novembro 22, 2006

Mau exemplo: preconceito contra portadores de transtorno mental em São Paulo

















Manifesto contra o preconceito da UNITAU

Em setembro de 2005, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e a UNITAU firmaram um acordo animador para o campo da luta antimanicomial. Pelo acordo esta última recebeu investimento para obras e reforma para implantação de uma unidade de Saúde Mental no Hospital Universitário.

Inesperadamente, a nova Reitora, achando-se a tal, alegando que unidade de Saúde Mental foi construída sem prévia consulta à Administração do Hospital Universitário, não só desautorizou a instalação como dá outro uso para o espaço: implantação da Clínica Médica.

O documento assinado pela Reitora, submetido a análise de companheiros da luta antimanicomial, revela as verdadeiras razões de tal cancelamento: PRECONCEITO. Para citar apenas um trecho: "Considerando o argumento invocado pelo médico psiquiatra responsável pelo projeto[...] nossa preocupação com a implantação da referida unidade exdrúxula aumentou sobremaneira, vez que esse procedimento certamente causará sérios transtornos para o Hospital Universitário".

Segundo os companheiros mentaleiros, há outras pérolas no texto além do preconceito: autoritarismo e politicagem.

Lástima: mais uma vez, o dinheiro da Saúde Mental está sendo usurpado dos usuários com transtorno mental e desviado para outros fins.

Hoje, dia 22 de novembro, vários municípios estarão realizando manifesto público em frente à Reitoria em repúdio ao Preconceito e luta pelo espaço já conquistado. Irão usuários, familiares, técnicos e estudantes para a manifestação. A idéia é fazer muito barulho e brigar por esse espaço. Quem sabe a Reitora Profª Drª Maria Lucila Junqueira Barbosa repense sobre a decisão tomada, se não quiser entrar para a história como agente da cultura manicomial que ainda insiste em manter-se em cena em pleno século XXI. Posted by Picasa

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