janeiro 07, 2012

Enquanto isso, em Manaus, ou Manaós, ou Mana(ca)os...

Foto: Luís Fernando Guedes

PICICA: ...um torozinho de nada inunda áreas urbanas, sob a enorme complacência da população... Minto. No ano passado, moradores de algumas áreas do Prosamin protestaram interditando ruas com movéis encharcados e outros cacarecos. A ousadia foi parar na ponta dos cassetetes. Os acomodados dizem que "a situação já foi pior", que "sempre foi assim, desde os tempos da vovó". Arre égua! A ideologia da conformação fez morada na terra de Ajuricaba; uma contradição com o espírito do guerreiro. O fato é que o toró de ontem deixou toda - eu disse toda - a cidade sem energia, na boca da noite. Lá pras bandas de casa, a luz só voltou pouco antes de 11 horas da noite. A cidade não tem movimentos sociais em sua defesa, salvo aquela coisa pontual de sempre. A Associação dos Amigos de Manaus bem que tentou decolar, e mais uma vez gorou.

Um comentário:

Astrid disse...

Em Manaus, cidade que nas suas origens era cortada por canais, o homem branco europeu chegou, destruiu, tapou. Os homes mestiços, seus herdeiros, prosseguiram a construção da cidade sem saneamento, infra estrutura (roubar sempre foi melhor, mais fácil). A água,os igarapés, que não estão nem aí para a maquinação dos brancos, encontra sempre o seu percurso. E quase nunca é sem violência. A cidade de Genova aprendeu essa lição no pior dos modos, quando os rios encanalados decidiram pela revolta e inundaram a cidade. Genova e Manaus, um fio interessante liga essas duas cidades. Macondo desapareceu no vento. Nós, provavelmente, com a água...