setembro 30, 2009

Carta do Amazonas (Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial)

Associação Chico Inácio (Manaus-AM)
Foto:
Olinda
Brasília
Setembro - 2009


Francinete, Michel, Nivya, Weber (agachado) e Márcio


Nota do blog: Enquanto em Brasília @s companheiro@s da Associação Chico Inácio participavam da Marcha dos Usuários, em Manaus desdobrava-se uma reunião iniciada em 18 de maio deste ano na Sala do Conselho da Universidade do Estado do Amazonas, ocasião em que agentes do poder legislativo, da sociedade civil organizada e gerentes de serviços de saúde mental, a convite do Pro-Reitor de Extensão da UEA, não deixaram passar em branco a data comemorativa do Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Deliberou-se por levar a discussão para o interior da Assembléia Legislativa, já que a Lei de Saúde Mental do Estado do Amazonas ainda não saiu do papel. A discussão de hoje foi ampliada, e sobre ela comentarei amanhã. De todo modo, o conteúdo não difere da Carta do Amazonas levada à Brasília. Inté!

MARCHA DOS USUÁRIOS PELA REFORMA PSIQUIÁTRICA ANTIMANICOMIAL

CARTA DO AMAZONAS


A caravana de Manaus, representada pela Associação Chico Inácio (filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial), se faz presente em Brasília na Marcha dos Usuários neste histórico 30 de setembro de 2009, e vem reivindicar que a Reforma Psiquiátrica Brasileira de fato seja antimanicomial na sua integralidade, bem como atenda as especificidades de cada município.

Nós usuários podemos sim decidir qual destino melhor a ser construído para nossa cidadania plena, livre de toda forma de exclusão, sobretudo as manicomiais. A lei federal, as leis estaduais da reforma psiquiátrica – o Amazonas tem a sua –, o respeito às conquistas do SUS na área de saúde mental e a realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental são partes integrantes do nosso sonho a ser construído para um futuro digno e melhor de ser vivido.

O caso do Amazonas é singular. A reforma psiquiátrica caminha a passos lentos na questão da implementação da rede de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico. Não há mais como incentivar a manutenção do dispositivo manicomial para qualquer tipo de atendimento. Os usuários de saúde mental tem enfrentado as longas filas de espera, o mal atendimento e a falta de medicamentos no hospital psiquiátrico e os dois únicos ambulatórios de saúde mental de Manaus. Os hospitais gerais têm recusado o atendimento dos usuários de saúde mental por falta de qualificação das equipes profissionais. Não há serviços residenciais terapêuticos para os residentes de longa permanência do manicômio que já vêm sendo preparados para a saída para a comunidade. Também não existem centros de convivência para o desenvolvimento e a continuidade do tratamento com as oficinas terapêuticas e programas de geração de renda. A política de emprego e renda a qual garante cotas para portadores de necessidades especiais tem deixado por último o portador de sofrimento psíquico, o qual acaba não sendo chamado para ingressar no mercado de trabalho. A política da Economia Solidária precisa ser incentivada em parceria com as secretarias de saúde e sociedade civil organizada.

O único CAPS – tipo III – na capital implantado em 2006, já enfrenta problemas: está atendendo sobrecarregado a sua demanda com a equipe desfalcada e não tem funcionado 24 horas. Embora a municipalização da saúde tenha se dado em 2003, até hoje não houve a pactuação para o repasse do CAPS para a prefeitura, tampouco a implantação pela prefeitura de uma Política Municipal de Saúde Mental. Há quase 3 anos foi implantada a primeira residência médica em psiquiatria pelo governo estadual e não temos a garantia do poder público acerca da continuidade. Apenas 03 psiquiatras serão formados. Se hoje fossem implantados 10 CAPS não teríamos psiquiatras suficientes para atender a demanda.

A conquista do único serviço do SUS que substitui o hospital psiquiátrico no Amazonas na capital e a aprovação da Lei Estadual de Saúde mental pela sociedade civil organizada é pouco. O desafio tem sido tirar a lei do papel. Os poderes públicos não tem cumprido as suas obrigações com a saúde mental. Queremos sobretudo o cumprimento da lei.

Portanto, as reivindicações do Amazonas são:

* Aprovação imediata da realização da IV Conferencia Nacional de Saúde Mental;

* Cumprimento da Lei da Reforma Psiquiátrica;

* Implantação da Política Municipal de Saúde Mental de Manaus;

* Implantação da rede de CAPS em Manaus;

* Substituição do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro por um Hospital de Clínicas, garantindo os leitos em psiquiatria;

* Atendimento dos portadores de sofrimento psíquico nos hospitais gerais;

* A continuidade da Residência Médica em Psiquiatria;

* Que na política de geração de emprego e renda haja inclusão social do portador de transtorno mental, sobretudo com a criação de Centros de Convivência e suas oficinas terapêuticas e programas de geração de renda;

* Inclusão social pela cultura, através de projetos artísticos culturais;

* Capacitação aos profissionais do SUS, da Assistência Social e das Secretarias Municipal de Estadual de Educação.

Associação Chico Inácio

(filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial)

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Solidariedade dos servidores da Pro-Reitoria de Extensão à Marcha dos Usuários

Apoio à Marcha dos Usuários
Foto:
Eduardo Gomes
Manaus - Amazonas - Brasil
Setembro - 2009

Nota do blog: Em solidariedade aos(às) companheiros(as) da Marcha dos Usuários de Saúde Mental por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, nós trabalhadores a serviço da Pro-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade do Estado do Amazonas registramos nosso apoio à causa através dessa singela fotografia. Nós também queremos viver numa sociedade sem manicômios.
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É hoje o grande dia da Marcha dos Usuários

Nota do blog: Estima-se mais de mil pessoas, entre usuários, técnicos e familiares a participar da Marcha dos Usuários de Saúde Mental por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, convocada pela Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial para este dia 30 de setembro. A faixa acima, alusiva aos 20 anos da luta antimanicomial no Brasil, é só pra lembrar do espírito que alimenta esse movimento político. O dia todo é marcado por uma série de audiências com os poderes legislativo, judiciário e executivo. Estamos na torcida!
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O Amazonas participa da Marcha dos Usuários de Saúde Mental à Brasília

Marcha dos Usuários
Foto:
Rogelio Casado
Manaus - Amazonas - Brasil
Setembro - 2009
Márcio, Nivya, Francinete, Olinda e Michel
(Weber tinha tido ao banheiro)


Nota do blog: Ontem, às 14h40, enquanto os(as) companheiros(as) da Associação Chico Inácio (filiado à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial) tomavam o avião em Manaus rumo a Brasília, em caravana liderada pela psicóloga Nivya Valente, para participar da Marcha dos Usuários, os estudantes de psicologia do Brasil faziam circular pela net o apoio à Luta por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. E vamo que vamo!

Estudantes de Psicologia na Luta por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial
Brasília também vai ouvir a nossa voz!


Há cerca de vinte anos, profissionais de saúde, defensores dos Direitos Humanos, estudantes, usuários dos serviços de saúde mental e seus familiares, vêm se organizando para combater as arbitrariedades permitidas pelas práticas manicomiais e retirar a loucura dos domínios institucionais. Tal movimento resultou na lei 10.216/2001, também conhecida como “Lei Paulo Delgado”. A lei prevê a mudança das práticas de tratamento psiquiátrico para um modelo substitutivo, que priorize formas de tratamento mais humanizadas, como por exemplo: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), hospitais-dias, ou mesmo, mais leitos psiquiátricos em hospitais gerais.

Mesmo com estes avanços, o que vemos é que o velho e arcaico modelo hospitalocêntrico ainda prevalece, tanto pela sua cristalização, como pelos interesses econômicos que resguarda. A classe médica, hegemônica nas equipes multiprofissionais de saúde, de forma geral, defende esse modelo com unhas e dentes, afinal, são os grandes empresários do ramo manicomial. Anexas a estes, estão as indústrias farmacêuticas, que agem no sentido de legitimar os diagnósticos para garantir a venda do seu produto, o medicamento. Em outra perspectiva há grupos que tentam compreender o ser humano em todas as suas dimensões, e portanto pensar práticas de saúde mais amplas e suplementares, bem como os próprios usuários, que têm seus direitos usurpados, e os familiares que sofrem também com a dura realidade do manicômio.

Mais do que discutir as questões estruturais, faz-se necessário também refletir acerca do plano ideológico do que diz respeito à loucura. O usuário com sofrimento psíquico grave carrega consigo o estigma da doença, que o coloca em situação de marginalização, em qualquer meio social em que esteja presente. O sistema capitalista lhe imputa a inaptidão para o mundo do trabalho. O usuário é apontado como um perigo iminente, e nem mesmo tem garantido os direitos mínimos à sua sobrevivência, como por exemplo: passe-livre, assistência previdenciária,entre outras coisas. O que está por trás de tudo, desde a consolidação do modelo manicomial até o estigma e o preconceito contra o louco, é uma pretensa manutenção da ordem social.

Portanto, a Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia (CONEP) defende os princípios e construção do Sistema Único de Saúde (SUS) pela sua importância no processo de Reforma Psiquiátrica e em defesa da saúde pública brasileira. Temos como diretrizes de nossa atuação a luta antimanicomial, a defesa pela autonomia e os direitos humanos dos usuários dos serviços de saúde mental, pautando a necessidade da construção de um diálogo contínuo com os movimentos sociais que defendem essa política. Acreditamos na possibilidade da construção de uma rede de atenção à saúde mental pública e territorializada, que tenha como base um controle social legitimamente popular. Discordamos de quaisquer práticas estigmatizantes e manicomiais.

Defendemos a construção coletiva dentro da Luta Antimanicomial - LAM, apresentando uma pauta de reivindicação polifônica dentre os diversos sujeitos que militam pela saúde mental, buscando a unificação de bandeiras de luta entre os diversos coletivos, sem que estes percam sua especificidade. Dentro disso, reafirmamos a necessidade da criação de espaços de protagonismo dos usuários, na formação política de novos sujeitos dentro da LAM. Também nos comprometemos a acompanhar e defender a reforma psiquiátrica e controle social junto às entidades de Psicologia do Brasil. Avancemos na luta, pela realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental, que não acontece há quase 10 anos, e por uma Sociedade Sem Manicômios.

Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia – CONEP

http://www.coneponline.ning.com/
coneponline@gmail.com


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Antes que a internet caia de novo...

Edmar Oliveira e Stênio Garcia
Acervo João Paulo Cunha


Nota do blog: O Edmar Oliveira vai lançar hoje à noite, em Brasília, o livro Ouvindo Vozes: "Histórias do hospício e lendas do Encantado". O livro reune a experiência adquirida nesses quase dez anos em que Edmar dirigiu o Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. Segundo Paulo José Cunha: "O texto é muito bom. Lá pelo meio a gente encontra pérolas como esta: " (Vitor) Tem recaídas, que sempre acontecem nesse esforço de Sísifo. É o noso trabalho. Desde que a pedra seja empurrada lá pra cima e não fique só cá embaixo, valem o empenho e a vida que não ficou soterrada no cemitério dos vivos"." O livro é obra fundamental a quem se interessa pela luta antimanicomial, que tem em Edmar Oliveira um dos incentivadores. Inspirado em Edmar Stênio Garcia desenhou o perfil físico e Glória Perez deu vida ao personagem do médico Dr. Castanho, de "Caminho das Índias".

Lançamento em Brasília

Dia: 30 de setembro de 2009 (quarta-feira)

Local: Casa D'Itália, EQS 208/209 (Entrada pelo Eixo L) - Estação do Metrô 108

Horário:
19h - Palestra no Teatro Goldoni
20h30 - Sessão de Autógrafos no jardim do restaurante "O Convento"

Se precisar entrar em contato com Edmar, o email dele é ed.mar@uol.com.br. Para saber mais do livro visite o site da editora: http://www.vieiralent.com.br

Para outras informações, entre em contato com a organizadora do lançamento em Brasília:

Fátima de Deus
mfsdeus@hotmail.com
61 32024538 e 61 84817908
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Leia o que a matéria do Globo não revelou ao respeitável público

Edmar Oliveira
Foto postada em meionorte.com
Nota do blog: O texto abaixo foi publicado no Jornal do Brasil (lembram dele?) e postado na Coluna do Edmar na Casa Lima Barreto. O Edmar Oliveira é pai e mãe do Piauinauta (veja na coluna de links).

A Reforma Psiquiátrica e o Carangueijo

Escrito por Edmar
Ter, 29 de Setembro de 2009 00:00


Há nove anos, com uma equipe dirigente moldada pelos ideais da Reforma Psiquiátrica, o Instituto Municipal Nise da Silveira vinha desenvolvendo um projeto de desintitucionalização do antigo hospício, herdeiro do Hospício de Pedro II, primeiro manicômio da América Latina. Por essa herança, sabíamos que os acontecimentos ou chamavam atenção para que fosse possível “uma sociedade sem manicômios”, lema da Reforma Psiquiátrica, ou correntes contrárias teriam mais força em impedir o desenvolvimento pleno da proposta.

A proposta em execução previa a saída para a comunidade de Centros de Atenção Psicossociais (CAPS: dispositivos substitutivos ao velho manicômio), a transferência da emergência psiquiátrica para uma emergência geral e a transformação dos pacientes crônicos do hospital (de 3 a até 40 anos de internação) em cidadãos regulados por um programa de Moradia (baseado na portaria ministerial 106/2001 que cria os Serviços Residenciais Terapêuticos). Essa construção foi executada nesses nove anos de uma mesma gestão, que permanecia enquanto mudavam governos (fato raro no Brasil). Assim se fez o CAPS Clarice Lispector no Encantado, o Torquato Neto no bairro de Maria da Graça e o CAPS infanto-juvenil na Piedade, este último encerrando uma tradição de anos de internações de crianças no Engenho de Dentro. A emergência psiquiátrica especializada foi juntada à emergência geral do PAM Del Castilho, qualificando um atendimento integral de que o paciente tem mente e corpo (na emergência psiquiátrica um paciente gritando com dor no peito nunca é infarto e sim “agitação psico-motora”). Estes resultados foram animadores e possíveis apenas pelo redirecionamento de recursos públicos (pessoal, contratos, orçamento) do hospital para os serviços novos. Apenas um direcionamento e ações de gestão pública, porque sabemos da dificuldade de se obter novos recursos. Mas a intenção de trocar de lugar é possível e cria novos serviços com pedaços do velho e com melhores resultados para a população.

No projeto de Moradias foram tirados das enfermarias todos os pacientes moradores do hospital e oferecidos apartamentos em comunidade e também foram ocupadas as residências e locais que mais se pareciam com casa dentro do campus do Instituto. São 122 moradores, que agora possuem identidade, CPF, quase todos tem bolsa auxilio à desospitalização ou outro beneficio, porque a cidadania exige dinheiro. De vidas soterradas no manicômio voltaram a viver e há histórias emocionantes que se contam. Como a de Valdecir e sua viagem de avião com recursos próprios e a do Seu João Barbeiro, que com o seu auxilio foi aceito por sua pobre família no Vale do Jequitinhonha e já lá mora a mais de dois anos, depois de mais de 30 anos de internação no manicômio.

Mas ou o projeto avança ou recua, não pode ficar no estágio que se encontra. O Hospício tem uma capacidade enorme de regeneração. E há nove meses nesta nova administração da prefeitura, esperamos um avanço na proposta que levou nove anos para ficar pronta. Não houve diálogo. Nosso antigo hospital federal (que foi municipalizado) tinha sua estrutura vertebral nos servidores federais. Desde janeiro a prefeitura resolveu que estes cargos só podem ser ocupados por servidores municipais, o que inviabiliza nossa administração e arranha os princípios do SUS, quando transforma esses servidores em agentes do SUS de segunda categoria. No inicio do ano houve um corte linear de 25 % nos contratos, que já tínhamos enxugado ao máximo na nossa obsessão de gestor público. Um contrato de Vigilância reduzido a três homens à noite para 78.000 m2 de área do antigo complexo hospitalar nos coloca em situação de risco irresponsável. A paralisação do serviço de manutenção hospitalar (que já era precário antes do corte) inviabilizou pequenos reparos com deterioração da estrutura física (há um projeto de reforma do local de leitos hospitalares que foi feito na gestão anterior e esquecido nesses nove meses). A paralisação das duas caldeiras (falta de manutenção) ocasionou demora na confecção de alimentos e interdição da lavanderia. Estes (e teriam outros) são atos que inviabilizam a nossa gestão e por isso pedimos a nossa demissão, apesar do pesar de deixar um projeto que quase ficava pronto e nos foi muito caro.

Nesse vácuo, logo vem as denúncias e fotos de pacientes descuidados confundindo a falta de condições de trabalho com a clínica prestada aos pacientes. E as corporações se apressam a queixarem-se de falta de pessoal, esse buraco negro na gestão pública. Isso é apenas a ponta do iceberg. O grande problema escondido (muitas vezes já explícito) é um ataque ao SUS, esse ambicioso plano de saúde, que apesar das dificuldades e da falta de recursos, tem o melhor resultado no combate a AIDS no mundo e um Programa de Saúde Mental que vinha se firmando como um dos melhores do planeta (a mudança do financiamento ao Programa no final do ano passado paralisou seu crescimento). Certamente a nossa crise atual tem a ver com isso. Mas somos apenas uma parte do ataque ao SUS. Isso que parece uma crise na Saúde Mental logo vai ser revelada em toda a rede hospitalar se não houver mudanças nas intenções.

E logo agora que o Barack Obama resolve fazer um SUS para os americanos. O Barack sabe o que nossos burocratas ignoram: os planos de saúde só funcionam numa sociedade próxima ao pleno emprego, como era a americana até as últimas crises. Com 18 milhões de desempregados, como agora, haverá um genocídio que o Obama quer evitar na sua cruzada contra os interesses de grupos financeiros. Enquanto os EUA copiam nosso SUS, nós o jogamos na lata do lixo da história e anunciamos uma tragédia. Andamos pra trás feitos caranguejos. A Saúde Mental no Rio de janeiro é apenas o primeiro caranguejo.

Edmar Oliveira foi diretor do Instituto Municipal Nise da Silveira por 9 anos e 9 meses, de onde acaba de pedir demissão. Tem pós-graduação em psiquiatria e gestão pública e recentemente lançou um livro (Ouvindo Vozes, ed. Vieira & Lent, RJ, 2009).

Fonte: Coluna do Edmar - Casa Lima Barreto
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setembro 29, 2009

Hospitais psiquiátricos do Rio em agonia (duas leituras possíveis)

Hospital Psiquiátrico Nise da Silveira
Foto:
Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro
Publicada no jornal O Globo

Nota do blog: Matérias como esta abaixo estão servindo para justificar a privatização do Sistema Único de Saúde. Aguarda aí. Tem resposta do companheiro Edmar Oliveira. Vou no aeroporto me despedir dos companheiros da Associação Chico Inácio que estão indo a Brasília participar da Marcha dos Usuários por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. Na pauta: pelo fechamento dos manicômios e um grande NÃO à privatização do SUS.

***

Descaso

Hospitais psiquiátricos do Rio em agonia

Publicada em 28/09/2009 às 09h35m

Fernanda Baldioti

RIO - Internos dormindo no chão, fumando na enfermaria, pacientes obrigados a comer em pé, leitos sem colchão, roupas misturadas ao lixo, banheiros sem pia e sanitários esguichando água. Esse foi o quadro encontrado pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Carlos Eduardo (PSB), durante uma vistoria realizada no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, mais conhecido como hospício do Engenho de Dentro, e no Instituto Municipal Philippe Pinel, em Botafogo. A crise, causada em parte pelo corte no orçamento e pelo hiato entre o que é gasto e o valor repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), levou o psiquiatra Edmar Oliveira a pedir demissão do cargo de diretor do Nise este mês, após dez anos exercendo a função:

- A secretaria cortou 25% dos contratos terceirizados, que são responsáveis por setores como alimentação e limpeza. Com isto, gestores que, como eu, já vinham fazendo economia, foram prejudicados. Eu já tinha cortado todos os excessos, com menos 25%, não tinha mais como trabalhar. As enfermarias estão em petição de miséria. Com essa verba, só conseguia trocar as lâmpadas - afirmou Oliveira.

Leia mais em O Globo

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Associação Chico Inácio na luta por uma sociedade sem manicômios

Nota do blog: Companheirada, a faixa acima foi usada na comemoração do Dia Nacional de Luta Antimanicomial, do ano de 2008, celebrada no auditório da reitoria da Universidade do Estado do Amazonas. Com essa mesma disposição, a Associação Chico Inácio (filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial) estará participando amanhã, dia 30, em Brasília, da Marcha dos Usuários por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial.
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O Significado da Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial

Eu e Paulinho, Paulinho e eu
Foto:
Marcus Vinicius
Recife - Pernambuco - Brasil
Agosto - 2008


Rogelio Casado e Paulo José

Jornal "O Tempo", 28/09/09

O Significado da Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial


Paulo José Azevedo de Oliveira
Usuário do CERSAM Pampulha – Belo Horizonte - MG

Após completar 22 anos de Luta Antimanicomial no início deste ano, no dia 30 de setembro acontecerá a Marcha dos Usuários à Brasília, um importante marco político na histórica luta pela liberdade e dignidade das pessoas portadoras de sofrimento psíquico (com pouca ou muita gravidade).

Esta luta, mesmo com conquistas históricas importantes, foi sempre muito difícil. Muitos adversários e preconceitos têm de ser vencidos dia a dia. Para se ter idéia da grandiosidade e complexidade da luta, o projeto de Lei para a instituição da Reforma Psiquiátrica tramitou por doze anos no Congresso Nacional até ser aprovado em 2001 (Lei 10.216). Nós, militantes desta luta, acreditamos na esperança de convivermos da melhor forma possível com a sociedade sem um estilo de vida hierárquico, e sim o mais igualitário possível.

A Reforma Psiquiátrica trouxe tratamento humanizado, baseado no respeito à individualidade e ganha reconhecimento legítimo cada dia mais. Ao mesmo tempo, ao afrontar a padronização da psiquiatria ortodoxa, a Reforma passa a ser vítima da fúria da indústria da padronização da verdade e do comportamento.

Sentimos nesse momento a necessidade de uma reação, pois não podemos perder, devido aos ataques promovidos por nossos adversários, com muito dinheiro, na mídia nacional, os avanços sociais conquistados com tanto esforço e trabalho. Em Brasília, vamos sensibilizar os governantes, o presidente Lula e alcançar a mídia nacional para também sensibilizar a sociedade brasileira.

Como nós que temos motivos para lutar por uma sociedade sem manicômios somos descriminados, vamos ter um dia de festa no encontro em Brasília que reunirá mais de 1200 pessoas envolvidas na luta como psicólogos, estudantes de Psicologia, usuários e familiares, tanto nos eventos culturais que acontecerão, quanto na alegria de uma viagem para conviver em liberdade, sem preconceitos e os históricos e apavorantes eletrochoques, na cidade onde são tomadas as decisões que afetarão por muito tempo, positiva ou negativamente, a vida de muitos de nós.

Temos plena consciência de que os parlamentares e o presidente são pessoas importantes, escolhidas por nós, por meio do voto, para serem servidores públicos. Quando temos direitos, podemos exigir e reivindicar um melhor cumprimento dos mesmos.

A grande conquista que queremos é simplesmente ser aceitos, do jeito que somos. Por muitos anos sofremos muito tentando ser o que não somos. Acreditamos em uma sociedade alternativa na qual o capital não seja insubordinado e dono das vontades individuais; acreditamos em uma sociedade em que o capital seja subordinado ao respeito à natureza e à vida. Queremos uma sociedade onde as pessoas sejam seres, pois não queremos “coisificar” as pessoas e “humanizar” a tecnologia. Somos firmes na nossa posição, não podemos negociar a qualquer preço a nossa liberdade, não tememos nos posicionar e vocês vão ouvir as nossas vozes.

Pauliiiiinhooooooooo

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setembro 28, 2009

A pergunta (e a afirmativa) que não quer calar

Nivaldo de Lima
Manaus - Amazonas - Brasil
Foto:
Rogelio Casado
2006
Nota do blog: O fotógrafo Nivaldo de Lima, presidente da Associação Chico Inácio (filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial) não vai à Marcha dos Usuários de Saúde Mental a Brasília. Audiência inadiável para tratar de seus direitos exigem sua presença em Manaus. Ele enviará mensagem aos companheiros que lutam por uma sociedade sem manicômios. Antes porém, Nivaldo assina em baixo da pergunta e da afrimativa feita por um dos nossos aguerridos militantes antimanicomiais do Rio Grande do Sul:

"Nestes poucos dias que nos restam antes da marcha, acho que temos de decidir como nos portaremos em Brasília: como amiguinho do governo, que vão a Brasília apoiar alguns técnicos do Ministério, ou como movimento social que exige o cumprimento daquilo que está na lei? Como parceiros do governo, ou como movimento social de lutas? Ao que parece, está mais do que na hora de assumirmos nosso papel histórico de exigir que o governo faça suas obrigações".
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Hacer camino com Freud


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Mídia brasileira apoia a ruptura institucional em Honduras

Golpe militar em Honduras
Foto postada em argemiroferreira.wordpress.com

Oleo do Diabo

[...]

O que me surpreende, nos defensores brasileiros do golpe em Honduras que usam o argumento de "mudança na Constituição", é o fato de, aqui no Brasil, termos um político que patrocinou uma mudança constitucional em benefício próprio, sem nenhuma consulta popular, havendo mesmo acusações de compra de voto, feitas pelos próprios deputados "comprados", e, mesmo assim, jamais passou pela cabeça de ninguém, a não ser talvez da ultra-esquerda (que, de qualquer maneira, está sempre querendo derrubar o governo, seja qual for), entrar na casa de FHC de madrugada, mandá-lo para o Panamá, e empossar o presidente do Congresso.

Daí que a nossa mídia diz que o "governo interino" já está organizando novas eleições, para novembro, e tudo voltará à normalidade. Nada disso. Isso abre um precedente gravíssimo, o qual não podemos permitir. A América Latina é uma grande fileira de dominós de pé. Se derrubarmos esta peça, a fileira irá desabar inteiramente. Foi assim antes. Começaram derrubando um governante legitimamente eleito, Jacobo Arbenz Guzmán, na Guatemala, em 1954, sempre com apoio midiático, e daí todos os governos latino-americanos, com raras exceções, foram sendo derrubados, um a um.

A mídia brasileira se agarrou ansiosamente às "eleições" de novembro, marcadas pela ditadura hondurenha, como prova de que Micheletti não era tão mau assim e que a situação no país iria se normalizar. Ora, não tem sentido. A ditadura hondurenha está fechando todos os canais de comunicação que davam algum espaço para Zelaya e os que o apoiam poderem se expressar. Proibiu reuniões de mais de 20 pessoas. Aliás, acaba de baixar uma espécie de AI-5. A mídia hondurenha pró-golpe tem feito propaganda sistemática contra Zelaya, inventando casos escabrosos de corrupção, da mesma forma como a mídia brasileira fez com João Goualart, logo após o golpe de 64, para mostrar como o Brasil podia respirar aliviado por ter derrubar um presidente tão corrupto, que iria, em questão de semanas, implantar o mais severo e totalitário regime comunista no país.

[...]

Leia mais em www.oleododiabo.blgspot.com
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Seminário Escolas Itinerantes

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Manaus confirma Confecom para outubro

Cidade de Manaus
Manaus confirma Confecom para outubro

Manaus já tem sua Conferência Municipal de Comunicação (Confecom) marcada para os dias 07, 08 e 09 de outubro. O prefeito Amazonino Mendes (PTB) assinou o decreto ontem (24/09).

São esperadas aproximadamente 200 pessoas para as discussões dos eixos temáticos desta etapa da Confecom que será realizada no auditório João Mendonça Furtado.Mais dois municipios amazonenses também realizarão suas etapas municipais nos próximos dias: Iranduba, localizado a 60km da capital, e Presidente Figueiredo que está 107 km distantes de Manaus.

Já a etapa estadual da Confecom (AM) deverá acontecer, mas a data ainda não foi definida. A convocação por parte do Governo estadual e pela Assembléia Legislativa não foi realizada. A organização nacional estima que deverá fazer a convocação o mais breve possível para poder realizá-la no início do mês de novembro.

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO ESTADO DO AMAZONAS

Sindicato dos Jornalistas
www.jornalistasam.com.br
(92) 3234-9977
(92) 3635-9445
(92) 9985-6585
(Presidente César Wanderley)
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III Semana do Vídeo Popular

Coletivo de Comunicadores Populares

III Semana do Vídeo Popular

A III Semana do Vídeo Popular é um espaço de encontro, exibições, debate e trocas entre todos aqueles que atuam ou se interessam pelo vídeo popular. serão exibidos programas do Circuito de Vídeo Popular, além de programas especiais de vídeos latino-americanos, franceses e do acervo da ABVP - Associação Brasileira de Vídeo Popular. (clique no título pra ver a programação!)
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Cartão vermelho para as operadoras da net em Manaus

Nota do blog: Desde o sábado que passou algumas áreas da cidade de Manaus ficaram literalmente sem internet. Vivo, Tim e o escambau, todos feriram os direitos do consumidor. Enviar e receber eram operações absolutamente impossíveis. Não me venham com histórias de congestionamento de linhas. Altas horas da madrugada o sistema não tem congestionamento, certo? Desse jeito a Copa de 2014 vai ser um fiasco. O blogueiro pensou em queixar-se ao arcebispo, mas o coitado anda pra lá de ocupado com a violência que atinge seus pares neste mes de setembro. Então vamos de Procom, mesmo! Alô, Procom! Alguém na linha?
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setembro 26, 2009

Marcha dos Usuários em Brasília - 30/set

II Parada do Orgulho Louco
Associação Chico Inácio
(filiada à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial - RENILA)
Foto: Rogelio Casado
Manaus - Amazonas - Brasil
2005

Informe do CRP SP

25 de setembro de 2009

É dia 30! Faltam poucos dias para a Marcha dos Usuários em Brasília
Militantes da Saúde Pública, informem-se, participem deste movimento!


O CRP SP e o SinPsi apoiam a iniciativa da Rede Internúcleos da Luta Antimanicomial-Renila e, juntamente com as diversas entidades que representam este movimento em São Paulo, estão se preparando para dia 30 de setembro de 2009 engrossarem a “Marcha dos Usuários a Brasília – Por uma Reforma Psiquiátrica Antimanicomial”.Instituições da Saúde Mental do Brasil, usuários, seus amigos e parentes estarão unidos para dar uma resposta às forças contrárias à Reforma Psiquiátrica Brasileira, que, em movimento organizado, utilizam a mídia para promover uma verdadeira campanha contra o SUS e as conquistas da Luta Antimanicomial. Nesses meios de comunicação de massa são ouvidas autoridades e profissionais sem o devido conhecimento da realidade manicomial. Casos mal sucedidos são pinçados e apresentados como regra, fragilizando o trabalho desenvolvido e influenciando negativamente a opinião pública contra os avanços da Reforma Psiquiátrica; a voz do usuário nunca aparece. Suas entidades não são procuradas pelos jornalistas e suas opiniões não são consideradas.

A marcha deverá partir de vários pontos do Brasil, sendo organizada pelos representantes da Renila em cada Estado. Em São Paulo, a Capital, Santos, Grande ABC, Ribeirão Preto e Campinas, por exemplo, estarão representadas. Na caravana que sai da Capital, estão: Associação Vida em Ação, Associação de Usuários, Familiares e Trabalhadores de Suzano, Associação Franco Basaglia, AASMER (Embú das Artes e região), "ONG Amigos da Mancha" (Paraisópolis), Associação Paulo Delgado de Saúde Mental de Taubaté, CAPS Butantã, CAPS Unifesp, CAPS Lapa, Centro de Convivência de Embu Conviver, CAPS II Embú das Artes, CAPS Itapeva, CECCO Santo Amaro, Rede PROSOL, Fórum Paulista de Economia Solidária, CAPS Arco Íris (Guarulhos), CECCO Parque Raul Seixas (Itaquera), CECCO Campo Limpo, Residência Terapêutica Pirituba I, CAPS II Prituba-Jaraguá e CAPS III Itaim Bibi.

Durante todo o dia 30 de setembro, em Brasília, serão realizadas atividades político-culturais em defesa, entre outros, do SUS, da efetiva implantação do Programa De Volta Para Casa, da realização da IV Conferência Nacional de Saúde Mental e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, evidenciando o protagonismo dos usuários e fortalecendo a organização política dos usuários.

Os verdadeiros protagonistas da Luta Antimanicomail deverão apresentar na capital federal suas vozes e reivindicações, levando ao presidente Lula e demais autoridades legislativas e judiciárias a disposição de luta em defesa de seus direitos.

A caravana organizada pelo CRP SP e pelo SinPsi já está lotada. Um ônibus sairá da Subsede de Santos e passará pelo Grande ABC; outro sairá da Sede. Quem estiver disposto a participar da marcha de outra forma pode obter mais informações pelo site marchadosusuarios.blogspot.com e pelo e-mail @gmail.com.Informe-se, acompanhe, participe!
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Conselho Estadual da Juventude do Amazonas toma posse em outubro

Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Universidade do Estado do Amazonas
Foto: Rogelio Casado
Manaus - Amazonas - Brasil
2008


Nota do blog: A juventude universitária da Escola de Artes e Turismo da Universidade Estadual do Amazonas recebe um grupo de jovens moradores do PROSAMIM (Programa de Saneamento Ambiental dos Igarapés de Manaus), no Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18.05.2008), para assistir a peça "Quero uma casa para morar" e discutir o futuro das pessoas com transtorno mental na cidade de Manaus, até hoje objeto de tímidas políticas públicas de saúde. Entre o público presente, os companheiros da Associação Chico Inácio (filiado à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial), que estará participando da Marcha dos Usuários à Brasília por uma Reforma Antimanicomial, no próximo dia 30 de setembro. Eis que acaba de ser criado o Conselho Estadual da Juventude do Amazonas. Auspiciosa notícia. Estarei junto com Socorro Papoula - lenda viva dos movimentos sociais do Amazonas - representando a Universidade do Estado do Amazonas. Agora leia a mensagem da Vá Araújo.

*****

Saudações companheirada,

Foram aprovados os conselheiros e suplentes que irão compor o Conselho Estadual da Juventude do Amazonas pela Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas.

Aproximadamente 20 instituições da sociedade civil se inscreveram para indicar representantes no primeiro Conselho Estadual da Juventude do Amazonas (CEJAM). No conjunto, o conselho se assemelha a um mosaico. Um espaço suprapartidário e intergeracional, que une jovens e adultos de diferentes tipos de organizações: redes, movimentos e entidades juvenis, grupos voltados para direitos específicos e ações afirmativas.

A posse dos conselheiros indicados pelo poder público e pela sociedade civil acontecerá na 16ª Reunião Ordinária do Fórum Nacional de Secretários e Gestores Estaduais de Juventude que acontecerá nos dias 08 e 09 de outubro 2009 no Auditório da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas.

Algumas organizações sociais podem estar insatisfeitas com a forma como se constituiu o Conselho de Juventude no estado do Amazonas, mas é possível construir o conselho que queremos.

Não deixe para última hora. Para saber mais, participe da reunião aberta que ocorrerá no dia 29 de outubro de 2009 às 9h no

Departamento da Juventude, que fica na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira. Está reunião contará com a presença de conselheiros titulares e suplentes, além de todos e todas as jovens que queiram participar da construção efetiva desse espaço público.

Na condição de jovens vamos mostrar a cara e os anseios da juventude amazonense. Participem!!!

Algumas informações sobre a construção de espaços para a construção das Políticas Públicas de Juventude do Amazonas.

- Criação da Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer – SEJEL tendo como Órgão Colegiado da sua estrutura organizacional o Conselho Estadual da Juventude do Amazonas – EJAM.
https://consultas.prodam.com.br/appweb/diariooficial/pesquisa/ArquivoPDF.asp?PaginaID=177600

- Lançamento da 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude do Amazonas.
http://www.sejel.am.gov.br/sejel2007/entrevistas.php?cod=12


- 1ª Conferência Estadual de Políticas Públicas de Juventude do Amazonas.
http://www.sejel.am.gov.br/sejel2007/entrevistas.php?cod=22

- Regulamentação da organização do Conselho Estadual da Juventude do Amazonas – CEJAM.

Pagina 01
https://consultas.prodam.com.br/appweb/diariooficial/pesquisa/ArquivoPDF.asp?PaginaID=349365

Pagina 02
https://consultas.prodam.com.br/appweb/diariooficial/pesquisa/ArquivoPDF.asp?PaginaID=349366


- Aprovação dos conselheiros titulares e suplentes pela Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas.
http://www.sejel.am.gov.br/sejel2007/entrevistas.php?cod=291

Mostraremos que temos coragem e ousadia.

Propaguem as boas novas!!!

Abraços libertários,

Vá Araújo

P.S. Há doações que generosamente devemos fazer que são compartilhar os nossos conhecimentos e as nossas conquistas, passe adiante o que você aprendeu e ajude outros a conquistar.

Ajude a construir a rede de comunicação e solidariedade Flor da Palavra, unindo ativismo, pesquisa, arte, comunicação, festa, trabalho, educação e muito mais na construção de um mundo onde caibam muitos mundos.

Para a invenção da rede e suas veias de comunicação e solidariedade, já estão disponíveis um site de publicação aberta "drupal" em www.flordapalavra.org, e dois wikis: http://flordapalavra.sarava.org (senha "sarava") e http://wakka.midiatatica.info/wikka.php?wakka=FlorPalavra
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Woodstock não aconteceu Honduras

Alto ao golpe
Postado em blogmetropolitano.blogspot.com

Oleo do Diabo

Woodstock não aconteceu Honduras

[...]

Mas o que aprendemos desde Woodstook? Pelo jeito não muita coisa. As forças conservadoras, por outro lado, aprenderam muito, e se reformularam formidavelmente, de maneira que, se os anos 60 e 70 se caracterizaram pela eclosão de grandiloquentes movimentos libertários, em todo o mundo, os anos 80 e 90 assistiram a uma reação brutal das forças conservadoras, e o resultado foi o que vimos: uma expansão da miséria e da injustiça num grau jamais visto antes na história da humanidade. Todas as épocas da civilização tiveram sua face cruel, mas não creio que houve momento em que percentual tão grande da população humana sofreu de fome e doenças como vimos nos anos 80, 90, e até hoje.

De maneira que não basta lutarmos com flores e música. A luta precisa acontecer na esfera política. Há que se ganhar eleições, para ser mais preciso. A utopia de se fazer política fora do ambiente institucional revela-se debilitante e ineficaz. O controle democrático do Estado é fundamental. De certa forma, as pessoas aprenderam isso. E votaram em Obama, surpreendendo profundamente o conservadorismo global. Os reacionários tupiniquins até hoje gaguejam e respiram acelerado, trêmulos e ansiosos, com essa mudança simbólica, geopolítica e ideológica profunda que foi a eleição de um negro democrata, com idéias de esquerda, para o comando da Casa Branca.

Precisamos, por isso mesmo, reagir ao que acontece em Honduras com muita perspicácia, porque se trata de mais uma batalha contra as forças do atraso. Não basta esmagarmos esse golpe, mas usá-lo a nosso favor, o máximo possível. É preciso otimizar a vitória. É a única maneira de dignificar e dar um sentido maior ao sofrimento por que passa o povo hondurenho. Já contei que meu tio, Francisco do Rosário Barbosa, foi barbaramente torturado, mutilado e assassinado em 1981, por policiais da 9ª Delegacia do Catete no Rio de Janeiro. Era um jovem poeta, sem ligações partidárias, um cidadão brasileiro inocente, cheio de sonhos e ideais, que foi morto covardemente por brutamontes pagos com nosso dinheiro. Então somos todos culpados. O Brasil é culpado pela ditadura militar, porque se acovardou. O país inteiro se acovardou, porque o povo brasileiro havia sido mantido na ignorância por governos anteriores, e estava debilitado pela pobreza e pela falta de perspectivas, e a ditadura triunfou. Os poucos que se revoltaram foram massacrados.

Mas falei do meu tio porque meu pai (já falecido) contou-me que, após a sua morte, extremamente traumática para a família, ele reuniu a todos e disse o seguinte: "perdemos nosso querido Chico. Nossa obrigação agora é dar sentido a essa tragédia, transformá-la numa batalha contra a ditadura militar." E assim foi. Meu pai foi a todos os jornais e canais de TV. Apareceu no Fantástico. Fez um escarcéu. Publicou um livro. Foi o único caso, na época, em que os policiais foram presos, embora só depois de dois anos de um processo judicial kafkiano. Então, temos que usar o golpe em Honduras como arma para desmascarar a mídia golpista brasileira, e que agora, mais que nunca, merece o epíteto "golpista" que lhe vem sendo pespegado por uma blogosfera cada vez mais barulhenta, lúcida e influente.

Eis que os mesmos setores da mídia que apoiaram e depois legitimaram a ditadura militar no Brasil agora apoiam, uns abertamente, outros de forma mais discreta, o golpe de Estado em Honduras. Antes de Zelaya voltar à Honduras e abrigar-se na embaixada brasileira, a imprensa brasileira havia estabelecido um sinistro pacto de silêncio. Havia dado destaque ao golpe nos primeiros dias, mas depois reinou um estranho e apavorante silêncio sobre Honduras. Agora, é obrigada a falar, e ficou nua. Merval Pereira, em sua coluna de hoje, reproduz, e chancela, um artigo de um jurista de São Paulo (tinha que ser paulista), chamado Lionel Zaclis, publicado no site Consultor Jurídico, no qual afirma que o golpe em Honduras não foi golpe. Jabor, no Jornal da Globo, ou seja, numa TV aberta, uma concessão pública, diz que se tratou de "um golpe democrático", porque teve apoio, entre outros, da Igreja... Faltou citar o Rotary Club...

[...]

Leia mais em www.oleododiabo.blogspot.com
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Enlace Zapatista

Enlace Zapatista

Salen bajo fianza dos de los presos de la resistencia de Candelaria
Exigimos justicia y la libertad de tod@s l@s colon@s de “Mano con Mano” detenidos después de la brutal agresión en su contra
10 años de impunidad. ¡Libertad a Jacobo Silva y Gloria Arenas!

Salen bajo fianza dos de los presos de la resistencia de Candelaria

El 22 de sepriembre liberaron bajo fianza a Elmer Castellanos y doña Guadalupe Lizcano, integrantes de la Resistencia Civil del No Pago a las Altas Tarifas Eléctricas de Candelaria y adherentes a la Otra Campaña, quienes se encontraban encarcelados en calidad de Presos Políticos. La presión política ejercida a lo largo de dos meses, el [...]

Exigimos justicia y la libertad de tod@s l@s colon@s de “Mano con Mano” detenidos después de la brutal agresión en su contra

1. La Red Unidos por los Derechos Humanos, en esta región de la Otra Huasteca-Totonacapan, denunciamos la brutalidad policiaca de los gobiernos de Eugenio Hernández Flores en el estado de Tamaulipas, y de Oscar Pérez Inguanzo en el ayuntamiento de Tampico, quienes este jueves 24 de septiembre de 2009, [...]

10 años de impunidad. ¡Libertad a Jacobo Silva y Gloria Arenas!

A casi 10 años de su detención, Jacobo y Gloria siguen injusta e ilegalmente presos. El próximo 19 y 22 de octubre se cumplirá una década de impunidad y de injusticia. Hoy, el Estado mantiene a Jacobo y a Gloria literalmente secuestrados, pues no existen razones jurídicas para mantenerlos en prisión, ya [...]
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setembro 25, 2009

Faltam 5 dias para a Marcha dos Usuários pela Reforma Psiquiátrica Antimanicomial

Nota do blog: Enquanto isso, do Rio Grande do Sul chegam surpreendentes informações. O altaneiro ato de "insubordinação" do nosso companheiro Paulo Michelon ao afirmar sua autonomia e a do Movimento da Marcha foi "punido" com a retirada de apoio ao ônibus que levaria os usuários daquele estado no dia 30 para Brasília. Isso mesmo! O ônibus que estava prometido e garantido, inclusive com o antecedente de ter sido aprovado nos mesmos termos daquele que levou os usuários ao evento de Bauru, foi na semana passada desautorizado pelo Estado em retaliação. E pasmem! Foi sugerido a representantes do Fórum Gaúcho de Saúde Mental (filiado à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial) que tentassem uma interferência da Coordenação Nacional de Saúde Mental pois "a mesma teria muito prestigio com o secretário" e talvez por essa via pudesse reverter a negativa de apoio... Ou seja, há algo de podre no vento sul que sopra nos pampas gaúchos! A boa notícia vem de Brasília. Finalmente o Ministério da Saúde respondeu ao pedido de audiência dos organizadores da Marcha, conforme o e-mail abaixo, datado de 23/09:

"Conforme combinado por telefone, o Ministério da Saúde receberá a Marcha dos Usuários da Saúde Mental no dia 30/09 às 14h00 no Auditório Emílio Ribas.

Solicitamos a importância do horário ser mantido, tendo em vista que participarão da audiência outras áreas do MS, além da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas".

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Encontros & Canções

nesta sexta (25) o Sindicato dos Músicos promove no Restaurante Açaí & Cia, mais uma edição do projeto ENCONTROS & CANÇÕES, o projeto que tem como finalidade congregar a classe musical e a divulgação dos mesmos. Esta é a sétima edição e reune um "cast" dos melhores artistas amazonenses: CILENO, AMÍLCAR AZEVEDO, ZEZINHO CORRÊA, LUCILENE CASTRO, ELLEN MENDONÇA, KETLEN NASCIMENTO, BEM BOSSA TRIO e ainda a participação especial da banda SWEET MELODIES que tem um repertório voltado para as canções dos anos 70. Já se tornou uma rotina uma vez por mês acontecer o ENCONTROS & CANÇÕES o público já fica esperando essa celebração da música brasileira produzida no Amazonas. Todas as edições passadas contaram com uma plateia expressiva, tendo que a o show se estender a pedido desse público.

O Encontros & Canções começa às 23 horas e o couvert artístico é de R$ 10,00 por pessoa.
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Pre-Congresso Internacional Saúde Mental e Direitos Humanos


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Dizer não é combater a onda de criminalização dos movimentos sociais

Apelamos para todas e todos!

A extradição de Cesare Battisti corresponderia a um golpe jurídico institucional, permitindo ao Supremo Tribunal Federal esvaziar os poderes do Executivo e desencadeando o clima favorável a uma onda de criminalização dos Movimentos Sociais.

A extradição de Cesare Battisti corresponderia a um golpe jurídico institucional, permitindo ao Supremo Tribunal Federal esvaziar os poderes do Executivo, que pelo menos, mal ou bem, é eleito pela população. Se deixarmos este golpe ser realizado, ele desencadeará o clima favorável a uma onda de criminalização dos Movimentos Sociais.

Apelamos para os Movimentos Sociais, principalmente dos sem terra e dos sem teto, que sabem que a sua luta não se limita aos problemas da reforma agrária e do direito à habitação.

Apelamos para os sindicatos, principalmente os que se inserem nas centrais sindicais mais combativas, que sabem que a luta pelos salários e pelo emprego não resolve sozinha o problema da exploração.

Apelamos para os partidos de extrema-esquerda e outros grupos de extrema-esquerda, que sabem que além do esforço por ampliarem o seu espaço político próprio existe uma luta comum contra o capitalismo.

Apelamos para os professores que possuem algum sentido crítico, que sabem que as palavras que ficam só dentro da sala de aula não chegam a lugar nenhum.

Apelamos para todos e todas, para que entendam que mobilizar-se contra a extradição de Cesare Battisti é agir contra a criminalização da luta anticapitalista.

Não há pressões sobre o governo e sobre o Supremo Tribunal Federal se não houver pressões na rua. Depende de todos vocês, que somos todos nós, impedir que um lutador anticapitalista seja extraditado para uma democracia que por três vezes escolhe ser governada por gangsters e neofascistas.

O Brasil é uma terra de asilo. Assim como o ditador Getúlio Vargas enviou Olga Benário para morrer na Alemanha nazi, deixaremos agora que este país se converta numa sucursal de Guantánamo?

Passa Palavra
http://passapalavra.info/?p=12320

Comitê de Solidariedade a Cesare Battisti em São Paulo
reunião
Dia: 26 de setembro, sábado
Hora: 16:30h
Local: Acepusp, Rua da Consolação, 1909 (altura da Rua Fernando Albuquerque).

www.cesarelivre.org
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Paulinho Moska e Paulo Vanzolini

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