PICICA: Pra onde vai todo o dinheiro do tráfico? Sete milhões de brasileiros consomem maconha ilegalmente. Se pagassem impostos - e se a gente não desse mole pra corrupção - essa dinheirama poderia ser investida em educação e servicos de atenção aos abusadores, com ênfase na prevenção de recaídas. E tem mais. É sabido que a maioria das pessoas presas por tráfico são mulheres pobres. Um programa de reabilitação através de programas de geração de renda é mais econômico do que mantê-las num presídio a um pesado custo social. De imediato, 10% da massa carcerária seria reduzida, permitindo um redirecionamento dos recursos financeiros para os referidos programas. A maconha não é uma problema de polícia; como outras drogas, ela é um problema de saúde. Em razão da desatualização da polícia, ela precisa urgentemente ser reeducada. Certamente, não é à mídia atual quem cabe esse papel. Os meios de comunicação tem sido um dos instrumentos da criminalização da droga. Em Manaus tem uma experiência exitosa na administração do ex-Secretario de Estado de Justiça e Cidadania, Felix Valois, que poderia servir de modelo. O fato aconteceu no enfrentamento da violência policial contra gays e travestis, no final do século XX. A força policial reproduzia a mesma violência da sociedade para com este público. Ora, como cidadãos eles merecem a proteção do Estado. Foi então que, pelas mãos do titular da pasta, Adamor Guedes, presidente da AALGBT, passou a fazer palestras de sensibilização mudando as ações da corporação policial em eventuais abordagens. De lá para cá, não há registro de violência policial contra o público LGBT. A experiência poderia ser repetida, no caso da relação polícia versus consumidor. Intolerância, mesmo, só com os traficantes.
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