PICICA: O Fórum Popular da Copa de 2014 é composto por 24 instituições da sociedade civil organizada, movimentos populares e sociais.
Fórum Popular é criado para fiscalizar as obras da Copa em Manaus
Grupo voluntário quer acompanhar de perto todos os investimentos públicos que estão sendo realizados na capital amazonense
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Manaus - Com o objetivo de debater e fiscalizar as obras para Copa que estão acontecendo na cidade de Manaus, foi formado o Fórum Popular da Copa de 2014, composto por 24 instituições da sociedade civil organizada, movimentos populares e sociais.
“Nosso trabalho é voluntário. Estamos abertos a pessoas que queiram participar e agregar às atividades. Queremos fiscalizar e cobrar de forma correta onde serão empregados estes 2,4 bilhões de reais, porque se trata de um legado para o futuro. Há muito trabalho a ser feito”, afirmou o arquiteto e participante do Fórum, Alexandre Simões. Ele também ressalta que é necessária a ajuda de outras entidades para a fiscalização dos recursos públicos investidos na cidade.
Participante do movimento, a segunda coordenadora estadual da Central dos Movimentos Populares (CMP), Alcicléia Castro, diz que o Fórum foi organizado com o intuito de conhecer melhor os trabalhos. “Estamos no movimento para ter a transparência do evento e das construções. Vamos acompanhar e reivindicar porque somos a população e é de nosso interesse”, afirmou Alcicléia.
Nesta quinta-feira (3) foi protocolado um oficio destinados as Unidades Gestoras de Projetos (UGPs) Estadual e Municipal da Copa com alguns questionamento sobre o trabalho que está sendo desenvolvido e suas conseqüências. A intenção é de que seja feita uma apresentação por parte dos Grupos sobre as obras como o Monotrilho, a construção da Arena da Amazônia, ou até mesmo um novo oficio em resposta. O Fórum espera que as respostas sejam dadas até o dia 28 de novembro. Caso contrário, os integrantes prometem entrar com uma ação no Ministério Público Estadual e Federal.
Uma das preocupações de imediato do Fórum seria a retirada de cerca de 3.000 famílias com a construção do BRT e Monotrilho. “O morador talvez seja retirado de uma área que já vive há anos. Pra onde essas pessoas vão? E a indenização que será dada?” questionou Alexandre.
Nas outras 12 sedes da copa as cidades também estão se organizando. Em Manaus, são realizadas reuniões quase que semanais para socializar as ações. Neste domingo (6), o Fórum estará realizando uma panfletagem na Avenida Eduardo Ribeiro para a conscientizar a população sobre as obras da copa.
Está prevista também, entre as ações, a formação de uma frente parlamentar junto com a Assembleia Legislativa que ajudará nas fiscalizações dos projetos para 2014. “Elas entraria fazendo o seu papel como representante do povo, fiscalizando”, comentou Alexandre.
Fonte: Diário do Amazonas
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