outubro 01, 2008

Óleo do Diabo e a crise americana

Oleo do Diabo

"Graças a Deus o Congresso americano não deu mais um cheque em branco ao Bush, desta vez no valor de US$ 700 bilhões. Que se danem os bancos, seguradoras, as bolsas! Que vão todos à falência. Sou a favor de um Estado forte e regulador, mas nunca de um Estado paternalista. E o que é pior: paternalista de banqueiros! Aí é demais. Hoje li os três: Globo, Estadão e Folha. No Estadão tem um artigo do Marco Maciel lembrando, com orgulho, do Proer. Tolinho, esse Maciel. Eu estava atrás desses dados há tempos, e o próprio ex-vice-presidente de FHC os entrega de bandeja. Lembram-se do Proer? Alguns anos após o plano Real, implantado em 1994, o sistema financeiro nacional começou a entrar em colapso. Então, a equipe econômica neoliberal tucana resolveu ajudar os pobres banqueiros, e compraram papéis podres (o que significa que deram dinheiro, de graça, para os bancos em crise) no valor de R$ 20,4 bilhões (total gasto com o programa, que durou até meados de 1997), em valores da época, que correspondiam a 2,7% do PIB brasileiro. Em valores atualizados, considerando o PIB de 2007 de R$ 2,7 trilhões, o Proer custou ao bolso dos brasileiros a bagatela de R$ 69,66 bilhões. Lembrando: o Bolsa Familia, tão criticado nos primeiros anos do governo Lula pela oposição e maior parte dos colunistas, custou, em QUATRO ANOS, de 2003 a 2006, um total de R$ 24 bilhões, ou média de 0,45% do PIB. Ou seja, para a direita o Estado foi criado para salvar banqueiro de apuros, mas nunca para ajudar uma família pobre a se alimentar decentemente.

É a mesma coisa com esse pacote de Bush. Ele equivale a mais que o dobro do PIB da África, de toda a África. O dinheiro, se fosse usado para livrar a África da miséria, poderia transformar o grande continente negro num grande mercado consumidor de produtos americanos. Mas Bush prefere comprar papéis podres de bancos falidos e gastar dinheiro mandando mísseis de 3 milhões de dólares sobre cabanas de palha no Afeganistão".
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Um comentário:

Anônimo disse...

Se os bancos, investidores e bolsam falirem todas as pessoas também serão prejudicadas. A falência dessas instituições não prejudica somente a eles, prejudica as pessoas físicas também, essis investidores é que empregam e investem nas pessoas, seja direta ou indiretamente.
Não sou Socialista, mas não sou um rico capitalista, Estado forte e regulador é pura UTOPIA.