ARTIGOS PRINCIPAIS
Concentração e lógica de poder
Mario Paiva (2012-03-16)
A recente remodelação efectuada pelo Presidente da república, José Eduardo dos Santos não trouxe grandes novidades, com excepção da reposição de algumas peças do xadrez, confirmando o que temos vindo a dizer: a concentração quase absoluta de poderes no próprio PR e num grupo restrito de personalidades tidas como indefectíveis.
Esclarecendo as coisas
João Melo (2012-03-29)
O meu artigo da semana passada irritou alguns oponentes radicais e sectários do actual governo angolano. Outros “opinion makers” locais, que realizam o mesmo esforço de equilíbrio que tenho procurado manter em relação à situação global do nosso país – o que, como disse no texto anterior, não é fácil em tempos de crispação política -, foram alvo da mesma reacção, a qual, em muitos casos, atingiu a fúria, a grosseria e a indigência argumentativa. Um ou outro desses adversários do governo tentou reagir com ironia, como os que alegaram que a constituição angolana não prevê “contramanifestações”.
Como inventar a democracia do amanhã face ao desafio da farsa democrática
Samir Amin (2012-03-03)
Ante o que ele chama de a “farsa democrática”, Samir Amin levanta uma questão essencial: “Renunciar à [ao processo de] eleição?” A resposta é negativa, porém induz a nova interrogação: “Como associar as novas formas de democratização – ricas e criativas – permitindo assim que se faça da eleição uma prática diferente daquela concebidas pelas forças conservadoras?” Para Amin, este é o desafio.
Senegal: O partido Y en a marre (isso é o bastante) fecha de novo sob Wade
Tidiane Kassé (2012-03-03)
8 de fev. de 1012, por Tidiane Kassé, análise de “eleição” A principal fraqueza do processo democrático na África está em vias de desestabilizar o Senegal. Como aconteceu recentemente no Togo, na Costa do Marfim ou na República Democrática do Congo, a corrida presidencial chegou numa das “democracias modelos” do continente, abrindo as linhas de fratura que impelem o país em direção de profundezas ainda insuspeitas
Assunto: 50 anos de erros estratégicos dos dirigentes africanos: o exemplo da banana
Jean-Paul Pougala (2012-03-03)
A História registra que o Tratado de Roma instituindo a Comunidade Econômica Europeia foi assinado em 25 de março de 1957. O que não figura nos livros da História é o fato de que essa assinatura fora inicialmente prevista para 21 de março de 1957 e que ela foi portanto adiada por quatro dias. Sim, os livros de História, (todos escritos por europeus) não se atentam para esse detalhe, tão importante para um africano. Convém assim rastrear as memórias deixadas por algumas personalidades presentes nesta cerimônia para descobrir que a data fora adiada 4 dias por causa da banana. Sim, eu sei que isso pode parecer risível, mas trata-se de caso muito sério, pois representa o início de uma estratégia global cujo objetivo maior era a de perenizar a economia colonial mesmo depois das independências africanas. Foram necessários 4 dias de negociação para se determinar como a economia de renda colonial, a serviço de certos países, iria perseverar mesmo com a nova união ainda em formação. Na Itália havia de fato um monopólio de Estado sobre a banana proveniente de sua colônia, a Somália. E na França, depois de 1932, havia uma espécie de força-tarefa para prover a nação com a banana proveniente de suas colônias: Camarões, Costa do Marfim, Madagascar, Martinica e Guadalupe.
COMENTÁRIOS E ANÁLISES
O Juiz que Marca Golos
Alfredo Muvuma (2012-03-29)
Na praxis angolana não é habitual o Chefe de Estado receber titulares de entidades públicas para com eles discutir as suas necessidades orçamentais. É o Conselho de Ministros quem, por regra, distribui o Orçamento Geral do Estado pelas diferentes entidades. Aliás, se analisado à luz daquele pano de fundo, o encontro do Presidente da República com a líder da CNE foi totalmente despropositado, uma vez que a dotação para a Comissão Nacional Eleitoral já está contemplada no Orçamento Geral do Estado para o presente ano fiscal, que, como se sabe, também já foi aprovado pela Assembleia Nacional. Nos termos desse instrumento, a CNE está a governar-se com um orçamento equivalente a cerca de US$ 156 milhões.
O problema fundamental de Angola
Marcolino Moco (2011-08-22)
cc WikimediaNeste artigo, Marcolino Moco analisa o governo de Eduardo dos Santos, no que concerne aos aspectos relacionados a corrupção, pobreza e o pacote eleitoral, bem como a dança das cadeiras em alguns cargos eleitorais, em especial o afastamento do último governador de Luanda.
O que quer a Nato da Líbia?
Helder Castro (2011-07-06)
cc DaveezaNeste breve artigo de análise, Helder discute o papel de ainda autoridade de Kadhafi e a influência que ele ainda tem sobre as forças na África.Ele destaca o papel do presidente da África do Sul, Jacob Zuma em formar uma aliança pelo fim dos conflitos na Líbia.
O terrorismo eduardista e as respostas adequadas
Paulo Bernardo (2011-07-06)
cc BenMais um artigo da blogsfera angolana que levanta a voz contra o eduardismo no governo do MPLA. Há uma demanda por uma comunicação de verdade que assola o país. Em muito breve as vozes caladas em angola irão explodir para o mundo.
A pobreza e a cor da pobreza no Brasil
Luiza Bairros (2011-05-17)
cc A CLuiza Bairros é a nova ministra da Secretaria de Reparação e Igualdade Racial do Brasil, neste texto ela discute sobre a cor da pobreza neste país bem como fornece ao leitor uma visão ampla e critica sobre a história do negro no Brasil. Ela alerta a população brasileira o fato de que existe uma premência e uma continuidade da cor - preta - negra - na faixa de maior exclusão social brasileira, tal como comprovado pelo Censo de 2010.Urge uma compreensão política e governamental sobre a condição da população negra no Brasil.
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