Foto: Palácio da Justiça, Manaus-AM, anos 60
O Palácio da Justiça da cidade Manaus era adornado
por vários benjaminzeiros, que não resistiram à ação
dos novos tempos trazidos pela Zona Franca.
Nota: O advogado Aristófanes Castro Filho nasceu numa época em que a cidade de Manaus conhecia a dacadência depois que o ciclo econômico da borracha foi para o beleléu (expressão popular muito usada nos anos 60). Santa decadência. Depois do surto malárico, a cidade seria poupada durante muitos anos da depredação que se instalaria com a Zona Franca de Manaus: igarapés gelados e árvores que sombreavam o passeio público vivam em harmonia com a população. Leia o depoimento de Aristófanes Castro Filho, enviado por e-mail. Lacônico, ele prefere que seja publicada a crônica escrita pelo seu pai Aristófanes Castro, o Velho, sobre os loucos públicos de Manaus. Aguarde.
Depoimento de Aristófanes Castro Filho
Comandante Rogelio,
Do meu tempo, me lembro da Carmem Doida. Que vivia com o saco de farelo de arroz na costas subindo e descendo a Eduardo Ribeiro. O meu pai tem até uma crônica sobre ela.
Depois os doidos passaram a ser todos nós. Uns de mais coragem largam tudo e passam a curtir a própria loucura, os falsos loucos ficam fazendo maldade a todos passando por normais.
Um abração,
Ary
Manaus, 23 de Junho de 2006.
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