O Senado e seus suplentes
A Transparência Brasil apresenta o estudo “O Senado e seus suplentes”, em que traça os perfis dos 16 suplentes atualmente em exercício no Senado Federal. Acesse o estudo (aqui).
Esses parlamentares, que não obtiveram um voto sequer - ao contrário de seus 65 colegas no Senado, dos 513 deputados federais, dos 1059 deputados estaduais e de milhares de vereadores -, foram alçados à condição de senadores apenas porque compunham uma chapa liderada pelo vencedor às eleições ao Senado.
Entre as informações sobre os suplentes constantes do relatório estão:
* Quatro deles doaram um total de R$ 1,8 milhão às campanhas eleitorais dos respectivos titulares;
* Três são parentes dos titulares;
* Mais da metade dos suplentes jamais venceu uma eleição;
* Dez suplentes declararam ter patrimônio superior a R$ 1 milhão;
* Duas bancadas (Distrito Federal e Pará) contam com dois suplentes entre seus três senadores.
Por particularidades como seu sistema de suplência, o Senado Federal tem sido objeto de discussões sobre sua viabilidade. Não são poucos os que defendem a extinção da Casa, uma vez que os deputados federais poderiam exercer as funções dos senadores.
Outras características do Senado que estimulam o ceticismo em relação à manutenção da Casa são seu elevado custo, sua falta de transparência e sua prodigalidade em incorporar e manter pessoas com problemas com a Justiça.
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Nota: Uma coisa é ser contra o instituto da suplência para o Senado. Sou contra. Outra coisa é avaliar a atuação de cada um deles no cenário atual. Pena que a Transparência Brasil nada revela sobre o trabalho dos suplentes no Senado. No caso do jovem Senador João Pedro, do PT do Amazonas, que faz um mandato aberto, trata-se da diferença entre o joio e o trigo.
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