Foto: Ricardo Oliveira/Agência Fapeam
Postada em Folha Online
O planetário indígena, que tem 8 metros de diâmetro e capacidade para 45 pessoas deitadas, abre em março
Planetário em Manaus mostra céu segundo visão dos índios da Amazônia
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
Um planetário cilíndrico para ensinar a astronomia indígena da Amazônia será aberto ao público em Manaus, em março.
Os índios observam as constelações para seus rituais e atividades como o plantio. Mas as figuras formadas pelas estrelas têm nomes e significados diferentes dos da astronomia ocidental.
A instalação, climatizada, fica dentro de um pavilhão do Jardim Botânico Adolpho Ducke, zona leste da cidade.
"A Amazônia é cortada pela linha do equador. Como está no meio, o melhor sistema de projeção de uma esfera, que seria a abóbada celeste, é um cilindro", diz Germano Afonso, consultor do Musa (Museu da Amazônia), responsável pelo projeto.
Para desenhar o céu amazônico do planetário, os pesquisadores desenvolveram softwares a partir da astronomia greco-romana e tupi-guarani. Fotos da Via Láctea são a base das projeções.
Consultora do grupo de etnoastronomia do Musa, a índia torá Luciana da Cunha Ferreira, 27, retornou à aldeia em que nasceu para pesquisar o significado das estrelas.
"Minha avó de 93 anos até hoje não precisa de relógio nem de calendário para identificar em que época tem de plantar a mandioca", diz ela.
Ferreira descobriu que no céu dos torás a constelação de Escorpião é uma ave, o mutum. "Quando o pássaro aparece entre os meses de agosto e setembro, é sinal de que a seca será muito forte", diz.
Fonte: Folha Online
Planetário em Manaus mostra céu segundo visão dos índios da Amazônia
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Manaus
Um planetário cilíndrico para ensinar a astronomia indígena da Amazônia será aberto ao público em Manaus, em março.
Os índios observam as constelações para seus rituais e atividades como o plantio. Mas as figuras formadas pelas estrelas têm nomes e significados diferentes dos da astronomia ocidental.
A instalação, climatizada, fica dentro de um pavilhão do Jardim Botânico Adolpho Ducke, zona leste da cidade.
"A Amazônia é cortada pela linha do equador. Como está no meio, o melhor sistema de projeção de uma esfera, que seria a abóbada celeste, é um cilindro", diz Germano Afonso, consultor do Musa (Museu da Amazônia), responsável pelo projeto.
Para desenhar o céu amazônico do planetário, os pesquisadores desenvolveram softwares a partir da astronomia greco-romana e tupi-guarani. Fotos da Via Láctea são a base das projeções.
Consultora do grupo de etnoastronomia do Musa, a índia torá Luciana da Cunha Ferreira, 27, retornou à aldeia em que nasceu para pesquisar o significado das estrelas.
"Minha avó de 93 anos até hoje não precisa de relógio nem de calendário para identificar em que época tem de plantar a mandioca", diz ela.
Ferreira descobriu que no céu dos torás a constelação de Escorpião é uma ave, o mutum. "Quando o pássaro aparece entre os meses de agosto e setembro, é sinal de que a seca será muito forte", diz.
Fonte: Folha Online
Nota do blog: O MUSA - Museu da Amazônia é dirigido pelo presidente de honra da SBPC Ênio Candotti.
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