Shame
PICICA: "O filme se passa numa Manhattan repleta de ‘maneirismos num mundo sem maneiras’ (alô, Baudrillard)..."
Interessante o título de “Shame” (Steve McQueen, 2011) no horizonte pós-mudérno onde o que menos há é algum tipo de vergonha. Nossa época encarregou-se de varrê-la pra baixo do tapete por desfaçatez em toooodos os escalões sociais.
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.O filme se passa numa Manhattan repleta de ‘maneirismos num mundo sem maneiras’ (alô, Baudrillard), o herói sexual Brandon (Michael Fassbender, es-tu-pen-do) se vê obrigado a suportar a mana carente&deprê (Carey Mulligan, em otra magnífica atuação), a perturbar sua multifacetada agenda de escaramuças sexuais, além de azucrinar sua sofisticada alcova.
Carey Mulligan passa longe de ser bela, pero como é talentosa!! Adorei-a em “An Education” (Lone Scherfig, 2009), “Never Let me Go” (Mark Romanek, 2010) y aki.
A irmã do paladino tenta ganhar a vida num bar onde canta uma “New York, New York” agonizante, sob as belas&pomposas lyrics de John Kander y Fred Ebb. O boss de Brandon yseu parceiro de noitadas, conquistador falastrão, já havia flertado com uma atendente paulistana(!) no local – “se eu não fizesse ela iria se ofender”, dispara do aaaalto de seu trono -, y déspues leva pra cama a irmã de Brandon, recém-conhecida ali, pra contrariedade do seu parceiro-atleta.
Exausto com seu modelito de enfrentamento do cotidiano y com a balbúrdia que a irmã traz a sua alcova, Brandon joga no lixo centenas de publicações e DVD’s pornôs, ao mes-mo tempo em que começa 1 flerte normal, com uma gatinha normal, num restaurante normal. Tudo caminha normal-mente, entonces, até ele… se mostrar perplexo&impotente consigo mes-mo.
Uma jornada nos Infernos&Inferninhos alternativos será o corolário daí, onde a trama do diretor Steve McQueen e do roteirista Abi Morgan traz uma perspectiva básica: o ritmo dos acontecimentos mostra a Brandon que a vida conjugal compromissada normal&pacata, é tediosa e sem sentido pra ele, tãããão vazia quanto seu arsenal de sites pornôs e toooodo o seu naipe pornográfico-alternativo. Esperei por 1 posicionamento do diretor. Não que fosse obrigatório, pero o olhar distante ali tornaria o filme… in-jus-ti-fi-cá-vel. Pra mim ele se inscreve no dueto broxada&noite-de-loucuras, que parece reinscrever definitiva-mente o Brandon “do lado de lá”.
Bien, talvez custem décadas pra se reencontrar algum modelito afetivo “válido”. Ou talvez isso nem torne +, utópico&ilusório ou não, como foram os Anos Dourados y afins…
Fonte: Psicotramas
Interessante o título de “Shame” (Steve McQueen, 2011) no horizonte pós-mudérno onde o que menos há é algum tipo de vergonha. Nossa época encarregou-se de varrê-la pra baixo do tapete por desfaçatez em toooodos os escalões sociais.
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.O filme se passa numa Manhattan repleta de ‘maneirismos num mundo sem maneiras’ (alô, Baudrillard), o herói sexual Brandon (Michael Fassbender, es-tu-pen-do) se vê obrigado a suportar a mana carente&deprê (Carey Mulligan, em otra magnífica atuação), a perturbar sua multifacetada agenda de escaramuças sexuais, além de azucrinar sua sofisticada alcova.
Carey Mulligan passa longe de ser bela, pero como é talentosa!! Adorei-a em “An Education” (Lone Scherfig, 2009), “Never Let me Go” (Mark Romanek, 2010) y aki.
A irmã do paladino tenta ganhar a vida num bar onde canta uma “New York, New York” agonizante, sob as belas&pomposas lyrics de John Kander y Fred Ebb. O boss de Brandon yseu parceiro de noitadas, conquistador falastrão, já havia flertado com uma atendente paulistana(!) no local – “se eu não fizesse ela iria se ofender”, dispara do aaaalto de seu trono -, y déspues leva pra cama a irmã de Brandon, recém-conhecida ali, pra contrariedade do seu parceiro-atleta.
Exausto com seu modelito de enfrentamento do cotidiano y com a balbúrdia que a irmã traz a sua alcova, Brandon joga no lixo centenas de publicações e DVD’s pornôs, ao mes-mo tempo em que começa 1 flerte normal, com uma gatinha normal, num restaurante normal. Tudo caminha normal-mente, entonces, até ele… se mostrar perplexo&impotente consigo mes-mo.
Uma jornada nos Infernos&Inferninhos alternativos será o corolário daí, onde a trama do diretor Steve McQueen e do roteirista Abi Morgan traz uma perspectiva básica: o ritmo dos acontecimentos mostra a Brandon que a vida conjugal compromissada normal&pacata, é tediosa e sem sentido pra ele, tãããão vazia quanto seu arsenal de sites pornôs e toooodo o seu naipe pornográfico-alternativo. Esperei por 1 posicionamento do diretor. Não que fosse obrigatório, pero o olhar distante ali tornaria o filme… in-jus-ti-fi-cá-vel. Pra mim ele se inscreve no dueto broxada&noite-de-loucuras, que parece reinscrever definitiva-mente o Brandon “do lado de lá”.
Bien, talvez custem décadas pra se reencontrar algum modelito afetivo “válido”. Ou talvez isso nem torne +, utópico&ilusório ou não, como foram os Anos Dourados y afins…
Fonte: Psicotramas
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