outubro 16, 2012

A Cidade que Queremos, na voz da militância não partidária de Manaus: Décalogo por uma cidade livre, inovadora e inclusiva

PICICA: A militância não partidária não deixa a peteca cair. Em Manaus, a moçada FORA DO EIXO caiu em campo e promoveu debates sobre a Cidade que Queremos. Os debates continuarão no segundo turno da eleição para prefeito. O movimento é nacional e tem página no Facebook. Confira aqui.

Decálogo por uma cidade livre, inovadora e inclusiva

A principal proposta dos ativistas culturais para as eleições em Manaus é a criação de uma agência municipal de fomento para o desenvolvimento de tecnologias colaborativas, abertas e promovidas por coletivos e indivíduos, com o objetivo de fazer de Manaus um polo global da sociedade informacional. Essa principal proposição se articula com um conjunto de propostas, todas elas exequíveis em um período de quatro anos, que contribuam para fazer de Manaus, a mais digital das capitais do país, uma cidade destinada às pessoas e suas necessidades, o que hoje não ocorre.


Manaus Aberta

 
1. Criação de um portal de dados abertos com todos os dados públicos gerados e/ou organizados pela prefeitura, disponíveis em formato legível por máquinas, com API (Interface de Programação de Aplicativos) para facilitar a apropriação das informações pela sociedade civil e pelos órgãos do poder público;

 
2. Desenvolvimento, em parceria com a sociedade civil, de aplicativos e plataformas de democracia interativa, com estímulo a espaço de diálogo, definição orçamentária e serviços públicos voltados para o fortalecimento da relação dos cidadãos entre si e com a administração da cidade;


Manaus Livre

 
3. Desenvolvimento de uma política pública de fomento às liberdades na rede, baseada nas competências do gestor municipal, com o desenvolvimento de: 

 
a-) licenças livres de obras culturais e educacionais custeadas ou realizadas pela prefeitura, e de todos os documentos públicos; 

 
b-) adoção e promoção do uso de software livre pela administração pública, com fomento à produção de softwares abertos;

4. Estímulo à criação e ao compartilhamento de recursos educacionais abertos, à produção colaborativa de materiais didáticos e processos de aprendizagem, à disseminação de criações, invenções e troca de saberes, envolvendo escolas, professores, estudantes e a comunidade em geral. 

 
Manaus Conectada

5. Conexão aberta e livre, por meio de tecnologia sem fio, de pontos de alta concentração de pessoas, em especial de regiões da periferia da cidade, estimulando a geração de renda por meio de serviços comunitários de provimento de acesso;


6. Desenvolvimento de um programa de apropriação crítica das tecnologias, por meio de laboratórios de garagem, espaços para ciência de bairro e pontos de cultura, a serem desenvolvidos em parceria com pequenos empreendedores (donos de Lan House), grupos da sociedade civil e/ou equipamentos da prefeitura, como Telecentros, instituições culturais e escolas, fortalecendo mecanismos de governança participativa (Conselhos Gestores);


Manaus de Baixo pra Cima

 
7. Realização de um trabalho coletivo e colaborativo de mapeamento da cidade (cartografia crítica e afetiva), com detalhamento de seus problemas e soluções, a ser desenvolvido em parceria com a sociedade civil;


8. Estímulo a ações de ocupação das ruas por artistas e produtores culturais, como forma de ampliar o compromisso dos cidadãos com o espaço público; Estimulo a apropriação tecnológica livre, potencializando espaços públicos, para disseminar conhecimentos tecnológicos direcionados a produtores aprendizes de cultura das diversas linguagens audiovisuais. Organização e articulação de processos de realidade aumentada com a colaboração dos cidadãos construindo os caminhos múltiplos entre o ciberespaço e os prédios, praças e ruas;


9. Valorização das expressões vivas da cultura da cidade, com a adoção do programa Cultura Viva em âmbito municipal, que resultará na criação de Pontos de Cultura, priorizando as periferias;


10. Fomento aos meios alternativos de comunicação, em especial ao midialivrismo, com apoio às rádios comunitárias, música livre, estúdios livres, às plataformas de comunicação em rede, como blogs e sites de produção de conteúdo informativo;


Esta é uma WikiPlataforma que enfatiza a necessidade de experimentarmos modelos radicais de participação política. Um governo comprometido com a cultura é um governo que revê suas estratégias baseando-se nas experiências coletivas, o que pode ser feito com muito mais facilidade quando utilizamos as tecnologias do nosso tempo.

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