março 28, 2012

Cinema: "Shame, yet" (Psicotramas)


Shame, yet


.First of all, “Shame” deveria ter dado 1 Oscar ao Michael Fassbender no papel do sex addictBrandon.
Num filtrei “vergonha” e/ou culpa no Brandon sobre sua sexualidade, em nenhum momento. Até a punheta interrompida com impaciência num embute “vergonha”, o que senti ali foi revolta dele pelo prazer interrompido! (ou seja) + uma intervenção da irmã invasora. “Vergonha” de Brandon sim, aí concordo, na frouxidão do elo fraternal/familiar, a presença da irmã denunciando seu desleixo familiar/afetivo – de resto assumido… não consegue se concentrar em valores que exijam lapidação, alguma paciência&compreensão pra com o outro. Ele é bem + forte que a irmã, sua tolerância com o estado das coisas tá muuuuito a frente da dela y da maioria, pra não falar da natureza de suas questões, bem diversas dos dilemas afetivos da irmã. Claro que não deseja mal a ela, tenta seguir paladino de si mesmo. O desgraçol sangrento da nova tentativa de suicídio, dessa vez em seu apê, tira dele o tempo que gosta de dispor pra viver a seu modo. Logo que as coisas tomam algum pé, ele retorna ao fascínio do flerte no metrô, que fecha o filme y renova a promessa de novo ciclo d’aventuras.

A “vergonha” do título pra mim tá simples-mente atrelada àquilo que é social, o preço a pagar quando se escolhe a via alternativa. O computador que revela sua vida sexual em mosaico, a incapacidade de viver uma relação amorosa.

No ângulo philô levantado pelo Calligaris em seu txt da semana passada na Falha de SP (http://migre.me/8qNim), acredito que cada 1 de nós encontra (ou não…) seus signos nesse mundo de Zeus. O de Brandon é o sexo, em seus diversos matizes. Acho que quem tem pouco apego a valores com algum matiz de diversidade fica com o mundo pequenino demaaaais diante do nariz, como o Brandon. E quando cansa de seu modelito, resta 1 vaziO assustaDOR. O corolário que enxerguei na trama, sobre a similaridade dos vaziOs na kareticey na putaria, é + pessoal do que algo proposto com clareza pelo Abi Morgan 
 y o Steve McQueen, roteiristas.

O Calliga preferiu nomear o sex addict do drama só como 1 exacerbado numa sexualidade que é a mes-ma de cada 1 de nós, pero prefiro dizer d’outra maneira: penso que a questão num é quantitativa, mas antes essencial. A Procura do sex addict é diferente em essência da Procura do apaixonado “sexual-mente comum”, digamos. O que ele espera&deseja do sexo é diferente da maioria, ele tende ao totalizante y… tantalizante.

Of course, soluções(??) passam loooonge da caretice, y aí caso o filme se desejasse abrangente precisaria abrir uma digressão maior sobre a karetice, mostrando o vaziO – de resto I-DÊN-TI-CO – ao provocado por uma sexualidade frenética. O sex addict trepa de toooodo modo, o karola-kareta frequenta a missa, a procissão, distribui a Holy Bible. O karola-kareta-konformista refugia-se em tooooda a sorte de apegos pra suportar as horas. São jeitos-jeitosos de ser-no-mundo, 9′s fora inscrições moralistas, cada 1 tentando se safar diante dos dilemas d’Existir.
*
1 personagem fora de série (y o avesso de Brandon!) foi o adêvogadu magistral-mente interpretado pelo Fabrice Luchini em “La Fille de Monaco” (Anne Fontaine, 2008), seduzido por uma mocita exibida até a alma y aduladora de plantão com objetivos comerciai$. Aqui a cada vez que se envolve com uma mulher, ele dispara mansiiiinho&sonora-mente:
“Ma sexualité n’a rien d’exceptionell” (quem avisa amigo é?!??…)

Nenhum comentário: