Dimanã Êwê Yubabu: Floresta, Casa de Todos Nós esse é o tema do 1º Jogos da Celebração e V Encontro de Culturas Indígenas do Acre, que acontecerá de 10 a 14 deste mês, na Terra Indígena Puyanawa, Aldeia Barão, em Mâncio Lima (AC). Durante cinco dias cerca de 410 indígenas, das quinze povos que habitam o Acre estarão reunidos com o propósito de valorizar a diversidade cultural, buscando o intercâmbio, além de procurar interagir com a sociedade acreana para passar o conhecimento da história, da cultura, das produções artísticas, da economia e da política de cada povo.
O V Encontro de Culturas Indígenas do Acre traz como diferencial o fato de acontecer pela primeira vez em terra indígena. Os Encontros de Culturas anteriores motivaram alguns povos a realizar em Festivais de Culturas em suas próprias terras com a finalidade de conhecer melhor seu modo de vida.
Serão beneficiados os povos indígenas: Ashaninka, Huni Kui, Katukina, Jaminawa, Madijá, Manchineri, Jaminawa-Arara, Nukini, Shawãdawa, Poyanawa, Shanenawa, Yawanawá, Nawa, Kontanawa e Apolima-Arara.
Com uma rica programação, o encontro envolve apresentações culturais, exposição e comercialização de arte indígena, intercâmbio de sementes tradicionais, tecelagem em algodão, palha, trabalho com barro, adornos com sementes e miçangas, pinturas corporais, exposição de livros de autoria indígena e o encontro de videastas indígenas para a troca de experiências e projeções de vídeos.
Um dos momentos de discussões será no dia 13, de 9 às 13 horas, com o Papo de Índio: O que preservar, mediado por Suely Melo, chefe do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural, Edgar de Deus, chefe do Departamento Estadual da Diversidade Sócio-Ambiental, Toinho Alves, Assessor Especial do Governo do Estado e Dedê Maia, responsável pelo setor de cultura indígena do Patrimônio Histórico.
À tarde, das 16 às 17 horas, acontecerá o lançamento do livro Huni Meka, de autoria de professores indígenas, tendo como principal pesquisador, o professor Isaias Sales Ibã. O livro narra o ritual do Nixe Pae (ritual do cipó) histórias e cantos do cipó, e acompanha dois Cds com as canções.
Além das atividades listadas, de noite está acontecendo "rodas deconversas", momentos sublimes entre o "deserto do real" e o imaginário constituído a partir dos Povos Indígenas. Nestes instantes, as feições ganham outro olhar, é a hora de escutarmos cânticos ancestrais e histórias de ontem, hoje e os olhares sobre o futuro.
Do "nosso lado", só temos a apreender, ouvir e refletir como as Vidas dos Povos Originários pode nos ajudar a partejar e construir um mundo aonde todos possamos viver.
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