PICICA: A promiscuidade entre Mídia & Polícia remonta aos anos 1960, quando "a troca de figurinhas se dava apenas entre policiais e jornalistas reacionários, ligados ao poder, sobretudo durante a ditadura".
O lema da Scuderie le Cocq era o de que bandido bom era bandido morto.
Menção Honrosa do XXVIII Prêmio Nacional Wladimir Herzog 2006
Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo- Movimento de Justiça e Direitos Humanos/OAB/RS
Menção Honrosa do XXVIII Prêmio Nacional Wladimir Herzog 2006
Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo- Movimento de Justiça e Direitos Humanos/OAB/RS
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MÍDIA & POLÍCIA
Excertos de uma promiscuidade antiga
Por Mauro Malin em 14/12/2010Excertos de uma promiscuidade antiga
Tem tradição no Brasil um certo deslumbramento da mídia com ações policiais violentas, desde que em territórios habitados por pobres. Vem de longe a relação promíscua da imprensa brasileira com a polícia, que até por motivos operacionais era praticamente a única fonte de informação dos repórteres – não por acaso chamados "de polícia", denominação que desagradava tanto um deles, Jorge Antônio Barros, que o levou a criar, em 2005, um blogue chamado "Repórter de Crime".
E não se suponha que a troca de figurinhas se dava apenas entre policiais e jornalistas reacionários, ligados ao poder, sobretudo durante a ditadura (em 1968 conheci alguns, do O Globo, do O Dia, da falecida A Notícia, que andavam armados e entravam na Secretaria de Segurança Pública com a mesma desenvoltura com que o faziam nos jornais onde trabalhavam; como se um fosse extensão da outra). Não, a fascinação por relatos policiais contaminava igualmente gente que fazia oposição ao regime.
Como na longa entrevista feita na segunda metade dos anos 1970 pelo saudoso Octávio Ribeiro, o Pena Branca, e pelo cartunista Jaguar, com Sivuca, assim apresentado pelo primeiro: "José Guilherme Godinho Ferreira, uma massa de músculos de 1m90 e muitos quilômetros de valentia (....), um ‘cana dura’, estimado pelos colegas novatos e veteranos da polícia carioca, superestimado pelos bandidos, que sempre evitam atuar em sua jurisdição: Madureira e adjacências." A entrevista faz parte do livro Barra pesada, publicado em 1977 pela Codecri, a editora do Pasquim.
Da Polícia Especial e do Esquadrão da Morte à Assembleia Legislativa
Quem é Sivuca?
Notícia relativamente recente (fevereiro de 2008) publicada no Dia e encontrada na internet reza o seguinte:
Sivuca descreve assim o grupo, na ocasião da entrevista:
Para ler mais, acesse Observatório da Imprensa
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