Foto: Rogelio Casado, 1998
PICICA: Postagem dedicada ao maior mímico vivo do Amazonas, Sérgio Bicudo, discípulo do imortal Marcel Marceau. A última vez que o vi foi em 2004, em Salvador, no Circo Piccolino, na companhia de uma artista circense amazonense, nômade como ele. Antes disso, em Manaus, em 1993 (não estranhem a disparidade entre as datas, Sérgio some de Manaus por longas temporadas; espero revê-lo antes de envelhercer de vez), levei-o para atuar num vídeo a ser produzido no final de um curso oferecido pelo Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas, tendo como professor um inglês nascido em Liverpool e criado em Manaus desde pequeno, hoje professor da UNB, David Pennington. O curso para mim foi inesquecível. Primeiro por uma gafe ali cometida, e que não vou contar aqui porque os personagens ainda vivem; por eles tenho muita estima, embora a recíproca talvez não seja verdadeira (ah! os amores incopreendidos). Deste curso memorável resultou um vídeo chamado "Manaus - Operação Memória", como resposta à desastrada proposta da Prefeitura de Manaus em criar um camelódromo em pleno coracão da cidade. O vídeo anda perdido. Dele restou o prazer da criação. Inicialmente, mobilizou pouco mais de meia dúzia de alunos. Cabiam no meu fusca. Ao final, só este piciqueiro e um outro amante das imagens (Alberto Dias) deram conta do vídeo, com a participação inestimável do poeta Simão Pessoa e do músico Pedrinho Sampaio. Voltando ao personagem. Em 1998, acompanhado de um músico da Orquestra Filarmônica de Manaus, Sérgio se apresentou na Penitenciária com um dos seus melhores espetáculos, em que homenageava o mestre Marcel Marceau. Consta no folclore da categoria dos artistas manauaras que Sérgio é o autor de um Manifesto, que desagradou os artistas que se renderam aos encantos da institucionalização. O documento, inédito, desanca a falta de perspectiva das artes em Manaus, reduzida a uma programação oficial, na qual o viés contestador deu lugar a figurinos mais comportados. O astrólogo e web-designer Jorge Laborda teria uma cópia do manifesto maldito. Aproveito o ensejo para dedicar este post para Bruno Cava e Dan Yung, além do estimado Sérgio Bicudo. Eles tem algo in-comum.
http://lm2artesania.blogspot.com/
"El silencio no tiene límites para mí los límites los pone la palabra." M.M.
imágenes de un genio con un tema precioso, el tango "por una cabeza"...
...Por una cabeza, todas las locuras.
Su boca que besa, borra la tristeza,
calma la amargura.
Por una cabeza, si ella me olvida
qué importa perderme mil veces la vida,
para qué vivir...
"El silencio no tiene límites para mí los límites los pone la palabra." M.M.
imágenes de un genio con un tema precioso, el tango "por una cabeza"...
...Por una cabeza, todas las locuras.
Su boca que besa, borra la tristeza,
calma la amargura.
Por una cabeza, si ella me olvida
qué importa perderme mil veces la vida,
para qué vivir...
Um comentário:
Também sinto falta do Hélio.
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