PICICA: "Interessante a sacada dum analisando obsessivo-compulsivo: “… procurei
análise com 1 determinado objetivo e percebo agora que não posso fechar o
ciclo. Num dá pra voltar atrás e apertar ‘solucionado’ porque aquele
início, visto d’onde me encontro hoje, num é e nunca + será o mesmo.”"
Obicecivu
“TOC”, toda a galera da TV Globo diz que tem porque o nome parece bonitiiiinho: designe o “transtorno obsessivo compulsivo” (em filmes, temos o estupendo Jack Nicholson sem tocar porque em “TOC” o problema é mes-mo o de toque, hã!?)…
Era uma vez 1 homem com anos&anos&anos de distúrbios obsessivos graves (banho de 2h, salada limpa demorada-mente com iodo, tuuuudo que dizia&fazia tinha que ser escrupulosa-mente cuidado pra num incorrer em culpas&auto-acusações, etc, etc… ele chamava essas cositas de “repetir”), o quadro começou aos 20 anos quando trabalhava com balança de precisão num laboratório; e 1 certo dia “pirou”: duvidava&duvidava y repetia&repetia a pesagem, verificava o resultado obtido, temia não ter visto correta-mente e/0u num ter utilizado a técnica perfeita y pesava + uma vez. O lab fechou às 18h y ele foi arrancado de frente da balança às 23h sendo levado por seguranças, ambulância&polícia prum hospital psiquiátrico.
20 anos después era uma pessoa empobrecida&ritualizada na manifestação afetiva, pero bastante sensível&inteligente. Já havia feito duas análises de + de 5 anos cada com bons analistas. A-do-ra-va o “ritual” analítico da hora certinha de iniciar&finalizar as sessões, se angustiava caso o analista passasse 1 minutinho da hora.
O psiquiatra, 1 profissional que conhecia y confiava, passou doses cada vez + altas de antidepressivos (y nem era desses serotoninérgicos + novos). Os sintomas tiveram alguma pequena melhora (banho de 2h –> 1h, p. ex.) mas o depoimento dele que + me impressionou foi o seguinte: “Meu pensamento tá + fluido…”
Interessante a sacada dum analisando obsessivo-compulsivo: “… procurei análise com 1 determinado objetivo e percebo agora que não posso fechar o ciclo. Num dá pra voltar atrás e apertar ‘solucionado’ porque aquele início, visto d’onde me encontro hoje, num é e nunca + será o mesmo.” Num dá pra abrir&fechar a porta, ligar&desligar o interruptor indefinida-mente. Quem tá vivo, mes-mo querendo num pode ser 1 objeto y portanto num tem como retornar ao ponto O porque tá permanente-mente re-significando as experiências…
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