Foto: Michael Dantas, Manaus/AM, 2006
Inaugurado o primeiro CAPS da cidade de Manaus, o movimento social por uma sociedade sem manicômios espera, com ansiedade, o primeiro Centro de Convivência e Reabilitação Psicossocial. Nele há um espaço especial para a arte.
Ainda que nos CAPS a arte esteja presente nas oficinas terapêuticas para propiciar ao portador de sofrimento mental uma nova perspectiva de re-inserção social, é no Centro de Convivência da Saúde Mental que ela se desenvolve.
Segundo Edna Assis, artista plástica, professora da Escola de Belas Artes da UFMG, monitora de oficinas terapêuticas da Secretaria Municipal de Belo Horizonte/MG, o "fazer artístico" pode ser o primeiro passo para o auto-descobrimento, levando muitos portadores de sofrimento mental a se reconhecer com habilidades nunca antes percebidas. O benefício para quem está acostumado a ser desacreditado no convívio social é extraordinário.
O importante é que tais oficinas terapêuticas despertem nos usuários do CAPS o interesse pela sua criatividade e pelo "fazer artístico". Por isso, antes mesmo da implantação de um Centro de Convivência da Saúde Mental, Cristovão Coutinho, artista plástico, curador da galeria do Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas, está disposto a colaborar com o CAPS Silvério Tundis para potencializar os recursos técnicos e humanos ali existentes, e assim possibilitar a circulação do portador de sofrimento mental no ambiente cultural da cidade.
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