Convênio vai descredenciar Hospital Alberto Maia do SUS
O Hospital é particular e recebe do SUS uma diária de quase R$ 29 por paciente; mesmo assim, a Prefeitura de Camaragibe e a Secretaria Estadual de Saúde forneciam medicamentos e almoço
Da Redação do pe360graus.com
Vídeo Convênio vai descredenciar Hospital Alberto Maia do SUS
Texto Pacientes vivem em situação precária no maior manicômio de Pernambuco
Texto Secretaria e Ministério da Saúde vão intervir no maior manicômio do Estado
Promessa de uma vida melhor para os quase 600 pacientes do maior manicômio de Pernambuco. Há um mês, o NETV mostrou que faltavam remédios, comida e um atendimento médico de qualidade.
Nesta terça-feira (27), foi anunciado um convênio para mudar a situação de abandono do Hospital Alberto Maia (foto 1), em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife.
As mudanças foram decididas porque o atendimento no Hospital Alberto Maia, não melhorou. No dia 29 do mês passado, o NETV mostrou que a situação no maior manicômio do Estado era precária. Pacientes desnutridos e com doenças na pele. Na dispensa, havia alimentos estragados e faltavam enfermeiros e atividades terapêuticas na unidade.
O Hospital é particular, conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS), que paga uma diária de quase R$ 29 por paciente. Mesmo assim, a Prefeitura de Camaragibe e a Secretaria Estadual de Saúde forneciam medicamentos e o almoço para não piorar a saúde dos pacientes.
Dentro de três semanas vai ser assinado um convênio para começar a resolver esses problemas. “É um convênio entre o Ministério da Saúde e a Secretária de Saúde do estado e do município. O convênio consiste em colaboração técnica para retirar aos poucos os pacientes do local”, explica a coordenadora de Saúde Mental de Pernambuco, Marcela Lucena (foto 2).
A meta é descredenciar o Hospital Alberto Maia do SUS. Para isso, os pacientes vão ser retirados aos poucos do local. Das 570 pessoas internadas, 50, que estão em estado mais grave, serão encaminhadas para outro hospital psiquiátrico ainda não definido. Os demais pacientes serão levados para residências terapêuticas, nas cidades onde moravam antes de irem para o Alberto Maia.
Residências terapêuticas são casas com no máximo oito pessoas, que ajudam nas tarefas domésticas e aos poucos vão retomando suas vidas. Os moradores são acompanhados 24 horas por dia por um cuidador, que é responsável também pelos remédios.
O processo de mudança vai ser coordenado pela Secretaria de Saúde de Camaragibe. “Vamos oferecer alimentação, medicação e ficaremos responsável pela equipe clínica”, comenta a secretária de Saúde do município Ricarda Samara (foto 3).
Em Pernambuco, existem sete Residências terapêuticas no Recife, quatro em Camaragibe e uma no Cabo de Santo Agostinho.
Fonte: pe360graus.globo.com
Nota do blog: O exemplo de Recife bem poderia inspirar o gestor responsável pelo Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro de Manaus, já que, ao que parece, ele será desativado para dar lugar a um Hospital Geral, com a manutenção do atual Pronto Atendimento Humberto Mendonça, para casos de crises psiquiátricas. Dos quarenta internos de longa permanência, apenas 8 deles estão em condições de habitar uma residência terapêutica; os demais, por quadro de demência, exigem cuidados de enfermagem permanente. Resta saber em que velocidade o município de Manaus irá implantar a rede de CAPS, dado que temos apenas um, criado em 2006 na zona norte da cidade pela administração estadual.
PICICA - Blog do Rogelio Casado - "Uma palavra pode ter seu sentido e seu contrário, a língua não cessa de decidir de outra forma" (Charles Melman) PICICA - meninote, fedelho (Ceará). Coisa insignificante. Pessoa muito baixa; aquele que mete o bedelho onde não deve (Norte). Azar (dicionário do matuto). Alto lá! Para este blogueiro, na esteira de Melman, o piciqueiro é também aquele que usa o discurso como forma de resistência da vida.
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