dezembro 15, 2010

Para Lula, "ódio, rancor e maldade" puseram fim à CPMF

PICICA: A deterioração do Sistema Único de Saúde no país tem sido objeto de inúmeras matérias jornalísticas, desde que a CPMF saiu de cena, graças à ação conjunta do PSDB-DEM. Aqui mesmo em Manaus, o Hospital João Lúcio, na zona leste da cidade, está abarrotado de pacientes em macas dispostas pelos corredores, o que além de aviltar o trabalho dos servidores de saúde, oferece atendimento incompatível com a dignidade humana. Sucede que noticiar o fato sem análise consistente é um desserviço ao consumidor de informação. Na medida em que não se atribui responsabilidades entre os agentes dos poderes públicos pelo sufoco vivido pelo setor, a notícia provoca confusão e em nada contribui para a formação de uma consciência política do leitor.  O fato é que enquanto as classes médias tem acesso à medicina de alta complexidade, "o povão tá f...", como diz sem-cerimônia Zefofinho de Ogum, sociólogo carioca que reside em Petrópolis-RJ, correspondente deste PICICA. É urgente a retomada das articulações políticas para responder às demandas de saúde das camadas mais pobres da sociedade, que, desorganizadas, são incapazes de mover uma ação contra o Estado. Só não reclama da ausência da CPMF quem tem cobertura dos seus planos de saúde. Para estes, "pobres que se explodam".


Lula: queda da CPMF deveu-se a “ódio, rancor e maldade”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta segunda-feira um desabafo sobre o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF, em 2007. "Em um ato de insanidade, em uma noite que não tem explicação, nos tiraram R$ 40 bilhões por ano, que, se somados aos reajustes, ultrapassam os R$ 150 bilhões que o ministro José Gomes Temporão não teve para aplicar na Saúde". Lula participou de cerimônia no hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.

Lula se disse magoado com a queda da CPMF. "Só existe uma explicação para terem tirado a CPMF do Orçamento da União: ódio, rancor e maldade". O presidente explicou que a queda da contribuição impossibilitou, por exemplo, o PAC da Saúde, estimado em R$ 24 bilhões. "Era uma coisa extraordinária, para recuperar a respeitabilidade da saúde pública brasileira", lamentou.

Para o presidente, o próximo ministro da Saúde terá de arrumar uma forma de financiamento para a área."Ele tem uma tarefa imensa de organizar deputados e senadores para que a gente possa, sei lá de que forma, arrumar recursos para cuidar da saúde com muito mais carinho do que nós cuidamos", disse.

Brasília Confidencial

Fonte: PT na Câmara

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