PICICA: "Esse longa que aborda a questão social da
guerra, conta (...) com um certo tom de ironia,um notável, memorável
humor negro e uma própria sátira ao ser humano diante da guerra."
Tempo de Guerra (1963)
• Título Orignal: Les Carabiniers• Direção: Jean-Luc Godard
• Roteiro: Jean-Luc Godard (roteiro), Jean Gruault (roteiro), Beniamino Joppolo (peça teatral), Roberto Rossellini (roteiro)
• Gênero: Drama/Guerra
• Origem: França/Itália
• Duração: 85 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• Diálogo: Frances
• Legenda: PT-BR
• Cor: P&B
Durante a guerra, soldados de um país fictício recrutam fazendeiros para lutar pelo Rei, na promessa de fortuna e diversão garantidas. Dois homens são convencidos por suas mulheres à irem, e lutam por meses nas barbáries da guerra sem fim, retornando para casa cansados, desmoralizados e apenas com uma pequena mala, onde dizem estar todas as belezas do mundo.
Comentário:
Ao cerne de um enredo bem elaborado, um
roteiro inteligente e um drama fictício, Godard consegue mais uma vez,
na sua maneira grosseira de expor suas ideias, elaborar uma crítica
inteligente à sociedade. A crítica de Godard vem à ser de caráter
moralista, expondo de modo grosseiro à ingenuidade do ser humano, ainda
abordando de maneira clássica o drama da guerra, e ainda contando com
uma certa ironia ao decorrer do longa.
O que Godard quer nos mostrar com esse
filme, pode vir a ser subjetivo para cada pessoa, assim como qualquer
filme pode nos tocar de maneira diferenciada. Mas, ao meu ver, Godard
utiliza-se da indagação, do método dialético, para abordar uma série de
questões referentes a sociedade do qual vivemos , contendo claramente
nesse filme, a crítica a guerra desnecessária, a farsa da guerra e a
tragédia do ser humano.
Esse longa que aborda a questão social da
guerra, conta ainda com um certo tom de ironia,um notável, memorável
humor negro e uma própria sátira ao ser humano diante da guerra.
O espanto do filme vem à ser a ontologia do
ser humano. Quando digo ontologia, me refiro ao termo da “teoria do
ser” simplificada, e posso estar sendo equivocado, mas Godard toca de
maneira clara, o lado imbecil, ingênuo e “mal” do ser humano, visando
expor ironicamente alguns pontos do que vem à ser o ser humano, diante
da calamidade da guerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário