novembro 09, 2011

"Livro denuncia ameaças de projetos hidrelétricos e minerários a territórios quilombolas" (Caros Amigos)


PICICA: "Dentre as pressões identificadas no estudo da CPI-SP, estão 94 processos minerários incidentes, dos quais 10 são concessões para a extração de minérios, em nome da Mineração Rio do Norte. Já na bacia do Rio Trombetas, o Ministério de Minas e Energia realiza estudos para a construção de 15 empreendimentos hidroelétricos que, no total, inundariam 5.530 quilômetros quadrados de uma área que abriga terras quilombolas, terras indígenas e unidades de conservação, como indica o Plano Nacional de Energia 2030." Em tempo: Está aberta o ciclo de exploração de minérios na Amazônia. Tamo pebado! Significa dizer que quilombolas, indígenas e ribeirinhos vão comer o pão que o diabo amassou nas próximas décadas. Não é hora de regulamentar as terras indígenas e os quilombos para que eles possam usufruir das riquezas contidas no solo onde habitam historicamente?

Livro denuncia ameaças de projetos hidrelétricos e minerários a territórios quilombolas

Da Redação
OriximinaA Comissão Pró-Índio de São Paulo (CPI-SP) acaba de lançar o livro “Terras Quilombolas em Oriximiná: pressões e ameaças”, que reúne uma série de dados e análises sobre os desafios enfrentados por comunidades quilombolas do município paraense de Oriximiná, na região Amazônica.

No local, vivem cerca de 8.000 quilombolas que se distribuem em 35 comunidades rurais e em nove territórios étnicos nas margens dos Rios Trombetas, Erepecuru, Acapu e Cuminã.  Quatro dos territórios já foram titulados e correspondem a 37% do total das terras quilombolas tituladas no Brasil. Além disso, no estudo realizado pela CPI-SP, imagens de satélite mostraram que apenas 1% da região está desmatada.

Mesmo com titulação e preservação ambiental, as terras quilombolas de Oriximiná estão sendo ameaçadas por ações de empresas madeireiras e projetos minerários e hidrelétricos que envolvem empresas privadas e o governo federal.


Dentre as pressões identificadas no estudo da CPI-SP, estão 94 processos minerários incidentes, dos quais 10 são concessões para a extração de minérios, em nome da Mineração Rio do Norte. Já na bacia do Rio Trombetas, o Ministério de Minas e Energia realiza estudos para a construção de 15 empreendimentos hidroelétricos que, no total, inundariam 5.530 quilômetros quadrados de uma área que abriga terras quilombolas, terras indígenas e unidades de conservação, como indica o Plano Nacional de Energia 2030.

O estudo mostra ainda que as comunidades envolvidas não estão sendo consultadas pelo governo e nem tendo acesso a informações completas sobre os processos na região, atitude que desrespeita o direito a consulta livre, prévia e informada, assegurado na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que define direitos de Povos Indígenas e Tribais.

Fonte: Caros Amigos

Nenhum comentário: