PICICA: "Aos
26 anos e com apenas alguns meses de trabalho na Rádio Nacional da
Amazônia, Maíra tem marcado seu trabalho por matérias de destacada
qualidade envolvendo a questão indígena. Motivos não faltam: a
jornalista trabalhou por dois anos no Cimi como editora do jornal
Porantim, publicação com linha editorial indigenista e fundado nos anos 1970. A repórter jamais se desgarrou dos indígenas."
Ex-jornalista do Cimi fatura prêmio com matéria sobre crimes da ditadura contra indígenas
Com a reportagem Crimes Contra Indígenas na Ditadura
a jornalista Maíra Heinen, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC),
venceu na categoria Rádio a 34ª Edição do Prêmio Vladimir Herzog de
Direitos Humanos. A repórter trabalhou no Conselho Indigenista
Missionário (Cimi) entre 2009 e 2011.
O
resultado foi divulgado nesta quarta-feira, 10, e a entrega do troféu
ocorrerá no dia 23 do próximo mês, no Tuca, teatro da Pontifícia
Universidade Católica (PUC), em São Paulo.
Aos
26 anos e com apenas alguns meses de trabalho na Rádio Nacional da
Amazônia, Maíra tem marcado seu trabalho por matérias de destacada
qualidade envolvendo a questão indígena. Motivos não faltam: a
jornalista trabalhou por dois anos no Cimi como editora do jornal
Porantim, publicação com linha editorial indigenista e fundado nos anos 1970. A repórter jamais se desgarrou dos indígenas.
“Foi
no Cimi que eu aprendi sobre a questão indígena e mesmo depois de ter
saído da entidade continuei ligada à temática”, diz. Maíra acredita que
os povos indígenas são retratados de forma muito culturalista e que seu
trabalho busca valorizar como as comunidades vivem, quais os problemas
enfrentados e as necessidades.
“Acho
super importante a questão estar nas redações porque sabemos que os
índios sofrem muitas violações em seus direitos pela terra. Esse prêmio,
portanto, eu não dedico apenas aos povos da Amazônia, mas para todas as
comunidades do país”, declara.
Maíra
explica que a pauta surgiu depois que ela e seus editores leram a
afirmação de um dos membros da Comissão Nacional da Verdade, sancionada
pela presidenta Dilma Rousseff, de que o grupo iria tratar da questão
indígena. Primeiro foi feita uma matéria pequena, mas como o assunto
rendeu a jornalista aprofundou o material em uma reportagem.
“Jualiana
Nunes, editora da Rádio Agência Nacional, foi quem sugeriu que eu
fizesse algo mais longo e depois inscrevesse no Herzog. Agradeço muito a
ela pela sugestão”, destaca Maíra, que agradece também aos colegas
Marcos Tavares (sonoplasta) e Wellington Barbosa (editor).
A jornalista estudou na Universidade Federal de Goiás e desde que se formou trabalha com a temática dos direitos humanos. “Infelizmente
é um tema não tratado e numa rádio pública existe mais essa
possibilidade. O governo trata de forma estranha a questão indígena e
precisamos quanto jornalistas olhar para o assunto”, encerra Maíra.
Fonte: CIMI - Conselho Indigenista Missionário
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