dezembro 28, 2008

Baladinha da rua do Sol

Baladinha da rua do Sol

Anibal Beça ©


Visão de vasto verão
estampa em corpo suado
a paisagem juvenil:
Os seios rebeldes hirtos
anchos de tão generosos
nos contornos definidos
dois vulcões em lava acordam
em erupção nos mamilos
prestes a incendiar
a coleada cambraia
deixando as crateras fora.

Ela se sabe morena
ela se sabe trigueira
fala e conversa com o vento
arejando a cabeleira
em meneios as madeixas
no balanço da cabeça
orna a elegância do passo
num belo ritmo delgado
de suas pernas esbeltas
junto à elegância das ancas.

Moça da rua do Sol
rebrilham meus dois cometas
olhos, relva, caracol
esse astros sempre opacos
vêem o que não vem do vácuo
via glúteo via láctea
na visada visceral
o cheiro que me exaspera
já exporta nas pegadas
rastro felino animal

A graça do porte desvela
o quadril em curvatura
servido pela cintura
e o arredondado das coxas.
Geografia de planície
pedindo pra ser explorada
palmo a palmo nessas curvas
mas as franzidas nervuras
sobem meu colesterol
solo da moça do sol.
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