Este vídeo foi produzido com trechos de editoriais de jornais brasileiros logo após o golpe militar de 1º de abril de 1964. Baseado na postagem de Cristiano Freitas Cezar no blog Crítica Midiática: http://analisedanoticia.blogspot.com
Nota do blog: Segundo o sociólogo Emir Sader, "Os mesmos de 64 (Frias, Mesquitas, Marinhos, Civitas apoiaram a ditadura) e a mesma hipocrisia: denunciam risco p/ a democracia e preparam o golpe". É bom não subestimar os estragos que esse tipo de jornalismo de aluguel faz ao país. De todo modo, o mesmo Emir Sader, citando o escritor Veríssimo, afirma: "O q talvez precise ser revisado, depois dos 8 anos do Lula e destas eleições, seja o conceito da imprensa como formadora de opiniões -Verissimo". Portanto, segundo o jornalista Miguel do Rosário: "O que está em jogo no Brasil não é o "por fora" que alguns garotos supostamente podem ter recebido na Casa Civil, e sim um projeto para mudar um país que há séculos marginaliza impiedosamente a maior parte da população". Para Miguel do Rosário, "denúncias de corrupção só tem importância eleitoral se estiverem ligadas diretamente à campanha; em caso contrário, tornam-se denuncismo vazio e má fé jornalística". Há um clima de golpe midiático sim, o povo já percebeu. Para Luis Nassif, o que causa perplexidade é "relacionar a manifestação contra a mídia como um ato fascista comandado por Lula". Tenha santa paciência. Para o editorialista do jornal "Amazonas em Tempo", só faltou dizer que o jornalista Altamiro Borges, integrante do comitê central do PC do B e membro do principal dirigente do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé - organizadora de um ato de protesto contra a imprensa golpista na sede do Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo - está sendo financiado com o "ouro de Moscou" (ainda que historicamente o PC do B não se alinhe aos camaradas soviéticos). Essa acusação marcou os que faziam oposição ao regime militar. Há uma imprensa golpista no país. Todo o povo sabe. O que não se pode é alimentar e repetir uma farsa. Tampouco criar artíficios que influenciem o imaginário popular. A imprensa é livre no país, para criticar e ser criticado. Mas, não queremos uma democracia de uma mão só. Queremos um jornalismo plural, com distribuicão democrática dos recursos publicitários, e o fim do monopólio da comunicação nas mãos de meia dúzia de famílias golpistas. Essa é a questão, que passa ao largo do editorial abaixo reproduzido. Emir Sader adverte: "1932 - 1964 - 2010: nascimento, auge e morte dos oligopolios golpistas dos corvos e de sua capacidade de manipulação da opinião pública". É preciso por um fim a este ciclo. É preciso, sim, democratizar os meios de comunicação, queiram ou não os robertofreires, gabeiras e serras-da-vida, os novos porta-vozes do golpe.
Amazonas em Tempo, 22.09.2010
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