agosto 13, 2007

"Não está morto quem peleia"

Arte de Eugène Delacroix - A liberdade guiando o povo

O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) lidera mais uma ação da turma da contra-reforma psiquiátrica.

Para a companheira Sandra Fagundes, o fator desencadeante da maior ofensiva do Simers: "a visita da Giovanna Del Giudicce (itália) ao estado, trazida pela ESP no final de julho. O encontro de Giovanna com a Governadora fez com que a última se convencesse em prol da reforma. Isso chegou aos ouvidos dos contra e eles vieram com tudo: outdoors, botons, panfletos, spots em rádio, audiencia pública. No melhor estilo de movimento (muito aprenderam conosco). O seu maior poder é o financeiro e de mídia. Dois poderes que não temos.

Nossas potencias são outras, como bem sabemos: militancia ético-política, prática implicada, solidariedade nas lutas em defesa da reforma psiquiátrica. Portanto, vamos à mais uma luta!"

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Eis a proposta de texto de Sandra Fagundes para ser enviada aos vereadores de Porto Alegre (recorte e envie para os e-mails pulbicados neste blog):

Senhor/a Vereador/a

Nós, trabalhadores, usuários e familiares que construimos no dia a dia a reforma psiquiátrica em nossos municípios nos diversos serviços de saúde mental da rede substitutiva aos hospitais psiquiátricos vimos por meio deste manifestar:
1. nosso total repúdio a qualquer modificação na Lei Estadual da Reforma Psiquiátrica do estado do Rio Grande do Sul. O estado que foi pioneiro, não pode retroceder na garantia dos direitos humanos, sociais e de atenção à saúde das pessoas portadoras de transtornos mentais;

2.nosso integral apoio a iniciativas que esta casa venha a tomar na direção de constituir de fato na cidade de Porto Alegre uma rede municipal de serviços de saúde mental que integre a rede básica de saúde, o SAMU, os pronto-atendimentos de saúde, os hospitais gerais, os Caps (centro e atenção psicossocial) para crianças, adolescentes, adultos e dependentes de ácool e outras drogas, os serviços residenciais terapeuticos e as oficinas de geração de renda. Rede capaz de acolher e tratar as pessoas em sofrimento psíquico nas 24 horas do dia nos 7 dias da semana.

3. nosso repúdio à qualquer tentativa privatização do Hospital Psiquiátrico São Pedro e nosso apoio à transformação do Hospital Psiquiátrico São Pedro em complexo sócio-cultural-sanitário de acordo com as propostas apresentadas no São Pedro Cidadão, aprovadas pelo Conselho Estadual de Saúde e apenas parcialmente implementadas.

Nos despedimos afirmando que nós brasileiros de todos os cantos de nosso país estamos atentos às decisões de Porto Alegre e confiando que seus munícipes continuarão decidindo pelo avanço da reforma psiquiátrica no município.

Atenciosamente,

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