PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
outubro 23, 2008
Grande Damião
Nota do blog: Eis um dos responsáveis da ida deste blogueiro a Rio Branco para participar do Seminário de Saúde Mental do Acre. Trata-se de Damião, presidente da Associação de Pacientes e Amigos de Saúde Mental do Acre. Revelado o nome, conto o milagre. Nos conhecemos por ocasião de uma intervenção que fiz como palestrante, em Bauru-SP, durante as comemorações dos 20 Anos de Luta Antimanicomial, evento realizado em dezembro de 2007 através de parcerias entre o Conselho Federal de Psicologia e o Movimento Antimanicomial (Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial e Movimento Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial). Damião, usuário de serviço de Saúde Mental, e Fabiano, psicólogo que atua nos serviços de Rio Branco, faziam parte da menor delegação presente ao evento. Depois deles, vínhamos nós do Amazonas, três pessoas: Nivaldo, presidente de Associação Chico Inácio -ACI (filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial); Francinete, filiada da ACI, e este blogueiro. Que inveja dos companheiros de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul! Eles foram em caravana, cada um com um ônibus fretado! Voltando ao Damião. Filho do Acre, Damião é ex-seringueiro. É com tristeza que ele lembra que a "colocação" onde viveu quase virou pó, tal foi o desmatamento da região, felizmente reduzida pelo "Governo da Floresta", dos irmãos Viana, do Partido dos Trabalhadores. Que os demais trabalhadores não se sintam sacaneados! A referência aos irmãos deve-se tão somente ao fato da inconteste liderança de ambos. Certamente eles não existiriam sem Chico Mendes, sem Marina Silva e sem os movimentos sociais e a organização dos trabalhadores do Estado do Acre. Tamanho foi o meu entusiamo em participar do evento comemorativo de Bauru que, certamente, atingi o coração do companheiro Damião, a quem presto minha fraterna homenagem. Sem ele não conheceria a experiência que a bela cidade de Rio Branco vive na luta por uma sociedade sem manicômios.
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