abril 03, 2010

Uma lição dos italianos para o movimento SOS Encontro das Águas


21 de março de 2010 — Roma 20 marzo 2010 -- Campagna contro la privatizzazione dell'acqua e promozione dei referendum

Nota do blog:
Vendo a manifestação nacional dos italianos contra a privatização da águas, vi muitos homens velhos, alguns com uma faixa no peito (seriam os notáveis de suas cidades?), e fiquei a me perguntar "cadê os velhos sábios da cidade de Manaus", que ao invés de participarem da manifestação pela conservação do Encontro das Águas, onde interesses privados querem construir um terminal portuário através de uma subsidiária da VALE, terminam por se comportar como aqueles "macaquinhos sábios", que não ouvem, não vêem e não falam. Cadê os estudantes organizados? (para ser justo, a juventude do PPS foi a única a se comunicar com esse blogueiro, manifestando o desejo de participação no movimento). Cadê a Associação dos Docentes da Universidade do Amazonas? (Contam-se nos dedos os professores das universidades, sejam públicas ou privadas; destas últimas, apenas uma ameaçou participar, mas não passou do gogó). Acordem, amazonenses! Já contamos com mais de uma dezena de entidades da sociedade civil organizada. É preciso muito mais. Se o senador Jefferson Peres estivesse vivo, certamente ele já teria se posicionado, e talvez deixasse de lado um dos seus princípios - não se apropriar dos movimentos sociais para fins eleitoreiros - para caminhar conosco pelas ruas de Manaus em defesa dos nossos valores. Lembro-me, quando ele ainda era vereador, sua voz isolada no parlamento conclamando os manauaras a resistir contra o projeto do então prefeito Amazonino Mendes, que pretendia construir um camelódromo no entorno do relógio municipal. Data daí a fundação da Associação Amigos de Manaus - AMANA. O movimento SOS Encontro das Águas poderia dar uma prova do seu amadurecimento e dialogar com esses segmentos. É hora de união! Não podemos deixar que o futuro daquele patrimônio da humanidade (usado em todas as campanhas publicitárias que pretendem chamar atenção para as belezas naturais do Amazonas) fique nas mãos do Iphan. Em Manaus, o atual titular dessa prestigiada instituição nacional já demonstrou, nas entrevistas à imprensa local, que não está à altura de coordenar o processo de tombamento do Encontro das Águas. Defender a conservação desse patrimônio é dever dos amazonenses.

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