Foto: Rogelio Casado, Coral Viva Voz, 2006
Alvano Mutz, musicoterapeuta, e parte do coral de usuários de saúde mental
Nota: Durante os últimos três meses do ano de 2005, o musicoterapeuta Alvano Mutz organizou um coral de usuários de saúde mental que frequentavam o Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro. Esse trabalho foi possível graças a uma parceria com a Secretaria Estadual de Cultura (SEC). Infelizmente, essa bela experiência não pode contar com o apoio da SEC, por falta de verba. Alvano resistiu até onde pôde, trabalhando gratuitamente. Como há que se ganhar a vida, e como ninguém é de ferro, Alvano está fora do game. Mas, não se pense que a peteca caiu. O Coral Viva Voz ressurgiu no CAPS Silvério Tundis, na zona Norte da cidade de Manaus, no bairro Santa Etelvina. Conta com expressiva participação de usuários filiados da Associação Chico Inácio: tem deles que atravessam a cidade, vindos da zona Leste, tomam dois a três ônibus, só para participar do coral, como os irmãos Julio e Sódia Matos Sobrinho.
Não há nos quadros das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde a figura do musicoterapeuta, como até recentemente não havia a de terapeuta ocupacional. Este último era contratado como técnico de nível superior. Hoje, pelo menos no Estado, o cargo foi criado, e vários deles ingressaram no serviço público através de concurso. É hora de pensar a inclusão dos musicoterapeutas no SUS (Sistema Único de Saúde).
Leia abaixo, notícia enviada pela musicoterapeuta Flávia Prata, formada no Rio de Janeiro, e que atualmente reside em Manaus.
ABBR e Paralamas lançam campanha pela musicoterapia
Publicada em 19/09/2006 às 14h38m
O Globo Online
RIO - Com a participação da banda Paralamas do Sucesso, a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR) lançou nesta terça-feira uma campanha que incentiva a adoção da musicoterapia no tratamento de pacientes com dificuldades motoras. Uma das metas é incluir esse tipo de terapia na política nacional do governo federal. A assessoria do Ministério da Saúde informou, porém, ainda não haver projeto nesse sentido.
Herbert Vianna, líder dos Paralamas, utilizou-se da musicoterapia no tratamento a que se submeteu após sofrer uma queda com seu ultraleve em 2001.
- A música sempre foi uma coisa que eu chamo de um remédio mais elevado - disse o vocalista do grupo.
Segundo reportagem exibida nesta terça pelo RJTV, da Rede Globo, a ABBR faz uso da musicoterapia há 42 anos. Por mês são atendidas 100 pessoas. Elas trocam experiências, cantam e utilizam os instrumentos musicais, o que ajuda na recuperação motora. A musicoterapia reflete também na emoção dos pacientes, que conquistam uma melhor qualidade de vida. Mas 90% das pessoas atendidas não têm recursos para pagar o tratamento até o final.
- É lastimável, porque você observa nitidamente a melhora deles - afirmou a musicoterapeuta Therezinha Jardim.
Também de acordo com a reportagem, os especialistas vêem vários benefícios na musicoterapia: melhora da coordenação motora; redução da ansiedade, do sentimento de solidão e da depressão; reforço no sistema imunológico; e facilitação ao convívio social.
Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2006/09/19/285724899.asp
4 comentários:
Olá, sou Leonardo Sena, estudante de jornalismo e faço parte da equipe de TV da faculdade. Queremos produzir uma matéria sobre música e gostaria de saber como posso encontrar a musicoterapeuta Flávia Prata. Ela ainda reside em Manaus? Obrigado!
Leonardo, até onde sei Flávia pretendia morar em Manaus. Não sei se ela chegou a realizar seu desejo.
Certo. E você sabe se existe algum lugar em Manaus onde há tratamento com musicoterapia? Obrigado!
Desconheço. É mais provável que não haja esse tipo de tratamento.
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