) auspiciaron la presentación pública de la segunda edición del libro Salud mental en la comunidad.

El 5 de julio se hizo el lanzamiento oficial de la obra en la Universidad Peruana Cayetano Heredia, Lima, Perú. La actividad contó con la  participación de Hugo Cohen, Asesor Subregional de Salud Mental de la OPS, así como de autoridades del país. 
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Tamizaje e intervención on-line para alcohol: búsqueda de socios investigadores Evolution Health Systems Inc. de Canadá busca investigadores en el resto de las Américas, en carácter de asociados, para que colaboren con la adaptación a otras lenguas y culturas de un instrumento on-line para tamizaje e intervención en relación con el alcohol. El instrumento ya está disponible en español y portugués.

La versión general está disponible en: http://www.checkyourdrinking.net. También existe una versión adaptada para estudiantes universitarios: www.checkyourdrinkingu.net, la cual ya está siendo utilizada en pruebas piloto en varias universidades.

Para mayor información contactarse con: Rachel Fournier, Vice Presidente de Business Development, Evolution Health Systems Inc. rfournier@evolutionhs.com.
 
138o Reunión Anual de la Asociación Americana de Salud Pública. Denver, Colorado, EUA, 6-10 de noviembre
La Asesora Regional sobre Alcohol y Abuso de Sustancias de la OPS, Maristela Monteiro, hará una presentación en este importante evento de la salud pública el día 9 de noviembre de 2010. El título de su intervención será: “La carga del consumo de alcohol en las Américas y las implicancias regionales de la Estrategia global de la OMS”.

Para mayor información, por favor visitar los sitios: http://apha.confex.com/apha/138am/webprogram/Session29008.html y www.apha.org/meetings
 
Diplomado en legislación sobre salud mental y derechos humanos 2010-2011
La Sociedad India de Leyes (Indian Law Society-ILS), Pune, India, en colaboración con la Organización Mundial de la Salud (OMS), Ginebra, Suiza, anuncia el inicio de la inscripción para el Diplomado en legislación sobre salud mental y derechos humanos, correspondiente al año académico 2010-2011.
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Publicaciones
Mejores prácticas para estimar los costos del consumo de alcohol. Recomendaciones para futuros estudios


Este informe pretende resumir las mejores prácticas para la estimación de los costos atribuibles y evitables del alcohol, además de hacer recomendaciones para la realización de dichas estimaciones en estudios futuros.
Esta publicación solo está disponible en inglés, en-línea
Comunicación de la Comisión Europea sobre alcohol y sobre el marco de las políticas de alcohol de la OMS. Un análisis para guiar el desarrollo de planes nacionales de acción en alcohol


Este análisis de salud pública revisa la documentación base para la formulación e implementación de una estrategia para reducir los daños relacionados con el alcohol y el marco para las políticas de alcohol en la región europea de la OMS
(Comunicación 2006 de la Comisión Europea). Esta publicación solo está disponible en inglés, en-línea

Prevención de la mortalidad aguda asociada a las drogas en poblaciones carcelarias durante el período inmediatamente posterior a ser dejados en libertad


Este informe identifica las áreas principales que deben ser mejoradas para disminuir el riesgo de muerte por sobredosis de drogas. El unir el sistema de salud carcelario con el público es esencial para mitigar los riesgos. Las recomendaciones incluyen respuestas preventivas para todos los niveles del sistema judicial.
 
 

Links de Interés
 

16-20 octubre, 2010. East London, Sudáfrica. XVI Congreso Nacional de la Sociedad Sudafricana de Psiquiatras (SASOP).
  17-19 de noviembre de 2010, Washington D.C. Sexta Conferencia Mundial sobre la Promoción de la Salud Mental y la Prevención de los Trastornos Mentales y Conductuales. (solo en inglés)


Créditos Comité Editorial: Jorge Rodríguez, Hugo Cohen, Víctor Aparicio, Devora Kestel, Florencia Di Masi y Martha Koev


El Boletín de Salud Mental, Discapacidades y Rehabiltación es publicado bimestralmente en inglés y español. 


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