março 31, 2011

Polícia Militar faz novas vítimas no Amazonas

PICICA: O noticiário amazonense vem sendo ocupado por notícias de violência policial. Os jornais tem sido mais coerentes na  comunicação do fato do que o rádio amazonense, embora ambos tragam poucas análises para reflexão. Um radialista chegou a usar do seu poder de comunicação para confundir a opinião pública no caso do jovem de 14 anos de idade, baleado covardemente por um homem fardado. Segundo o comunicador, o jovem em questão "não é flor que se cheire". Para tanto passou a informação, não confirmada pelas autoridades, de que o menino baleado tem "dois homicídios nas costas", para em seguida afirmar, marotamente, que o fato não justifica a violência. É a mensagem subliminar que chama atenção. Ela vai ao encontro de outras formas menos sutis do tratamento policial desejado pelos mais conservadores, sob a fachada de um humanismo fajuto. No episódio mais recente, que envolve policiais do município de Coari, é o novo comandante da PM que, auxiliado por um comunicador, escorrega na linguagem ao declarar que "policial também é gente, tem família", num esforço de atenuar a gravidade da violência policial na corporação - entendida como casos isolados -, estampada na fotografia publicada no jornal A Crítica de hoje (acima). Decididamente, a cidade que tem a quarta economia do país não pode conviver com práticas medievais no enfrentamento  de conflitos. Seja qual for sua natureza, os policiais devem estar devidamente preparados.

Delegada vai indiciar Policiais Militares de Coari

Vítimas ainda não fizeram identificação dos PMs que os agrediram na segunda-feira (28)

Manaus, 30 de Março de 2011

acritica.com

Hematomas no corpo dos homens agredidos pelos PMs do interior do Amazonas.
Hematomas no corpo dos homens agredidos pelos PMs do interior do Amazonas. (Divulgação)

A delegada Magna Pires, da 10ª Delegacia Regional de Coari (a 363 km de Manaus), disse que vai indiciar todos os policiais militares que agrediram quatro pessoas na segunda-feira (28). Foi instaurado um inquérito policial para apurar a violência, no entanto, nenhum dos envolvidos foi identificado formalmente pelas vítimas.
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