Paparicado por um seleto grupo de amigos, só não compareceu os que estavam nos braços de Morfeu, embalados pela ressaca da quadra momesca que se encerrava naquele dia.
Os que pintaram no endereço mais famoso da Rua 10 de Julho foram recepcionados pela consorte do festejado lusitano, dona Lourdes Soeiro. No cardápio, bolinhos de bacalhau e guisado de carneiro. Cerveja jorrou da bica; bastava estender o beiço.
Desde as duas horas da tarde, enquanto todo o Brasil mergulhava nas últimas horas do carnaval, até às dezoito horas, a portas fechadas, num calor de mais de 40 graus, ouviu-se um só tipo de música: fados da terrinha. Quem por ali passasse haveria de nada entender. Decididamente, em carnaval... vale tudo.
Tudo isso para amolecer dois corações lusitanos - de Armando e dona Lourdes -, bem como preparativo exótico para esquentar a moringa dos presentes. Ao final, todos sairam num cordão, com direito a porta-estandarte da BICA, em direção à Banda do Charles 5 Estrelas - uma banda filhote da Banda da BICA, onde Armando foi homenageado pelos foliões com o indefectível "Parabéns pra você".
Segundo, o compositor Davizinho Almeida, todos os que participaram desse evento natalício são "pacientes" do médico Rogelio Casado em processo de reabilitação psicossocial... inclusive ele. Uns foram mendigos, outros meninos da rua... Ah, a linguagem, essa mentira.
Viva o Armando! Viva o Bar do Armando, hospital-geral nosso de cada dia!
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