PICICA: Elizabeth Teixeira emocionou o Brasil, quando no final da ditadura militar, pela lente do cineasta Eduardo Coutinho, narrou a luta dos camponeses no nordeste do país, na qual tombou seu marido João Pedro Teixeira. Perseguida pelo regime militar, foi obrigada a mudar de identidade e espalhar os filhos pelo mundo. Um deles foi "adotado" por Cuba, onde tornou-se médico. Neste ano, o MST homenageou-a dando seu nome a um dos assentamentos em São Paulo. Veja a primeira parte do documentário que trouxe à luz a história de João Pedro Teixeira. Observe as primeiras imagens, retrato do subdesenvolvimento da época: trata-se da Cidade Flutuante, em Manaus, situada no final da Praça dos Remédios, no lugar conhecido outrora como Escadaria dos Remédios. Herbert Richers, distribuidor de filmes, nos anos 1970, depois de ter recusado pela Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas sua proposta de isenção de impostos para garantir o monopólio das salas de cinema, vingou-se da cidade, através do seu Canal 100 (jornal cinematográfico que antecedia a projeção do filme principal), usando a imagens da Cidade Flutuante com a intenção de depreciá-la. Antes fosse uma leitura crítica das desigualdades da época. Já Jean Paul Belmondo usou o lugar para filmar o seu "O Homem do Rio", deixando, para as futuras gerações, um dos poucos registros cinematográficos do Brasil dos anos 1960. Algumas das imagens do filme estão disponíveis no YouTube, menos a da Cidade Flutuante. Lástima! As cenas são reveladoras de um período em que a economia da borracha havia se exaurido há quase meio século, e a população comia o pão que o diabo amassou.
Elizabeth Teixeira agradece homenagem recebida por assentamento que leva seu nome em São Paulo.
Cabra marcado para morrer é um filme documentário brasileiro de 1984, dirigido por Eduardo Coutinho.
O filme é uma narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962. Foi interrompido em 1964, em razão do golpe militar e recomeçado 17 anos depois, recolhendo os depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens.
Conta a história das Ligas camponesas de Galiléia e de Sapé e a vida de João Pedro através das palavras de sua viúva, Elizabeth Teixeira, que conta sobre a sua vida nesses vinte anos, assim como a de seus filhos, separados dela desde dezembro de 1964.
O filme é uma narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962. Foi interrompido em 1964, em razão do golpe militar e recomeçado 17 anos depois, recolhendo os depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens.
Conta a história das Ligas camponesas de Galiléia e de Sapé e a vida de João Pedro através das palavras de sua viúva, Elizabeth Teixeira, que conta sobre a sua vida nesses vinte anos, assim como a de seus filhos, separados dela desde dezembro de 1964.
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