outubro 11, 2011

Nesta manhã de 11 de outubro, José Vasconcelos entrou para a galeria dos comediantes imortais

PICICA: Morreu na manhã desta terça-feira o maior humorista brasileiro de todos os tempos: José Vasconcelos. Ninguém encantava as platéias como ele, com tanta maestria. Dono de um humor sofisticado, erudito, ele fez parte da alegria da minha infância e de minhas irmãs, Elizabeth e Lilian. Somos eternamente gratos ao nosso pai, o comandante Rogelio Casado Marinho, prático da Marinha Mercante Brasileira, pelo encontro com esse extraordinário humorista, ali pelo início dos anos 1960. Ouvíamos os LPs "Eu Sou O Espetáculo" e "O Espetáculo Continua" mil vez em nossa pequena vitrola; mais tarde numa eletrola Philips elétrica, de som estereofônico, quase sempre aos sábados, dia de ouvir música e... José Vasconcelos. Que prazer ouvir a cadência e o ritmo que imprimia às suas deliciosas histórias! Eram sketchs recheados de um humor deliciosamente incomum, se etabelecermos como parâmetro o humor popular que dominaria a televisão na década seguinte. Dotado de um espírito refinado, sua erudição dialogava com o popular, sem cair na mediocridade do humor fácil. Um gênio, encantador. Impossível ouvi-lo sem frouxos de riso. Taí a amostra grátis acima, como prova do que estou a dizer. Certamente, se perguntarem de minhas irmãs quais seus humoristas preferidos, o imortal José Vasconcelos estará entre eles. Em sua memória, recomendo a audição completa do Mundo Alegre de José Vasconcelos. E para se emocionar com a história de vida deste inigualável comediante, veja o documentário: Eu sou o espetáculo.

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