outubro 24, 2008

Secretario Estadual de Saúde participa da abertura do Seminário de Saúde Mental do Acre

Foto: Rogelio Casado - Centro de Treinamento da Diocese - Rio Branco-AC, 21.10.2008
Nota do blog: O Secretario de Saúde do Estado do Acre fala no I Seminário de Saúde Mental do Acre para um grande público que compareceu ao Centro de Treinamento da Diocese, sob o olhar atento da psicóloga Sandra e da assistente social Márcia (que tem um currículo invejável, sobre o qual escreverei mais adiante). Um dia antes, na companhia de Maria, vice-presidente da APASAMA (Associação dos Pacientes e Amigos de Saúde Mental), fomos entrevistados pela filial da TV Bandeirantes. Cometi um equívoco ao afirmar para o simpático apresentador Demóstenes que Rio Branco tinha tudo para não repetir a história de Manaus, pois essa ainda tem um hospital psiquiátrico sob a responsabilidade do Estado, que passa por um longo e desgastante processo de desativação, na medida em que está na dependência da criação de uma rede diária de atenção em saúde mental pela municipalidade. Errei feio. O Acre tem um hospital psiquiátrico, salvo engano desde aos anos 1970. Antes disso os usuários iam para o Amazonas em busca de tratamento. Taí um baita problema para @s acrean@s resolverem. Afinal é da natureza do modelo de atenção à saúde mental proporcionado pelos hospitais psiquiátricos não responder com a mesma eficiência dos programas terapêuticos individualizados próprios dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Esses últimos são serviços comunitários territorializados, em quantidade definida por indicadores epidemiológicos, o que exige um censo da população psiquiátrica. É inimaginável a criação de um hospital psiquiátrico por zona geográfica da cidade, mas é perfeitamente possível a coexistência de vários CAPS de acordo com as demandas do município. A existência do hospital psiquiátrico vem sendo questionada pela Reforma Psiquiátrica brasileira, ao mesmo tempo que estão sendo construídas soluções inteligentes através da implantação de leitos psiquiátricos em hospitais gerais. Em São Paulo, no processo de desativação dos hospitais psiquiátricos, os trabalhadores de saúde mental passaram por uma conversão que lher permitiu assumir os novos e ricos papéis exigidos pelo modelo de atenção psicossocial, único caminho que nos leva a uma sociedade sem manicômios.
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