PICICA: No quadro de uma biopolítica que resiste aos dispositivos de poder, resta saber o que está sendo produzido no novo rádio. Suspeito que no geral esse rádio foi reduzido precocemente à uma simetria da gestão realizada pelo poder. Daí o cerceamento às rádios comunitárias, onde são maiores as chances de construção do comum, em que a liberdade de inventar o mundo e os diferentes modos de existir abririam novos caminhos na democratização da comunicação.
Os 90 anos do rádio no Brasil
Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
No
exato momento em que o sistema midiático global está sendo submetido a
um tremendo sacolejo, é extremamente alentador comemorar os 90 anos do
Rádio brasileiro.
À nossa volta acumulam-se as vítimas, sobretudo no segmento impresso. O fim do Jornal da Tarde, em São Paulo, e do semanário americano Newsweek não devem esconder a existência longeva de inúmeros jornais brasileiros com 187, 185 ou 137 anos, como o Estadão.
Muitas
rádios também desapareceram, como a Rádio Mayrink Veiga e a Rádio Clube
do Brasil. Mas o meio rádio está aí, novinho em folha e, de certa
forma, revigorado pelos desafios oferecidos na era digital.
Foi
o primeiro veículo de comunicação de massa e, ao contrário do que se
previa, não acabou com o jornal, nem foi morto pelo cinema ou a Tv. E,
nestes 90 anos da era do Rádio e a despeito das previsões apocalípticas,
é imperioso lembrar a inextinguível vocação comunicadora da humanidade.
Fonte: Observatório da Imprensa
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