Rio Xingú
NOTA: Quando o jornalista Lúcio Flávio Pinto foi agredido pelo dono do jornal O Liberal, do Pará, no ano de 2005, manifestei minha solidariedade, através do Observatório da Imprensa, chamando atenção para a previsibilidade do fato. O texto teria passado a impressão de que a agressão fôra uma decorrência "natural" sofrida pelo único jornalista a contrariar interesses de juízes, empresários e políticos do Pará, e que, até hoje, responde a inúmeros processos espúrios. O editor achou por bem não publicar a nota de solidariedade, e não o censuro por isto, afinal, naquelas circunstâncias, pior seria deixar vir à luz um texto marcado pela ambigüidade.
Diante da omissão das autoridades paraenses, o que me parecia "previsível" é que a impunidade reinante a todo instante abre caminho para novas vítimas no complexo cenário de ocupação do solo no estado do Pará - objeto das críticas corajosas de Lúcio Flávio Pinto. A missionária Dorothy Stang foi mais uma delas nos dias que se seguiram à agressão covarde sofrida pelo jornalista.
Sob novo governo, é tempo do estado do Pará por fim à incômoda "previsibilidade" de agressões ou de mortes anunciadas, como a que paira sobre o corajoso bispo Dom Erwin Kräutler, da Prelazia do Xingu, como se pode ler na matéria de Beatriz Camargo para o Repórter Brasil, publicada no sítio da Carta Maior (http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=13317).
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