PICICA: "Ao conquistar o direito de sediar a Copa do Mundo 2014 e os Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, o Brasil aceitou o desafio de
realizar dois megaeventos esportivos globais, que despertam, ao mesmo
tempo, paixões e desconfianças. Há argumentos que defendem os eventos
como uma janela singular e histórica de oportunidades, mas, longe do
consenso, também surgem críticas que consideram tais projetos
excludentes, potencializadores da desigualdade social nas cidades-sede e
do endividamento público."
Brasil em jogo: o que fica da Copa e das Olimpíadas?
R$ 10
Pré-venda. Disponível a partir de 09/06.
Autores:Raquel Rolnik, Jorge Luiz Souto Maior, João Sette Whitaker e Guilherme Boulos (MTST) entre outros.
Páginas: 96
Preço: R$ 10,00 | Ebook: R$ 5,00
Ano: 2014
Coedição: Boitempo e Carta Maior
Autores:Raquel Rolnik, Jorge Luiz Souto Maior, João Sette Whitaker e Guilherme Boulos (MTST) entre outros.
Páginas: 96
Preço: R$ 10,00 | Ebook: R$ 5,00
Ano: 2014
Coedição: Boitempo e Carta Maior
Descrição do produto
Ter um olhar crítico sobre os megaeventos no Brasil não é patriótico nem antipatriótico.
É apenas o necessário olhar crítico.
Juca Kfouri
A polêmica abre espaço para um amplo debate sobre o que significa para o Brasil sediar os megaeventos esportivos mais simbólicos do mundo na atual conjuntura política, econômica e social. É nesse sentido que a Boitempo Editorial publica a coletânea Brasil em jogo: o que fica da Copa e das Olimpíadas?, editada no calor da hora, com contribuições de Andrew Jennings, Luis Fernandes, Raquel Rolnik, Ermínia Maricato, Carlos Vainer, Jorge Luiz Souto Maior, José Sergio Leite Lopes, Nelma Gusmão de Oliveira, Antonio Lassance, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, João Sette Whitaker (apresentação) e Juca Kfouri e Gilberto Maringoni (quarta capa). O livro de intervenção chega às livrarias às vésperas da abertura da Copa do Mundo, na primeira semana de junho e traz perspectivas variadas sobre o papel contraditório do esporte na sociedade brasileira e na construção da identidade nacional, os impactos urbanísticos e as transformações dos megaeventos esportivos ao longo da história. A coletânea traz ainda uma cronologia detalhada sobre os megaeventos esportivos, desde a origem até os tempos atuais.
Brasil em jogo é o terceiro título lançado na já consolidada coleção Tinta Vermelha, publicada em parceria com o portal Carta Maior. A obra segue a linha de Cidades rebeldes: passe livre a as manifestações que tomaram as ruas do Brasil (2013), com o mesmo formato e preço (R$10,00). Para tornar o livro acessível ao maior número de pessoas, autores cederam gratuitamente seus textos e fotógrafos abriram mão do pagamento por suas imagens, possibilitando, assim, à editora colocar o volume no mercado a preço de custo. A proposta tem dado certo: em menos de um ano desde a publicação da primeira tiragem, venderam-se mais de 20 mil exemplares de Cidades rebeldes.
Sumário
APRESENTAÇÃO: UM TEATRO MILIONÁRIO
João Sette Whitaker FerreiraA COPA DO MUNDO NO BRASIL: TSUNAMI DE CAPITAIS APROFUNDA A DESIGUALDADE URBANA
Ermínia Maricato
A arquiteta e urbanista Ermínia Maricato, professora da FAU-USP, analisa em seu artigo as consequências do tsunami de capitais gerado pela Copa do Mundo no Brasil, na organização das cidades-sede e no aprofundamento da desigualdade urbana.
JOGO ESPETÁCULO, JOGO NEGÓCIO
Nelma Gusmão de Oliveira
A dimensão histórica dos megaeventos esportivos é abordada por Nelma Gusmão de Oliveira, doutora em Planejamento Urbano pela UFRJ e professora-adjunta da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Do princípio da formação moral e união entre povos através do esporte, que vem desde a Grécia Antiga, à conciliação com o mercado, ao final do século XX. A pesquisadora compara a evolução da FIFA e do COI na captação de recursos por meio de concessão de direitos de transmissão e marketing e no esforço para conseguir que mais países participassem das competições ao longo das décadas – iniciativas que transformaram o futebol, no caso da FIFA, em uma das maiores commodities do mundo.
LEI GERAL DA COPA: EXPLICITAÇÃO DO ESTADO DE EXCEÇÃO PERMANENTE
Jorge Luiz Souto Maior
Jurista e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Jorge Luiz Souto Maior critica a lógica de estado de exceção que ronda a Copa do Mundo. Souto Maior entende a Lei Geral da Copa como um acordo, com propósitos econômicos e políticos, que implicou a suspensão da vigência de várias normas constitucionais. Grande exemplo disso é a criação de uma “rua exclusiva” para a FIFA e seus parceiros, que impede o funcionamento de estabelecimentos existentes no local.
TRANSFORMAÇÕES NA IDENTIDADE NACIONAL CONSTRUÍDA ATRAVÉS DO FUTEBOL: LIÇÕES DE DUAS DERROTAS HISTÓRICAS
José Sergio Leite Lopes
O antropólogo José Sergio Leite Lopes,
professor do Museu Nacional da UFRJ, utiliza a comparação entre a
derrota brasileira em casa, na final de 1950, com outra, na de 1998,
como ponto de partida para uma análise sobre as transformações na
construção e no sentimento de identidade nacional através do futebol no
Brasil. E estende a comparação às disputas de 2002 em diante para falar
sobre o novo ciclo de derrotas e a singularidade de sediar a Copa pela
segunda vez.
A MÁFIA DOS ESPORTES E O CAPITALISMO GLOBAL
Andrew Jennings
O premiado jornalista investigativo escocês Andrew Jennings reflete sobre a trajetória que o levou a tornar-se o inimigo número um da FIFA e do COI. Concentrando-se em alguns dos mais poderosos figurões do esporte mundial, como Ricardo Teixeira, João Havelange, Joseph Blatter e José Maria Marin, o artigo investiga os bastidores do poder nessa área, ponderando a lacuna entre princípio e prática no esporte corporativo, entre transparência e corrupção, e os impactos da mercantilização do esporte e do jornalismo público.
PARA ALÉM DOS JOGOS: OS GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS E A AGENDA DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL
Luis Fernandes
O secretário executivo do Ministério do Esporte e coordenador dos Grupos Executivos do Governo Brasileiro para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, Luis Fernandes, defende o que chama de “iniciativas geradoras de legado”, relacionadas aos megaeventos esportivos, nas dimensões urbana, logística e de infraestrutura, econômica, esportiva, social, cultural, ambiental e política. O artigo busca responder aos protestos que desde junho de 2013 vêm cobrando mais investimentos nas áreas da saúde e educação, evidenciando ganhos específicos nessas áreas em decorrência dos megaeventos.
MEGAEVENTOS: DIREITO À MORADIA EM CIDADES À VENDA
Raquel Rolnik
Raquel Rolnik, professora da FAU-USP e relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para o Direito à Moradia Adequada, complementa a análise de Maricato com um artigo mais abrangente sobre a “financeirização” do processo de produção de moradia e de cidades, que, assim como os grandes eventos esportivos, também constitui um fenômeno globalizado.
COMO SERÃO NOSSAS CIDADES APÓS A COPA E AS OLIMPÍADAS?
Carlos Vainer
O professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ, Carlos Vainer, põe em xeque o chamado legado urbano dos megaeventos promovidos no Brasil no decorrer dos próximos anos. Ao discutir os efeitos e consequências que a Copa, em 2014, e as Olimpíadas e Paraolimpíadas, em 2016, deixarão para o País, Vainer faz uma análise multidimensional de vários aspectos que influenciarão o futuro das cidades brasileiras.
A COPA, A IMAGEM DO BRASIL E A BATALHA DA COMUNICAÇÃO
Antonio Lassance
Propondo uma análise do movimento “anti Copa”, Antonio Lassance, professor de Ciência Política e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), incorpora em seu texto uma visão crítica às manifestações que vêm tomando as ruas de diversas cidades brasileiras, além de seus desdobramentos. Contrapondo argumentos usados por adeptos da campanha, Lassance explora e questiona os ideais de quem torce contra o Brasil.
O QUE QUER O MTST?
MTST
Organizado há quase 20 anos, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto vem recebendo uma crescente atenção por parte dos meios de comunicação, graças aos grandes eventos que o Brasil sediará nos próximos anos e seus efeitos colaterais. Neste novo quadro, o MTST luta para colocar em pauta seus ideais àqueles que antes o deixava à sombra.
Fonte: OUTROS LIVROS
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