Entre 1 e 7 de setembro será realizado o Plebiscito Popular pelo limite da propriedade da terra. A ação faz parte da Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, promovida pelo Fórum Nacional da Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) desde 2000.
(http://www.limitedaterra.org.br/index.php)
Mais de 50 entidades, organizações, movimentos e pastorais sociais que compõem o FNRA estão engajadas na articulação massiva em todos os estados da federação.
Hoje, o Brasil é o segundo maior concentrador de terras do mundo, perdendo apenas para o Paraguai. Assim, cada cidadã e cidadão brasileiro será convidado a votar, durante a Semana da Pátria, junto com o Grito dos Excluídos, para expressar se concorda ou não com o limite da propriedade. O objetivo final é pressionar o Congresso Nacional para que seja incluída na Constituição Brasileira um novo inciso que limite a terra em 35 módulos fiscais, medida sugerida pela campanha do FNRA. Áreas acima de 35 módulos seriam automaticamente incorporadas ao patrimônio público e destinadas à reforma agrária.
Divulgue a participe
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Nota do blog: Este blog apoia o Plebiscito Popular pelo limite da propriedade da terra. Leia abaixo matéria postada pela Radioagência NP.
Nordeste concentra 54% dos conflitos por terra
(1'59'' / 466 Kb) - O Nordeste concentrou 54% dos conflitos por terra ocorridos no Brasil, no primeiro semestre de 2010. Em relação a 2009, subiu de 158 para 194 o número de casos na região. Esses índices foram apontados nesta quarta-feira (01), no relatório parcial “Conflitos no Campo Brasil”, produzido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
As demais regiões do país tiveram uma redução nos índices de violência. O integrante da coordenação nacional da CPT, Dirceu Fumagali, explica quais fatores contribuíram para que o Nordeste caminhasse na contramão.
“A velha pauta da reforma agrária não se realizou. Se na década de 1980 falávamos que o problema do Nordeste não é a seca, mas a cerca, então vem configurando-se isso. O maior problema do Nordeste ainda é a concentração da terra. E é, também, o local onde temos a maior concentração de camponeses sem terra.”
Embora tenha diminuído em relação ao ano passado, o trabalho escravo ainda apresenta números preocupantes. Em 2009, o Ministério Público do Trabalho libertou mais de 2.8 mil pessoas de situações degradantes. Em 2010, 1.668 trabalhadores foram libertados. Para Fumagali, houve uma modificação no perfil das atividades que mais empregam mão-de-obra escrava.
“Há algum tempo a pecuária era a área onde os trabalhadores rurais eram presa fácil para esse sistema de trabalho escravo. Mas hoje, principalmente no Sudeste e no Sul, onde mais se instala o monocultivo de eucalipto e pinho, é um espaço onde tem uma grande incidência de trabalho escravo.”
A CPT ainda informou que os conflitos pela água cresceram em todas as regiões, com exceção do Norte. Muitas ocorrências estão relacionadas à construção de barragens.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
01/09/10
Fonte: Radioagência NP
As demais regiões do país tiveram uma redução nos índices de violência. O integrante da coordenação nacional da CPT, Dirceu Fumagali, explica quais fatores contribuíram para que o Nordeste caminhasse na contramão.
“A velha pauta da reforma agrária não se realizou. Se na década de 1980 falávamos que o problema do Nordeste não é a seca, mas a cerca, então vem configurando-se isso. O maior problema do Nordeste ainda é a concentração da terra. E é, também, o local onde temos a maior concentração de camponeses sem terra.”
Embora tenha diminuído em relação ao ano passado, o trabalho escravo ainda apresenta números preocupantes. Em 2009, o Ministério Público do Trabalho libertou mais de 2.8 mil pessoas de situações degradantes. Em 2010, 1.668 trabalhadores foram libertados. Para Fumagali, houve uma modificação no perfil das atividades que mais empregam mão-de-obra escrava.
“Há algum tempo a pecuária era a área onde os trabalhadores rurais eram presa fácil para esse sistema de trabalho escravo. Mas hoje, principalmente no Sudeste e no Sul, onde mais se instala o monocultivo de eucalipto e pinho, é um espaço onde tem uma grande incidência de trabalho escravo.”
A CPT ainda informou que os conflitos pela água cresceram em todas as regiões, com exceção do Norte. Muitas ocorrências estão relacionadas à construção de barragens.
De São Paulo, da Radioagência NP, Jorge Américo.
01/09/10
Fonte: Radioagência NP
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