PICICA: "“Não se governa uma nação sem ouvir as
pessoas. A boa política é feita sempre com muito diálogo, e
transparência em todos os sentidos”, escreveu o ex-governador de
Pernambuco e candidato do PSB ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, no
Twitter, na noite de segunda-feira 16. Enquanto a mensagem era postada
na rede social, policiais militares do estado que Campos governava até
dois meses atrás se preparavam para cumprir uma ordem de reintegração de
posse no cais José Estelita, uma área abandonada no centro do Recife
que é alvo de disputa judicial e estava ocupada por aproximadamente 60
ativistas.
Sob as ordens de atual governador de
Pernambuco, João Lyra (PSB), sucessor de Campos, a Tropa de Choque e a
Cavalaria da PM descumpriram o acordo de esperar o fim das negociações
com o poder público para desocupar o local. A corporação não avisou nem
mesmo o Ministério Público Federal sobre a reintegração de posse, como
ficou combinado. Cerca de 150 PMs chegaram de surpresa à ocupação às 5
horas da manhã e não deram tempo para que as pessoas deixassem o local.
Advogados do movimento foram impedidos de entrar para negociar uma saída
pacífica e os PMs não pouparam bombas de gás lacrimogênio, bala de
borracha e spray de pimenta. O saldo foi de pelo menos três feridos e
quatro detidos."
Estelita, especulação e violência
– 19 de junho de 2014
Desocupação no Recife feriu acordo, desrespeitou
Ministério Público e revela como política institucional continua atada
às lógicas da poder econômico
Por Renan Truffi, na Carta Capital
“Não se governa uma nação sem ouvir as
pessoas. A boa política é feita sempre com muito diálogo, e
transparência em todos os sentidos”, escreveu o ex-governador de
Pernambuco e candidato do PSB ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos, no
Twitter, na noite de segunda-feira 16. Enquanto a mensagem era postada
na rede social, policiais militares do estado que Campos governava até
dois meses atrás se preparavam para cumprir uma ordem de reintegração de
posse no cais José Estelita, uma área abandonada no centro do Recife
que é alvo de disputa judicial e estava ocupada por aproximadamente 60
ativistas.
Sob as ordens de atual governador de
Pernambuco, João Lyra (PSB), sucessor de Campos, a Tropa de Choque e a
Cavalaria da PM descumpriram o acordo de esperar o fim das negociações
com o poder público para desocupar o local. A corporação não avisou nem
mesmo o Ministério Público Federal sobre a reintegração de posse, como
ficou combinado. Cerca de 150 PMs chegaram de surpresa à ocupação às 5
horas da manhã e não deram tempo para que as pessoas deixassem o local.
Advogados do movimento foram impedidos de entrar para negociar uma saída
pacífica e os PMs não pouparam bombas de gás lacrimogênio, bala de
borracha e spray de pimenta. O saldo foi de pelo menos três feridos e
quatro detidos.
O MPF classificou a operação de “arbitrária” e
afirmou que a PM usou “medidas típicas de cumprimento de ordens contra
criminosos”. A Universidade Federal de Pernambuco emitiu nota dizendo
que a desocupação “desrespeita frontalmente o acordo envolvendo diversas
instituições, a Prefeitura do Recife e os empreendedores” e
manifestando “preocupação quanto ao futuro das negociações iniciadas,
que tinham como objetivo a defesa de uma cidade melhor, mais humana e
mais inclusiva.” A Anistia Internacional também repudiou a ação e
afirmou que “condena o uso excessivo da força”.
O acordo quebrado foi firmado com os
integrantes do movimento Ocupe Estelita, no último dia 23 de maio, na
presença de promotores do Ministério Público de Pernambuco, do MPF,
da Secretaria de Defesa Social e Direitos Humanos, além de integrantes
da Prefeitura de Recife. A presença de promotores, no entanto, não fez
com que a PM honrasse sua palavra. Coincidência ou não, a escolha foi
organizar a ação para o mesmo dia de um jogo do Brasil na Copa do Mundo
(o segundo, contra o México), quando o caso poderia ter menos exposição
na imprensa. A desocupação é o mais recente episódio polêmico de uma
briga iniciada em 2008 e que diz respeito a um problema não só do
Recife, mas de várias capitais brasileiras: a falta de diálogo e
consulta popular sobre o desenvolvimento da cidade, uma situação que
beneficia as empreiteiras, as grandes financiadoras de campanha política
no País.
O início
Há seis anos, a União decidiu leiloar o
terreno do Cais José Estelita. O local tem uma área de aproximadamente
101,7 mil metros quadrados, abriga um pátio ferroviário e uma série de
armazéns de açúcar abandonados pelo poder público. Apesar do cenário
apocalíptico que domina o terreno, a propriedade está em um ponto
estratégico da cidade. A área fica entre Boa Viagem, bairro de classe
média alta com uma avenida beira-mar dominada por edifícios de luxo, e o
Recife Antigo, como é conhecido o centro histórico da capital
pernambucana. Cartão postal do município por ficar de frente para a
Bacia do Pina, o local chamou a atenção de um grupo de construtoras.
Essas empresas criaram o Consórcio Novo Recife e desenvolveram um
projeto com o mesmo nome para a região.
O grupo imobiliário, formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos e GL Empreendimentos, comprou a área da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) por 55 milhões de reais. A ideia é construir pelo menos 12 torres, sendo sete residenciais, duas comerciais, dois flats e um hotel. Tudo com até 40 andares, além de estacionamentos para aproximadamente 5.000 veículos. No total, o projeto foi orçado em 800 milhões de reais, com custo do metro quadrado estimado em pelo menos 4 mil reais. O preço inicial dos apartamentos vai variar entre 400 mil e 1 milhão de reais cada. O plano causou indignação em professores, arquitetos, movimentos sociais e moradores da região. Mobilizados, eles começaram a acompanhar reuniões do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) da Prefeitura, que avaliou a proposta imobiliária do Novo Recife.
O que começou como uma reivindicação natural
da população por mais diálogo e participação levou à criação do grupo
Direitos Urbanos, que hoje representa a maioria dos integrantes do Ocupe
Estelita.
“A Direitos Urbanos canalizou todo mundo que
estava insatisfeito. O projeto Novo Recife, por ser de frente para o rio
[Bacia do Pina]; corredor natural de ventilação da cidade; área de
patrimônio histórico; ligada a várias comunidades e bairros que sofrem
pelo abandono dessa área, agrediu as pessoas, agrediu o senso estético
das pessoas, e o que as pessoas pensam do que é sustentável”, diz a
advogada Liana Cirne Lins, integrante do grupo. “É um projeto que
destrói uma paisagem muito bonita, uma das mais bonitas de quem vem de
Boa Viagem. Não queremos esse desenvolvimento porque isso não é
desenvolvimento. Isso é retrocesso, é um modelo de urbanismo da década
de 70 da década de 80 que está superado”, afirma Lins.
À medida que o Direitos Urbanos se
fortalecia, começaram a vir à tona as irregularidades do projeto Novo
Recife. Por conta das denúncias, o plano imobiliário é alvo de cinco
ações judiciais diferentes, sendo uma do Ministério Público Federal, uma
do Ministério Público de Pernambuco e mais três ações populares.
Irregularidades
Não são poucos os problemas do projeto Novo
Recife. De acordo com o MPF, o primeiro deles é que o leilão da área
nunca poderia ter sido feito. Isso porque toda vez que a União vai
vender uma propriedade pública é necessário consultar outros órgãos
públicos que eventualmente tenham interesse na área. O Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Pernambuco havia
manifestado vontade de se responsabilizar pela área, mas mesmo assim o
leilão ocorreu e só o Consórcio Novo Recife se mostrou interessado no
Cais José Estelita. Nenhuma outra empresa apareceu para disputar a
compra da área. Com isso, o grupo imobiliário pagou o valor mínimo
estipulado pelo governo federal para a propriedade. Como desembolsou 55
milhões de reais por pouco mais de 100 mil metros quadrados, o Consórcio
Novo Recife pagou pouco menos de 500 reais pelo metro quadrado. Isso em
uma das capitais brasileiras mais caras para se morar no País. De
acordo com índice Fipe/Zap (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas/Zap Imóveis), que acompanha os preços dos imóveis à venda
anunciados na internet, o preço médio do metro quadrado na capital
pernambucana é de 5.673 reais.
Ainda que tenha pago um valor irrisório para a
área, o Consórcio Novo Recife também deixou de cumprir procedimentos
básicos em projetos imobiliários dessa magnitude. O grupo não fez um
estudo de impacto de vizinhança, estudo de impacto ambiental nem
submeteu o projeto aos órgãos necessários, como o próprio Iphan, o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a
Agência Nacional de Transportes Terrestres. Apesar de tudo isso, o
projeto imobiliário foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano
(CDU) da Prefeitura de Recife em 28 de dezembro de 2012, a poucos
dias do fim da gestão do ex-prefeito João da Costa (PT-PE). A sessão
foi realizada a portas fechadas e a advogada Liana Lins, do grupo
Direitos Urbanos, foi proibida de participar do encontro.
O maior sinal de que o poder econômico
exerce influência desproporcional na disputa entre construtoras e
sociedade civil ocorreu alguns meses depois da aprovação do projeto no
CDU. No início de 2013, a então promotora de Defesa do Meio Ambiente do
Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Belize Câmara , participou de
debates sobre o projeto Novo Recife em audiências públicas e entrou com
uma ação civil pública em que solicitou a suspensão do plano
imobiliário. Entre outras coisas, Câmara argumentava que o projeto não
obedecera critérios básicos, como o parcelamento do terreno [divisão em
lotes] antes da aprovação do plano.
Alguns dias depois de a Justiça acolher o
pedido e decretar a suspensão do licenciamento da obra, Belize Câmara
foi afastada do cargo sob a justificativa de acumular funções. Isso
porque ela também era titular na Promotoria da Infância de Jaboatão dos
Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. “Não posso falar [se foi
pressão política que a fez ser afastada], mas isso [acumular funções] é
comum entre os promotores. A sociedade não engoliu. O que eu posso dizer
é que, em geral, são as maiores construtoras que fazem doações de
campanha. E essas construtoras querem contrapartida. Isso gera uma
espécie de promiscuidade entre a iniciativa privada e o poder público”,
criticou a promotora.
Ocupe Estelita
Além do afastamento de uma adversária, chamou
a atenção a facilidade do Consórcio Novo Recife para conseguir
autorizações, documentos e alvarás mesmo sem seguir todos os
procedimentos necessários. No último 21 de maio, o grupo imobiliário
conseguiu autorização da Prefeitura de Recife para demolir os armazéns
de açúcar, mesmo após a Justiça ter proibido qualquer etapa da obra em
função da ausência de estudos obrigatórios.
A demolição só não ocorreu por acaso. A
derrubada, que seria realizada na calada da noite, chamou a atenção de
um dos ativistas da Direitos Urbanos. O publicitário Sergio Urt passava
pela região do Cais José Estelita quando viu a movimentação e resolveu
filmar. Ele deu a volta no terreno e conseguiu fotografar e registrar a
derrubada da estrutura, mas acabou sendo visto pelos funcionários do
grupo imobiliário. Só deu tempo de mandar as imagens para as primeiras
pessoas de sua lista de contatos. Logo Urt foi cercado pelos seguranças e
espancado. Ele teve o celular quebrado e os documentos roubados. Só
após muita insistência conseguiu sua carteira de volta.
A informação circulou rapidamente no Facebook
e uma multidão de pessoas foi ao terreno para protestar e pressionar
pela interrupção da demolição. Para vigiar os funcionários e impedir que
as máquinas voltassem a derrubar os armazéns, surgiu a ideia dos
ativistas de ocupar o Cais José Estelita. Inspirados no “Ocupe Wall
Street”, movimento de protesto contra a desigualdade econômica e social
que surgiu nos Estados Unidos, eles buscaram barracas, mantimentos e
resolveram passar a primeira noite na propriedade.
A partir daí, apesar do silêncio da imprensa
pernambucana em relação ao caso, o movimento ganhou adesão e o número de
ocupantes aumentou. Com a repercussão, o prefeito de Recife, Geraldo
Júlio (PSB), aceitou intermediar uma negociação entre o grupo
imobiliário e o movimento. Ainda assim, a Justiça concedeu reintegração
de posse aos novos proprietários, mas a liminar foi contornada depois
que a PM concordou em esperar o término das negociações. O alvará de
demolição também foi suspenso pelo poder municipal.
Nos 28 dias em que durou a ocupação, o Ocupe
Estelita ganhou também apoio da classe artística de Recife. Músicos,
escritores e cineastas ajudaram a romper com o silencia da mídia
tradicional ao fazerem campanha pela causa na internet. Os músicos Ney
Matogrosso e Zélia Duncan, o cineasta Kléber Mendonça e a banda Nação
Zumbi foram alguns dos nomes que entoaram o coro. E, com o apoio
estrutural do Som na Rural, projeto de música itinerante da capital
pernambucana, o movimento conseguiu levar nomes da cena musical de
Recife, como Karina Buhr e Otto, para fazer show na ocupação, de graça.
Em domingos diferentes, os dois levaram
aproximadamente 10 mil pessoas ao Ocupa Estelita. A exposição gerou
tensão até mesmo para Otto, uma figura pública conhecida. O cantor
recebeu ligações com recomendações de não tocar no Cais José Estelita.
Otto atribuiu os avisos “apenas amigos desinformados”. “Acho que a gente
tem que mapear esses lugares que, às vezes, não é nem histórico. Mas
tem que mapear para ver onde é que tem lugares como esse. Isso tem que
ser uma ferramenta de mobilidade. “A gente nunca deixou de sofrer em
Recife, mas só agora temos um avanço tecnológico, com as mídias
sociais, para segurar essa onda”, diz. “Em qualquer lugar do mundo, a
construção de 12 torres é um impacto muito grande. O cimento tem muita
força. Recife já é uma cidade muito afundada. Já destruíram muita coisa
aqui”, defende Otto.
A pressão do capital
Apesar de Otto explicar que recebeu apenas
ligações de amigos preocupados e não intimidações, esta não seria a
primeira vez que as construtoras pernambucanas recorrem à rede de
influências para tirar oponentes do caminho e conseguir levar seus
projetos imobiliários à frente. Autora de uma das ações do MPF contra o
projeto Novo Recife, a procuradora da República Mona Lisa Ismail admite
que o poder econômico das empresas costuma influenciar, sim, as
decisões judiciais.
“O nosso país passa por uma crise de
legitimidade institucional. Isso ficou claro com a onda de protestos e
decorre da falta de credibilidade da população nos poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário. Na grande maioria das ações [no Judiciário]
envolvendo interesses econômicos e empreendimentos de destaque, no final
do processo, as decisões sempre tendem a beneficiar o interesse
privado”, lamentou Mona Lisa em tom pessimista, quando questionada sobre
a possibilidade da reintegração de posse ser cumprida no Cais José
Estelita, um dia antes da PM aparecer de surpresa na ocupação.
Para Liana, a ação só deixa evidente
a falência do Estado Democrático de Direito, já que ação foi “uma clara
repressão política”. “O objetivo da ação da polícia do estado de
Pernambuco claramente não era a desocupação do imóvel. Tratava-se de
notório objetivo de usar da máxima violência contra os ativistas, ainda
que, e especialmente porque, sem nenhuma necessidade que justificasse a
ação agressiva. O direito está de luto e desempoderado. Em seu lugar
comanda o dinheiro, com as instituições estatais a serviço do poder
econômico”, afirma.
Apesar do desfecho, as lideranças do
movimento Ocupe Estelita acreditam que a repercussão em torno da
violência policial na reintegração de posse vai fortalecer ainda mais o
movimento. Politicamente, o caso já criou uma saia justa. Vice na chapa
de Eduardo Campos, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva condenou a
ação da PM. “O pedido de reintegração de posse expedido pela Justiça e
executado nesta terça-feira poderia ter seguido o mesmo princípio do
diálogo, em vez de terminar com uma desocupação arbitrária”, escreveu
ela no Facebook. Eduardo Campos continua calado.
Outro lado
A reportagem de CartaCapital questionou
a gestão de Geraldo Júlio sobre como, entre outras coisas, a Prefeitura
de Recife concedeu alvará de demolição dos armazéns do Cais José
Estelita mesmo após a Justiça ter dado liminar que suspendeu parte do
projeto. A assessoria de imprensa respondeu apenas que este ato “não
envolve a atual gestão”. Além disso, o comunicado enfatiza o papel do
prefeito no que diz respeito as ações mitigatórias, como são chamadas
medidas que tentam reduzir impacto negativa de alguma obra.
“Esta atuação garantiu os seguintes
benefícios para a cidade: Parque Linear com 90 mil metros quadrados ao
longo da Bacia do Pina (maior que o Parque da Jaqueira); seis quadras
poliesportivas e áreas de lazer sob o Viaduto Capitão Temudo; Biblioteca
Pública no giradouro do Cabanga; intervenção na esplanada do Forte das
Cinco Pontas, com a demolição do viaduto, urbanização e paisagismo;
implantação de ciclovia conectando a zona sul com o Bairro do Recife;
dentre 16 medidas acordadas, quase duplicando o valor sob
responsabilidade do empreendedor, de 32 para 62 milhões de reais”, diz o
texto. Estas ações, no entanto, são bastante questionadas pelos
integrantes do movimento Ocupe Estelita já que o Parque Linear ficaria
localizado entre duas vias de alta velocidade. Além disso, a principal
reivindicação é rever a construção das torres de luxo.
O Consórcio Novo Recife, por sua vez, nega
que o leilão tenha sido realizado de forma irregular. De acordo com a
assessoria de imprensa do grupo imobiliário, o Iphan não manifestou
interesse na área a tempo. Essas afirmações não batem com os fatos
apresentados pela procuradora Mona Lisa Ismail, que diz ter ouvido
técnicos do Iphan tanto de Pernambuco como de Brasília.
“O que o MPF não diz é que tanto o pleno do TRF/5ª Região, quanto a sua 4ª Turma, foram unânimes em cassar a decisão liminar do 1º Grau (21ª Vara Federal/PE),
que acolhia a sua pretensão de obstaculizar o projeto Novo Recife, por
equivocadamente considerar que o Pátio Ferroviário das Cinco Pontas
[localizado dentro do Cais José Estelita] deveria ser preservado como um
todo, o que, aliás, como informado discorda o Iphan, que não se opõe a
construção do empreendimento”, rebate o texto.
Sobre as acusações de não ter parcelado o
terreno ou elaborado estudos, como o Estudo de Impacto de Vizinhança,
entre outros, a assessoria de imprensa do Consórcio Novo Recife resume
que “todos os procedimentos legais foram cumpridos”. “O projeto atende
rigorosamente as Leis municipal, estadual e federal, e todos os estudos
necessários para sua aprovação foram anexados, inclusive com a
apresentação do Memorial de Impacto”, afirma o comunicado.
Sobre as ausências de laudos elaborados por
órgãos como o Dnit, o Consórcio Novo Recife esclarece que irá submeter o
projeto quando for necessário emitir “Alvarás de Construção”. “O
projeto tem a liberação e concordância por parte do Iphan. As consultas
ao Dnit e ANTT, como recomendado na aprovação pelo CDU (Conselho de
Desenvolvimento Urbano), e solicitadas pela Superintendência Regional do
Iphan, serão necessárias na ocasião da emissão dos Alvarás de
Construção, procedimentos, ainda, em curso”, conclui.
Fonte: OUTRAS MÍDIAS
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