julho 01, 2011

Maconha, em dose homeopática, só para rir. Divirta-se. Só o humor nos salva da caretice nacional.

PICICA: Só o humor nos salva da caretice e nos livra da criminalização a serviço de quem ganha dinheiro... - l'argent, bufunfa - com a maconha. O cânhamo não merece. Trata-se do alucinógeno mais suave e controlável do mundo. "Batizada em 1753 com Cannabis sativa pelo naturalista e botânico sueco Carlos Lineu (1707-1778). É uma herbácea alta da família Moraceae (Moráceas), com plantas masculinas e femininas separadas. As hastes da masculina sevem para produzir fibras com finalidades têxteis. O alucinógeno se retira das resinas das folhas e flores da planta feminina. Conhecida dos antigos chineses, indianos e persas, é mencionada na literatura religiosa grega e assíria de 10000 a.C. Na religião hindu, a planta era tida como sagrada, usada para meditação e consagrada ao deus Shiva. Shiva a teria trazido do oceano. Foram os espanhóis que a introduziram no Novo Mundo em 1545, cultivando-a no Chile. Há evidências de que, em meados do mesmo século XVI, escravos africanos trazidos ao Brasil já usavam a maconha em rituais religiosos e como remédio. Foi o clérigo inglês Robert Burton (1577-1640) que recomendou pela primeira vez no Ocidente o uso da maconha, para tratar de depressã, no tratado Anatomy of Melancholy (Anatomia da Melancolia), de 1621. No século XI, o médio da corte inglesa receitou-a à rainha Vitória, para cólicas menstruais. Coroada em 1837 com dezoito anos, ela reinaria até sua morte em 1901. Sua Majestade também gostava de um trago de uísque. A vida da rainha maconheira coincide praticamente com a idade de ouro da Cannabis. No período, centenas de artigos médicos recomendaram suas propriedades terapêuticas. No século XX, com o crescente uso de opiáceos e graças à invenção da seringa hipodérmica, e também graças à de3scoberta dos barbitúricos e da aspirina, a Cannabis entrou em desuso como remédio. Foi retirada da farmacopéia americana em 1941, da fracesaem 1946, e acabou proibida em todo o mundo." (Texto do jornalista Myltainho Severiano da Silva, contido no livro "se liga! - o livro das drogas - O que pias e filhos, mestres e alunos devem saber antes de aprovar ou condenar", publicado pela Editora Record). Em tempo: Com o fracasso da "Guerra às Drogas", o século XXI quer resgatar suas propriedades terapêuticas, tolerar o uso recreativo e dar uma outra destinação social à produção e consumo. No Estado do Amazonas só um político ousou romper com o discurso conservador: o senador Jefferson Peres. Infelizmente, Jefferson já não está entre nós. Em compensação, a ampla maioria dos seus pares "se pela" de medo da opinião pública manipulada pelos setores conservadores da mídia e das igrejas. Vale lembrar que o The New York Times, em novembro de 1987, surpreendeu a opinião pública mundial ao defender em editorial a descriminalização da maconha. No mesmo editorial criticou a "cruzada contra as drogas" lançada pelo presidente Ronald Regan, para o qual o Congresso liberou 1,7 bilhão de dólares. A campanha foi classificada como um "monumento ao cinismo". No entanto, as questões geopolíticas que serviram de base à decisão de governo, cuja "guerra" foi iniciada por Nixon em 1969 - em plena era do movimento hippie - e mantida em banho-maria nos anos 1970, para então ganhar uma nova roupagem na administração Bush, passaram ao largo do editorial. Aqui entram em cena questões que envolvem Teoria do Estado, soberania, território, espaço, povo e subordinação, ou seja, tudo aquilo que diz respeito à ação política num determinado espaço territorial, no caso a América Latina, convenientemente classificados como a maior frente de estados produtores de drogas (com a Ásia eles não se metem a besta). Macacos me mordam se aí não estão embutidas as estratégias de dominação de um Império (notoriamente) dependente de outras riquezas deste solo da mãe gentil. Caraca! Como sai caro para nosotros a manutenção do "American way of life"!
Enviado por em 10/12/2010

Editador por: www.humorceego.com

Creditos Márcio Américo Comediante e Escritor.
Apresentação do escritor e comediante Márcio åmérico no Teatro Folha com a turma da Seleção do Humor Stand Up.
Imagens: Paulo Leierer

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