outubro 31, 2011

"Brasil: “#OccupyBeloMonte” Expulso do Canteiro de Obras da Usina ", por Raphael Tsavkko Garcia

PICICA: "@iavelar: Gente que apoiou #OccupyWallStreet agora repete argumento da polícia EUA p/desqualificar ocupação de Belo Monte. Coerência manda lembranças."

Brasil: “#OccupyBeloMonte” Expulso do Canteiro de Obras da Usina 

Este post faz parte da cobertura especial Dossiê Belo Monte.


Por algumas horas, no dia 27 de outubro, conforme anunciado pelo Global Voices, indígenas do Xingu ocuparam o canteiro de obras da usina de Belo Monte, na esteira do movimento mundial de “ocupação das ruas contra a escravidão financeira, a corrupção e outras formas de coerção do capitalismo“, que teve início no dia 15 de outubro. O Movimento Xingu Vivo explica:
Cerca de 300 indígenas, pescadores e ribeirinhos da bacia do rio Xingu estão acampados pacificamente, desde a madrugada de hoje, no canteiro de obras de Belo Monte para exigir a paralisação das obras da usina hidrelétrica, em Altamira, no Pará.  A rodovia Transamazônica, na altura do quilômetro 50, também foi interditada. O protesto não tem prazo para terminar.

Indígena empunha arco-e-flecha em frente à obra. © Ivan Canabrava/ Illuminati filmes

O protesto, apelidado de #OccupyBeloMonte [Ocupa Belo Monte], apesar de pregar a ocupação por tempo indeterminado da usina pertencente à Norte Energia, durou apenas até o dia seguinte, 28 de outubro, como explica a Professora Sônia em seu blog, Personal Escritor:
Foi expedida ordem judicial para que saíssem, mas houve resistência. A desocupação se deu hoje, 28 de outubro de 2011, através de policiais federais e de soldados da Força Nacional.
O programador Walter Gandarella, do blog Pare Belo Monte criticou a empresa Norte Energia, apelidada de Morte Energia, por levar a cabo a construção da Usina sem consultar ou respeitar a população do entorno:
Pois bem, dona Morte Ener­gia, vocês não sou­be­ram ouvir as comu­ni­da­des antes do iní­cio das obras, como manda a cons­ti­tui­ção e as leis para licen­ci­a­mento ambi­en­tal, mas se dizem estar fazendo a coisa certa. É mesmo? […]
Como quem não deve, não teme, e já que a Norte Ener­gia alega que ouviu todas as comu­ni­da­des que seriam afe­ta­das, qual o pro­blema em pro­var isto levando a público estes rela­tó­rios bem como as pro­vas docu­men­tais de cada reu­nião feita com as comu­ni­da­des?
E criticou ainda a imprensa brasileira por manter silêncio sobre a ocupação, que se assim não fosse “deses­ta­bi­li­za­ria com­ple­ta­mente a posi­ção firme do Governo em per­se­ve­rar na cons­tru­ção da usina”:
Muita gente, sabendo o mínimo sobre este empre­en­di­mento, já é logo con­tra este absurdo, ima­gina então se a maior par­cela da popu­la­ção tomasse conhe­ci­mento? Real­mente seria uma tra­gé­dia para os pla­nos de “desen­vol­vi­mento sus­ten­tá­vel” do país.
Lucas Morais, escrevendo para o Diário Liberdade, critica o governo pela intransigência na construção da usina:
Mas, se o governo insiste na pauta dos Direitos Humanos, o que tem a dizer sobre os indígenas que ali têm suas terras tradicionais? E os ribeirinhos? E os mais de 300 mil habitantes da região que terão suas vidas afetadas diretamente? Será que Dilma Rousseff seguirá insistindo na pauta dos direitos humanos tendo em vista toda essa flagrante violência contra os povos originários e brasileiros?
Vídeo do usuário Midialivre no Youtube com imagens da ocupação:
É preciso lembrar que, além dos diversos processos contra Belo Monte em tribunais brasileiros, o governo brasileiro foi condenado, em abril, pela Comissão Interamericana de direitos Humanos (CIDH), parte da Organização dos Estados Americanos (OEA) e forçado a dialogar com os povos indígenas e ribeirinhos direta ou indiretamente atingidos pela barragem.


Se recusando a seguir a determinação da Comissão e chegando ao ponto de ameaçar a organização, o país foi novamente convocado a se explicar e negociar com a população local em reunião marcada pra o dia 26 de outubro, em Washington. E, mais uma vez, o Brasil se recusou a sequer enviar representante para dialogar com as organizações que defendem os interesses dos atingidos, o que pode acarretar em nova condenação do Brasil.


Belo Monte tem lugar para a Força Nacional

Polícia chega para desocupar o terreno. Foto sob licença CC

Os indígenas do Xingu lançaram uma carta declarando que resistirão à construção de Belo Monte, mas foram expulsos do canteiro de obras pela chamada Força Nacional, o que causou reações no Twitter. O blogueiro e tradutor Lucas Morais criticou a decisão do governo de impor um alojamento permanente da Força Nacional no local, para evitar novas invasões:
@Luckaz: Belo Monte terá alojamento para abrigar Força Nacional http://is.gd/HXDnDw Que beleza de direitos humanos, hein?
O policial civil Caetano Pacheco criticou duramente a iniciativa, declarando-a ilegal, já que “a Força Nacional não está no Art. 144 da Constituição Federal”:
@cp_vader: A Força Nacional é uma excrescência ilegítima criada por decreto. Não tem legitimidade conferida pela Constituição para agir como polícia.
O twitter da organização Justiça Global (@justicaglobal) informou que a estrada Transamazônica também foi fechada, e o twitter do blog Pare Belo Monte (@PareBeloMonte) informou que são 21 etnias indígenas empenhadas na ocupação e na luta contra Belo Monte, assim como pescadores e agricultores locais.


O professor Idelber Avelar criticou aqueles solidários às ocupações pelo mundo, mas que fizeram vistas grossas à ocupação de Belo Monte:
@iavelar: Gente que apoiou #OccupyWallStreet agora repete argumento da polícia EUA p/desqualificar ocupação de Belo Monte. Coerência manda lembranças.

 Indígenas na entrada do canteiro de obras. 
© Ivan Canabrava/ Illuminati filmes

Apesar do temor de violência durante a noite, com os indígenas cercados pelo Batalhão de choque da Polícia Militar e pela Força Nacional, a desocupação se deu de forma tranquila no dia seguinte.
Foi criado um grupo no Facebook para acompanhar a ocupação e os próximos movimentos da comunidade indígena local que prometeu resistir segundo nota divulgada por diversos movimentos.

Este post faz parte da cobertura especial Dossiê Belo Monte.

Ao Manaus Transition, em nome da comunidade do Jatuarana, um vídeo singelo como agradecimento pelo apoio à causa dos ribeirinhos

PICICA: Aos(as) amigos(as) do Manaus Transitions, com a gratidão deste militante das causas (im)possíveis. TÔ COM OS RIBEIRINHOS DO JATUARANA E NÃO ABRO!

Carlos Drummond de Andrade - O Fazendeiro do Ar - 100 anos

PICICA: Pausa para homenagear um dos maiores poetas da língua portuguesa - Carlos Drummond de Andrade - na data dos 100 anos do seu nascimento.

Carlos Drummond de Andrade [31 de outubro de 1902 — 17 de agosto de 1987]


    A bruxa
    A Emil Farhat

Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído
anunciou vida ao meu lado.
Certo não é vida humana,
mas é vida. E sinto a bruxa
presa na zona de luz. 

De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo? 

E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.


Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém a essa hora vazia
como descobrir mulher?
Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão. 


Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidência
exalando-se de um homem.

Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond
Página principal do site MEMÓRIA VIVA

Carl Sagan, Oliver Sacks e Sérgio Buarque de Holanda usaram maconha...mas nossa "muderna" comunidade acadêmica silencia sobre o proibicionismo e deixa o uso de drogas ser tratado como caso de polícia.

PICICA: A "Guerra contra as Drogas", política norte-americana adotada desde os tempos de Nixon, e reforçada pelo governo de Bush (pai), está falida. Entretanto, os proibicionistas ainda se debatem convulsos na tentativa de sobreviver aos novos tempos em que a rebeldia da juventude põe a nú a hipocrisia social. Em debate informal pude sentir o peso da mídia sensacionalista. Ao informar que para o álcool e maconha, há anos os estudos indicam que apenas 10% dos usuários se tornam dependentes, e que para o crack esse número atinge 20 a 25%, fui contestado com a alusão ao abarrotamento de "clínicas para dependentes", drama que ganhou visibilidade na sociedade brasileira menos pelo sucesso de suas "terapêuticas", do que pela notória incapacidade de lidar com a questão. Neste cenário sobressaem os baixos investimentos em serviços públicos de qualidade. O setor está terceirizado. Mas foram os números de dependentes que chamaram mais atenção. O êxito da demonização do uso de maconha - para ficar na mais leve das drogas - é de tal sorte que meu interlocutor não acreditou no que ouviu. Alguém precisou lhe lembrar minha condição de médico. Delicadamente, lembrei aos circunstantes que santo-de-casa-não-faz-milagres, e citei a fonte: o Dr. Dartiu Xavier Silveira que montou um serviço para atendimento de dependentes na Universidade do Estado de S. Paulo, cujos estudos já duram vinte e quatro anos. Dartiu é um dos médicos brasileiros contrários à instituição da internação compulsória, a qual qualifica como sistema de isolamento social, mas não de tratamento. Assino embaixo. Leia a introdução da entrevista que Dartiu concedeu à Caros AmigosEm tempo: Recomendo, também, a leitura do texto abaixo, de autoria do Dr. Henrique Carneiro, professor universitário de história na USP, enviado pela professora de história Gleice Oliveira. Ele pertence ao PSTU, partido que costuma ser criticado por estar à esquerda do PT. É hora dos companheiros do PT produzirem textos à altura dos debates que estão rolando na sociedade brasileira, se não quizermos ficar reféns da subliteratura que costuma estar na base do discurso de alguns parlamentares, como aquele deputado estadual do PT-AM que não tendo como criticar a posição do ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc sobre a re-construção da estrada Manaus-Porto Velho, em plenário da Assembléia Legislativa disse em alto e bom som que o ministro não só não conhecia a Amazônia, como teria vindo para essas bandas apenas para "acender um baseado". É essa mediocrização do debate que a juventude não aceita mais. Veja o vídeo em que o conflito entre policiais e estudantes é anunciado por William Wack, âncora da TV Globo, recentemente denunciado pelo Wikileaks como informante do governo norte-americano.


O conflito na USP - Henrique Carneiro para o Opinião Socialista do PSTU.

A tentativa de prisão de três estudantes pela PM na FFLCH e a reação dos seus colegas em sua defesa é um episódio revelador das muitas contradições que existem em nossa sociedade.

Em primeiro lugar, fica patente o sentido absurdo do proibicionismo de certas drogas. O uso de cigarros ao ar livre em lugar retirado seja de tabaco, de cravo ou de maconha, não afeta ninguém exceto os seus usuários. É uma conduta tipificada na teoria do direito como isenta de qualquer princípio de lesividade. O bem estar público não estava sendo afetado. Ninguém estava sendo ameaçado em seus direitos nem havia nenhuma violência em curso. A própria legislação vigente por meio da lei 4330 já entende que o uso de drogas em si não deva ser penalizado.

O uso de maconha em parques, praias e locais abertos é prática disseminada entre milhões de usuários e sua injustificada repressão envolve uma compreensão de que o papel da polícia deva ser o da coerção em massa de práticas culturais recreacionais e de estilos de vida característicos da juventude e das camadas populares. Essa função torna a polícia um veículo de distúrbio da paz social e uma fonte de corrupção devido às extorsões comumente praticadas contra usuários de substâncias ilícitas.

Toda a violência adveio da intervenção da polícia que terminou inclusive usando armas químicas lacrimogêneas que, embora sejam chamadas de “não-letais”, são armas extremamente tóxicas e inclusive cancerígenas. PMs chegaram a ameaçar atirar bombas no interior do prédio da Ciências Sociais e há relatos de que ao menos um tiro foi disparado para o ar. Após a brutal invasão da tropa de c hoque em 2009, novamente gases tóxicos são espalhados pelos prédios da FFLCH e estudantes agredidos pela polícia que supostamente estaria lá para defendê-los.

A PM no Brasil é um entulho autoritário do período da ditadura militar, é uma polícia militarizada com foros privilegiados que se constitui na força policial mais violenta do mundo, com registro de torturas, assassinatos, até mesmo de juízes, como ocorrido recentemente no RJ, onde a formação das chamadas “milícias” mostra como ocorre um acelerado processo de deriva delinquencial de uma parte do aparelho policial.

O uso de drogas por jovens não pode ser tratado como um caso de polícia. Menos ainda num ambiente escolar, onde o diálogo e a busca de soluções negociadas e não violentas deve ser uma parte constituinte do projeto pedagógico.

O uso de maconha pela juventude há muitas décadas é parte tanto de uma atitude de rebeldia e desafio, elogiável característica da juventude que lhe confere boa parte de sua capacidade de indignar-se, como de uma busca de recursos alternativos aos remédios farmacêuticos para se lidar com a tensão e ansiedade da vida contemporânea ou para se potencializar a criatividade. Quando se sabe que personalidades científicas como Carl Sagan, Stephen Jay Gould, Oliver Sacks ou Sérgio Buarque de Hollanda usaram maconha não se objeta que tal uso tenha sido contraproducente para sua criatividade. Quando um empresário como Steve Jobs declara que sua experiência com LSD foi uma das coisas mais importantes de sua vida ou quando cientistas como Francis Crick reconhecem que a experiência com psicodélicos tem enorme potencial cognitivo, eles não são acusados de apologistas.

Em 1967, diversos intelectuais de todo o mundo, como Gilles Deleuze, François Chatelet, entre outros, assinaram manifesto publicado no Times de Londres, solicitando a despenalização da Cannabis. Passado quase meio sé culo e essa reivindicação continua presente e, mais do que nunca, necessária.

É mais do que hora da comunidade acadêmica se manifestar novamente contra a proibição do uso da Cannabis, explicar para a opinião pública os argumentos contra a mortífera e imperialista guerra contra as drogas imposta ao mundo pelo governo dos EUA e defender o direito ao autocultivo de maconha e exigir que a questão social e cultural das drogas não continue sendo tratada como caso de polícia.

Se até um professor titular da faculdade, ex-presidente da República, se autocriticou de sua política de drogas e aderiu à campanha antiproibicionista, porque a maioria de nosso corpo docente não se manifesta na forma de um abaixo-assinado contra a continuidade da proibição e perseguição ao uso da maconha no país, propondo uma alteração da atual legislação?

"Os Tarumã vivem" (terão o mesmo destino os indígenas que sobreviverem a Belo Monte?)

PICICA: Os manaó, os baré, os parintintin, os kayapó, os guarani, os xavante... todos os povos indígenas que estão vivos, mesmo os que desapareceram por morte morrida ou morte matada... vivem entre nós, nos costumes e na cultura... mas talvez sobrevivam apenas na nossa memória se Dilma Rousseff e o companheiro Lula (a quem eu e toda minha família deseja plena recuperação do câncer que ele adquiriu defendendo o povo brasileiro ao aquecer a garganta com tabaco e a velha e boa pinga, que ninguém é de ferro) não desarmarem a bomba de efeito retardado conhecida como BELO MONTE. O PT não pode passar para a história como um dos responsáveis pela destruição da Amazônia e da cultura indígena.


OS TARUMÃ VIVEM
José Ribamar Bessa Freire
29/10/2011 - Diário do Amazonas

O Tarumã é um povo muito importante na história de Manaus e do Amazonas. Marcou nossa identidade regional e nossos lugares de memória. Mas nós, brasileiros, especialmente os amazonenses, acreditamos piamente que esse povo não existe mais e que seu idioma é uma língua morta. Tal crença foi reforçada até mesmo por quem digita essas mal traçadas.
Acontece que a documentação histórica até então conhecida assegurava que os Tarumã foram varridos de seu território na região do baixo Rio Negro e exterminados, num processo iniciado com a construção do Forte de São José da Barra do Rio Negro, em 1669, que deu origem à cidade de Manaus. Não sobrou um Tarumã para contar a história.  
Ledo engano. Sobrou sim. Os Tarumã continuam vivinhos da silva, em pleno século XXI. Eles vivem atualmente em uma comunidade wapishana na ex-Guiana Inglesa, perto de Lethem, uma cidadezinha às margens do rio Tacutu que faz fronteira com o Brasil e fica em frente à cidade de Bonfim, em Roraima, para onde migraram fugindo da violência dos portugueses.
A língua Tarumã, considerada como extinta, na realidade continua sendo falada, conforme descobriu a lingüista Eithne Carlin, da Universidade de Leiden, na Holanda. Ela pesquisa as línguas ameríndias faladas na ex-Guiana Inglesa, no Suriname e na Guiana Francesa e localizou um grupo de falantes do Tarumã. Agora está documentando a língua deles. Embora na área de fronteira os grupos demograficamente maiores sejam os Wapishana e Waiwai, muitos topônimos na bacia do rio Rupunini são originalmente da língua Tarumã, o que pode indicar a importância deles na região.
Quem me passou essa informação sobre o trabalho de Eithne Carlin foi outro linguista holandês, Willem Adelaar, da mesma Universidade de Leiden, durante o Encontro Internacional de Arqueologia e Lingüística histórica, realizado em Brasília, no auditório do Memorial Darcy Ribeiro, na semana de 24 a 28 de outubro – uma iniciativa do Laboratório de Línguas Indígenas da UnB e da PUC do Peru.
O encontro, coordenado pelos lingüistas Aryon Rodrigues e Ana Suely Cabral, reuniu os bambambãs e especialistas, entre os quais arqueólogos, linguistas, antropólogos, historiadores, museólogos, de várias partes do mundo. Trata-se de um momento singular, que nos permite recuperar informações como essa sobre os Tarumã. Ao contrário de alguns eventos acadêmicos, onde cada um fala o que tem pra falar e ninguém discute o que foi dito, nesse evento cada palestra, conferencia ou comunicação era seguida de questionamentos, observações e indagações.
Talvez no momento em que se comemora mais um aniversário de Manaus seja oportuno relembrar alguns dados que já foram registrados aqui na coluna. Na ocasião, reconstruímos parte da história do povo Tarumã, usando pesquisas do lingüista tcheco - Cestmir Loukota, de um viajante alemão - Robert Schomburgk, de um historiador inglês - John Hemming, e de um padre português - Serafim Leite, que em 1905, ainda jovem, trabalhou como seringueiro no rio Negro.  
No século XVII, os Tarumã foram misturados com com outros índios pelos jesuítas que abriram caminho aos missionários carmelitas, com a criação de uma ‘aldeia de repartição’. De lá, muitos deles foram repartidos para prestar trabalho compulsório aos colonos, aos missionários e à Coroa Portuguesa em Belém. Os Tarumã que recusaram foram massacrados na “guerra justa” promovida por Pedro da Costa Favela, entre 1665 e 1669. Muitos deles, escravizados, trabalharam na construção do Forte de São José do Rio Negro, em 1669, que deu origem à cidade de Manaus.
Quando o padre jesuíta Samuel Fritz passou pelo rio Negro, por volta de 1690, encontrou o chefe Tarumã, conhecido como Karabaina, com o corpo coberto de cicatrizes, marcas das constantes violências cometidas pelos portugueses, conforme nos conta John Hemming, autor do livro “Red Gold”, o ouro vermelho, representado - no dizer do padre Vieira – pelo sangue derramado dos índios escravizados.
Começou, então, o longo êxodo dos sobreviventes. A última notícia que temos dos que permaneceram na proximidade de Manaus foi dada pelo Comandante Militar da Comarca do Alto Amazonas, Lourenço da Silva Amazonas (1803-1864), que relata como, em 1808, centenas de índios foram levados, ‘acorrentados, como se fossem condenados’, para o trabalho na fazenda do Tarumã, de propriedade do governador José Joaquim Vitório da Costa. Nessas alturas, os Tarumã jã haviam sido espoliados e expulsos de seus territórios.
Em sua fuga, subindo o rio Negro, os Tarumã foram invadindo territórios de povos que falavam línguas da família Aruak, com quem mantiveram diferentes tipos de relação, quase sempre conflitivas, mas às vezes amistosas. Na sua longa marcha, eles foram parar no extremo norte, na Guiana, em pleno território Karib, onde se fixaram e fizeram alianças com povos dessa família lingüística, o que favoreceu a realização sistemática de casamentos interétnicos.
Por volta de 1837, o alemão Robert Schomburgk a serviço dos ingleses, encontra ao longo dos rios Essequibo e Cuyuwini cerca de 150 índios Tarumã que haviam chegado à Guiana Inglesa, depois de haverem percorrido mais de 2.000 km pelo rio e pela floresta. Foi lá que o antropólogo William C. Farabee, da Universidade de Harvard, os encontrou, em 1916, misturados com os Wai-Wai, de filiação Karib. Depois disso, acreditávamos que estavam extintos, o que agora sabemos não ser verdade, graças ao trabalho da linguista E. Carlin. Ainda bem.
Fonte: TAQUIPRATI

Pará Unido, Marajó Forte! Contra a divisão territorial do Pará.

PICICA: Em memória do comandante Rogelio Casado Marinho, prático da Marinha Mercante Brasileira, meu pai, nascido em Belém-Pará, na rua Ó de Almeida, na cidade velha, todo apoio à não divisão territorial do estado do Pará. Os bons paraenses (e amazonenses) que sigam o movimento PARÁ UNIDO - MARAJÓ FORTE! 
Comitê Virtual suprapartidário que congrega todos aqueles que são naturais dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista, Soure), descendentes de Marajoaras ou todos os que se sensibilizam com as causas do Marajó e, que são contrários a Divisão do Pará. Espaço aberto para divulgação, discussão, debates, articulações e/ou proposições de ações relacionadas a Campanha do NÃO a DIVISÃO DO PARÁ no Marajó!!! Seja Bem Vindo@ e, que sua participação seja democrática, ativa e pautada nos bons costumes que regem a vida em sociedade!!! Vamos a luta por um PARÁ UNIDO e um MARAJÓ FORTE!!!

Visite a página do movimento: Pará Unido, Marajó Forte!

"Seminário debaterá democratização da mídia" (Carta Maior)


Boletim Carta Maior - 29 de Outubro de 2011Ir para o site
 


 
  

 
Seminário debaterá democratização da mídia

Mídia, democracia, regulação, liberdade de imprensa e de expressão: estes serão os temas centrais do seminário promovido pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS), Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom) e Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, no dia 3 de novembro, em Porto Alegre. O evento será na Escola Superior da Magistratura (rua Celeste Gobbato, nº 229, bairro Praia de Belas). A programação do encontro é a seguinte:


8h30min – credenciamento


9h às 12h – Abertura e 1º Painel


Democracia e Liberdade de imprensa


Presidente de mesa: Leoberto Narciso Brancher – Conselheiro de Comunicação da AJURIS


Participantes:


Claudio Baldino Maciel – Desembargador TJRS


Paulo Henrique Amorim – Jornalista do site Conversa Afiada


Pascual Serrano – Jornalista espanhol


Breno Altmann – Jornalista e Diretor da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom)


Juremir Machado – Jornalista do Correio do Povo e Rádio Guaíba e professor da PUCRS 



15h às 18h – 2º Painel e Encerramento


Regulação e Liberdade de expressão 



Presidente de Mesa: Ronaldo Adi Barão Castro da Silva – Assessor da Presidência da Ajuris


Participantes:


Eugênio Facchini Neto – Desembargador do TJRS e professor da Escola Superior da Magistratura e da PUCRS


Franklin Martins – Jornalista e Ex-ministro da Comunicação Social do Governo Lula


Venício Lima – Jornalista, Sociólogo e Professor da UNB


Luiza Erundina – Deputada Federal PSB (a confirmar)


Elton Primaz – Jornalista, chefe de Redação do jornal O Sul


Bia Barbosa – Jornalista e integrante do Conselho Diretor do Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social 



As inscrições podem ser feitas 
neste endereço

outubro 30, 2011

Imaginação contra o capitalismo, repensar o marxismo, comunicação não-violenta, individualismo e misticismo, poder da imagem, violência contra o Occupy. Leia no Boletim Diplô.


bibliotecadiplô e OUTRASPALAVRAS

Boletim de atualização de Outras Palavras e Biblioteca Diplô - Nº 110 - 29/10/2011

Sociólogo polonês não crê no colapso do sistema, alerta que seu parasitismo é incessante e sugere que para superá-lo é preciso ser mais imaginativo que ele

Filme de cineasta alemão debate O Capital inspirado por Eisenstein, e sugere, em 8 horas, roteiros para repensar marxismo. Por Arlindenor Pedro

Quero um mundo onde cada um se responsabilize por suas ações. Como viver sem perceber nosso poder de escolha? Por Carolina Lemos Coimbra, em Comunicação Não-Violenta

Em 2011, “A Árvore da Vida”, “Melancolia” e “Another Earth” decidiram dar à crise individual uma dimensão planetária. Por Bruno Carmelo

O escritor francês George Bataille foi influenciado pela fotografia e pelo poder da imagem em retratar a dor dos outros … Por Luciana Cavalcanti,do Fotograficaminhante

Nariz, síntese da França
Chéri à Paris investiga a protuberância facial que define a identidade dos franceses e ajuda a explicar sua proverbial intolerância. Por Daniel Cariello


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PONTO DE CULTURA
Os primeiros textos da Escola Livre de Comunicação Compartilhada


Oakland: imagens da violência contra o OccupyGaleria de imagens mostra: polícia chegou com força e desocupação se arrastou pela noite. Mais de 100 pessoas foram detidas e várias acabaram feridas.

1964-2011 - A hora da Comissão da Verdade (Carta Maior)


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Boletim Carta Maior - 29 de Outubro de 2011Ir para o site





Na semana em que o Senado brasileiro aprovou a proposta de criação da Comissão da Verdade, com uma série de limites apontados por ex-presos políticos, familiares de vítimas de crimes da ditadura e de desaparecidos, a Argentina mais uma vez deu o exemplo de compromisso com a justiça e a verdade sobre os sombrios anos da ditadura. Mais uma leva de militares que torturaram e assassinaram presos políticos foi condenada à prisão perpétua e outras penas pesadas, entre eles, o tristemente célebre Alfredo Astiz, o Anjo da Morte. No Uruguai, o Senado decidiu que os crimes cometidos durante a ditadura são imprescritíveis. Que essas duas decisões sirvam de exemplo para o imenso trabalho que ainda precisar ser feito no Brasil. A Carta Maior acompanhará os trabalhos e debates em torno da Comissão da Verdade e procurará contribuir com o resgate da memória histórica reprimida, trazendo a voz de alguns dos protagonistas desse período da história do Brasil. 

***


"O grande estorvo para aqueles que querem apagar o passado são as vítimas"

"A ideia de não enfrentar a verdade é a de liquidar o passado. O problema é que as feridas não vão se fechar nunca para as vítimas". Por essa razão as leis de anistia não têm a capacidade de apagar com borracha o passado, diz, em entrevista concedida à Carta Maior e à revista Caros Amigos, o psicólogo costa-riquenho Ignacio Dobles Oropeza, autor do livro “Memórias da dor: Considerações acerca das Comissões da Verdade na América Latina”.

“A ideia de não enfrentar a verdade é a de liquidar o passado. O problema é que as feridas não vão se fechar nunca para as vítimas.” Por essa razão as leis de anistia não têm a capacidade de apagar com borracha o passado, segundo o psicólogo costa-riquenho Ignacio Dobles Oropeza, autor do livro “Memórias da dor: Considerações acerca das Comissões da Verdade na América Latina”. Em entrevista concedida à Carta Maior e à revista Caros Amigos, no último dia 21, depois de participar do seminário “Psicologia e Direitos Humanos: Direito à Memória e à Verdade”, concluiu que “o grande estorvo para aqueles que querem apagar o passado são as vítimas”.

O professor da Escola de Psicologia da Universidade da Costa Rica entende as comissões da verdade como um processo de negociação, cujo resultado depende da correlação de forças em cada país que passa por essa experiência. Mas, segundo ele, “se é possível a reconciliação, ela tem que passar pela verdade e pela justiça”. Oropeza insiste que o processo deve ser o mais público possível e, acima de tudo, devem estar referenciados nas experiências vividas pelas vítimas e seus aliados.

Se você fosse fazer um quadro geral das Comissões da Verdade e de Memória na América Latina hoje, o que destacaria?

Não me considero nenhum especialista no assunto. Simplesmente sou um interessado no campo da memória. Estudei, em 2008, as experiências do Chile, Argentina, El Salvador, Guatemala e Peru. Atualmente, o tema da Comissão da Verdade aparece em mais três lugares: Equador – uma experiência com suas particularidades, pois é fundamentalmente a repressão do governo contra a Alfaro Vive, organização armada dos anos 70 e 80; no Brasil, que conheço apenas os traços gerais; e como parte de uma proposta para resolver o impasse do golpe de Estado em Honduras, quando Oscar Arias, presidente da Costa Rica, mediou uma solução um pouco complicada porque implicava colocar na mesma mesa os golpistas e os setores democráticos. Mas parte de sua proposta era a Comissão da Verdade. Foi instalada, mas nunca foi aceita pela resistência hondurenha. Também sei que em algum momento o Instituto Interamericano de Direitos Humanos teve a intenção de apoiar a criação da Comissão da Verdade no Suriname, mas acho que não foi muito longe.
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Vídeo mostra o sufôco da população que depende de transporte público em Manaus

PICICA: A mesma TV que prestou um desserviço à causa da comunidade tradicional de ribeirinhos do Jatuarana, ao veicular uma matéria em nível nacional com informações distorcidas, desta vez acertou na mosca. Entretanto, fica a dúvida se a matéria faz parte de barganha política, afinal a filha do proprietário é candidata à prefeitura de Manaus. Ou ela sai candidata sozinha, ou se alia ao atual prefeito. Vale tudo. Sobretudo usar os meios de comunicação, como faz a referida emissora para eleger os que defendem seus interesses. Tudo dentro da mais perfeita ordem e legalidade. Desigualdades à parte - especialmente para candidatos ao parlamento que não são do meio e comem o pão que o diabo amassou para se tornar popular -, o conteúdo da matéria consegue em alguns minutos desvelar uma cena que os parlamentares que desprezam os meios de comunicação moderna - câmeras digitais, celulares, filmadoras - levam meses para convencer outros setores da opinião pública insensíveis à indecência que é o transporte público em Manaus. O popular Zefofinho de Ogum, sociólogo carioca, colaborar bissexto deste PICICA vai de crítica popular: "Pimenta só arde no c... dos outros". Leia, agora, as considerações sobre o tema num texto de convocação para uma assembléia estudantil, escrito por Christiane Maciel de Lima, uma das lideranças estudantis na luta contra o aumento abusivo das tarifas de ônibus - e que faz questão de afirmar sua independência da juventude entreguista de alguns partidos que fazem um papelão na hora da negociação: "Enquanto o Transporte Coletivo entendido como Negócio e não como um Direito, ESSA discussão, se a tarifa é justa e ou não, não acabará Nunca. Se os Salários - em tese - acompanham a INFLAÇÃO, e a Tarifa de Ônibus ultrapassá-los, torna-se UM encargo significativo para as Famílias brasileiras. O Transporte chega a consumir mais de 20% do Orçamento. Desse modo, Se há UMA prática tarifa antissocial, fazendo do Transporte UM ARTIGO de luxo, milhões de Pessoas serão excluída desse Serviço (segundo o IBGE, cerca de 37 milhões de Pessoas são excluídas do Transporte Coletivo por não poderem Pagar). Em Manaus, em apenas DOIS dias de descumprimento de decisão judicial, as enguias do povo roubaram quase R $ 375.000,00. Quando OS Ricos roubam OS Pobres Chama-se "NEGÓCIOS". Quando roubam OS Pobres roubam os Ricos Chama-se "Violência". Nosso Direito de ir e vir Custa R $ 5,50. Pra Estudante saltou de R $ 2,20 par R $ 2,80. ESSE golinho tá muito pouco, não sacia Nossa Sede. Queremos Igualdade. COMPAREÇA À Assembléia Estudantil NA PRAÇA DO CONGRESSO, HOJE, ÀS 16H. CPI DO TRANPORTE COLETIVO JÁ! AS MANIFESTAÇÕES NAO VÃO Parar ATÉ A INSTALAÇÃO DA CPI! NOSSO LEMA É: "AMANHÃ SERÁ MAIOR !!!!"     


outubro 29, 2011

Abuso de poder em Rondônia: professor de História é preso em manifestação pacífica

PICICA: Todo apoio ao professor Doutor Valdir Aparecido de Souza.

Enviado por  em 28/10/2011
Prisão de professor, feita pela Policia Federal na sede da Universidade Federal de Rondônia.

"O jornal Movimento e a Mídia Alternativa" (Correio da Cidadania)

PICICA: Já declarei aqui neste PICICA minha profunda admiração pelo jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, editor do memorável tablóide MOVIMENTO, meu jornal "nanico" preferido durante minha formação médica entre 1972/1977, na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade do Amazonas. Tanto que fui o maior vendedor, no mano a mano, do "Movimento" naqueles anos de chumbo. Daqueles tempos guardo na memória os colegas que adquiriram seu exemplar. Não eram poucos. Daí a surpresa quando, junto com outros colegas, fui destituído da comissão de formatura, após denúncia à Polícia Federal, pela ousadia da programação por nós proposta: homenagear o indigente, sobre cujo corpo se aprendia a medicina, além do poeta Thiago de Mello, autor de "Faz Escuro  mas eu Canto", e o cantor e compositor Sérgio Ricardo, autor de músicas de resistência à ditadura militar. Com esse ritual pretendíamos fazer nossa passagem aos compromissos sociais que nos aguardavam. A programação resistiu. As relações, não. Azedaram. Ficou, porém, o registro dos nossos ideais de juventude. Saúdo os colegas Gutemberg, Carlão, Beto, com quem compus a comissão destituída. Parodiando Darcy Ribeiro: não quero estar ao lado dos vencedores. Entre outros episódios marcantes na reconstrução do movimento estudantil, este foi decisivo para o desejo de só andar em boa companhia. Três anos depois estava participando da criação do Partido dos Trabalhadores. Eis que num revés da história, nos últimos anos o PT resolveu andar em más companhias. Mas essa é uma outra história. 

Enviado por  em 27/10/2011
O jornalista Raimundo Pereira concede entrevista exclusiva para Valéria Nader e Gabriel Brito, do jornal Correio da Cidadania - www.correiocidadania.com.br . Raimundo descreve a experiência do Jornal Movimento, à época da ditatura, e fala da mídia anternativa de ontem e de hoje.

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O jornal Movimento e a Mídia AlternativaImprimirE-mail
SEXTA, 28 DE OUTUBRO DE 2011
Conversar com o jornalista Raimundo Rodrigues Pereira é como reviver os tempos de um outro jornalismo, autêntico e, ao mesmo tempo, efervescente, primordialmente movido pelo espírito investigativo e corajoso, e cujo objetivo essencial era buscar uma informação relevante para o público. Quesitos que estão a cada dia mais distantes das redações, em um mundo em que a função social do jornalismo parece já ocupar um lugar remoto.

Neste vídeo, gravado com exclusividade para o Correio da Cidadania, Raimundo discorre sobre a experiência do Jornal Movimento, do qual foi editor à época da ditadura; sobre a mídia alternativa, de ontem e de hoje; a relação dessa mídia com o poder; a regulamentação social da mídia pelo Estado; e as perspectivas que se abrem com a crise do neoliberalismo e com o atual governo.

Confira acima.