fevereiro 13, 2007

Salvador, capital da diáspora africana

Projeto Salvador Negroamor - a face africana de Salvador-BA
















NOTA: Sérgio Guerra, pernambucano de nascimento, baiano e angolano por adoção, é o autor do projeto Salvador Negroamor, uma megaexposição fotográfica, com 1.501 painéis espalhados pela cidade de Salvador-BA, que está dando o que falar dentro de fora do país. Leia matéria de Carlos Galilea - Projeto contra o racismo inunda Salvador com painéis fotográficos - publicado no El País (Espanha) http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/elpais/2007/02/13/ult581u1993.jhtm.

Leia abaixo o release sobre a maior exposição a céu aberto produzida no mundo (Eita-pau!), que se encerra no próximo dia 16 de fevereiro, produzido pela Assessoria de Comunicação da ONG Salvador Negroamor.

Para conhecer mais sobre a ONG Salvador Negroamor, acesse
http://www.salvadornegroamor.org.br/ ou faça uma visita à sua sede: SALVADOR NEGROAMOR - Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 1105 - Stiep CEP 41770-235 - Salvador-BA Tel.: +55 71 3341 9339 Fax.: +55 71 3341 3641 - sna@salvadornegroamor.org
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Salvador abriga megaexposição fotográfica

Mostra ‘Salvador Negroamor’ lidera movimento que pretende
legitimar a cidade como capital mundial da diáspora africana


Em 2007, Salvador ganhará projeção internacional por abrigar a maior exposição fotográfica a céu aberto do mundo, com 1.501 painéis do fotógrafo Sérgio Guerra espalhados por ruas, avenidas, monumentos e praças da cidade. Trata-se do projeto Salvador Negroamor, que será lançado, no dia 8 de janeiro, no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM-BA, no Solar do Unhão. O objetivo é iniciar um grande movimento de valorização da identidade afro-descendente em Salvador, com desdobramentos sociais, culturais e econômicos positivos.

O projeto une arte, cultura e cidadania, através de diversas atividades interligadas, como a exposição, um CD de músicas, um livro de fotografias e um Portal na Internet, da ONG Salvador Negroamor. A idéia surgiu depois do sucesso da mostra Lá e Cá, que, há um ano, transformou a Feira de São Joaquim em uma verdadeira galeria a céu aberto com uma mostra de mais de 400 fotos feitas no local e no Mercado de São Paulo, em Luanda. Desta forma, Guerra resolveu dar continuidade às ações que revelam os laços culturais entre Brasil e Angola, onde também é responsável, desde 1997, pelo programa de comunicação do governo.

O trabalho teve início, em abril, com cerca de 200 reuniões com sindicatos de classe e patronais, entidades do movimento negro, empresas, órgãos do governo, polícia militar, associação de moradores, entre outros segmentos da sociedade civil organizada, em busca de diálogo e mobilização. Durante 2006, Guerra visitou ainda vários bairros populares, onde registrou em imagens fotográficas toda a rica identidade da cidade. O resultado foi um acervo de mais de 16 mil fotos de pessoas anônimas, além de lideranças religiosas e mestres da cultura popular. “Com meu trabalho quero dar protagonismo a essas pessoas que a sociedade não quer enxergar”, diz o fotógrafo.

Já a curadoria ficou por conta do artista plástico e presidente do Cortejo Afro, Alberto Pitta, que durante dois meses selecionou imagens que tivessem a ver com cada área dentro dos seis eixos estabelecidos pelo projeto, contemplando do subúrbio à orla marítima. Os eixos foram divididos em Turístico, Praias, Bairros e Espaços Populares, Grandes Avenidas, Subúrbio e Lá e Cá, em referência à exposição do verão passado na Feira de São Joaquim. De acordo com Pitta, a idéia é estimular o senso estético e proporcionar o deleite às pessoas que não têm a oportunidade de ir a galerias de arte.

“Para os bairros nobres, escolhemos fotos de moradores de áreas populares em suas janelas, passando a mensagem de que a felicidade está em qualquer lugar, tanto nas mansões como em casas simples da periferia”, explica o curador. Já as estações de transbordo serão ilustradas com imagens de crianças, a fim de dar mais suavidade e conforto ao vaivém diário dos moradores do subúrbio. Outro trecho ressaltado por Pitta são os bambuzais do aeroporto, que retratam todo o sincretismo religioso da maior capital negra fora da África, através, principalmente, de fotos relacionadas ao candomblé.

Ao todo, serão mais de 9.073 m² de arte em painéis distribuídos pela cidade até o dia 16 de fevereiro. Os suportes e formatos serão variados, abrangendo desde outdoor, frontlight e backlight até muros, praças, fachadas de shoppings e casas. Realizado pela Maianga Produções Culturais, o projeto conta com o patrocínio da Petrobras, pela Lei Rouanet, e apoio da Prefeitura de Salvador, Governo da Bahia, Rede Bahia, Coelba, Shopping Iguatemi, Shopping Barra, Lojas Insinuante, Wal Mart/Bompreço, Concessionária Litoral Norte (CLN) e Uranus2.

Cidadania

Além da megaexposição fotográfica, o Salvador Negroamor compreende diversas ações alinhadas com o conteúdo do Manifesto sobre democracia e valorização da identidade e representatividade do povo negro, lançado na abertura da mostra Lá e Cá. A meta é que o movimento culmine na criação de um fórum mundial africanista permanente com sede em Salvador, a partir de 2009.

O projeto Salvador Negroamor consolida-se em uma organização não governamental de mesmo nome que, na ocasião do lançamento da exposição fotográfica, apresenta à população o seu Portal de serviços na Internet, disponibilizando um banco de currículos de profissionais afrodescendentes, informações sobre países africanos e artigos diversos.

Outro produto importante do movimento é o CD com compilação de músicas que versam sobre o tema da cultura afrodescendente, como Massemba, Brilho e Beleza, Alegria da Cidade e Zumbi, além da inédita Salvador Negroamor, uma parceria entre Sérgio Guerra e Péri. O álbum conta com adesão de compositores e intérpretes como Virgínia Rodrigues, Lazzo Matumbi, Margareth Menezes, Arnaldo Antunes, Mateus Aleluia e Jauperi, entre outros. O produto será vendido nas principais lojas especializadas e sua renda, bem como a do livro de fotografias, será revertida para a ONG Salvador Negroamor.

Informações para a imprensa:
Santa Clara Comunicação
Mônica Lima & Diana Caires
(71) 3264-1481/9984-4991/8868-5005
monica.lima@santaclaracom.com.br
diana.caires@santaclaracom.com.br

Textos e Idéias
Antônio Mafra – antoniomafra@textoseideias.com.br / (11) 3097-0030
Gleise Santa Clara - gleisesc@terra.com.br / (11) 8171-5349 Posted by Picasa

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