dezembro 31, 2009

Feliz Ano Novo


Aos meus leitores, com o agradecimento do blogueiro: Feliz Ano Novo.

Clássico de Jorge Bondanzky faz 35 anos


Iracema, uma Transa Amazônica, filme de Jorge Bodanzky completa 35 anos. Rodado em 1974, a ditadura militar proibiu o filme até 1980, tudo porque o cineasta teve a ousadia de filmar a devastação da floresta amazônica no sul do Pará, tendo como produtora uma TV alemã - a ZDF.

A obra correu o mundo, virou lenda e figura entre os primeiros filmes do mundo, segundo André Nigri, da revista Bravo, classificados como documentário/ficção - gênero híbrido que tem entre seus representantes o cineasta paulistano Eduardo Coutinho e o francês Laurent Cantet.

Consegui ver o filme numa sessão clandestina de um cine clube manauara. Posso ser desmentido, mas penso que foi no Cine Clube Tarumã, dos irmãos Tom Zé e Selda Valle, ambos professores da Universidade Federal do Amazonas.

Curta aqui um trecho do filme do pai da Lais Bondanzky, diretora do clássico "Bicho de Sete Cabeças", filme obrigatório para os militantes da luta por uma sociedade sem manicômios.

Você sabe o que IIRSA?

Postado em Rede Ambiental Loretana
IIRSA

¿QUE ES IIRSA?

" LA INICIATIVA PARA LA INTEGRACION REGIONAL SURAMERICANA"

Segun los impulsores: IIRSA tiene por objeto promover el desarrollo de la infraestructura bajo una visión regional, procurando la integracion fisica de los paises de Suramerica y el logro de un patron de desarrollo territorial equitativo y sustentable.

La Realidad: Se construirán rutas, ferrocarriles, hidrovías, puertos, gaseoductos, acueductos, y obras para telecomunicaciones.

Empresas privadas puedan sacar y transportar recursos naturales y mercaderías a menor costo.

¿Quíenes lo impulsan?

Se presentó y se aceptó el año 2 000 en la reunión de Presidentes de América del Sur en Brasilia.

Una propuesta del Banco Interamericano de Desarrollo, la Corporación Andina de Fomento (CAF), el Fondo Financiero para el Desarrollo de la Cuenca de la Plata (FONPLATA), Banco Europeo de Inversiones y el Banco de Desarrollo de Brasil (BNDES).

Tambien esta la IFIS ( INSTITUCIONES FINACIERAS INTERNACIONALES ). Organismo que defendió con mas fuerza el ALCA.

¡...ELLOS PUSIERON LOS OJOS EN LA AMAZONÍA...!

¿QUÉ SE ESCONDE DETRAS DE DE LA IIRSA?

Obras de infraestructuras que busca un aumento constante de las exportaciónes de materias primas y recursos naturales.

Generará mas pobreza y mayores desigualdades, aumentará la concentración de las riquezas en las potencias económicas y tendrá profundos impactos ambientales en los menos desarrollados.

La deuda externa de los países de la región seguirá creciendo.

Necesidad de explotación de los recursos (Petróleo, gas y madera) para frenar la crisis económica.

DOS REALIDADES DIFERENTES : BRASIL Y PERÚ

EN PERÚ: La mayoría de población indígena vive con altos niveles de pobreza. cuenta con importantes reservas de idrocarburos.

PASAN 4 EJES DEL IIRSA

Principalmente red de carreteras que conectan las reservas de idrocarburos con los mercados mundiales.

EN BRASIL: Le permitiría avanzar en su anhelo de lograr una posición geopolítica dominante en America Latina.

Empresas Brasileñas construyen parte de la infraestructura: ODEBRECHT.

Intereses de explotación hidrocarburífera de Petrobras.

Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social (BNDES) es uno de los principales financiadores de la IIRSA.

¿De qué manera puede afectar al Perú y cuales serían sus beneficios?

¿Crees tú que es un desarrollo lo que IIRSA pretende?

IIRSA Y LOS DERECHOS NO CONSIDERADOS

○ El derecho al ambiente: Disfrutar de un ambiente sano, libre de daños ambientales; a disponer de alimentos y aguas sanos y seguros, y a tener asistencia oportunas en caso de catastrofes naturales.

○ Consentimiento previa e informado: Seguimiento y el control de las decisiones que puedan alterar el medio ambiente.

○ Soberanía alimentaria.

○ Derecho a la vida.

○ Derechos territoriales.

Fonte: Red Ambiental Loretana
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Paul McAuley, da Red Ambiental Loretana, sofre pressão do governo peruano

Nota do blog: Paul McAuley vive há mais de vinte anos no Peru, onde desenvolve um trabalho a favor da Amazônia, dos povos da floresta, nativos, ribeirinhos e moradores de periferias através da ONG Red Ambiental Loretana - RAL . No Brasil ele tem apoiado o trabalho de pesquisa e proteção ambiental do Núcleo de Estudos Estratégicos Pan-Amazônicos - Neepa, grupo de pesquisa criado por iniciativa de estudantes da Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Atualmente Paul McAuley vem sofrendo pressões do governo peruano para sair do país. Recentemente sofreu ameaça de morte. O Neepa está convocando manifestação de apoio e solidariedade a Paul McAuley. Abaixo a lista de consulados e da embaixada peruana no Brasil, para quem desejar manifestar seu apoio. Antes, leia alguns textos postados no site da Red Ambiental Loretana para melhor fundamentar as razões que levaram este blog a apoiar o trabalho de Paul McAuley em prol da causa socioambiental e da causa dos indígenas da Pan-Amazônia.

*


HIMNOS EN COPENHAGEN…DEPREDACION EN LA AMAZONIA PE
RUANA

Foto postada em Red Ambiental Loretana

Mientras Presidentes se juntan en Copenhaguen frente a las graves amenazas del cambio de clima, las políticas nacionales y regionales en Perú permiten la sistemática deforestación de los bosques para favorecer las ambiciones del Grupo Romero (Banco de Crédito). La población del distrito de Barranquita, provincia de Lamas, región San Martin, desde el año 2006 vive enormes problemas con las empresas privadas ligadas al grupo Romero, las mismas que amparadas en la ley de promoción de la inversión N. 653 y la ley que declara “de interé nacional” la palma aceitera. Los territorios que solicitan las empresas del grupo Romero son, segú la Zonificació Ecolóica Econóica de la regió, bosques de producción forestal y, a los pobladores de la zona les consta porque han ido conservando el bosque primario, aun en sus propias parcelas por la inmensa riqueza de flora, fauna y recursos hídricos.

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DIRIGENTES INDIGENAS RECHAZAN EL AVANCE DEL INFORME SOBRE BAGUA

Al conocer el contenido de un informe (en versión aun no formal) sobre los acontecimientos de Bagua donde murieron más de 30 personas, los líderes indígenas han expresado su rechazo del informe. Parece que una vez más el Gobierno actual está manipulando la oportunidad para negar cualquier responsabilidad de Ministros o Jefes Policiales por los tristes acontecimientos.

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NATIVOS KITCHUA Y SECOYA RECHAZAN ENTRADA DE PETROBRAS

En una conferencia de prensa dada en Iquitos el día 7 de Diciembre, los dirigentes de dos federaciones nativas de Kitchua y Secoya expresaron su rechazo por la intención de la empresa Brasilera Petrobras realizar actividades petroleras en sus áreas. Basa su rechazo en la ley internacional que el Perú ha ratificado (OIT 169 ) donde se exige un proceso de “consulta” con las comunidades que pudieran ser afectadas por la exploración o explotación de petróleo. En el Perú NUNCA se les ha consultado antes de firmar los contratos.

Leia mais em Rede Ambiental Loretana

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Emb
aixadas

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MST Informa n° 178 - 30/12/2009 - Balanço e desafios para um novo ano

Final de ano é momento de fazer balanço das atividades do período que passou, avaliar os avanços e as dificuldades encontradas e começar a planejar o ano que vem chegando.

2009 vai ficar marcado na história como o ano da grande crise capitalista que assolou os mercados financeiros de todo mundo. Crise que se iniciou nos EUA, mas varreu vários países, ricos e pobres, quebrando bolsas, bancos, empresas e, sobretudo, desmoronou a hegemonia ideológica das certezas dos grandes capitalistas no seu deus Mercado, o chamado neoliberalismo.

Tivemos a triste notícia que, segundo a ONU, o número de famintos já passa de 1 bilhão de pessoas, ou seja, a cada seis pessoas uma passa fome em alguma parte do mundo. Houve ainda um aumento da concentração da riqueza e renda em todo planeta, globalizado pelo jeito capitalista de funcionar.

A derrubada das florestas pelo agronegócio e a grande quantidade de carros produzidos no último período para salvar a crise têm agravado ainda mais os problemas ambientais, obrigando o mundo a debater o aquecimento global e suas consequências para a humanidade. Além disso, a pecuária intensiva e o modelo produtivo do agronegócio, - que se baseia no uso abusivo de máquinas e venenos agrícolas - aumentaram o desequilíbrio ambiental no meio rural.

Todos esperávamos que os chefes de Estado compreendessem a gravidade da situação e que em Copenhague assinassem um compromisso de recuperação da Terra. Triste engano. Os governos dos países responsáveis pelos maiores desequilíbrios continuam iguais, cada vez mais insensatos e irresponsáveis. Afinal não querem mudar seu padrão de consumo, nem seus privilégios, pagos por toda humanidade. Como bem avaliaram a Via Campesina internacional e os movimentos ambientalistas: só a mobilização popular pode agora salvar a vida no planeta.

No Brasil, o ano foi marcado por debates importantes, como a questão das reservas do petróleo no pré-sal, que pode mudar o rumo da economia e dos problemas sociais; a atualização dos índices de produtividade, promessa assumida pelo governo Lula desde maio de 2005, que poderia acelerar a Reforma Agrária; e a redução da jornada de trabalho para 40 horas, pauta antiga dos trabalhadores, agora assumida por todas as centrais sindicais.

Também tivemos um ano marcado pela criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. Temos visto em diversos governos estaduais, que o Estado continua com posições reacionárias, judicializando os problemas sociais e criminalizando os movimentos que organizam as lutas e batalhas de resistência nas comunidades pobres das grandes cidades e do campo. O MST pagou caro, perdemos o companheiro Elton Brum, assassinado pela Brigada Militar gaúcha. E tivemos vários mandatos de prisões contra nossas lideranças.

Na luta política, a direita brasileira ampliou sua presença nos espaços que detêm hegemonia, como o Poder Judiciário, transformando o presidente do STF em mero porta-voz de seus interesses. No Congresso Nacional, além dos inúmeros casos de corrupção, a direita aumentou a ofensiva com projetos de lei que caminham na contra-mão da história, como tentativas de apropriação da Amazônia, mudanças no Código Florestal e a intenção de liberar completamente o uso e comercialização de venenos agrícolas e sementes transgênicas.

Na Reforma Agrária

Fizemos grandes jornadas de lutas cobrando o cumprimento da Reforma Agrária, em abril e agosto, mas mais uma vez fechamos o ano com poucos avanços para a Reforma Agrária. Estima-se que foram assentadas menos de 20 mil famílias, ou seja, apenas 20% da meta proposta pelo proprio Incra, de 100 mil famílias por ano. Mais de 96 mil famílias continuam acampadas, em sua maioria há mais de três anos debaixo de um barraco de lona.

Tivemos algumas melhorias nos assentamentos, como a expansão da energia elétrica, água encanada, moradia e infra-estrutura. No entanto, não houve avanços em uma questão central para o desenvolvimento dos assentamentos: a implementação de agroindústrias cooperativadas, a universalização do atendimento público de assistência técnica e uma política de crédito rural adequada aos assentados. O Pronaf tem se mostrado insuficiente para resolver os problemas dos assentados, mesmo aumentando o volume do crédito. Essa situação dificulta o aumento da renda das famílias.

Diante desse balanço, nosso papel prioritário é seguir organizando os trabalhadores para garantir o assentamento das famílias acampadas e melhorar as condições de vida das famílias já assentadas, avançando no debate e na implementação de uma Reforma Agrária popular.
Desafios para 2010

2010 nos exige o enfrentamento de muitos desafios, desde a luta geral por mudanças na politica até na luta por Reforma Agrária.

Precisamos consolidar alianças com setores do movimento social e sindical do meio urbano, já que os desafios são grandes, e exigem a mobilização de toda classe. Os temas agrários também se resolvem com a mobilização de toda classe, para alterar a atual correlação de forças politicas. Precisamos contribuir na organização, junto com as pastorais sociais, Assembléia Popular e Coordenação de Movimentos Sociais, para realização de um plebiscito pelo limite máximo da propriedade da terra no Brasil. Buscaremos também fortalecer a luta pela redução da jornada de trabalho e seguir pautando, denunciando e enfrentando a criminalização dos movimentos sociais, além de lutar para garantir que o petróleo do pré-sal pertença de fato ao povo e seus recursos sejam destinados para o combate à pobreza e investimento na educação e na saúde da população brasileira.

O próximo ano terá o desafio das eleições e, mesmo sabendo das limitações da democracia representativa burguesa, entendemos que é importante aproveitar esse momento, em que a população se envolve no pleito, para fazer um grande debate. É momento oportuno para discutir os problemas sociais e estruturais do país e pautar a necessidade da construção de um projeto popular para o Brasil. Precisamos votar nos candidatos socialistas e progressistas, comprometidos com a Reforma Agrária, e não deixar que candidaturas de direita se elejam com votos dos trabalhadores.

O Brasil precisa mostrar ao mundo no próximo período que, mais do que ser o país das Olimpíadas ou da Copa, precisa ser um país de justiça social, para todos os seus cidadãos. Um país sem analfabetos e símbolo da produção agroecológica. Um país onde não haja mais concentração de terra, nem de renda. É esse o país que desejamos a todas e todos em 2010.

Fonte: Letra Viva - MST Informa
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dezembro 30, 2009

CAPS vs. Hospício (II)

Mapa dos serviços de sáude mental da cidade de Manaus
Nota do blog: Há 7 anos ininterruptos colaboro com o jornal Amazonas em Tempo escrevendo sobre o espinhoso tema reforma psiquiátrica e saúde mental. Na verdade, não tão ininterruptamente assim. Neste ano que está findando, lá no seu comecinho, fiquei mais de um mes sem publicação dos meus artigos. Transmiti para a editoria do caderno a perplexidade dos meus leitores (diferentemente de Márcio Souza que diz ser lido, em A Crítica, por apenas sete leitores, só o pessoal de casa ultrapassa esse montante). Desculpas à parte, o fato voltou a se repetir. Pedi novos esclarecimentos. Obtive como resposta a mudança de publicação dos artigos: de semanal para quinzenal. Para quem já escreveu mais de 4 mil caracteres com espaço, foi reduzido a 1500, passou para 2500, e é capaz de escrever se lhe for dado apenas 100 palavrinhas, habituado a fazer samba com uma nota só, as variações sempre foram bem recebidas, afinal o jornal tem sua política de editoria. Duro é ficar na dependência dos humores da editoria. O artigo abaixo, por exemplo, deveria ter saído no domingo retrasado. Como ando tão atarefado, sem tempo nem pra ler jornal, só ontem soube que ele não havia sido publicado, depois de ter enviado o CAPS vs. Hospício (III), que deve ser publicado no primeiro domingo de 2010. Por respeito aos meus leitores (mais de sete), publico o CAPS vs. Hospício (II), pois que se trata de uma sequência cuja alteração da ordem dos tratores altera a estrada da compreensão do que estou a comunicar. Se resolvermos essa questão ética, estou certo de que o caráter didático dessa comunicação será preservado. Aproveito o ensejo para manifestar minha gratidão ao jornal Amazonas em Tempo pelo único espaço a divulgar a experiência de trinta anos de compromissos com a sociedade amazonense e de leitura crítica da cultura institucional e dos movimentos sociais do meu estado, fiel ao propósito de transformar informação em conhecimento.

CAPS vs. Hospício (II)

Estamos traçando um paralelo entre dois modelos de saúde mental com diferentes dimensões político-ideológicas. Semana retrasada foi a vez do modelo manicomial, cuja referência é o hospício. Hoje é a do modelo psicossocial, que tem no CAPS – Centro de Atenção Psicossocial – um dos seus dispositivos (além dos Centros de Convivência, Serviços Residenciais Terapêuticos, leitos psiquiátricos em hospitais gerais, cooperativas sociais).

Antes, um lembrete: falar em novo paradigma em saúde mental é reconhecer que entre seus componentes estão novas formas de divisão de trabalho, novos dispositivos institucionais, novos modos de relacionamento entre os usuários dos serviços com a população, e que são outras as implicações éticas das novas práticas em termos jurídicos, teórico-técnicos e ideológicos. Valho-me das afirmações abaixo, do professor e psicanalista Abílio da Costa-Rosa, para dizer que sem elas não há radicalidade na mudança de modelo.

O modelo psicossocial tem entre seus objetos e meios de trabalho as psicoterapias, laborterapias, socioterapias e um conjunto de dispositivos de reintegração social, com ênfase nas cooperativas de trabalho, além da medicação.

É decisiva a participação do sujeito no tratamento, consideradas suas peculiaridades individuais e socioculturais.

Assume capital importância a relação do indivíduo com seu grupo social e familiar. Ambos são trabalhados como agentes das mudanças que se pretende.

Dado que o indivíduo não é único problemático, a família é incluída no tratamento.

Vale lembrar que a loucura não é um fenômeno exclusivamente individual, mas social, ainda que nossa cultura o negue.

É a participação da família e dos grupos sociais referidos ao usuário, sob as mais variadas formas, quem supera as posturas assistencial e orientadora do modelo manicomial. As próprias associações de usuários, surgidas sob inspiração do modelo psicossocial, tem papel ativo no tratamento, sobretudo na inclusão social dos usuários dos serviços.

O contexto social assume uma importância fundamental na medida em que é no espaço social que se praticam as mudanças desejadas na relação sociedade e loucura.

A loucura e o sofrimento psíquico não precisam mais ser removidos a qualquer preço. Ambos passam a ser reintegrados como parte da existência e, portanto, considerados como um patrimônio inalienável dos sujeitos e da humanidade.

No modelo psicossocial, os conflitos são considerados constitutivos e designam o posicionamento do sujeito e o lugar do homem na sociedade e na cultura.

Tem mais no próximo artigo.

Manaus, Dezembro de 2009.
Rogelio Casado, especialista em Saúde Mental
Pro-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UEA
www.rogeliocasado.blogspot.com

Nota do blog: Artigo que deveria ter sido publicado, duas semanas passadas, no Caderno Saúde & Bem Estar do jornal Amazonas em Tempo.
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Querido companheiro presidente, ...


Presidente Lula incentiva população a reivindicar cada vez mais durante celebração do Natal com catadores de material reciclável em São Paulo

Nota do blog:
... faço votos de que no próximo natal você possa passar com os integrantes dos movimentos sociais que lutam por uma sociedade sem manicômios, sobretudo o segmento usuários e familiares. Somos muitos, e na sua maioria pobres, como você foi um dia. Mais de dois mil de nós precisou fazer um esforço extraordinário para participar da Marcha a Brasília, em setembro deste ano, para chamar atenção do governo federal e da opinião pública sobre os ataques que estamos sofrendo desde 2006 por parte dos segmentos mais conservadores da sociedade, que não reconhecem os avanços da nossa luta contra os manicômios de ontem e de hoje. Falta de aviso não foi. Surpreendentemente uma parte da assessoria da área de saúde mental vinha demonstrando enorme insensibilidade ao deixar fora da pauta a audição do movimento social. Não fosse a sensibilidade do presidente da república - que ouviu a voz do povo antimanicomial, liderada pela Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial, com apoio de alguns segmentos do Movimento de Luta Antimanicomial - não teríamos sequer a nossa IV Conferência Nacional de Saúde Mental. Queremos mais! Como movimento social exercemos nosso protagonismo histórico, o que só tem sido valorizado nos momentos de tensão. Queremos mais! Queremos que nossa voz seja ouvida na construção das políticas públicas de saúde mental. Queremos mais! Queremos uma reforma psiquiátrica antimanicomial. Queremos mais! Como o próximo Natal ainda está longe, você nos encheria o coração de alegria se participasse da abertura da nossa conferência. Tá feito o convite. Sua presença seria o sinal insofismável de que você está conosco e não abre, ou seja, que em nenhuma hipótese haverá retrocesso na política nacional de saúde mental. Recomendações à dona Marisa e saudações democráticas do seu companheiro de sempre Rogelio Casado (integrante da Associação Chico Inácio - núcleo da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial no Amazonas).

***

Natal dos Catadores: Presidente afirma: "Os catadores serão incorporados ao sistema produtivo do país"

O presidente da República, Lula, pelo sétimo ano consecutivo, encontrou-se com catadores de materiais recicláveis e movimentos de pessoas em situação de rua para a celebração de Natal, além de ouvir reivindicações do setor.

Anunciou que o governo irá criar um conjunto de ações e políticas públicas que busquem com que as cooperativas de catadores sejam incorporadas ao "sistema produtivo nacional". Trazendo benefícios para as empresas que comprarem das cooperativas de reciclagem, fortalecendo na prática o contrato social dessas cooperativas. Enfraquecendo de forma considerável o papel do "atravessador". Valorizando o trabalho desenvolvido por milhares de catadores que na prática fazem a promoção da reciclagem e do meio ambiente.

Essas ações que buscam fortalecer as cadeias produtivas solidárias, no ramo da reciclagem é um passo fundamental na inclusão através da promoção do trabalho digno desses trabalhadores e trabalhadoras que durante décadas foram mal vistos e viviam na "invisibilidade social".

Compromissos do Presidente com as cooperativas de reciclagem e com os moradores em situação de Rua:

1. Decidiu-se reconhecer formalmente a atividade de catador de material recliclável, incluindo-a no “sistema produtivo do país”.

2. O governo concederá incentivo fiscal (crédito de IPI) às indústrias que comprarem material reciclável das cooperativas de catadores de rua em todo Brasil.

3. Anunciou-se a criação de uma “política nacional para os moradores de rua". Será coordenada pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, vinculada a Lula.

4. Lula informou que o governo converterá imóveis desocupados da União em moradias populares. Falou em 25 prédios. Coisa de R$ 20 milhões.

Fonte: Economia das Trabalhadoras (es)

IPEA faz uma radiografia do SUS no Brasil

IPEA faz uma radiografia do SUS no Brasil

Mapeamento da presença do Estado revela carências


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta terça-feira (15), em São Paulo, o estudo Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades. Com base em dados de ministérios e do IBGE, a publicação permite conhecer os municípios, estados e regiões mais carentes em áreas como educação, saúde, segurança pública e previdência social. O documento foi explicado pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann.

Saúde

O objetivo do estudo realizado pelo Ipea é analisar a presença ou ausência do Estado em diferentes localidades do território nacional. O trabalho foi complexo, pois as informações se encontravam disseminadas em diferentes órgãos públicos. Em relação à saúde, a compilação dos dados levou o Instituto a concluir que 1.875 municípios não têm estabelecimento de internação ligado ao Sistema Único de Saúde, e apenas Paraíso (SP) e Mimoso (GO) não possuem, atualmente, estabelecimento ambulatorial do SUS.

Os serviços de vigilância epidemiológica e sanitária são mais preocupantes, pois 2.780 municípios estão sem cobertura pública nessa área. O atendimento por parte de médicos do serviço público ainda não está universalizado: 7,7% dos municípios não têm esse tipo de profissional. O levantamento completo, de todas as áreas, pode ser acessado pelo site do Ipea. A apresentação do estudo foi feita na Superintendência Regional da Caixa Econômica no bairro de Santana, em São Paulo (Rua Voluntários da Pátria, 1512, 3º andar).

Alguns dados:

O estudo, feito com base em dados levantados junto aos ministérios e ao IBGE, traz uma radiografia completa das regiões do país mais carentes em áreas como educação, saúde, segurança pública e previdência. Por ele se conclui, por exemplo, que 1.875 municípios brasileiros (33,5% do total de municípios do país) não têm instituição conveniada com o SUS para internação de pacientes. Em 1.867 destes tampouco há serviços de atendimento de urgência ligados ao Sistema.Surpreendentemente a região mais desenvolvida do país, a Sudeste, concentra a maioria dessas cidades, 31,7%; Nordeste, 29%; Sul, 24,2%; Centro-Oeste, 9,2%; e o Norte 5,9%. Outro dado preocupante da pesquisa nessa parte do SUS: em 428 municípios do país não há médicos que atendem pelo Sistema.

Leia a íntegra do estudo

Veja a apresentação sobre a pesquisa

Fonte: www.juventudesolidaria.blogspot.com
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dezembro 29, 2009

NOTA PÚBLICA DA REDE RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA

Povo do Santo
Foto: Rogelio Casado - Manaus-Amazonas-Brasil, 2007

Nota do blog: O ano de 2007 foi tenso para o povo do Santo de Manaus. Enquanto a Assembléia Legislativa acolhia o povo de terreiro nas suas datas festivas, a Câmara dos Vereadores os hostilizava - pelo menos a bancada evangélica, intolerante à diversidade religiosa e incapaz do menor espírito ecumênico. Naquele ano a bancada evangélica pôs abaixo o projeto de construção do Parque dos Orixás, de autoria da vereadora Lucia Antony, do PC do B. Na fotografia acima, líderes das religiões de matriz africana respondem à insensibilidade parlamentar manauara concedendo entrevista coletiva na sede da Associação Chico Inácio (núcleo no Amazonas da Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial), situada no porão do Sindicato dos Jornalistas, cuja presidência foi pressionada por membros da diretoria a pedir o espaço usado pela entidade para outras finalidades -o que nunca aconteceu-, e teve como subproduto a perda daquele importante espaço físico e simbólico. Lástima! Uma coisa não tem a ver com outra, mas ambas estão no mesmo campo da intolerância. O fato é que, nesse momento, acontecimentos na Bahia reclamam apoio e solidariedade de quantos simpatizam com o povo do Santo, injusta e caluniosamente associada ao episódio da criança que teve seu corpo perfurado por agulhas. Até agora a mídia não entrevistou os líderes religiosos para os esclarecimentos que se fazem necessário. Esse blog é solidário com os que querem o fim do ódio religioso.

NOTA PÚBLICA

NÓS DA REDE RELIGIOSA DE MATRIZ AFRICANA DO SUBÚRBIO (RREMAS[1]), VIMOS A PÚBLICO MANIFESTAR NOSSA INDIGNAÇÃO DIANTE DE MAIS UMA BRUTALIDADE QUE A IGNORÂNCIA POPULAR ATRIBUI A NÓS COMO PRÁTICA RELIGIOSA. MAIS AINDA, NOS INDIGNAMOS COM O FATO EM SÍ QUE VITIMOU UM SER PEQUENINO NO TAMANHO, MAS GRANDE EM SUA ESSÊNCIA , INOCENTE E POR TUDO ISSO SAGRADO PARA NÓS: UMA CRIANÇA (QUE ATÉ O NOME ESQUECERAM E QUE ESTÁ SENDO CHAMADO “MENINO DAS AGULHAS”); VÍTIMADA PELA INSANIDADE DE PESSOAS VISIVELMENTE DESCOMPENSADAS.

TÃO PASMOS COMO TODA POPULAÇÃO, TEMOS ACOMPANHADO AS REPORTAGENS ESPERANDO PARA ELE UM DESFECHO POSITIVO E QUE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ACORRAM ÀS NOSSAS LIDERANÇAS RELIGIOSAS PARA ALGUMA DECLARAÇÃO, COMO É DE PRAXE SE FAZER, EM CIRCUNSTÂNCIAS COMO ESTA , QUANDO UM IMPORTANTE SEGMENTO DA SOCIEDADE É CITADO OU RESPONSABILIZADO.

VIMOS A FALA DO MÉDIUM DIVALDO FRANCO, POR QUEM DEVOTAMOS RESPEITO; CONTUDO, NÃO PODE SER CONSIDERADA COMO BASTANTE A PONTO DE NÃO SE BUSCAR OUVIR OUTROS SEGMENTOS ESPIRITUALISTAS, PRINCIPALMENTE, O CITADO PELO REU-CONFESSO.

PREOCUPADOS COM O CRESCIMENTO DA CALÚNIA, ESTAMOS NOS ANTECIPANDO, PARA QUE NÃO CRESÇA SOBRE NÓS A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA OU PIOR, O ÓDIO RELIGIOSO, JÁ TÃO FORTEMENTE DISCEMINADO POR DETERMINADOS SETORES NEOPENTECOSTAIS, ATRAVÉS DE SUAS TÃO PÚBLICAS E “NOTÓRIAS” ATIVIDADES MERCADOLÓGICAS.

PORTANTO, DECLARAMOS QUE NUNCA HOUVE E NÃO HÁ EM NENHUMA DAS NAÇÕES RELIGIOSAS, DE CULTO A ANCESTRALIDADE AFRICANA E BRASILEIRA, AS QUAIS CHAMAMOS DE “RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA”, RITUAL, DE QUALQUER OBJETIVO, ENVOLVENDO SACRIFÍCIO DE VIDA HUMANA, SEJA QUAL FOR A FAIXA ETÁRIA, MUITO MENOS HAVERIA DA INFANTIL, QUE É POR NÓS TÃO RESPEITADA.

VALE RESSALTAR, QUE NÃO HÁ EM NENHUM DOS SACRIFÍCIOS RITUAIS QUE REALIZAMOS COM ANIMAIS, REQUINTES DE CRUELDADE. AS FAMÍLIAS BRASILEIRAS CONSOMEM TODOS OS DIAS, TONELADAS E MAIS TONELADAS DE CARNE ANIMAL SEM QUESTIONAR QUAIS OS MÉTODOS ADOTADOS PARA ABATÊ-LOS E, PODEMOS GARANTIR QUE NÃO SÃO NADA GENEROSOS, BOA PARTE DELES SÃO EXTREMAMENTE CRUÉIS. A DISPEITO DO QUE TRATAMOS AQUI, CONSIDERAMOS UMA RESSALVA IMPORTANTE, POIS QUE COMPLETA A INFORMAÇÃO E SE ANTECIPA AS ARGUMENTAÇÕES, HIPÓCRITAS E AMORAL EM SUA MAIORIA , DE QUE SACRIFICAMOS ANIMAIS.

AINDA VALE OUTRA RESSALVA, PARA O FATO DE QUE MESMO SE UMA DAS ACUSADAS FOSSE IYÁLÒRIXÁ (“MÃE DE SANTO”), NÃO SE PODERIA CONDENAR O CANDOMBLÉ; POIS QUE QUANDO UM MÉDICO ERRA, NÃO SE CONDENA TODA A MÉDICINA. ASSIM COMO O ERRO DE LÍDERES RELIGIOSOS, NÃO SE ATRIBUE ÀS SUAS MATRIZES RELIGIOSAS.

NÃO HÁ HISTÓRICO NEM LUGAR PARA ESTA MONSTRUOSIDADE QUE INSISTEM EM DAR VISIBILIDADE NO DISCURSO IGNORANTE E NÃO INOCENTE (PORQUE BUSCA SE EXIMIR DA RESPONSABILIDADE) , DO CRIMONOSO, DE QUE UMA DAS ACUSADAS USAVA “OS CABOCLOS E ORIXÁS”, PARA SUA PRÁTICA ASSASSINA E DOENTIA. OS CABOCLOS, ORIXAS, VODUNS E INQUICES, DE CERTO VÃO COBRAR DELE E DE QUEM MAIS AFIRMAR TAL BARBARIDADE. ELES SÃO SERES DE LUZ E NA LUZ, RESPONSÁVEIS PELO EQUILÍBRIO DA TERRA, DAS PESSOAS E DE SUAS RELAÇÕES.

POR FIM, CONCLAMAMOS A TODAS AS ORGANIZAÇÕES DOS “POVOS DE SANTO” A QUEM PREFERIMOS CHAMAR DE “POVOS DE TERREIRO”, DA BAHIA E DE TODO O PAÍS, A SE MANIFESTAREM, PARA QUE MAIS ESTA INJUSTIÇA _ QUE ALIÁS, JÁ DESPONTA EM OUTROS ESTADOS , A EXEMPLO DO MARANHÃO, COMO “MAGIA NEGRA” E, AÍ AUTOMATICAMENTE AFIRMAM AUTORIA A Nós _ NÃO SE ATRIBUA A NOSSA TÃO BONITA RELIGIÃO. EMBORA, DIGA-SE DE PASSAGEM, NADA TEM HAVER O TERMO “MAGIA NEGRA” COM O CONHECIMENTO DA MAGIA AFRICANA, PASSADA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO HÁ MILHARES DE ANOS, QUE MANIPULA OS ELEMENTOS DA NATUREZA PARA NOS EQUILIBRAR DIANTE DELA E NOS RELIGAR A ANCESTRALIDADE, LEMBRANDO QUE A HUMANIDADE SURGIU NA ÁFRICA. VALE DESTACAR, QUE MAGIA NEGRA é COISA DE SÉCULOS REMOTOS DA EUROPA.
AXÉ.

[1]Comissão Organizadora: ILÊ AXÉ TORRUNDÊ / ILÊ AXÉ ODETOLÁ / ILÊ AXÉ OYÁ DEJI / ILÊ AXÉ OMIN ALA / ILÊ AXÉ GEDEMERÊ / TERREIRO GÊGE DAHOMÉ / ILÊ AXÉ IYÁ TOMIN / ILÊ AXÉ OGODOGÊ / ILÊ AXÉ LOGEMIN – contatos: 9966-6506 / 3394-8184, Guilherme de Xangô - Bàbálòrixá; 9908-5566 / 3408-1455 Valdo Lumumba-Ogan; 8716-5833 Edvaldo Pena - Huntó; 3521-1423 Dari Mota – Bàbálòrixá; 3394-8175, Wilson Santos - Bàbálòrixá.

Saudações Quilombolas

e Paz na Terra: nossa casa!

SEJAMOS CIDADÃS E CIDADÃOS ATIVOS,

TOME UMA ATITUDE.
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Amazon Space, um olhar diferente sobre a Amazônia

Tatiana Sobreira
Foto postada em http://www.myspace.com/tatianasobreira

Você quer ouvir um programa de rádio legal com música popular brasileira de qualidade?

Sintoniza a rádio Amazonas FM 101.5, de segunda a sexta das 20 as 21h.

Amazon Space, Um olhar diferente sobre a Amazônia, com Tatiana Sobreira.

Acompanhe o programa pelo site da rádio:
http://portalamazonia.globo.com/amazonasfm/index.php?conteudo=estudio

Liga pra Tatiana, pede uma música, dê sua opinião, dê um oi: (92) 3216-5555

* * *

O QUE É

Programa de rádio: Amazon Space, um olhar diferente sobre a Amazônia.

QUANDO
De segunda a sexta

HORÁRIO
20 às 21h

ONDE
Rádio Amazonas Fm, 101,5, sintonizada em você!

APRESENTAÇÃO
Tatiana Sobreira

www.myspace.com/tatianasobreira
www.myspace.com/brazilianmarclobosco

E-mail:
tatianasobreiraam@gmail.com
marcoantoniobosco@gmail.com

(assessoria)
rosesobrinho@gmail.com
Tel: 92-8199-6812
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Esperando a BICA

Nota do blog: Depois de realizar o Natal do Panetonegate, Brasília aguarda com expectativa o próximo tema da banda Pacotão. Já em Manaus, a banda da BICA (Banda Independente da Confraria do Armando) começa mais uma disputa fratricida pela letra do tema do próximo carnaval: "Irmãos Metralha: do parlamento ao Puraquequara".

Dica: Acesse o jogo do panetone do Arruda e ajude Brasília a ficar limpa: http://users6.jabry.com/social1/
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SOS Encontro das Águas e Lago do Aleixo deseja Boas Festas

Nota do blog: A sociedade civil continua a luta pela conservação do Encontro das Águas e do Lago do Aleixo. Aos jornalistas que apoiam a causa, nosso mais profundo agradecimento.
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Comunidade tradicional do Jatuarana deseja Boas Festas

Nota do blog: A comunidade do Jatuarana voltou ao Ministério Público para denunciar o descumprimento do acordo feito com o Exército Nacional pelo reconhecimento de suas propriedades - acordo testemunhado pelo Sr. Carlos Braga, pai do governador do Estado do Amazonas, e pelo líder do governo deputado estadual Sinésio Campos. A luta continua!
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SOS Encontro das Águas continua a luta em 2010

Nota do blog: É grande a expectativa do movimento social SOS Encontro das Águas pelo desfecho do processo de conservação de um dos maiores patrimônios naturais, paisagísticos, culturais e simbólicos dos amazonenses. A luta continua, até a vitória final!
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Natal da Revista de História da Biblioteca Nacional


Boletim eletrônico da Revista de História da Biblioteca Nacional
Assine já e receba até o carnaval de 2011
15 edições pelo preço de 12 em cinco vezes sem juros

Dezembro / 2009
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dezembro 28, 2009

Intervozes - Levante sua voz

Intervozes - Levante sua voz from Pedro Ekman on Vimeo.


Vídeo sobre direito à comunicação produzido pelo Intervozes Coletivo Brasil de Comunicação Social com o apoio da Fundação Friedrich Ebert Stiftung retrata a concentração dos meios de comunicação existente no Brasil.

Roteiro, direção e edição: Pedro Ekman
Produção executiva e produção de elenco: Daniele Ricieri
Direção de Fotografia e- câmera: Thomas Miguez
Direção de Arte: Anna Luiza Marques
Produção de Locação: Diogo Moyses
Produção de Arte: Bia Barbosa
Pesquisa de imagens: Miriam Duenhas
Pesquisa de vídeos: Natália Rodrigues
Animações: Pedro Ekman
Voz: José Rubens Chachá

CC - Alguns direitos reservados
Você pode copiar, distribuir, exibir e executar a obra livremente com finalidades não comerciais.
Você pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.
Você deve dar crédito ao autor original.

Intervozes lança vídeo sobre Direito à Comunicação

Numa linguagem inspirada no filme de Jorge Furtado, diretor do documentário "Ilha das Flores" vídeo compara a regulação da comunicação no Brasil com a lei da selva, onde os mais fortes ditam as regras.

Já está disponível no Observatório do Direito à Comunicação o vídeo do Intervozes sobre a temática do Direito à Comunicação. O curta traz uma breve história da concentração dos meios de comunicação no Brasil, com os nomes dos principais atores do cenário, e um panorama sobre a dificuldade de se ter uma comunicação mais democrática no país.

Na história, a personagem central representa telespectadores que encontram barreiras para conseguir se fazerem ouvidas frente ao monopólio dos grandes grupos empresariais de mídia. Assim, registra-se a dificuldade que existe no Brasil no cumprimento de normas constitucionais que garantem um cenário mais democrático. A linguagem escolhida para o vídeo foi a mesma do curta “A Ilha de Flores”, devido à simplicidade com que o diretor Jorge Furtado tenta expor características de uma sociedade capitalista. “Fizemos esta opção porque queríamos falar de maneira leve sobre um tema pesado, com pontos polêmicos e difíceis”, explica Pedro Ekman, integrante do coletivo e roteirista do vídeo.

Um dos exemplos do cerceamento à voz da população é ilustrado pela batalha da rádio comunitária Constelação, criada em 1998 por cegos e dirigidas a este público. Os irmãos Roberto e Raimundo da Silva, fundadores da rádio em Belo Horizonte, tentam há mais de 10 anos conseguir uma autorização do Ministério das Comunicações para funcionar legalmente. Enquanto há eles não obtem uma resposta do Minis, tiveram a sede fechada e Roberto foi condenado à prisão por dois anos, em um caso onde a rádio foi tratada como Pirata. “Ali aparece como o Estado lida com os meios alternativos de comunicação”, percebe Paulo. O Ministério das Comunicações ainda não concedeu licença de funcionamento para a rádio.

O vídeo se soma a outros trabalhos que o Coletivo tem produzido, inclusive como material de contribuição para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Recentemente, um caderno de propostas foi lançado tratando sobre outros aspectos da Comunicação como regulamentações e alternativas, como o sistema público de televisão e rádio. “Uma das principais contribuições é levar os assuntos que detalhamos para debate. O vídeo não esmiuça tanto quanto os materiais escritos, mas amplia o potencial de formulação de propostas e abre a linguagem para pessoas que tem dificuldade de entender esta discussão”, aposta Pedro.

Fonte: http://ow.ly/HvuY

Propostas aprovadas pela Confecom

Postada em vermelho.gov.br
Anistia e reparação para as rádios comunitárias é aprovada pela CONFECOM
Redação Abraço

A proposta da ABRAÇO Anistia dos processados e condenados por operarem rádios comunitárias sem outorga e criação de mecanismo para reparação das emissoras penalizadas foi aprovada pela I Conferência Nacional de Comunicação. A anistia é a restauração da dignidade de mais de cinco mil comunicadores populares condenados criminalmente por colocarem no ar emissoras a serviço de suas comunidades. A reparação das rádios que tiveram os equipamentos apreendidos significa o reconhecimento, por parte do Estado brasileiro, da existência de uma legislação injusta e discriminatória das emissoras comunitárias. Esta é uma grande vitória do movimento da radiodifusão comunitária e da ABRAÇO na luta pela descriminalização das rádios comunitárias.

CONFECOM aprova desburocratização das concessões de rádios comunitárias
Redação Abraço

A proposta da ABRAÇO de desburocratizar as concessões de rádios comunitárias foi aprovada pelo Grupo de Trabalho 5 por mais de 80% dos votos e passou a figurar no caderno de resoluções da CONFECOM. O texto aprovado prevê a criação de Secretaria Nacional de Rádios e TVs comunitárias, com conselho de acompanhamento de autorizações, com a participação da sociedade civil; a abertura de aviso de habilitação nacional permanente, com prioridade para as regiões não atendidas pelo serviço, e o respeito aos pedidos históricos; a criação de uma lista única (na internet) dos processos, pela data de protocolo. Um processo só poderá passar na frente de outro anterior caso o requerente do processo não atenda as exigências de correção e/ou apresentação de documentos dentro dos prazos estabelecidos.

A proposta aprovada prevê a agilização na tramitação dos processos com a realização de concurso público para contratação de servidores para o setor responsável pelo licenciamento das emissoras comunitárias; a realização de mutirão para colocar em dia os processos que estão em tramitação no Ministério e o resgate dos processos de solicitação de outorga arquivados pelo Ministério das Comunicações.

Também foi aprovada a edição de Medida Provisória ou inclusão em norma técnica, de dispositivo antecipando a licença provisória de funcionamento, após conclusão da etapa do Relatório Final no Ministério das Comunicações, e a criação de representações estaduais do Ministério das Comunicações, o que facilitará o encaminhamento dos processos e o acompanhamento da sua tramitação pelas rádios comunitárias. Entre as propostas aprovadas na Conferência está a Garantia de canais em TV aberta para os canais comunitários, universitários, legislativos, e executivo-culturais e a participação das TVs Comunitárias no novo Canal da Cidadania, reservado para a União pelo Decreto 5820.

Aprovada a criação de fundo público para financiar a radiodifusão comunitária
Redação Abraço

A I Conferência Nacional de Comunicação aprovou a criação de Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Comunicação Comunitária. A proposta, apresentada pela ABRAÇO, vai viabilizar a implantação de rádios e TVs comunitárias. O Fundo deve atuar no financiamento, a fundo perdido, dos equipamentos necessários a instalação das emissoras e a digitalização das emissoras em operação. O Fundo utilizará recursos do Orçamento Geral da União, do FUST, e das taxas cobradas pela ANATEL.

CONFECOM aprova publicidade pública em Rádios Comunitárias
Redação Abraço

Foi aprovada a destinação de publicidade pública para as rádios comunitárias, com criação, pela SECOM, de editais específicos . O mesmo deve ser feito nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. A veiculação de publicidade institucional e de utilidade pública nas rádios e TVs comunitárias, também está entre as propostas aprovadas.

Descriminalização das rádios comunitárias foi referendada pela CONFECOM
Redação Abraço

A proposta de descriminalização das rádios comunitárias, aprovada pela I Conferência Nacional de Comunicação, representa uma vitória das emissoras comunitárias. A sociedade brasileira, representada na Conferência por mais de 1500 delegados, fez justiça a o serviço público prestado pelas rádios comunitárias, que tem sofrido uma campanha sistemática de criminalização por parte da ANATEL e da ABERT. A resolução aprovada garante segurança para o trabalho dos radiodifusores comunitários, que atuam na promoção cultural e na defesa das comunidades das periferias urbanas e das cidades do interior.

CONFECOM aprova o fim da cobrança do ECAD nas Rádios Comunitárias
Redação Abraço

A I Conferência Nacional de Comunicação aprovou, com mais de 80% dos votos do Grupo de Trabalho 4, o fim da cobrança do ECAD – Escritório Central de Arrecadação – para as rádios e televisões comunitárias. A decisão é um reconhecimento da luta histórica da ABRAÇO pelo fim da arrecadação de direitos autorais junto às rádios comunitárias. A Conferência, ao aprovar a proposta, reconhece o caráter público e não comercial das emissoras comunitárias, que atuam como divulgadoras da música brasileira, sem visar o lucro. A decisão da CONFECOM é um passo importante para garantir que a revisão da Lei do Direito Autoral, em discussão no Ministério da Cultura, contemple a isenção das rádios e tevês comunitárias.

Criminalização do jabá é apoiada pela CONFECOM
Redação Abraço

A proposta, apresentada em conjunto pela ABRAÇO e pelo Movimento Música para baixar, que crimminaliza a pratica conhecida como jabá foi aprovada por mais de 80% dos integrantes do Grupo de Trabalho 5 da CONFECOM. O texto foi elaborado como emenda modificativa a uma proposta que regulamentava o jabá. Caso a proposta inicial fosse referendada estaria se consagrando uma pratica criminosa e antiética, que privilegia as grandes gravadoras em detrimento dos artistas independentes que não dispõem de recursos para “comprar” a excussão de suas músicas nas rádios comerciais. A Ação rápida da ABRAÇO e do Movimento Música para Baixar evitou que o jabá fosse regulamentado e garantiu a sua criminalização. A proposta aprovada é uma vitória de ética no campo das relações culturais e artísticas.

CONFECOM defende os direitos civis femininos na mídia
Redação Abraço

A Conferência Nacional de Comunicação aprovou a proposta da ABRAÇO de Criar uma legislação para proteger a mulher da exploração da imagem e da vulgarização, garantindo os direitos civis femininos. A resolução é um passo para o respeito aos direitos humanos das mulheres por parte dos meios de comunicação. Agora cabe ao Congresso Nacional aprovar uma legislação que materialize a vontade da sociedade brasileira expressa na CONFECOM.

Ações afirmativas são contempladas pela CONFECOM
Redação Abraço

A aprovação da proposta da ABRAÇO de implantar uma política afirmativa que garanta a exibição de programas que abordem a cultura afro descendente e a garantia de um número mínimo de atores negros nas produções televisivas, considerando o percentual da população negra no conjunto da população brasileira. Esta iniciativa resgata a luta do povo negro por uma representação equânime na mídia e é um passo importante para mudar a imagem do negro na mídia. A implementação da proposta contribuirá para uma televisão mais representativa da diversidade étnica e cultural da sociedade brasileira.

Aprovada a proposta da Abraço de institucionalização das Conferências Nacionais de Comunicação
Redação Abraço

A I CONFECOM aprovou a institucionalização das conferências nacionais de comunicação por meio de Decreto Convocatório Federal. As Conferências devem ter ampla participação da sociedade, com representação tripartite e proporcional, com o objetivo de garantir que o processo de democratização das políticas públicas de comunicação, iniciado na I CONFECOM, tenha continuidade. As próximas edições da Conferência deverão ter a periodicidade de dois anos. A partir da próxima edição, a CONFECOM deverá ter etapas livres, municipais, intermunicipais, estaduais e distrital deliberativas. O texto aprovado teve como ponto de partida proposta apresentada pela ABRAÇO.

Endereço: Quadra 31 conjunto 23 lote 4 salas 206/208 Paranoá - Brasília/DF - Cep: 71.573-100Telefone: (61) 3369.4188
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Acteal: XII Aniversario de una lucha por justicia y contra la impunidad


Un reportaje sobre la matanza de Acteal ocurrida el 22 de diciembre de 1997 en Chenalhó, Chiapas. Fragmento del programa La Verdad sea Dicha, transmitido el 25 de diciembre de 2007

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Acteal: XII Aniversario de una lucha por justicia y contra la impunidad

http://radiozapote.flujos.org/acteal-12-09

Acteal-22 de Diciembre.-Radio Zapote-Un manto de solidaridad se desplego en el aniversario numero 12 de la matanza de Acteal. Organizaciones y colectivos nacionales e internacionales hicieron eco de la invitación de la sociedad civil Las Abejas, para conmemorar a l@s martires con una jornada de lucha y resistencia en contra de la impunidad y en favor de la memoria.

Dos dias de actividades entre las que destaco un foro para construir la otra justicia, una procesión, celebraciones eucaristicas, transmisión de radio libre en FM e internet y una vigilia de oración, volvieron a congregar a cientos de personas de comunidades indigenas de los altos y de la sociedad civil mexicana y de diversos paises. En esta ocasion el tono de laconmemoracion se centro en la impunidad prevaleciente, en el caso de acteal y en demas casos de alcance nacional, en donde la Suprema Corte de Justicia de la Nación ha fallado en contra de los intereses de comunidades y pueblos ha favor de la corrupción y la discrecionalidad que han caracterizado al segundo gobierno de ultraderecha en el pais.

Hombres, mujeres, ninos y niñas de Acteal vivieron momentos de recuerdos dolorosos en la comemoracion de la matanza perpetrada contra familiares y amig@s por paramilitares hace 12 años, pero tambien momentos de jubilo y alegria al compartir un aniversario mas con el amplio apoyo internacional en busqueda de verdadera justicia y compartiendo el baile, la comida y la convivencia en memoria de los martires.

El foro en busqueda de la otra justicia,concentro la atencion en el primer dia de actividades, mientras que el dia 22, la celebración de una ceremonia eucaristica contó con apoyo amplio de organizaciones y representaciones religiosas de diversos estados de la republica, la transmisión radiofónica realizada por medios libres en el 96.7 de FM fue bautizada como radio Almantal yu'un lekilal (en castellano mensajero de la paz) se realizó con exito y otros medios nacionales e internacionales retransmitieron la señal a su público a traves de internet.

En Agosto de este año, la suprema corte de justicia falló en favor de la liberación de 29 presos culpables de la masacre de Acteal, lo que ha generado una reactivacion de la lucha de la sociedad civil Las Abejas, quienes se han movilizado en plantones y acciones de presión, información y solidaridad en chiapas, el DF y en Estados unidos en busqueda de que la corte interamericana de derechos humanos atraiga el caso Acteal y ponga al gobierno mexicano, frente a este organismo internacional, como ya sucede con el caso de Lorenzo Radilla, victima de la guerra sucia del estado en los años 70.

Una cobertura amplia de la jornada en Acteal, con imagenes y audios, puede encontrarse en los siguientes sitios web:

http://acteal.blogspot.com


http://www.frayba.org.mx/index.php

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Acteal: crime de lesa-humanidade e um capítulo da política contra-insurgente em Chiapas

22 de Dezembro de 2009

O “Plano de Campanha Chiapas 94” teria por objetivo romper a relação de apoio da população com as forças opositoras. Os militares deveriam organizar, assessorar e apoiar secretamente setores da população civil como forças de autodefesa ou outras organizações paramilitares.

Por Alex Hilsenbeck e Cássio Brancaleone

Fotos: Centro de Direitos Humanos Fray Bartolomé de Las Casas

Chiapas, região de Los Altos, município de San Pedro Chenalhó, comunidade de Acteal, 22 de dezembro de 1997. Enquanto um grupo de indígenas tsotsiles seguia em seu terceiro dia de jejum e orações pela paz naquela conflituosa região intocada pela Revolução Mexicana de 1910, um bando armado, utilizando armas e munições de uso exclusivo do exército federal, invadiria a pequena igreja do vilarejo onde se realizava a vigília e tiraria a vida de 45 pessoas. Entre as vítimas faleceram 19 mulheres (incluindo 4 grávidas), 8 homens e 18 crianças. O abominável massacre de Acteal representou o ponto mais alto da escalada de agressões paramilitares promovida contra grupos indígenas independentes das antigas redes clientelistas de poder no estado de Chiapas, basicamente representadas pelo caciquismo priísta (o PRI – Partido Revolucionário Institucionalizado – reunia as principais elites políticas que na prática governaram o México em um sistema de partido único supostamente até o ano 2000).

Ainda que a onda de violência que explodiu em muitas regiões desse estado tenha uma vinculação quase direta (e reativa) ao levante zapatista de 1994, não se pode esquecer que Chiapas passou por um complexo processo de renovação de lideranças e organizações sociais ao longo dos anos 1970 e 1980, fruto de uma confluência entre crises econômicas, a diversificação da produção local, a imigração e colonização da região da selva, o surgimento de novos movimentos religiosos, o ingresso de novos grupos de ativistas e promotores de organizações populares na região (além e anterior aos guerrilheiros da antiga FLN), para citar alguns elementos mais importantes. Todos esses fenômenos contribuíram para colocar em xeque a hegemonia priísta em Chiapas, abrindo espaço tanto para a atuação do EZLN quanto do PRD (Partido da Revolução Democrática – principal força da esquerda eleitoral mexicana).

A multiplicação dos sujeitos coletivos que passavam então a ter condição de disputar a hegemonia política estadual e regional, seja através dos canais existentes, seja através da criação de novos espaços, foi o principal motivo que produziu uma virulenta reação por parte daqueles setores, identificados com o PRI, desesperados na tentativa de manter o monopólio das redes locais de poder. Não é fortuito que o massacre de Acteal foi movido contra uma organização indígena independente e não zapatista, o grupo Las Abejas. Sem prejuízo para sua importância, o zapatismo é apenas a ponta de lança e a parte mais visível desse processo, e os únicos que até então se dispuseram a pegar em armas.

acteal4Outras organizações, como a Frente Nacional de Luta pelo Socialismo (FNLS) e a Organização Camponesa Emiliano Zapata (OCEZ), somente para citar duas das mais expressivas, também são vítimas de perseguição, agressões e violências, ainda que muitas vezes não apareçam nos comunicados internacionais de solidariedade. Na cartografia da agitação popular chiapaneca, é importante estar atendo a essas dinâmicas de constituição de grupos autônomos e combativos de camponeses, entender a relação que mantêm entre si, e em especial com o EZLN, mas sem menosprezar suas capacidades organizativas e ideológicas no processo de catalisação dos setores subalternos.

Dito isto, podemos buscar uma explicação mais abrangente para a estratégia contra-insurgente hoje em curso em Chiapas, que se iniciou formalmente em 1994 com o fenômeno zapatista, mas que deita raízes muito antes, e talvez tenha encontrado justamente naquele episódio uma conjuntura favorável para constituir-se como um processo mais sistemático de repressão às alternativas populares.

Esse é o sentido do “Plano de Campanha Chiapas 1994”, preparado pela Secretaria da Defesa Nacional (SEDENA) do governo mexicano: um plano que, dirigido contra as organizações revolucionárias de tipo guerrilha maoísta (por isso a máxima de “tirar a água para matar o peixe”), e no caso específico dirigido contra o EZLN, atingiu em cheio todas as organizações sociais independentes ou opositoras ao PRI, tratadas genericamente como o “ambiente” (a água) a partir do qual as organizações armadas sustentam suas atividades.

Conforme comunicados zapatistas, relatórios de organizações de direitos humanos e testemunhos de observadores internacionais, vive-se em Chiapas uma situação de “guerra de baixa intensidade” ou de “contra-insurgência”, isto é, o governo ao mesmo tempo em que declara oficialmente uma situação de paz, trava um conflito não aberto, no qual busca, por um lado, desgastar a imagem do EZLN e de grupos opositores e minar o apoio das comunidades às lutas sociais através de uma guerra psicológica, e por outro lado, fazer um cerco militar. São muitos os casos relatados pela população de invasões do exército às comunidades, com saques, destruição das plantações, prisões e estupros, sempre com a desculpa de estarem ali em decorrência de “treinamento”, à procura de grupos paramilitares, plantações de drogas etc. Além disso, o governo busca cooptar as comunidades extremamente pobres com diversos “programas assistenciais”, como a distribuição recente de frangos ou bicicletas.

A implementação da estratégia do “Plano de Campanha Chiapas 94” teria como objetivo chave, portanto, romper a relação de apoio existente entre a população e as forças opositoras, sendo que os militares deveriam organizar, assessorar e apoiar secretamente setores da população civil enquanto forças de autodefesa ou outras organizações paramilitares.

Estes grupos paramilitares foram responsáveis entre 1995 e 2000 pelo deslocamento forçado de mais de 10 mil pessoas das aproximadamente 12 mil registradas pelo Centro de Direitos Humanos Fray Bartolomé de Las Casas. Em sua grande parte, por execuções, massacres e desapropriações forçadas.

acteal2Isto significa que este tipo de conflito, estabelecido desde 1995, data em que o então presidente mexicano Ernesto Zedillo retoma a via de uma escalada bélica de violência contra os zapatistas, constitui uma política deliberada de Estado para cometer ataques generalizados e sistemáticos contra a população civil. Assassinatos, deslocamentos forçados, privação de liberdade, tortura, perseguição de grupos ou coletivos políticos, étnicos, religiosos.

Tão agravante e assustador quanto a brutalidade com que foi conduzido o massacre de Acteal é, no entanto, a atitude de alguns intelectuais e do governo mexicano em atribuir ao EZLN responsabilidade indireta pelo acontecido: assim, a formação dos municípios autônomos zapatistas a partir de 1995 teria colocado em questão a legitimidade do poder político em muitas comunidades, agudizando disputas entre caciques, e entre esses e os zapatistas. Ou seja, no final, Acteal teria sido simplesmente resultado da exacerbação de “conflitos intra-comunitários”, levados até a última consequência. Desse modo, ignora-se que o massacre foi realizado com armas e munição do exército, que a polícia estadual estava justamente posicionada a 200 metros do local da chacina, e curiosamente não percebeu nada de estranho no local, e que os autores intelectuais do crime possuem ligação orgânica com o PRI, participando inclusive anteriormente em diversos níveis de governo. Nada mais cínico.

acteal3O Centro de Direito Humanos Fray Bartolomé de las Casas, tanto quanto outras respeitadas organizações de direitos humanos sediadas em Chiapas, documentou fartamente o episódio. E não podemos nos esquecer que a Comissão Civil Internacional pelos Direitos Humanos, que tem trabalhado pela promoção da justiça e contra a impunidade dos responsáveis de outros casos graves de violação de direitos humanos, como Atenco e Oaxaca, foi criada a partir do episódio de Acteal.

A situação é mais crítica ainda ao sabermos que alguns dos assassinos capturados e indiciados pelos homicídios foram absolvidos em julgamento e já gozam de liberdade. Mais uma amostra de que a derrota eleitoral do PRI em 2000, ao contrário das expectativas e das apostas de alguns setores políticos e intelectuais, não culminou com um movimento em direção a democratização do país. E em Chiapas aumenta a cada dia as denúncias de agressões e violações dos direitos humanos, contra zapatistas e outras organizações indígenas independentes, ainda que sob o governo de “esquerda” do PRD.

Assim, graças à estratégia de contra-insurgência do governo federal, atualmente estão dadas as condições para novas violências e para que Chiapas siga sendo, com o fortalecimento dos grupos paramilitares, um campo de batalha real, com mortos, desaparecidos e presos.

Longe de ser um conflito intercomunitário ou religioso, desenvolve-se um conflito político, em que o governo organiza, treina, arma e encobre grupos paramilitares para eliminar, fisicamente se for preciso, todos os que se organizam e defendem suas terras. Por isso, a luta de Acteal no México se une com as de Atenco, Oaxaca e dos zapatistas, assim como se une à dos Sem Terra, Sem Teto e às vítimas da agressão estatal no Brasil e a todas as violências perpetradas contra os Direitos Humanos em qualquer parte do mundo.

acteal5É por isso que relembrar a cada ano o luto por Acteal, como se vem fazendo há 12 anos no México e em várias partes do mundo, além de tornar audível e presente o grito por justiça pelas vítimas e seus familiares, buscando a reparação dos crimes com a punição de todos os responsáveis, inclusive os mandantes intelectuais, se constitui fundamentalmente em um posicionamento firme contra uma das modalidades mais desumanas e bestiais de aviltamento da condição humana, a chamada “guerra suja”, este procedimento em que o Estado quebra as próprias regras mais elementares do direito que ele diz representar, seja através de seus próprios agentes judiciais, policiais e militares, seja através da promoção e treinamento de grupos ilegais e ocultos, protegidos pelo aparato da legalidade, para operar os mecanismos mais bárbaros de controle social que estiver ao seu alcance para manter o que determinados grupos oligárquicos consideram a ordem e a normalidade (ou seja, seus privilégios).

Acteal, estamos e estaremos sempre presentes! Contra o capitalismo e pela humanidade!

Maiores informações: Centro de Derechos Humanos Fray Bartolomé de Las Casas: http://www.frayba.org.mx/index.php (especialmente o documento, “La política genocida en el conflicto armado en Chiapas”).

E o artigo: http://desinformemonos.org/2009/12/los-paramilitares-liberados-vuelven-a-acteal/

dezembro 27, 2009

Anonimato vs. cidadania


Nota do blog: Meu caro amigo João Bosco, uma criatura - daquelas que tia Pátria dizia que "cagam e andam pra opinião dos outros" - resolveu usar do anonimato para nos rotular de ignorantes e desonestos, e isso inclui você, eu e A Crítica, que vem repercutindo sua corajosa crítica ao traçado mal planejado do monotrilho de Manaus. Pelo discurso é fácil identificar a criatura. Mas, deixemos que ele o faça, se é que ele está interessado em discussões honestas. De minha parte fiz minhas observações em vermelho nos comentários ultrajantes que foram enviados para este blogueiro. O mesmo espaço está à sua disposição.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "João Bosco Chamma alerta para o futuro de um monot...": (não supreende que o comentarista use do anonimato numa terra habituada a atropelar o mais elementar dos direitos de cidadania: o esclarecimento; pelo discurso do nosso anônimo comentarista trata-se de alguém muito cioso do seu anonimato, sob pena de ter contrariado seus interesses pessoais):

Visto que ninguem comenta seu blog certamente é porque a moderação é imoderada, ou moderada aos seus interesses, claro. Certamente você não vai tornar publico o que eu vou expressar aqui, mas será dito mesmo assim, nem que seja pelo menos pra você. (Espero que o comentarista anônimo revele sua identidade; de todo modo, sinto-me lisonjeado pelo monitoramento do meu blog, cujas mensagens são claras e transparentes, como é próprio do exercício da cidadania).

Comparar o projeto do monotrilho às obras do minhocão em Sampa é ser desonesto ou assinar atestado de ignorância. Que tal melhorar o nivel dessas criticas? (Desonesto é usar do anonimato; sobretudo quando as tintas indicam um discurso semelhante ao de alguns agentes do estado habituados a prevaricar, ali onde a democracia é mera peça retórica).

Veja o video no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=a6uAUjkj8t4

Projeto de Santos, leve, funcional, fino e bonito! (para mim a para a torcida do América, seu gosto é duvidoso e sua informação é desonesta, senão vejamos: ainda que haja uma distância razoável entre as torres do montrilho dos prédios da orla de Santos, não há informações sobre o que pensa a vizinhança sobre o impacto visual e sonoro - a propósito, meu ilustre comentarista anônimo sabe o que significa "impacto de vizinhança", quesito fundamental nos relatórios de impacto ambiental; ademais, uma coisa é um montrilho entre prédios, outro entre prédios de um lado, e a orla marítima de outro). Sim, fino porque não é uma via para carros (minhocão) e sim para um trem e é aí que reside o desconhecimento dos senhores ou a simples vontade de ser do contra pra chamar atenção, sabe-se la de quem. (Da opinião pública, meu caro Watson, anestesiada pela propaganda leviana, da qual a construção do terminal portuário das Lajes é exemplar, com uma diferença: uma tem interesses privados, outra interesses de governo; ambas, entretanto, devem esclarecimentos aos cidadãos).

Mesmo diante da objeção de que no caso de Manaus serão dois trens (ida e volta) ao invés de um, o que aumentaria a largura tornando-o um "bi-trilho", ainda assim é um exagero enorme comparar com os elevados de SP e RJ. (Exagero é usar mais de um bilhão de reais para construir um monotrilho, de efetivo interesse social, sem consulta pra valer das entidades de classe e da sociedade civil organizada).

O projeto do Sr.Chama deve ser interessante, mas parece que ele foi "rifado" deste processo que ao meu ver já está encaminhado (o comentarista anônimo bem que poderia informar aos meus silenciosos leitores como se deu o processo de rifagem do projeto do arquiteto João Bosco Chamma, que vem tornando públicas as suas objeções ao traçado proposta pela empresa construtora). Ninguém discutiu uma ponte de 500 milhões, vão discutir um trilho ? E outra, Constantino Nery e Djalma jão são terras de ninguém, ou melhor, de quem dá mai$! (as duas últimas frases são típicas do discurso obsceno dos agentes sociais que não tem o menor respeito pela opinião pública e que acham que Manaus é terra de ninguém; a opinião pública conhece pelo menos dois deles, que recentemente passaram a responder pelos exageros cometidos no exercício da função pública).

ET.: JB, uma coisa temos que admitir. O comentarista anônimo tá coberto de razão. Não vai dar pra instalar o escritório do tráfico de drogas, nem abrigar uma família de sem-tetos. Em compensação o que não vai faltar é lugar pra armar um monte de redes e tirar uma soneca, ao som do ranger de trilhos. "Nóis sofre, mais nóis goza", já dizia o macaco Simão.