La joie de vivre
PICICA: "O que faz 100-tido na vida num é uma direção linear, ou mes-mo, circular… é prestar atenção no momento, sem o frenesi carpe diem, pero com a constância de quem sofre de amor fati (bença, Nietzsche!) e tem algum talento pras epifanias. Cotidianas."
Otro dia, matutava com aquela reprimenda de Freud ao poeta que se desesperava com o transitório do vivo (vide A Transitoriedade, 1916): doía-lhe saber que a linda flor no campo estaria murcha no dia seguinte y chorava a perda em vez de aproveitar o momento (o carpe diem que paradôquissal-mente vezINquando me chega associado ao carpir em vez de ao gozar).
1 analisando contou do medo que tinha na infância de perder 1 parente adorado que, com 40 anos na época, lhe parecia bastaaaante velho. Disse que chorou esta perda durante 30 anos até que final-mente o tal parente morreu… de velhice.
Poizé, uma imagem rilkeana me assombrou na figura duma flor, presente&mortal, contra o fundo da morte. Percebi que o medo forçou o analisando a pendurar-se naquilo que num desapareceria j-a-m-a-i-s, ou seja, na própria perda (e, por esta via, na morte). Caramba!! Como é passageira a vida, preciosa, doida-doída&querida… lugares comuns por trás de quase todo poema que tenta eternizar 1 olhar, 1 gesto, 1 jeito do sol incidir numa flor.
O que faz 100-tido na vida num é uma direção linear, ou mes-mo, circular… é prestar atenção no momento, sem o frenesi carpe diem, pero com a constância de quem sofre de amor fati(bença, Nietzsche!) e tem algum talento pras epifanias. Cotidianas.
Fonte: Psicotramas
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