dezembro 01, 2010

PICICA apoia campanha pela anistia de Zé Dirceu

PICICA: "O movimento deve ser o primeiro passo rumo à campanha pela anistia de Dirceu, que tratou do assunto com o presidente Lula em conversa no Palácio da Alvorada neste mês. Entrevistado após a conversa, o presidente Lula disse que depois que deixar o cargo terá como uma de suas metas desvendar a “grande farsa” que foi o mensalão."
Zé Dirceu e Rogelio Casado - Manaus, 2007

De olho na anistia, Dirceu é alvo de desagravo

Caio Junqueira | VALOR


De Brasília

Cinco anos depois de ter seu mandato cassado no plenário da Câmara dos Deputados, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu receberá hoje um desagravo pela internet promovido por um grupo de amigos. O objetivo é fazer com que a data não passe em branco e seja um primeiro passo no sentido de uma ampla campanha nacional por sua anistia no Congresso.

Nessa linha, será repassada pela internet um resumo com os principais trechos do discurso que Dirceu fez em sua defesa há exatos cinco anos, ao lado de um pequeno texto dizendo que nada contra ele foi provado.

O manifesto será divulgado por amigos como Luiz Gushiken, ex-secretário de Comunicação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo presidente da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, Guilherme Lacerda. A intenção é fazê-lo circular em blogs, rede sociais, e mailings de grandes instituições, como a das centrais sindicais.

O movimento deve ser o primeiro passo rumo à campanha pela anistia de Dirceu, que tratou do assunto com o presidente Lula em conversa no Palácio da Alvorada neste mês. Entrevistado após a conversa, o presidente Lula disse que depois que deixar o cargo terá como uma de suas metas desvendar a “grande farsa” que foi o mensalão.

A estratégia de Dirceu na luta por sua anistia tem, basicamente, duas frentes. Uma é aguardar o julgamento do processo em que é réu no Supremo Tribunal Federal, no qual espera ser absolvido. Outro é, simultaneamente, fazer um trabalho na sociedade civil questionando a falta de provas e o caráter político de sua cassação.

O ex-ministro foi cassado na noite do dia 30 de novembro de 2005. Foram 293 votos a favor da perda do seu mandato, 192 contra e oito abstenções, além de um voto branco e um nulo. A votação foi secreta e, derrotado, ele perdeu seus direitos políticos por oito anos depois de concluída a última legislatura. Assim, só poderia voltar a disputar um cargo eletivo em 2016, ano de eleições municipais. Se for absolvido, porém, a questão deve entrar na pauta do Congresso, única instância capaz de aprovar uma anistia ao ex-ministro.

Fonte: Blog Leituras do Favre

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