junho 03, 2014

"Deleuze e Bergson. Tensão, esforço e fadiga na instauração filosófica", por Cleber Lambert

PICICA: Puro deleite. Desfrutem.


Deleuze e Bergson. Tensão, esforço e fadiga na instauração filosófica



Imagem retirada do blog do Fernando Monegalha
Montagem: Gilles Deleuze (1925-1995) e Henri Bergson (1859-1941)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA



UNIVERSITÉ DE TOULOUSE 2 LE MIRAIL  
ECOLE DOCTORALE ARTS, LETTRES, LANGUES, PHILOSOPHIE, COMMUNICATION 
EQUIPE DE RECHERCHE SUR LES RATIONALITÉS PHILOSOPHIQUES ET LES SAVOIRS



CLEBER DANIEL LAMBERT DA SILVA



Deleuze e Bergson. Tensão, esforço e fadiga na instauração filosófica



Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia do Centro de Educação e Ciências Humanas, da Universidade Federal de São Carlos, para obtenção do título de doutor em Filosofia. Sob a orientação de Profa. Dra. Silene Torres Marques e Prof. Dr. Jean-Christophe Goddard São Carlos



Silene Torres Marques e Prof. Dr. Jean-Christophe Goddard São Carlos

RESUMO
Propomos uma leitura de certos aspectos dos pensamentos de G. Deleuze e de H. Bergson, assim como de sua relação, a partir da noção de instauração filosófica. Trata-se de dramatizar uma disputa, entre os dois filósofos, capaz de se exprimir através da divergência entre dois  problemas. De um lado, o problema principial pelo qual Bergson teria empreendido a restauração da ontologia, substituindo ao princípio fixo, eterno e transcendente, da metafísica grega, o princípio movente, temporal e imanente de uma metafísica renovada. De outro lado, o problema prático pelo qual Deleuze devolve à filosofia sua potência instauradora, em ressonância com outras práticas (arte, ciências, direito, etc.). Deles decorrem duas  performances ou dois modos de funcionamento da máquina de pensar: a especulação e a instauração. Se compreendermos o pensamento em sua relação de tensão com o caos, sua  performance especulativa procura protegê-lo deste último através de um princípio. A  performance instauradora exige o mergulho no caos para nele traçar um plano que se mantenha numa estação atlética, irredutível às opiniões, inatribuível a um princípio. Não é senão sob essa última condição que o pensamento faz obra. Finalmente, implicando relações não somente com os campos físico, biológico e psicossocial, mas com a Terra, nossa análise torna-se geo-filosófica e opera um de-centramento que deve conduzí-la, para além das duas margens da filosofia, ou seja, a Grécia (forma do passado) e o Ocidente (forma do presente), à uma “terceira margem”: a instauração da Ilha-Brasil (forma do futuro).  

Palavras-chave: Instauração Filosófica e Transversalidades. Metafísica. Prática. Esforço e Fadiga. Terra. 

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