.
É verídico que muitos torcedores idolatram os times brasileiros e
desocupam-se de seus afazeres para assistir aos jogos de futebol, seja
no estádio ou em casa. Os clubes brasileiros têm atraído torcedores de
todos os estados e mobilizado sócios a cada notícia que aparece na
mídia. Ocorre que, enquanto torcem pelos seus times e vibram pela
escolha dos estádios que irão sediar a COPA de 2014, muitos não têm
informações sobre as implicações sociais.
.
Para o jornalista e escritor Ruy Castro,
jornalista, tradutor e escritor brasileiro, todo mundo ama mil vezes
mais o seu clube do que a seleção brasileira. No entanto, quando
ouviu-se falar que a COPA seria no Brasil, ficou claro que a população
brasileira se “vestirá” de verde e amarelo em 2014. O problema ocorre
com o fato de que todo o lucro desse grande evento proposto para o nosso
país será destinado somente a FIFA. Os vendedores ambulantes estarão
proibidos de trabalharem a menos de dois quilômetros dos estádios de
futebol e as vantagens que parte da população adquiriu para compras de
“meio ingressos” serão “ignoradas” segundo Roberto Morales.
Lembrando, ainda, que haverá remoção de famílias para a construção de
estradas. Mais de 3.000 somente no Rio de Janeiro perderão os seus lares
na esperança de receberem um novo lar do governo.
.
.
A questão fica aberta para quem quiser responder.
.
Para ler mais:
- As implicações sociais da Copa do Mundo. Entrevista com Roberto Morales
- Dossiê reúne impactos e violações de direitos no caminho para a Copa do Mundo
- Problemas de repertório, o Barcelona e nós
- Tudo vale a pena se a alma não for pequena
- Copa bacana
- Copa do Mundo 2014: ”O Estado paga a conta e a iniciativa privada fica com o lucro”. Entrevista especial com Marcos Alvito
- Brasil: o país do futebol… para os ricos. Entrevista especial com Marcos Alvito
- Futebol. A marca de uma identidade nacional? Revista IHU On-Line, 334
Fonte: IHU
Nenhum comentário:
Postar um comentário