PICICA: O deputado federal Francisco Praciano (PT-AM) foi chamado de "sábio" por um companheiro de partido por não ter apoiado o salário de RS 545,00. O qualificativo fora deduzido de uma improvável sedução do parlamentar à cantilena peessedebista. Ora, o referido companheiro sabe quão pragmáticos foram os caminhos adotados por um certa esquerda brasileira. Atire a primeira pedra que nunca escancarou o seu pragmatismo, como o fez abertamente o companheiro Praciano. Se ele recorreu a este pragmatismo, tinha lá suas razões. Afinal como candidato à prefeitura de Manaus vai enfrentar uma direita raivosa, a mesma que, matreira, logrou êxito em expor as contradições de candidatura semelhante, da então deputada federal Vanessa Graziottin, que acabou por perder a eleição por ter incorrido no apoio ao salário mínimo proposto no início do primeiro governo Lula. A massa despolitizada não perdoa. E como Praciano não quer se dar ao trabalho de malhar em ferro frio, optou pelo pragmatismo ainda hoje cultuado em algumas agremiações seculares da esquerda nacional, fiel à lógica de entregar anéis para ficar com os dedos. Neste sentido, é exemplar o pragmatismo político de Praciano. Como os tempos são outros, em que pragmáticos de outrora usam do cutelo para aparar arestas ideológicas, o tempo é quem dirá se Praciano é um doidivanas populista ou se seus algozes são extremistas de ocasião. Ah! Mudaremos de opinião se formos convencidos de que o caráter da advertência tinha a intenção de corrigir eventuais escorregões de um dos melhores nomes para disputar a prefeitura de Manaus, do que a pratica habitual do canibalismo-nosso-de-cada-dia. E tem mais: se é para radicalizar, o PICICA está de barraca pronta para acampar na praça, com ou sem o Praciano.
Deputados da base que votaram contra o governo
Veja, em ordem alfabética, quais foram os deputados de partidos da base governista que, descumprindo a orientação do Palácio do Planalto, votaram pela fixação do salário mínimo em R$ 560. O governo conseguiu aprovar, com grande folga, o valor de R$ 545.
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Enio Bacci (PDT-RS)
Eudes Xavier (PT-CE)
Jair Bolsonaro (PP-RJ)
João Dado (PDT-SP)
Miro Teixeira (PDT-RJ)
Paulo Maluf (PP-SP)
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)
Reguffe (PDT-DF)
Salvador Zimbaldi (PDT-SP)
Sebastião Bala Rocha (PDT-AP)
Vieira da Cunha (PDT-RS)
Zoinho (PR-RJ)
Saiba mais sobre o aumento do salário mínimo
Fonte: Congresso em Foco
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
Enio Bacci (PDT-RS)
Eudes Xavier (PT-CE)
Francisco Praciano (PT-AM)
Giovanni Queiroz (PDT-PA)Jair Bolsonaro (PP-RJ)
João Dado (PDT-SP)
Miro Teixeira (PDT-RJ)
Paulo Maluf (PP-SP)
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)
Reguffe (PDT-DF)
Salvador Zimbaldi (PDT-SP)
Sebastião Bala Rocha (PDT-AP)
Vieira da Cunha (PDT-RS)
Zoinho (PR-RJ)
Saiba mais sobre o aumento do salário mínimo
2 comentários:
Companheiro,
Por pragmatismo ou não, o fato é que Praciano foi de encontro a um determinação partidária e nenhum interesse local deve superar o interesse do projeto nacional.
Sei que Praciano é membro da DS e o Eudes Xavier (PT-CE)é e que força política?
Ao que parece determinações partidárias só funcionam em nível nacional, porque localmente vivemos o samba do petista doido.
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